TÍTULO: O NASCIMENTO DE UM REI-

AUTORA: Reggie_Jolie

CASANDO: Thranduil/(OC)

CENSURA: R

GENERO:Drama/Romance

AVISOS: violência.

DISCLAIMER: Nenhum dos personagens me pertence. Todos vieram da mente brilhante de J. R.R. TOLKIEN, e, bem, essa é uma forma de homenagear esse autor de histórias tão brilhantes e fascinantes. Apesar disso os personagens originais (OC), e outros são meus e não podem ser usados sem autorização.

SUMÁRIO: Thranduil casa-se com Airien.

NOTA DA AUTORA:

Homens do Norte.
Os Homens do Norte eram compostos de dois grupos principais. Primeiro, nem todos os Homens que permaneceram ao leste das Montanhas Azuis e Nebulosas caíram nas tentações de Morgoth ou Sauron, eles se juntaram após a Guerra da Ira com aqueles Edain que não quiseram viajar para Númenor (parecido com quando, ao final da Primeira Era, muitos Eldar permaneceram e foram para o leste, se tornando os senhores dos Elfos Silvan). Os Homens do Norte que viviam na Grande Floresta Verde e outras partes de Rhovanion eram amigos dos Dúnedain, sendo em grande parte seus parentes, e muitos deles se tornaram leais a Gondor. Os Homens de Valle e Esgaroth eram Homens do Norte, como eram os Homens das Florestas da Floresta das Trevas, e os Éothéod, que foram chamados de Rohirrim; os Beorns também eram contados como Homens do Norte.

Breve Cronologia

SEGUNDA ERA

1590- Celebrimbor forja os grandes anéis (Narya, Nenya e Vilya)

1600- Glorfindel volta dos Salões de Mandos, para aconselhar, Gil-Galad, Elron e Círdan.

1600- Sauron forja o UM ANEL.

1695. Sauron reune seu exercito e tenta invadir Eriador.

1697 Fundação de Imladris.

1700 Sauron é derrotado com a ajuda dos Numenorianos, no reinado de Tar-Minastir.

1800 Sauron estende seu poder no Leste

CAPITULO 04. KISS ME

1708 da Segunda Era

ERYN GALEN

ANARIN

Não deveria haver motivo para estar nervoso, mas Anarin estava. Era o dia de seu casamento com Tamurile.

A cerimônia mesmo, era privada e aconteceria pelo meio dia. Poucas testemunhas em geral escolhidas pelo noivo. O rei Oropher fizera questão de oficiar aquela cerimônia em particular, afinal o noivo era filho de um amigo.

Então estavam na sala, os pais da noiva, o rei Oropher, Galion o mordomo, Anarin e sua noiva, Tamurile. E como testemunhas Thranduil e Airien. No momento esperado Thranduil apresentou um baú contendo os presentes dados a noiva por Anarin. Os pais de Tamurile, assentiram, era mais uma formalidade. Airien adiantou-se e por sua vez apresentou os presentes da noiva para Anarin. Como os pais de Anarin não mais viviam coube ao rei apreciar os presentes e assentir. Então os noivos foram conduzidos por Galion a uma sala em separado. Quando ambos retornaram ostentavam anéis dourados na mão direita e um pesado colar de ouro. A cerimônia havia terminado. Eles estavam casados.

A festa essa começaria logo após e como toda festa Silvan comandada por Oropher, não tinha hora prevista para o final.

Bem — começou o rei Oropher, erguendo a taça diante deles.— Eu desejo felicidades ao casal. Um brinde a Anarin e Tamurile

A Anarin e Tamurile! — Todos exclamaram.

Um bando de pássaros cantava, e as árvores pareciam se mover no mesmo ritmo do som, as tochas com luzes alaranjadas bruxuleavam. Eles eram silvan e aquela era uma comemoração no coração da floresta. Os noivos chegaram escoltados por dois guerreiros que portavam tochas, as mãos dos noivos estavam atadas com uma fita e flores coloridas. Tamurile tinha o rosto coberto por um fino véu branco e dourado.

Os noivos foram conduzidos a uma mesa posta. Anarin cobriu a mão dela com a dele, repousada na beira da mesa, e o calor a envolveu. Então Tamurile sorriu e pensou que a vida deles juntos seria tranquila.

A música começou, e um grupo de ellitih adiantou-se e tomou Tamurile pela mão, elas formaram um círculo com Tamurile a noiva no centro. Rindo e brincando, as garotas dançaram... Celebrando o casamento deles.

Outras pessoas se juntaram ao círculo... mães, pais, amigos, pois todos compartilhavam a alegria daquela união, as pessoas batendo palmas no ritmo da música, enquanto mais e mais pessoas participavam da dança. Então, quando um membro do grupo estendeu a mão para ele, Thranduil juntou-se ao grupo.

Eles circulavam e se moviam para trás e para a frente, cada um dos casais passando os outros num padrão que continuava ao longo da música inteira. Os músicos fizeram uma breve pausa, antes de recomeçarem, e, os recém-casados no centro daquela imensa ciranda, riam, e, quando a dança acabou, eles dançaram outra e depois outra música, até que a festa terminou e todos começaram a ir embora.

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THRANDUIL

Era uma reunião comum. Estavam todos no salão de estudos do rei e Oropher ouvia os relatos das patrulhas que haviam sido estabelecidas, bem como o progresso na construção das armas, e do treinamento dos soldados.

Então Aegil principiou a falar da presença de homens na floresta, o que imediatamente chamou a atenção do rei.

-Até onde eles entraram em Rhovânion? Indagou Oropher

-Eles foram para o sul meu Senhor, respondeu Aegil

-Eles estavam armados? Eles atacaram? Se atacaram, esses invasores, eles foram mortos? Insistiu Oropher

-Sim. Meu senhor. Aegil respondeu

-Eles estavam armados? Eles atacaram? Se atacaram, esses invasores, eles foram mortos? Eles foram mortos? Nenhum dos inimigos ficou vivo? Insistiu Oropher

-Sim... o capitão gaguejou. Sim Meu senhor. Aegil conseguiu dizer afinal

De onde estava sentado Thranduil percebeu o erro cometido pelo Sindar, era perceptível no tom de voz, que ele ocultava alguma coisa e sabia que esse erro seria punido.

-Eu não aceito incompetência dos capitães da minha guarda.

Aegil ergueu-se

-Meu Senhor.

O capitão em questão fora severamente punido por Oropher.

Ao final daquela reunião fora dada a Thranduil o posto de novo chefe da Guarda Real da Grande Floresta Verde.

Conforme o rei planejara eles saíram em direção ao leste e depois iriam para o sul. Era uma viagem longa. Thranduil habitua-se ao modo do rei trabalhar. Ele não tomava notas, mas mentalmente Oropher era capaz de rememorar cada palavra dita. Então seguindo as ordens do rei, aquela patrulha seguia em direção aonde os homens foram vistos em Rhovanion.

A patrulha era composta de doze elfos, e a estes Thranduil juntara seus amigos Thargon e o recém-casado Anarin. Todos os elgadhrim (elfos) armados com arco e flecha. Thranduil sabia ainda da dificuldade que eles possuiam em lidar com espadas. E isso era um fator de preocupação para o rei Oropher. Todos usavam vestimentas da cor das folhas das árvores da floresta. Eles cavalgavam de dia e descansavam a noite. E isso se repetiu por cinco dias. Então eles encontraram o primeiro grupo de Edain (humanos).

Eles não entendiam como aqueles homens pretendiam viver ali, já que a maior parte do terreno era pantanoso. A única área não pantanosa fervilhava de pessoas. Aparentemente eles estavam estabelecendo uma povoação naquele lugar. Havia estacas demarcando o lugar das moradias. Um padrão de casas e ruas estava sendo feito. O chão estava sendo aradado.

Arvores estavam sendo derrubadas e casas edificadas

-Há crianças entre eles. Famílias inteiras. Não acredito que sejam uma real ameça. Especulou Anarin

-Sim. Confirmou Thargon

-Entretanto temos de conversar com eles. Não podemos voltar até o rei sem respostas, disse Thranduil por fim.

-Olhem, Thranduil chamou a atenção dos amigos.

Havia uma parelha de bois, puxando um arado. Era um gado enorme, contudo eram domesticados. Eles podiam ouvir o tilintar de sinos amarrados ao pescoço de cabras. Tudo ali indicava que aqueles humanos não pretendiam sair dali. No fundo Thranduil esperava que isso não fosse um complicador.

Ao final do dia, os homens acenderam fogueiras e sentados ao redor delas, cantavam, sorriam e preparação refeições. As crianças corriam por ali. Até o presente momento Thranduil concluía que não havia nada de extraordinário naquele povo tarde eles ficaram sabendo que aqueles homens eram da mesma raça dos que na Primeira Era se aliaram contra Morgoth.

Eles estabeleçeram-se na Angra Leste, e estavam derrubando parte das árvores. Em principio aquilo não agradou a Thranduil mas não era algo que ele pudesse controlar. (Contos Inacabados p319-320)

Quando eles chegaram ao sul, encontraram um povo totalmente diferente. Eles viajavam em grandes carroças. Por isso foram chamadados de carroçeiros. Eram mais altos, fortes e com pele cor de oliva. Como na povoação anterior, havia famílias inteiras e estabeleciam um assentamento ali.

-O rei não vai gostar nem um pouco disso. afirmou Thargon

Anarin

Thranduil permaneceu em silêncio. Havia ocasiões que as palavras eram totalmente desnecessárias. E essa era uma delas.

O sol nasceu como se fosse uma bola de fogo, iluminando tudo aquilo que estava à sua volta e enchendo—o de vida.

Será que eles irão sobreviver se nevar? Indagou Anarin

Thranduil olhou para o céu onde a luz brilhava por trás de nuvens ligeiras.

-Não vai nevar ainda — disse ele, franzindo a testa. — Dentro de uma, talvez duas semanas.

-E o que diremos ao rei? Indagou Thargon

-A verdade. Há edains morando na floresta agora. Retrucou Thranduil

No mesmo dia eles puseram-se a seguir o rio Celduin (ou o rio Corrente) até as Emyn-nu-Fuin (as montanhas da Grande Floresta Verde) dali eles seguiriam o rio Encantado que os levaria até os portões do palácio de Oropher.

No quarto dia de viagem ao anoitecer um dos silvan que servia como batedor, voltou e comunicou a Thranduil a presença de orcs ali. O grupo então dirigiu-se em silêncio ao local indicado e de fato encontraram uns quinze orcs. As crias de Sauron haviam feito uma fogueira e assavam um animal.

Em voz baixa Thranduil e os soldados, discutiam a melhor hora de apresentarem-se e acabarem com aquelas criaturas. Decisão tomada, as flechas zuniram e acertaram os três orcs pretendidos. Os demais ergueram-se gritando, e desnorteados. O crepúsculo estava a favor de Thranduil e seus amigos.

Anarin viu-se diante de um orc, que portava uma espada grande de lâmina encurvada. A placa de peitoral, devia ter sido de outra criatura, porque também era desproporcional. Era como se todos eles estivessem vestindo restos de outros. Ele ergueu a espada acima da cabeça com ambas as mãos, o orc aproximou-se e quando investiu, o elfo abaixou-se e fez com que sua espada, ferise o orc exatamente debaixo do braço. Nova investida do orc e Anarin golpeou-o no pescoço. A criatura caiu emitindo um som estranho.

-As armaduras são vulneráveis embaixo do braço. Disse Anarin.

As armas chocavam-se produzindo um som alto. Os elfos combatiam e logo o número de orc encontrou-se bastante reduzido, como eles esperavam.

Thranduil por sua vez tinha a sua frente um orc que trazia em sua mão um grande machado de guerra. Ele investiu contra o orc o que o obrigou a recuar. Thranduil continou golpeando-o. O machado do orc passou muito perto da cabeça do elfo, que abaixou-se rapidamente, e golpeou o orc nas pernas. A proteção que ele usava impediu que a espada o cortasse profundamente, mas ele afastou-se pulando. Thranduil sorriu e voltou a atacar, depois de um tempo o orc foi ao chão. Thranduil com um pé, pisava no peito do orc e a ponta de sua espada apontava para a garganta ele disse:

-De onde vocês vem?

A criatura gargalhou.

-De onde vocês vem?

- Responda-me porque não pretendo poupar sua vida nem a de seus amigos.

O orc nada respondeu.

Insatisfeito e ciente de que não obteria nenhuma resposta satisfatória da parte daquela criatura, Thranduil decepou-lhe a cabeça.

E Thargon deparou-se com um orc vestindo uma cota de malha, de aneis entrelaçados e com uma espada nas mãos. O elfo sabia que não seria exatamente fácil derrotar aquela criatura de Mordor. Mas ele o faria. Ele viu o brilho da espada com o canto dos olhos e desviou a tempo. O golpe que acertaria seu coração, atingiu-lhe o braço.

Thargon atacou-o e com um grito de dor a criatura caiu.

-Implore por misericórdia. Disse o elfo.

-Nada de misericórdia Thargon. Acabe logo com isso ordenou Thranduil

Após o combate eles retomaram a caminhada chegando ao palácio durante a madrugada. Após deixar os cavalos aos cuidados dos cavalariços, Thranduil dirigiu-se aos aposentos pessoais de Oropher.

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AIRIEN

O céu retumbou com trovões como se para anunciar sua chegada e o tom de seu humor, e uma corrente de água subitamente desceu dos céus, molhando-a com grosas gotas de chuva. Airien se permitiu um secreto sorriso de aprovação. A tormenta era bem-vinda.

Afastando-se rapidamente a elfa trazia consigo as ervas que fora colher naquela manhã. Era o trabalho que Airien escolhera para si, gostava da sensação de curar os ferimentos, de afastar a dor, a fadiga. Ela amava o silêncio que havia nas casas de curar quando toda a dor era dissipada.

Outra coisa que ela gostava no trabalho que escolhera, era que dedicava horas ao estudo, como estava fazendo naquela manhã. Isso até o momento em que o príncipe adentrara nas casas de curar.

Thranduil havia estabelecido um padrão depois da festa de casamento do amigo, ele ia vê-la todas as manhãs, em que não estava fora em patrulha. Ele sentava-se e conversavam. A jovem era inteligente, perspicaz. Os olhos dela brilhavam enquanto ela versava sobre as ervas curativas e toda a série de conhecimentos que aprendia ali. Então ele descobriu porque o rei Oropher colocara o pai de Airien no conselho. Ela podia conversar sobre qualquer coisa e tinha uma curiosidade imensa, era habilidosa com números e línguas.

Então ela começara a guardar as folhas secas, raízes e cogumelos. Havia um cheiro forte ali, não era desagradável, observou Thranduil.

Airien aproximou-se do almofariz e começou a moer ervas.

Então Thranduil ergueu-se e aproximou-se da jovem. Ela parou o que fazia.

-O que devo fazer para que aceite casar-se comigo Airien?indagou Thranduil

-Pedir-me.

Os dois ficaram em silêncio por instantes. Então ouviu-se uma súbita pancada a porta, e um ellon( elfo) machucado adentrou nos aposentos. Os amigos largaram-no sobre uma cadeira.

-O que houve? Indagou Airien

-Um acidente com um dos cavalos. Disse o rapaz

-Certo. Deixe-me ver isso.

Uma tíbia longa, projetou-se no ar e um pé esbelto, ossudo, sacudiu-se de um lado para o outro. Parou bruscamente no meio do movimento, com um "ai" abafado do seu dono. Abaixou-o e delicadamente massageou o tornozelo ainda inchado.

Airien imobilizou-o e mandou-o descansar. Expulsando os demais elgadhrim(elfos) que se encontravam ali, ela fechou as cortinas deixando o paciente em repouso.

-Muito bem! Então ela voltou-se para o outro lado da sala onde um Thranduil perplexo com tudo o que acontecera estava parado.

-Você tinha uma pergunta para me fazer. Faça-a agora. Demandou Airien.

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DIAS DEPOIS

THRANDUIL

-Thranduil Oropherion. Finalmente nos encontramos. Disse Anlow.

Thranduil tinha vindo até ali, encontrar-se com a família de Airien. E encontrara os cinco irmãos dela. Anlow, o primogênito, Lorifir, Aryll, que ele descobira há algum tempo ser gêmeo com Airien e os gêmeos Evicor e Aylon

-Não sei se o quero perto de minha irmã; disse Evicor

-O que você quer não me interessa. O que Airien quer é o que me trouxe até aqui. Argumentou Thranduil

-Eu ouvi rumores. Péssimos por sinal. Disse Anlow.

-Já vi outras elleth correrem atrás de você. Não quero que minha irmã seja exposta a sofrimento desnecessário. Completou Alyon

-Deixem ele falar, argumentou Aryll.

-Como sempre você parte em defesa dos interesses dela Aryll. Rebateu Alyon.

-Diferente de vocês, eu escuto o que Airien tem para dizer. E até hoje nunca me arrependi de ter dado ouvidos a nossa irmã. Aryll argumentou.

-Vocês devem ter ouvido péssimos rumores. Sei disso. Falam das ellith, sem dúvida. Correm atrás de um principe. Correm atrás de um corpo. A única que chegou até mim de verdade foi Airien. Olhe. Thranduil exibiu o anel, exatamente igual ao que Airien usava havia cinco dias. Eram ambos prateados.

-Eu a honrarei. Eu a amarei. Ela ama todos vocês. Jamais ficarei entre vocês. Se você quer lutar Anlow, eu lutarei. Quer me bater? Pode tentar. Mas se fala de sofrimento desnecessário, pensa que o final dessa conversa, como seu temperamento exige senhores, não irá causar sofrimento a ela? Thranduil então esperou que os irmãos dissesem alguma coisa.

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Fora o som de pássaros que a acordara. Airien como todo eldar, rapidamente voltou a consciência. E reconheceu que estava nos aposentos de Thranduil. Sim ele fora até seu Talan buscá-la. Enfrentara o amor protetor imenso de seus irmãos. Ela também adorara pôr seus irmãos em seu devido lugar. Não era mais uma elfinha que precisasse ser guiada por eles.

Airien ainda recordara que fora apresentada ao rei, na noite anterior. O rei Oropher sorrira e oferecera um jantar festivo a todos que estavam presentes, Sindar e Silvan. Ainda festejavam quando Thranduil e Airien sairam do salão. Não era mais segredo para qualquer habitante dali que o principe Thranduil escolhera uma Silvan para esposa.

Olhando para o aposento com mais atenção Airien descobriu uma bandeja contendo um pequeno bule e alguma coisa embrulhada em guardanapo se achava sobre a mesa ao seu lado. Tocando o bule, descobriu-o ainda morno, embora não quente. Ela não tinha ideia da pessoa que tinha permissão para adentrar assim nos aposentos de Thranduil mas não reclamou da bebida quente.

-Bom dia A'mael(amada)

-Bom dia. Ela respondeu.

O fogo estava baixo e o cômodo começava a esfriar, então ele colocou madeira fresca na lareira, e as chamas logo subiram.

Depositando a xícara sobre a mesa ao lado, Airien sorriu e disse:

-Hannon Le (obrigada)

Thranduil voltou-se. Era incrível, bastava ela falar e ele sentia-se aquecer por dentro. O que era inteiramente novo para ele.

Era cedo. Apenas algumas poucas pessoas cuidavam de suas tarefas. Cumprimentaram-na com respeito quando Airien passou. Ela respondeu, sentindo, com tristeza, uma distância que nunca houvera antes. As coisas tinham mudado. Airien então parou, o que fez com que Thranduil que estava a seu lado fizesse o mesmo.

-Não se preocupe A'mael(amada). Você se acostuma rápido. Ele falou em voz baixa.

-E desde quando você sabe o que estou pensando? Retrucou Airien

-Não leio mentes, se é o que você receia. Mas suas expressões são fáceis de ler Melethril (amada).

O vento rodopiou em torno deles, fazendo esvoaçar os longos cabelos de Airien. Nos trajes simples que sempre usava, como a maioria das pessoas de seu povo, sua beleza era régia. Verdadeira. De uma qualidade única, como Thranduil notara desde a primeira vez.

Thranduil então pôs a mão no bolso da túnica que usava e de lá tirou uma fita de couro e puxando-o para mais perto, então rapidamente amarrou aquele cabelo glorioso.

-Eu quero você — sussurrou ele. — Sempre quis você.

Thranduil tocou-lhe os lábios com os seus novamente, só por um momento, então deu um passo atrás, de modo que não a tombasse no chão e a tivesse ali, naquele momento. Poderia ter mantido o controle se ela não tivesse respondido ao seu toque com tanta suavidade. Se não o tivesse agarrado e puxado para mais perto. Thranduil quase escapara do efeito que ela lhe causava, mas então Airien sussurrou uma resposta:

-E eu quero você, Thranduil.

Desta vez, ela explorou-lhe a boca, usando a ponta da língua para contornar os lábios firmes. Quando ele os abriu, ela provou tudo o que ele era. Thranduil se moveu para mais perto, abrindo sua capa e envolvendo-a, junto com seus braços, ao redor dela. O corpo dele era repleto de músculos fortes, e Airien se sentiu segura. Ele lhe dava essa sensação de segurança. Então, o som de passos a fez afastar-se.

-Vamos ambos temos muito trabalho a fazer e ainda preciso falar com o rei.

A SER CONTINUADO...

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CRONOLOGIA RESUMIDA. SEGUNDA ERA

2251 Os Nazgûl aparecem.

3261 Ar-Pharazôn, Rei de Númenor, vai às terras da Terra Média.

3262 Ar-Pharazôn vai a Mordor com uma grande força e demanda a redenção de Sauron. Sauron aceita ser tomado por Númenor na esperança de chegar a sua derrota por outros meios. Em tempo ele se torna um conselheiro confiável de Ar-Pharazôn e começa a corromper ele.

3310 Ar-Pharazôn começa a construir Grandes Fortalezas.

3319 Ar-Pharazôn expõe a tomar as Terras Imortais pela força. Eru causa tempestade para afundar a frota e Númenor é destruída sob as ondas. O corpo de Sauron é destruído, mas o seu espírito escapa. Elendil, Isildur, Anárion, o Fiel também escapam.

3320 Sauron retorna a Mordor. Elendil e seus filhos encontram o domínio de Arnor e Gondor.

3429 Sauron ataca Gondor e captura Minas Ithil. Anárion defende Osgiliath e Minas Anor e Sauron volta para Mordor.