TÍTULO: O NASCIMENTO DE UM REI
AUTORA: Reggie_Jolie
CASANDO: Thranduil/(OC)
CENSURA: M
GENERO:Drama/Romance
BETA:
AVISOS: violência.
DISCLAIMER: Nenhum dos personagens me pertence. Todos vieram da mente brilhante de J. R.R. TOLKIEN, e, bem, essa é uma forma de homenagear esse autor de histórias tão brilhantes e fascinantes. Apesar disso os personagens originais (OC), e outros são meus e não podem ser usados sem autorização.
SUMÁRIO: Primeiro conselho Branco. Construção de Imladris. Preparação para a guerra contra Sauron. Thranduil escolhe uma noiva.
NOTA DA AUTORA: Nessa fanfic estarei seguindo a cronologia elborada por Tolkien existente no Senhor dos Anéis (obra completa); e nos contos inacabados.
NOTA DA AUTORA 2: Como não há informações sobre a esposa de Thranduil, estou fazendo a minha versão para a história. Sim, não será CÂNNON até porque TOLKIEN não escreveu sobre ela. Se você gosta de fanfic cânnon, sugiro que abandone essa leitura agora. Capítulo dedicado a Lourdiana e a Soi, que me agraciaram com reviews. Hannon le meninas.
CAPITULO TRÊS. PROMESSAS
"No entanto, na alvorada do tempo, elfos e homens eram aliados e se consideravam semelhantes.
Houve alguns dentre os homens que aprenderam a sabedoria dos eldar e se tornaram grandes e
destemidos entre os capitães dos noldor. E, na glória e na beleza dos elfos, e também em seu
destino, plena participação tiveram os filhos de elfos e de mortais, Eárendil e Elwing, bem como
Elrond, seu filho." p 101 O Silmarillion
1697. Fundação de Imladris
IMLADRIS/ RIVENDELL
THRANDUIL
1701 da Segunda Era
Era uma longa viagem até Imladris. O rei Oropher encarregara-o de participar dessa reunião que fora convocada por Gil-Galad. Durante grande parte do caminho, Anarin e Thargon cantavam canções. Entre elas a que falava sobre o encontro de Beren e Lúthien. Thargon aproveitava para espezinhar Anarin que casaria-se em breve.
Era manhã. Eles seguiam pelo caminho dos elfos na floresta até onde este se encontrava com a Estrada Velha da Floresta, até chegarem a passagem alta nas Montanhas Cinzentas, que encontraram o rio Bruinnen que descia pelas paredes do vale formando em seu curso, várias cascatas. As arvores com raizes velhas e retorcidas debruçavam-se sobre o abismo, os pinheiros cobriam tudo ao redor. Então começou a chover. Uma chuva intermitente que ensopou-os rapidamente.
O último dia amanheceu sem chuva e com vento. Para chegar até a residencia de Elrond, os viajantes subiam a estada em zigue-zague. Ao chegarem ao local da abertura na montanha eles contemplaram o reino élfico de Imladris. Atravessaram a ponte de pedra sobre o Bruinen. Detiveram-se num pátio circular ao qual tiveram acesso. Dali vislumbrava-se uma grande escadaria. Ao pé dela, dois soldados, no topo da mesma mais dois soldados.
-Vejam. Thranduil chamou a atenção dos amigos.
- Não é só o rei Oropher que está preocupado com a segurança.
-Mae (sim)
Concordaram os amigos.
Ao voltarem-se na direção da ponte, contemplaram a pedra que fora esculpida, formando o portão pelo qual haviam acabado de passar. Era grande e alto o suficiente para que passasem a cavalo, sem que houvesse a necessidade de desmontar. Uma torre lateral servia como ponto de vigilância para todo o vale de Imladris.
-Mae Govannen Taren (principe) Thranduil.
-Mae Govannen (Bem vindos).
-Já chegaram todos os participantes do conselho?indagou Thranduil.
-Ainda nã Lindir ao que logo acrescentou
-Estamos esperando os representantes de Lórien.
-O rei Malgalad virá?indagou Thranduil.
-Acredito que não Taren (principe)Thranduil, mas é certo a presença de seus representantes.
-Sigam-me por favor.
Os viajantes foram levados através de vários corredores e finalmente instalados em aposentos preparados para eles, no andar superior no lado norte. Somente no dia seguinte ocorreria o conselho de guerra.
Durante a maior parte da manhã e da tarde Thranduil e os demais puderam percorrer a propriedade. Sempre havia um ellon ou uma ellith que indicava um caminho para um lugar interessante, como a biblioteca, onde Thranduil passou grande parte do dia em meio a livros preciosos, ou uma ida a uma série de cavernas naturais. A noite Thranduil deixou-se ficar nos aposentos reservados a ele, contemplando o entalhe intrincado de madeira clara do teto até que em certo momento adormeceu.
O dia do conselho de guerra amanhecera, o sol brilhava. Era um claro dia de primavera. A noite anteior fora uma noite escura, sem lua ou estrelas, o que deixou o principe preocupado. Thranduil fora avisado que a reunião aconteceria numa rotunda. Eles subiram por uma ampla escada esculpida na pedra cinzenta e chegaram a rotunda.
O príncipe esperava algo escuro, fechado, mas novamente via um local aberto. Onde a pedra fora belamente trabalhada. Um braço do rio passava ali e trazia o agradável som das águas. Plantas subiam em algumas paredes. E o filho de Oropher agradeceu aos Valar o fato do rei tê-lo enviado até ali. Em pouco tempo o Senhor Elrond, o meio-elfo, havia conseguido erguer um lar de tamanha beleza. Ele não tinha certeza de que seu ada ficaria feliz com aquele resultado. Ainda estavam construíndo sua própria morada. O elfo expulsou tais pensamentos de sua mente e tomou o lugar que lhe fora indicado.
Elrond, o meio-elfo, filho de Earendil presidia o conselho. A seu lado, o emissário dos Valar, o Senhor Élfico Glorfindel, o matador de Balorgs. Celeborn e Galdriel, representando o rei Malgalad de Lórien e Círdan, por Ereinion Gil-galad. Ao final do conselho ficou decidido que todos os povos livres irão até Mordor. E todos deveriam começar a se preparar para a guerra.
Então o dia após o conselho amanheceu. E com ele veio a chuva. O vento começou a soprar. E Thranduil retornou ao palácio do rei Oropher. Era uma longa viagem de volta agora que faziam o caminho contrário, seguiam novamente o rio Anduim.
Foi no terceiro dia de viajem que eles os encontraram. Eles estavam num barranco. Era quase um buraco. O que não era de se admirar, em se tratando de orcs, que não podiam andar a luz do sol. Thargon insistia que deviam ataca-los e logo.
Para quê esperar o anoitecer? Só para dar-lhes o beneficio da escuridão que os favorece?
Acalme-se Thargon. Insistia Thranduil
Agora em silêncio. Vamos lá.
Como ainda era dia as bestas ainda dormiam. Na frente do barranco seguro por uma construção tosca de galho, um tecido pardo servia de cortina e impedia a luz do sol de adentrar no buraco.
Anarin ergueu o tecido enquanto Thargon e Thranduil esgueiravam-se para dentro. Após a passagem dos outros, ele próprio o fez. A maioria dos orcs nem tivera chance de falar alguma coisa, até porque não interessava ouvi-los.
Dois dias depois chegaram aos portais do reino de Eryn Galen.
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"Ouvia-se também o som de harpas élficas e de doces canções, e, quando os ecos chegavam até eles, era como se o ar ficasse mais quente, e sentiam a tênue fragrância das flores da mata desabrochando na primavera." P 254 O Hobbit.
AMON LANC
AIRIEN
As casas de curar eram um lugar de estudo, paz e calma. Ela já havia ajudado Gwaeeron e fizeram um levantamento de todas as ervas que possuiam. Exceto é claro quando chegavam elfos feridos vindos de patrulhas ou dos treinos para a guerra, como o que acontecia nesse exato momento. Eficientemente Airien tratou de pegar o pó de raiz de iris e vinagre, angélica, absinto, alecrim.
-Sente-se.
O ellon sentou-se onde fora indicado. Airien começou Tratou rapidamente de limpar os ferimentos, envolver o braço machucado.
-Eu não entendo porque você insiste nisso? Indagou Airien.
O ellon ficou em silêncio.
-Você é um excelente arqueiro. Porque insiste em treinar com a espada. Você não é um espadachim Eirlan.
-Deixe-o em paz Airien. Falou Gwaeron, que ajudava o pai na função de Curador.
-Mas ele não é um espadachim. Olhe só, a cada dois dias ele vem aqui, cheio de ferimentos, hematomas, como se fosse um garoto humano. Afirmou Airien.
Gwaeron riu e disse:
-E quantos garotos humanos você viu Airien? Até onde sei você nunca saiu da Grande Floresta Verde.
A elleth olhou-o e sacudiu a cabeça. Entendia o ponto de vista do amigo, embora não concordasse com isso.
E três dias depois Eirlan adentrava novamente as casas de curar. Entretanto o ellon (elfo) não estava sozinho. Havia mais elgadhrim (elfos) machucados devido a um confronto com orcs durante a noite.
-Ilúvatar! ele exclamou baixinho ao perceber que Airien aproximava-se dele.
Segurando uma cesta de vime, onde havia os aparatos necessários a elleth aproximou-se.
-Bom dia.
O ellon susurrou um bom dia fraco em resposta. Antes que Airien pudesse falar alguma coisa, as portas das casas de curar foram abertas e Thranduil, Anarin e Thargon adentraram nos aposentos com mais elfos.
Gwaeron interferiu.
-Mas o que houve? Nunca chegaram tantos assim de uma vez?
-Orcs. Durante uma patrulha noturna. Foi a vez de Thranduil, responder.
Então eles começaram a distribuir os feridos pelos leitos. Longas cortinas de linho isolavam os pacientes uns dos outros. Gwaeron, Nylaari, e Arthonon o curador dividiram-se rapidamente, em poucos instantes o último grupo foi levado para os leitos desocupados e Airien pode voltar ao trabalho. Ela tinha feito um propósito de não questionar mais Eirlan; o elfo era teimoso. Um minuto depois, contudo, sentiu uma sensação incômoda e ergueu os olhos.
Thargon havia permanecido ali.
-Deseja alguma coisa?
-Não. Estava apenas vendo seu trabalho.
A elleth (elfa) não disse nada.
-Thargon você poderia vir aqui? Chamou Anarin.
O elfo afastou-se para alivio de Airien. Ela imediatamente tratou de examinar o próximo paciente.
-Um supercílio cortado, um lábio cortado, um nariz sangrando. Até que não foi muita coisa, dessa vez.
-Não senhora.
O ellon tentou erguer-se e reclamou de dor.
-Sim. Devemos ter alguns hematomas aqui nas costelas. Muito bem. Tire a camisa.
O ellon obedeceu sem hesitar.
-Não tem nada quebrado. Vou enfaixa-lo e você deve descansar. Entendeu?
-Sim senhora.
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AMON LANC
1703
ANARIN
Havia música outra vez. Era o som de uma harpas e flautas. Anarin estava contente, contudo o ele sabia que era tão somente a calmaria que precede a tempestade. Eles estavam aos pés dos Talans onde a maioria do povo vivia. Só o rei Oropher, seu filho Thranduil e seus criados mais próximos viviam no palácio. Essa era a grande verdade, por mais que o rei Oropher quisesse reconstruir o reino de Elu Thingol, Menegroth, as Mil Cavernas, em Doriath, poucos Silvan sentiram-se a vontade em morar na fortaleza acima das montanhas de Amon Lanc.
Ele havia passado a manhã inteira junto a Thranduil e Thargon, treinando os elfos e certificando-se de que as forjas, estivessem trabalhando, para que as armas fossem reparadas ou feitas. E ciosos de seu trabalho, logo o arsenal do rei Oropher começava a se encher de lanças e espadas, elmos e longas cotas de malha.
Tamurile, Airien, Evicor, Aylon faziam parte do grupo a que Anarin se juntara. Em dois meses ele e Tamruile estariam casados. Sentado ao lado de Tamurile eles conversavam, os dedos das mãos entrelaçados, braços se ergueram lentamente e a envolveram. Então ele se inclinou e apoiou o queixo sobre o alto da cabeça. Embalou-a em um doce movimento cheio de paz. A luz proveniente das fogueiras iluminava o local. Aquela era a comemoração de seu noivado. Somente as pessoas mais próximas tinham sido convidadas. Ele chamara Thranduil, que prometera vir, contudo ele não aparecera.
Subitamente a música parou. Anarin olhou ao redor tentando entender o que acontecera e então viu. Vestido em um grande manto cinza, que abria-se revelando um par de calças cor de ouro e camisas brancas. Assim trajava-se o rei Oropher. O rei deixara o palácio nas cavernas e viera até os Talans nas árvores. Acompanhando-o Thranduil.
E repentinamente mais gente chegava.E como sempre acontecia quando o rei Oropher estava presente vieram empregados trazendo mais comida e bebida para os que quisessem festejar até o amanhecer.
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THRANDUIL
As faias eram árvores grandes, com troncos lisos cujos galhos ascendiam ao céu. Não eram as únicas na floresta, havia choupos, carvalhos, álamos, plátanos. E em um dos seus passeios de reconhecimento Thranduil descobrira toda uma família de alces. Eram brancos. E ele afeiçoou-se dos animais.
Ao retomar o passeio a cavalo, ele teve consciência de que não estava sozinho. Acreditava que não haveria ninguém naquela parte da floresta. Mas ouviu novamente o som de cascos de cavalos
Com o manto esvoaçando às costas, Airien debruçou-se sobre o pescoço da égua, impelindo o animal a um galope, ao avistar o ellon (elfo), Airien bateu no pescoço da égua e logo o animal parou. Airien quedou estática.
O cavaleiro fitou-a.
Ela lembrou-se de que havia-o visto na festa de noivado de Tamurile, na ocasião ele estava acompanhado e a elleth (elfa) também. Agora estavam sós. Num lugar aonde a maioria tinha cabelos castanhos ou negros. Aquela elleth (elfa) se destacava porque possuía e tinha a pele clara, suave.
Havia uma inteligência determinada e aguda dentro daquele guerreiro, Airien sentiu. Ele era o último elfo que ela gostaria de enfrentar como adversário. Mesmo assim, ela sustentou o olhar do cavaleiro. Os mais belos olhos que ela já vira.
Imagens a dominaram, abrasando-a com um fogo tórrido... Suas mãos na carne nua daquele peito, o beijo daquele cavaleiro. Chocada, ela quase cambaleou para trás. Que sortilégio a dominava?
Man eneth lîn?(qual é o teu nome?)
Eneth nîn Airien (Meu nome é Airien) respondeu a jovem.
O que faz tão longe das cavernas? Thranduil indagou.
Vivo há mais tempo aqui que você Taren (principe) Thranduil. Sei exatamente os riscos que corro.
Mesmo assim não deveria andar sozinha. É arriscado. Thranduil insistiu.
Vejo que temos um problema de comunicação Taren (príncipe). E agradeço por sua preocupação mas ela não é necessária. Airien respondeu.
Thranduil teve a súbita vontade de rir. Aquela moça era alta, mais alta do que muitos dos ellon que vivam ali, mas era mais baixa do que ele e acreditava estar completamente segura sozinha na floresta. O príncipe aproveitou então para examiná-la mais atentamente.
Os longos cabelos tinham um tom claro. Uma imagem flutuou por sua mente — daquela cabeleira espalhada por uma cama... e a jovem sob seu corpo. Thranduil rapidamente afastou essas imagens de sua mente.
Os olhos daquela mulher o haviam fascinado. Inteligentes, penetrantes, tinham poder, atraíam. Ela o encarara nos olhos, de uma maneira que deveria assustar a maioria dos elfos. Thranduil não era como a maioria dos elfos
Já que afirma não correr risco algum. Peço-lhe que cavalgue a meu lado. Tenho a intenção de conhecer toda essa floresta.
Já não era sem tempo. Para viver aqui e governar os Silvan, precisa conhecer e amar essa floresta Taren.
Mae (sim). Por favor guie-nos através de Eryn Galen
THIS IS AIN'T OVER YET (Ainda não é o fim)
OBS: Melhorou Lourdiana?
