TÍTULO: O NASCIMENTO DE UM REI-
AUTORA: Reggie_Jolie
CASANDO: Thranduil/(OC)
CENSURA: R
GENERO:Drama/Romance
BETA:
AVISOS: violência.
DISCLAIMER: Nenhum dos personagens me pertence. Todos vieram da mente brilhante de J. R.R. TOLKIEN, e, bem, essa é uma forma de homenagear esse autor de histórias tão brilhantes e fascinantes. Apesar disso os personagens originais (OC), e outros são meus e não podem ser usados sem autorização.
Pois Lúthien reuniu dois temas de palavras, a tristeza dos eldar e o pesar dos homens, das Duas Famílias criadas por Ilúvatar para habitar em Arda, o Reino da Terra, em meio às estrelas incontáveis. E, enquanto estava ajoelhada diante dele, suas lágrimas caíram sobre os pés de Mandos como chuva sobre as pedras. E Mandos se comoveu, ele, que nunca se comovera, desse modo até então, nem depois. O Silmarillion p 186
NOTA DA AUTORA 1:
Não há uma data de nascimento para Oropher, mas ele parece estar na migração dos elfos que viajou para o leste no ano 1000, contudo ele não aparece ou é citado nos acontecimentodas da Primeira Era, o que sugere (contudo Tolkien não quis dar-nos esta prova) que ele nasceu durante a Segunda Era. Os escritos de Tolkien levam-nos a acreditar que Oropher e sua família viviam em Lindon.
Ainda sobre o reino que Oropher veio a establecer em Rhôvanion, primeiramente ele e seu povo ( Sindar e Silvan) teriam se estabelecido em AMON LANC, longe o suficiente da influência dos Noldor. No ano de 1050 da terceira Era, a Floresta Verde, passa a se chamar "Floresta das Trevas" e com a chegada das aranhas, o povo de Oropher foi migrando cada vez mais para o norte até estabelecer-se as margens do Rio Encantado e do Rio da Floresta. .
NOTA DA AUTORA 2: Acerca de Lothlórien, no que se refere a Galadriel e Celeborn, o professor Tolkien fez várias versões da história e nenhuma é dita como a "verdadeira" optei pela grafia LÓRINAND, como está no Contos Inacabados página 478, que seria a grafia mais antiga. Lembre-se a fanfiction ocorre na segunda era.
Fonte: Encyclopedia of Arda e Tolkien Talk.
NOTA DA AUTORA 3: Os personagens abaixo pertencem a Tolkien, a descrição é somente para lembrar quem são e sua participação nessa fanfic.
Amdír/Malgalad. Rei de Lórien, até Batalha de Dargolad. Como Tolkien diz no Contos Inacabados que Oropher lutou ao lado dele, me pareceu plausível que Thranduil se sentisse mais a vontade em Lórinand, do que em Imladris.
Nellas. Esta personagem é minha. Não ela não é esposa de Malgalad, é apenas a curandeira de Lórinand.
NOTA DA AUTORA 4: No Atlas da Terra Média de Karen Wynn Fonstad, fala que Tolkien estabeleceu limites de velocidade e distâncias a seguir:
A PÉ: 24 A 30 minutos por milha
a cavalo: 9 minutos por milha (cavalos de Rohan); 8 por milha (cavalos dos Dúnedain).
Breve Cronologia
SEGUNDA ERA
1590- Celebrimbor forja os grandes aneis (Narya, Nenya e Vilya)
1600- Glorfindel volta dos Salões de Mandos, para aconselhar, Gil-Galad, Elron e Círdan.
1600- Sauron forja o UM ANEL.
1695. Sauron reune seu exercito e tenta invadir Eriador.
1697 Fundação de Imladris.
1700 Sauron é derrotado com a ajuda dos Numenorianos, no reinado de Tar-Minastir.
1800 Sauron estende seu poder no Leste
CAPITULO CINCO. OBRIGAÇÕES
1709
AMON LANC
THRANDUIL
Airien descobrira que ser casada com Thranduil não era uma tarefa fácil. Seu marido vinha com o seguinte letreiro, aceite-me como sou, pois não mudarei. Thranduil era um líder nato, acostumado a dar ordens e ser obedecido, e a despeito de ser a mais nova numa casa de cinco irmãos, ela não era exatamente inclinada a obedecer sem questionar.
Oropher não precisava da ajuda dela para administrar o reino. Galion era o mordomo e administrava tudo com extrema competência. Almare atendia pessoalmente o rei, e ela descobrira que também atendia a Thranduil. Agradecia todos os dias o chá quente que a elfa deixava ao lado da cama de ambos. Então Airien viu-se momentanemente sem ter o que fazer, coisa que não era de seu feitio.
Então o casal tivera sua primeira discussão.
Thranduil chegou de patrulha depois da meia noite. Estava ferido mas nada que Gwaeron não resolvesse, ele só não queria que Airien estivesse nas casas de curar. Havia um cheiro sempre presente de ervas aromáticas e flores secas ali.
-Aqui. Gwaeron indicou o lugar.
-Vamos retirar essa flecha. Ainda bem que você não o fez. Disse o curador enquanto retirava a seta. Ele advertiu o principe novamente.
-Vai doer.
-Faça! Não sou tão tolo assim Gwaeron. replicou Thranduil
Cerca de uma hora mais tarde Thranduil encontrou-se em seus próprios aposentos.O ferimento doía agora, apesar da bandagem e de ter parado de sangrar algum tempo atrás. A flecha de metal, por sorte, atingira sua costela de raspão e não estava envenenada, nem penetrara profundamente, de modo que ele só precisava suportar a dor desagradável.
Ele notou que Airien estava deitada sem se mover, virada do lado favorito dela, de frente para a lareira. Thranduil observou que ela dormia. As sombras lançadas pelo fogo da lareira faziam com que ora ela parecesse sorrindo, ora franzindo a testa. Mas ele percebeu que ela dormia tão profundamente que nem se mexeu.
Thranduil chamou-a.
-Melethril (amada)
Rapidamente Airnien voltou a consciência para deparar com um Thranduil com uma bandagem nas costelas, com as pontas dos cabelos chamuscadas.
-Por Iluvatar, o que aconteceu com você Herven-nín (meu marido)?
-Nada realmente importante Hervess-nin (Minha esposa).
-Não. Sente-se. Deixe-me examiná-lo.
Dedos delicados alisaram seu couro cabeludo, deslizando através de seu cabelo, movendo-se sobre os ossos e checando-lhe a pele no processo.
Nesse meio tempo, Airien consegiu arrancar de Thranduil o ataque dos orcs a patrulha, o incêndio numa parte da floresta.
-Uma flecha, um incêndio. É muito para processar. Você poderia ter morrido Thranduil
A exaustão que o levara a procurar seu descanso desapareceu sob o toque de Airien. Agora, ela estava parada na sua frente, os seios apenas a centímetros de seu rosto, deixando-o com a vontade crescente de tocá-los, de prová-la.
Thranduil abriu-se para ela e provou-a, antes de aprofundar o beijo, de maneira ardente. O cabelo dela caía ao redor dos dois, movendo-se cada vez que ela se mexia, roçando as peles de ambos com sua extensão sedosa.
O momento em que ele perdeu o controle foi quando Airien desceu a mão e tocou sua ereção. Envolvendo os dedos delicados ao seu redor, ela começou a acariciá-lo, a massageá-lo, enquanto o corpo de Thrandul esquentava mais a cada segundo de contato. Ele baixou o braço para tocá-la, traçando padrões na barriga dela.
Levantou-se sem movê-la, e depois, ergueu-a em seus braços. Ele riu quando a jogou sobre a cama e puxou as cobertas sobre eles. Logo, estavam deitados e aconchegados um nos braços do outro.
Airien não sabia quando tinha mergulhado num sono profundo, mas soube quando acordou. Deitado ao seu lado, Thranduil acariciava-lhe o seio, provocando-o gentilmente. Ele beijou-lhe a orelha, a respiração ali enviando ondas de calor por todo seu corpo. Quando ela arqueou-se para trás, ele desceu mais a mão.
Thranduil enrijeceu entre os corpos de ambos, ao acariciá-la. Sem uma palavra, puxou os quadris femininos na sua direção e deslizou entre as coxas de Airien. Desta vez, construiu o desejo lentamente, até que ela explodisse sob seu toque e sua posse.
-Airien?
-Mae (sim).Como você está se sentindo?
-Já tive dias piores.
Ela aproximou-se trazendo consigo um bule e então serviu uma xícara de chá.
-Isto vai ajudar a passar a dor. Beba.
-O que é?
-Chá de casca de salgueiro – respondeu ela, colocando a xícara sobre os lábios dele.
Thranduil bebeu devagar. O chá tinha gosto de mel com um toque amargo.
-Procure dormir mais um pouco Herven-nín (meu marido)– aconselhou Airien. – Você irá se recuperar com repouso.
Horas depois ao acordar, Thranduil deparou-se com Airien observando-o.
-O chá de casca de salgueiro ajudou a aliviar a dor?
-Sim, obrigado – disse ele, meneando a cabeça.
-Trarei outra xícara mais tarde. Preciso trocar a bandagem das suas costelas também.
-Você é extremamente competente como curandeira. Peço desculpas por ter desejado retira-la das Casas de Curar.
-Não devo estar ouvindo direito. Você pedindo desculpas.
Ao final ela foi falar com Oropher, que desejava saber noticias do filho, ele ficou contente ao saber que ele estava bem e que não havia sinal de perigo.
DIAS DEPOIS
AIRIEN
Os dias que se seguiram ao incêndio e ao ataque a patrulha de Thranduil foram absolutamente exaustivos. Oropher fervia de ódio e indignação. Seu filho tinha sido atacado. Airien chegara a pensar que sua viagem até Lórinand seria cancelada.
Era madrugada. Isso ela sabia. Afundou-se num monte de travesseiros felpudos e cobertores de lã, e se sentiu inevitavelmente engolida por uma montanha de plumas. Airien começava a detestar a mania de Almare de acrescentar travesseiros novos a sua cama. Eram uma verdadeira praga. Multiplicavam-se. Cada vez que se movia, a cama se movia com ela. Estava empurrando-a cada vez mais para dentro, como num casulo apertado.
Airien conteve um frustrado suspiro que enviou uma mecha de seu cabelo a acariciar o rosto de Thranduil. Ele o beijou quando escorregou suavemente por sua boca.
-Bem. Agora, posso levantar?
-Não. Disse Thranduil.
-Quando?- perguntou ela melancolicamente.
-Quando eu o disser-. Ele sorriu sedutoramente e se agachou para roubar um beijo
-Vamos nos atrasar para nossa própria viagem. Disse Airien em meio a risos
-Não vamos não. Essa viagem não começa sem a nossa presença. Argumentou Thranduil.
Um pequeno exército. Pensou Airien. Era sua escolta até Lórien. Sem contar seu esposo eram 36 soldados no total. Quarenta milhas a separavam dos livros tão desejados
À parte algum vapor úmido que se desprendia dos troncos de carvalho pelo calor do sol nascente, o bosque nebuloso estava silencioso. Frondosos ramos de cedro pendiam em repouso. Espessas samambaias agiam como silenciosas sentinelas. Nenhum besouro se mexia debaixo das folhas caídas.
No segundo dia de viagem a chuva se fez presente durante todo o dia, só parando a noite. E assim eles estabeleceram um padrão para a viagem. As paradas curtas eram para alimentação e logo a jornada era retomada. A noite eles acendiam uma fogueira e armavam tendas.
Em cinco dias chegaram ao primeiro povoamento de edain que moravam naquela região.
Não nos determos aqui. Vamos seguir o rio Anduin
Pronto. Daqui em diante faltam somente 22 milhas. Disse Thranduil. Ali no Leste está o vale de Imladris. Mas não é para lá que nos dirigimos Melethril.(amada)
Mae(sim). Airien então somente pode ver ao longe as Montanhas Sombrias. Ela e todos os demais seguiram o curso do rio. Thranduil estabelecera horários e turnos de vigia e assim fizeram por todo o tempo que levou para chegarem a Lórinand
LÓRINAND
-Quanto falta?indagou Airien
-Não muito. Olhe ali. Respondeu Thranduil
Então Thranduil apontou o que parecia ser uma montanha e ela viu várias árvores muito maiores do que havia em sua casa.
-Que árvores são essas?Airien voltou a inquirir
-São chamadas Mallorn.
-Seu amigo mora ali?
-Mae (Sim).
Então Airien percebeu que havia um anel de rochas e após esse um profundo fosso. Após estes eles viram as grandes árvores de Mallorn. Aquela era Lórinand, disse-lhe Thranduil.
Aquele era o naith de Lórinand, um triângulo de terra entre o Nimrodel e o Veio de Prata. Ali estava o fleet de Malgalad, contudo para chegarem a ele, teriam de deixar as montarias; dois dos elfos da comitiva ficariam a cargo das mesmas. Em pouco tempo seriam abordados pelos guardiões de Lórinand.
Parecia que eles falavam uma língua diferente ao olhos de Airien, mas em pouco tempo ela acostumou-se com os sons. Eles trajavam-se de verde, azul e cinza. Os arcos longos e as aljavas repletas de setas indicavam uma necessidade de proteção aquelas fronteiras. Só então Airien começou a perceber que andavam muito e parecia ser em circulos e se perguntou se isso era proposital, para nenhum visitante saber exatamente como se locomover sozinho por ali.
-Chegamos. O senhor os aguarda.
-Hannon le (obrigado) Halmir. Agradeceu Thranduil.
O elfo despediu-se com uma mesura.
Eles subiram uma longa escadaria que levava aos flet nos andares superiores. Era noite e tudo brilhava com uma luz azulada. E em pouco tempo Malgalad os recebeu.
Havia uma refeição posta para todos, que consistia de maçãs, peras e pêssegos fatiados e um pão, desconhecido para Airien chamado Lembas.
Ao amanhecer tudo era dourado. O ar tingia-se de dourado e rosa. Até as folhas das árvores pareciam douradas. Do alto da colina eles podiam divisar tudo ao redor. A brisa trouxe-lhe o cheiro de terra úmida e isso lembrou-a das casas de curar e suas ervas. Reacendendo nela a importante missão que tomara para si.
Então estabeleceu-se um padrão para os dias ali em Lórinand, onde Thranduil e Malgalad, saíam cedo para ver as fronteiras ou conversavam por horas intermináveis no flet de Malgalad, e Airien seguia Nellas e aprendia mais e mais sobre as capacidades de curar e conseguia cópias dos pergaminhos que Malgalad tinha ali. Eram três paredes forradas de pergaminhos, e tanto Nellas, como Malgalad sabiam onde estavam cada um dos que precisavam. Havia ainda pergaminhos em cestos no chão.
Nellas era mais alta que Airien, e trazia os cabelos castanhos claros, presos e entrançados formando uma coroa em sua cabeça. Era responsável ali em Lórinand, pelas Casas de Curar.
Nos últimos quatro dias haviam sido de uma tempestade torrencial, completa, com ventos e relâmpagos que cruzavam os céus e sacudiam tudo ao redor com um poder selvagem. O dia havia amanhecido claro e agradável, como se a tempestade houvesse colorido apenas na imaginação deles. E, quem sabe, não fora mesmo?
Airien examinou a mochila e tornou a conferir. Seus bens mais preciosos estavam ali. Thranduil riu.
-Não sabia que você apreciava tanto assim esses pergaminhos.
-Um dia você irá me agradecer Herven-nín (meu marido).
Eles voltariam para casa.
Além dos pergaminhos que levava consigo, ela aprendera mais algumas coisas que podiam ser essenciais nas casas de curar e Thranduil envolvera-se em longas conversas com Malgalad. Era certo que o período de calma em que viviam teria fim e logo.
A SER CONTINUADO...
