TÍTULO: O NASCIMENTO DE UM REI

AUTORA: Reggie_Jolie

CASANDO: Thranduil/(OC)

CENSURA: R

GENERO:Drama/Romance

BETA:

AVISOS: violência.

DISCLAIMER: Nenhum dos personagens me pertence. Todos vieram da mente brilhante de J. R.R. TOLKIEN, e, bem, essa é uma forma de homenagear esse autor de histórias tão brilhantes e fascinantes. Apesar disso os personagens originais (OC), e outros são meus e não podem ser usados sem autorização.

SUMÁRIO: Os elfos recebem noticias dos Nazgûl. Oropher envia Thargon para o reino élfico de Eriador. Os ataques de Sauron a Mordor, Gondor e a captura de Minas preparativos para a batalha da ultima aliança são intensificados.

NOTA DA AUTORA:

Os personagens abaixo pertencem a Tolkien, a descrição é somente para lembrar quem são e sua participação nessa fanfic.

Ereinion Gil-Galad, rei dos elfos. Sexto e último rei dos Noldor, firmou aliança com Elendil para atacar Sauron.

Amdír/Malgalad. Rei de Lórien, até Batalha de Dargolad

Celebrimbor. O maior artifice de Eregion, que fez os três anéis dos Elfos, é morto por Sauron.

Círdarn. Chamado de "o armador", elfo telerin, "senhor dos portos" de Falas; quando estes foram destruidos na batalha das lágrimas incontáveis (Nirnaeth Arnoediad); durante a Segunda Era era o guardião dos portos cinzentos no Golfo de Lhun.

CRONOLOGIA RESUMIDA.

SEGUNDA ERA

2251 Os Nazgûl aparecem.

2280 UMBAR é fundada pelos Homens do Rei.

2350 Os Numenorianos fundam Pelargir.

3261 Ar-Pharazôn, Rei de Númenor, vai às terras da Terra Média.

3262 Ar-Pharazôn vai a Mordor com uma grande força e demanda a redenção de Sauron. Sauron aceita ser tomado por Númenor na esperança de chegar a sua derrota por outros meios. Em tempo ele se torna um conselheiro confiável de Ar-Pharazôn e começa a corrompê-lo.

3310 Ar-Pharazôn começa a construir Grandes Fortalezas.

CAP 11. OS ANOS ESCUROS PARTE I

THARGON

A medida que os dias passavam, Thargon começava a entender que algo muito errado estava acontecendo naquela região. As árvores começaram a morrer, pântanos cresciam. E animais de especies nunca vistas antes começaram a aparecer por ali. Era precisamente esse tipo de evento que seu aran temia. E agora Thargon se perguntava se deveria voltar imediatamente a Greenwood ou explorar um pouco mais aquela região.

Alguns dias após sua chegada ali, Thargon conseguira de Caelean, o Jovem Senhor, a permissão para andar pela região, que era densamente povoada. Muitas das casas ali eram de madeira escura, portas pintadas de cores variadas e o telhado com cobertura vegetal, turfa. O sol, ainda que fraco, iluminava a tudo, destacando as cores daquela região e uma enorme floresta de pinheiros e carvalhos. Na vila, nas imediações do castelo, e ele ainda se perguntava se devia chamar aquela propriedade de castelo, vira um moinho e um forno comunitário. Conversando com os locais, descobrira que fora o antigo senhor que o construira. Havia silos e armazéns construidos em pedra. Thargon imaginou que foram retiradas das montanhas logo adiante. Percebera também que havia poços de agua escavados ali. Se necessário poderiam resistir bem a um cerco. Eles estavam longe do grande rio Anduin.

Ele passara o dia andando por lá. Se algum morador achou inusitado, não mencionou nada. Faltava ainda quatro horas para que se fizesse noite. Contudo aqueles que havia terminado suas tarefas diárias se recolhiam. A cavalo Thargon passou por uma casa pequena, ao lado um aprisco indicava a presença de ovelhas. Fumaça saía pela chaminé. Ainda escrutinando a região, Thargon ouviu o relinchar de um cavalo ao longe. Voltando-se na direção do som, reconheceu Caelean. Ele então esperou que o edain( humano) se aproximasse.

CAELEAN

Caelean puxou as rédeas de seu garanhão negro, Koda (amigo), voltou a cabeça, e logo obedeceu-lhe indo na direção que indicava. Havia avistado seu visitante. Não era sua principal intenção vigia-lo. Entretanto Caelean não era simplório a ponto de acreditar que Thargon era um mero viajante. Dera-lhe bastante liberdade, agora era a hora de conversarem seriamente.

Seu povo tem trabalhado bastante. Principiou Thargon

"Sim. O inverno está próximo. As colheitas precisam ser armazenadas. A lenha guardada. Enfim, fiscalizar tudo, organizar, estar presente é um trabalho que toma-me o dia inteiro."

"Aye(sim)" assentiu Thargon

"Entretanto não posso e nem vou me queixar. É o trabalho para o qual fui treinado por meu pai. Ele se foi cedo demais. Malditos orcs. Se aproximaram demais de nossas terras."

Caelean sorriu. Era um sorriso sincero. Que chegava-lhe a alma. Então pôs a mão no ombro de Thargon e disse-lhe:

"Eu não sei se agradeci apropriadamente por trazer Kelda, sã e salva para casa. Poupou-me um grande deslocamento Thargon."

Thargon assentiu em silêncio.

"Você é bem vindo se quiser ficar conosco. Kelda falou que é um excelente espadachim. Poderia trabalhar para mim se quisesse. Preciso de um mestre de armas". Afirmou Caelean.

"Não posso permancer."Respondeu Thargon

"É por causa de Kelda?" Indagou o jovem

Thargon ficou em silêncio e Caelean indicou que andassem. Quando estavam bem afastados de todos continuou a falar.

"Meu pai não era um homem comum. Ele criou a mim e Kelda de forma diferente. Ela sabe que a união dela com Ingvi é lucrativa para nós. Somos um povoado que está crescendo. Ingvi vem de uma família com mais recursos."

"Qual foi o preço da noiva?" Inquiriu Thargon

Caelean riu. Na realidade gargalhou. O visitante enfim deixara cair sua máscara. As negociações podiam começar.

"Kelda fez questão de que fosse um preço bem alto. Nada menos que 500 homens armados até os dentes. Sim. Parece pouco, mas não somos um povoado grande, você mesmo viu. Estamos espremidos entre as montanhas e temos uma floresta e largos campos a nossa frente."

Eles criavam gado. Era um gado marrom, enorme. Vira bois movendo o moinho comunitário. Vira também ovelhas e porcos. Era a fonte de riqueza daquele povo. Logo haveria gado e porcos para serem abatidos e carne para ser salgada. Parte das mulheres se ocupava em fazer o queijo e a manteiga, enquanto as outras fiavam, teciam e tingiam os tecidos. Os homens caçavam. O dia naquele lugar começava e terminava com muito trabalho

Thargon ouvia em silêncio.

"O casamento, não importando quem será o noivo, acontecerá em três dias." Assegurou Caelean

Thargon sabia que o edain o observava atentamente buscando alguma minima reação ao que havia afirmado. Ele falava em quebrar abertamente um acordo. Dependendo dos termos envolvidos, era inciar uma inimizada que poderia levar a uma guerra. Ele não era uma criança irreponsável e portanto nada afirmaria.

" Você é meu convidado." Informou Caelean

"Agradeço mais uma vez pela hospitalidade. E partirei logo em seguida." Informou Thargon

"É realmente uma pena que não possa permanecer conosco. Você poderia reconsiderar. Kelda e Ingvi, após o casamento não irão viver aqui."

"Kelda sabe que está aqui. E o que está fazendo Caelean?" inquiriu Thargon

"Não pense mal de mim. Eu acredito que Ingvi será um marido honrado para Kelda. Mas alguma coisa me diz que você seria melhor. Por isso estou aqui. E não Kelda não sabe dessa conversa"

"Em alguns dias voltarei para minha casa. Meu senhor me aguarda."

"Esse seu senhor tem nome Thargon?"

"Aye.(sim)".

Quando ambos chegaram ao castelo já era noite. Eles desmontaram no estábulo. Dois garotos correram para segurar os animais enquanto eles retiravam as selas. Caelean passou a sela para um dos meninos e pegou as rédeas de Koda. Sempre escovava as suas montarias, em especial Koda. Não queria que o garanhão machucasse ninguém, conhecendo o temperamento do animal. Escovou a crina branca do animal desfazendo o emaranhado. Após dar-lhe comida, passou pelas baias e acaricou a Adsila (flor). A égua branca relinchou em reconhecimento. Ela já havia sido alimentada.

Caelean despediu-se de Thargon e saiu dos estábulos. Parou na bomba d'água, lavando as mãos, os braços e o rosto. Estava finalmente pronto para entrar em seu castelo.

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KELDA

Finalmente, Kelda percebeu que não estava preparada para dormir, seus pensamentos continuavam vagando em diferentes direções e ela não sossegava. Desistindo, sentou-se na cama, tomando cuidado para não acordar Brenna, que dormia num catre, defronte a lareira. Vestiu a capa, introduzindo os braços nas mangas largas e longas e quase desapareceu na dobras do tecido pesado. Ela enrolou as mangas para cima e puxou o capuz para a cabeça, ficando com o rosto quase que completamente escondido, e só então deixou o quarto. Encontrou uma lamparina pendurada na parede e pegou-a para se guiar através da escuridão.

Sendo um eldar(elfo), Thargon enxergava longe sem problemas. Então não era a fraca iluminação do castelo, que o impediria de ver Kelda, passar. O que ela fazia saindo dali, a noite. Era véspera do seu casamento. E para onde a jovem se dirigia?

Ele a seguiu. Encontrou-a num dos pontos que levava ao alto do muro. Ela tencionava subir ali, aquela hora da noite. Para quê? Apertando o passo, ele a seguiu, segurou-a pelo braço, o que fez com que a jovem se voltasse para ele.

Os olhos negros escrutinaram-no por um instante. Mas a jovem não se moveu.

Tomando Kelda nos braços. Thargon abraçou-a.

Kelda — murmurou, introduzindo os dedos em seu cabelo e atraindo-a para mais perto. — Quero beijá-la, moça.

Thargon podia sentir o toque suave da sua respiração, afagando-lhe o rosto. Estavam bem próximos, entretanto esperou ser repelido. Quando ela não o fez, curvou-se e beijou-a do jeito que desejava há dias, há semanas, pelo visto.

"Venha comigo. Vamos embora." Ele fez o pedido ao se afastarem.

"O quê?" – Kelda arregalou os olhos, assustada.

"Venha comigo, Kelda." Thargon convidou novamente

"Você deve estar louco. Não podemos. Eu me casarei amanhã." Afirmou Kelda

"Você realmente o ama? Não está apenas honrando o acordo feito por seu pai." Perguntou Thargon

Ele percebeu uma centelha de dúvida. Então voltou a insistir.

"Diga sim. E seu desejo será uma ordem. Iremos daqui. Você nunca mais irá ver Ingvi. Venha comigo. Prometo que não deixarei seu irmão e seu povo desamparado."

Kelda olhava-o fixamente depois olhou para o chão em silencio.

Sendo um guerreiro Thargon pareceu reconhecer o momento de investir novamente. Então falou

" Não sou um rei. Não possuo riquezas. Mas sou um guerreiro. Venha comigo. Consigo a aliança que seu irmão e seu povo precisam para protegerem-se. Se teme que sua família fique desemparada, não ficará. Eu prometo. Não ficará." Insistiu Thargon.

Após um tempo em silêncio, a jovem falaou.

"Eu sinto muito se Caelean levou-o a pensar de outro modo. Eu reconheço, que olhei-o com outros olhos, logo que você me salvou. Contudo isso não é mais possível."

"O que está fazendo aqui fora então?" Thargon parecia aborrecido. Contudo o tom de voz dele não se elevara em nenhum momento.

"Eu perdi o sono. Eu não ia procurar você." insistiu Kelda.

"Está mentindo. EU sei disso. Você não é boa em mentir" asseverou Thargon

"Não. Não estou mentindo. Eu pensei bem. O melhor a fazer é casar-me com Ingvi." declarou Kelda.

"O que sei é que não consigo tirá-la da cabeça desde que nos conhecemos. Quando estou acordado, você é a dona dos meus pensamentos e, quando durmo, é você que está em meus sonhos."reiterou Thargon

"Não posso aceitar o que está propondo."

"Não há o que temer. Eu a tratarei bem, darei a você tudo o que desejar e que estiver ao meu alcance."

"Sinto muito Thargon. Eu realmente sinto muito. Mas não posso."

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UM DIA DEPOIS

Caelean subiu a escada que levava aos aposentos onde a irmã dormia. Ele bateu a porta e ao ouvir a permissao de Kelda entrou no aposento.

Velas tremeluziam em candelabros de ferro ao longo das paredes. Sobre uma mesa, via-se uma jarra de água e uma bacia, destinadas à lavagem das mãos e rosto, juntamente com várias toalhas. Uma cadeira de braços, coberta também com peles, encontrava-se junto ao fogo. Almofadas diversas tornavam o banco de madeira bastante acolhedor. Também sobre o leito viam-se peles macias e quentes, que deviam servir para agasalhar contra o frio

"Você tem certeza de que quer este casamento?" — Caelean finalmente perguntou. "Eu posso lidar com Ingvi e o pai dele. Não iremos começar uma guerra."

Kelda aproximou-se do irmão e o abraçou.

"Eu quero sim. Vou me casar com Ingvi"

"Eu pensei..."

"Não. Não irei faltar a palavra dada."

Caelean assentiu.

"Muito bem termine de aprontar-se. Já há uma pequena multidão lá fora." ele beijou-lhe a cabeça.

Dito isso ele saiu dos aposentos.

THARGON

A cerimônia seria realizada defronte a residência da família. Os convidados, todos do povoado, estavam no pátio aguardando o inicio. Todo o lugar estava repleto de flores, bagas e frutos. As pessoas que estavam ali acomodaram-se como puderam. Então Thargon percebeu que formavam-se dois caminhos.

Ao som melodioso das harpas e flautas, Ingvi, todo de branco, apareceu e passou por entre os convidados portando uma espada na mão. Ele parou diante de uma mulher, de longos cabelos brancos. A musica tornou-se mais frenética, se possível, e então Kelda apareceu. Havia fitas azuis da cor do céu a meia noite, entrelaçados no cabelo de Kelda. Ela estava vestida de azul também. Ela não usava joia alguma. Em sua cabeça uma coroa de flores. Ela percorreu todo o caminho e parou ao lado de Ingvi

"Quem dá essa mulher em casamento a esse homem?"

Caelean aproximou-se e tomou a mão de Kelda, e entregou-a a Ingvi.

A sacerdotisa sorriu.

"Kelda seu presente de noiva para o noivo."

Ela então entregou a ele um cabresto de boi. Simbolizando que passava a pertencer a ele. A uma palavra da sacerdotisa, Ingvi pegou a espada e entregou-a a Kelda. Que a exibiu dando uma volta com ela sobre a cabeça.

"Com essa espada você deve protege-la, honra-la". Disse a sacerdotisa.

"Agora os aneis." Disse a sacerdotisa. Os aneis foram dados a sacerdotisa. Ela aproximou-se de Ingvi e indagou.

"Voce tem perante o ÚNICO a inteção de casar-se, amar, honrar, respeitar e proteger essa mulher?"

"Sim. Eu tenho." respondeu Ingvi

A sacerdotisa voltou-se para Kelda e disse:

"Voce tem perante o ÚNICO a inteção de casar-se, amar, honrar, respeitar esse homem?"

"Sim. Eu tenho." respondeu Kelda

"Os aneis agora são um sinal de que voces estão unidos em a sacerdotisa."

Pronto estavam casados.

Dois bois inteiros foram assados. Havia frango, porco, ovelhas. Grande quantidade de pães e bolos. Havia cerveja e uma grande festividade. Ele podia entender isso. Aquele povoado ficaria isolado pelas neves do inverno. Celebrar aquele casamento era uma oportunidade única.

Ouvindo um burburinho Thargon voltou-se na direção do som e viu, Harek, Bjarni, Ingolf e Trygg, Leif. Thargon reconhecia os homens que eram mais próximos a Caelean. Nenhum deles estava vestindo cota de malha. Era uma festa. Thargon vira as espadas de cada um dos homens serem colocadas numa carroça aberta num ponto do patio. Se fosse necessário eles teriam fácil acesso a elas. Mas ninguém esperava por essa necessidade.

Os noivos estavam muito felizes e só tinham olhos um para o outro.

Ele pegou duas canecas de hidromel da bandeja de uma criada e estendeu uma a Brenna. A curandeira encontrara-o.

"Kelda teve muita sorte senhor."

"Aye (sim)."

A música começou a tocar e os jovens espalharam-se dançando. Comida e bebida eram servidas. Havia grande alegria como era esperado daquele dia.

"Aquela bela morena não tirou os olhos de você desde que chegamos."

Thargon olhou na mesma direção indicada pela curandeira, localizando a moça em questão. Ele não retribuiu o sorriso. Só tinha interesse em uma edain. E fora rejeitado. Ele precisava voltar para Greenwood. Havia muito a relatar. Seu trabalho ali estava completo.

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"CAELEAN"

Eram Trolls gigantescos que arremessavam pedras em direção ao muro. A medida que os buracos eram abertos, orcs montados em wargs atravessavam por eles. Como era noite e não havia lua, era muito dificil combatê-los.

Os infelizes escolheram bem a hora de atacar. Todos estavam embriagados. Haviam passado o dia inteiro na festa do casamento. Setas incendiárias atingiram as construções. A turfa queimava. As construções de madeira foram as primeiras a queimar. As chamas alaranjadas elevavam-se céu acima. Uma flecha assobiou no ar. O jovem Ingvi enrijeceu o corpo de repente e logo a seguir caiu para a frente. Um grito horrivel ecou pela noite e ele provinha da jovem esposa que via seu então marido ser morto a sua frente.

Às armas! Bradava Caelean

Os rostos deles estavam cobertos de vermelho. Se era sangue ou tinta, não chegara perto o suficiente para ver. Ele simplemente empurrou o escudo do oponente a sua frente. O orc se desequilibrou e Caelean passou a espada pelo braço da criatura. Sangue jorrou mas o ser continuou em pé. Ele empurrou o escudo, golpeando o orc com a bossa de ferro. A criatura foi ao chão. Puxando a faca da bainha em suas costas, ele afundou a lamina no pescoço e dirigiu seu olhar em busca de outro orc.

Ao ouvir um som como de um animal, Caelean voltou-se e desviou de um golpe na cabeça e partiu para cima do atacante, fazendo-o recuar alguns passos. Mas o orc lutou desesperadamente para se recuperar e voltou a atacar, gritando como um animal feroz. Caelean se defendeu com maestria e as espadas se cruzaram, deixando-os frente a frente. Caelean se aproveitou da proximidade e atingiu o outro com uma joelhada na virilha. Enquanto o oponente se contorcia de dor, ele se aproveitou e enfiou a espada no peito dele, matando-o de uma vez. Só então puxou a espada do corpo inerte e perscrutou a luta ao seu redor.

Viu Thargon que lutava com dois orcs ao mesmo tempo. Uma adaga fora lançada no pescoço de um orc. Ele viu a criatura levantar a mão ao pescoço. E então Thargon cortou o pescoço da criatura.

É hora de morrer elfo. Disse o orc

Não tenho medo. Disse Thargon. E era verdade

Ele investiu novamente para a criatura. A espada curva do orc ficou presa em sua armadura. Aproveitando-se desse momento. Thargon ergueu a espada e decepou a mão do orc. A criatura grunhiu. Rapidamente Thargon cortou-lhe a cabeça. Entao ele tirou a espada que estava presa ao seu corpo e jogou-a ao chão.

Caelean. Gritou Thaargon

O jovem senhor olhou em sua direção e Thargon indicou um lugar com a cabeça. O humano assentiu. Era chegada a hora de acabar com aquele ataque.

KELDA

Faltavam quatro horas para o amanhecer pelo menos. E fogueiras estavam sendo acesas. Os feridos, precisavam ser aquecidos, e tratados, estavam sendo levados para a casa de Caelean.

Coloquem os feridos a direita. Nação. Os mortos devem ficar lá fora. Serão arrumados e depois os cremaremos. A voz de Kelda se fazia ouvir.

Caelean ajudava a retirar os corpos dos orcs mortos.

Não devemos mante-los aqui. Levem-nos para o mais longe possivel. E em seguida queime-os.

Sim senhor. Respondeu Ingolf

Algum tempo depois, ao colocar a mão na testa de um jovem ferido, Brenna assustou-se com a alta temperatura. Tinha previsto aquela febre, mas todo o corpo do rapaz parecia pegar fogo. O ferimento teria sido bem limpo? Afligiu-se.

O que foi? Indagou Kelda

A febre de aumentou. Disse Brenna

O que posso fazer para ajudar? Kelda perguntou.

Vou precisar de água fria para banhá-lo.

Thargon que observava as duas mulheres interagindo, afastou-se e pouco depois ele retornou com água fresca e ficou observando Brenna cuidar dos soldados. Após retirar as bandagens, ela tornou a despejar uma boa quantidade de bebida alcoólica sobre os ferimentos, examinando-os com atenção. Sua testa franziu-se preocupada quando tocou com a ponta do indicador a carne inflamada.

As feridas estão bem limpas? - ele perguntou.

O Único permita que sim. Fiz o que estava ao meu alcance para limpá-las.

Thargon ajudou-a então a envolver os ferimentos em novas bandagens. Em seguida ele e Brenna foram se revezando para banhar o corpo quente dos soldados.

Pela manhã Caelean e Thargon percorreram toda a região a cavalo. O estrago feito pelos orcs era considerável. As casas mais distantes também foram atingidas.

Naquele instante ele abriu a porta, a luz do sol iluminando o local. As paredes, o chão de terra batida, e até mesmo o teto achavam-se coalhados de sangue. Os porcos, a lã dos carneiros, as penas das galinhas estavam salpicados de vermelho. E no solo, em meio às patas dos animais, viam-se os cadáveres contorcidos da família que morava naquela cabana: um homem, uma mulher e duas garotinhas, uma delas ainda um bebê.

Eles estão nos exterminando. E eu pergunto o porque? O que você sabe sobre essas criaturas Thargon? Indagou Caelean.

O Edhel ponderou o que deveria responder.

Já passa da hora de você falar meu amigo.

Assentindo Thargon afastou-se com Caelean.

Os edain precisavam de ajuda. Seu rei precisava de aliado. Era mais do que hora de estabelecer alianças.

HORAS DEPOIS

O corpo de Ingvi, fora posto numa liteira e era conduzido por seus soldados. O pai do rapaz estava desolado. Caelean levava Kelda pela mão. Vestidos de negro ambos acompanhavam a cerimonia de cremação.

O corpo fora posto numa pira. Kelda aproximou-se. Ela beijou-lhe a fronte. Demorou-se por instantes ali. Então afastou-se e voltou com uma tocha nas mãos. Ela olhou as pessoas ali presentes, e então ateou fogo a pira. As chamas elevaram-se consumindo o corpo de seus entes queridos.

A SER CONTINUADO...