TÍTULO: O NASCIMENTO DE UM REI
AUTORA: Reggie_Jolie
CASANDO: Thranduil/(OC)
CENSURA: R
GENERO:Drama/Romance
BETA:
AVISOS: violência.
DISCLAIMER: Nenhum dos personagens me pertence. Todos vieram da mente brilhante de J. R.R. TOLKIEN, e, bem, essa é uma forma de homenagear esse autor de histórias tão brilhantes e fascinantes. Apesar disso os personagens originais (OC), e outros são meus e não podem ser usados sem autorização.
SUMÁRIO: O AKALLABÊTH
CRONOLOGIA RESUMIDA
2ª ERA
3320. fundação de Arnor por Elendil
Fundação de Gondor por Isildulr e Anárion
3429. ataque de Sauron a Minas Ithil
3430
A Última Aliança dos Homens e elfos estão formadas.
3434
As forças de Sauron são derrotadas na batalha de Dagorlad fora do Portão Negro. O Cerco de Barad-dûr começa.
O cerco de Barad-dûr dura sete anos
3441
Sauron volta Barad-dûr e briga com Elendil e Gil-Galad. Sauron é enviado para baixo e Isildur corta o dedo de Sauron juntamente com o Um Anel. O espírito de Sauron foge do seu corpo e esconde-se.
NOTA DA AUTORA 1: O texto que estiver sublinhado foi retirado integralmente de O Silmarillion.
CAP 13. OS ANOS DE TREVAS PARTE III
THRANDUIL
Era noite. Com um archote na mão direita ele percorria os corredores daquela caverna até que encontrou seu amigo que chegara de viagem. Thargon estava no salão de treinos. Ele parecia relaxado. O que era uma ilusão. Como cresceram e treinaram a vida inteira juntos, Thranduil sabia que o suposto relaxamento do amigo, significava que estava pronto para lutar.
Estive procurando-o mellon.
E eu estava aqui.
Era notório que o outro havia treinado. Ele agora dedicava-se a limpar e a olear, calmamente a espada. Fora isso não se via um único fio de cabelo fora do lugar. Uma inspeção mais atenta poderia revelar algum amassado em seu traje. Mas aquele era Thargon.
Ele suspirou. Sentou-se, inclinando o corpo para frente, apoiando os cotovelos nas pernas.
Habitos edain Thargon Pilheriou Thranduil. Chamando atenção para a postura descontraída do amigo.
Thargon esboçou um sorriso.
Vamos lá. Um combate. Chamou Thranduil.
Thargon pareceu considerar.
Thranduil então pegou duas espadas e duas adagas.
Vamos lá. Vamos brincar um pouco.
Thargon sorriu. Thranduil não brincava. Nunca. Aquilo seria um treino sério. E ele já estava cansado. Contudo Thargon assentiu. Se era o que ele queria, um combate, era o que Thranduil teria.
Ambos avançaram. O som das espadas chocando-se percorreu o salão. Era tarde não havia mais nenhum edhel (elfo) por ali. Thranduil recurou e girou. Thargon acompanhou-o. Ambos se olhavam. Tentando prever o que o outro faria. Novo ataque e eles rapidamente dirigiram-se para um dos cantos do salão. Ao ver-se com a espada muito próxima ao rosto do amigo, Thragon sorriu.
Ambos giraram ao mesmo tempo e estavam novamente defronte um ao outro, testando e medindo forças, reconhecendo-se. Thranduil se inclinou, movendo a espada depressa, a espada de Thargon foi abaixada então ele sentiu um chute na lateral da perna esquerda, se desequilibrando momentaneamente. Num combate real, aquele instante seria a sua morte, pensou Thargon. Thranduil afastou-se.
As lâminas chocaram-se novamente. Ambos se estudando, pensando nos próximos movimentos. A vista disso, Thargon investiu contra Thranduil que esquivou-se com um movimento fluido e eles inverteram a posição e Thranduil agora tinha uma adaga particularmente afiada, encostada na nuca de Thargon. A respiração de Thargon não modificou-se nem por um minuto. Thranduil olhava atentamente seu amigo. Thargon fora descuidado. Bastava um pequeno movimento e Thranduil poderia facilmente ferir o amigo.
E então... foi tão ruim como você relatou ao rei?
Aye (sim). Voce ouviu todo o relato. Respondeu Thargon
Voce tem alguma dúvida Mellon? Inquiriu Thargon. A ponta da adaga, começava a enerva-lo.
O que você acha? Eu sei que você andou omitindo coisas. Só não sei a gravidade delas.Thranduil rebateu. Thranduil não se movia. Nem dava indicio algum de que o faria, e terminaria aquele combate.
Então...alguma novidade. Algo que eu deva saber. O principe insistiu
Silêncio. Um silêncio que se mostrava incomodo até que Thargon falou.
Não. Nada do que eu deixei de dizer prejudicará o rei ou qualquer pessoa aqui. O único a ser prejudicado sou eu. A perda é somente minha.
A adaga foi retirada.
Flexionando o pescoço e passando a mão pela nuca Thargon constatou uma pequena gota de sangue fluia dali. Ele olhou para o sangue na mão e o esboço de outro sorisso apareceu.
Isso era realmente necessário?
Olharam-se frente a frente.
Então Thranduil abraçou o amigo.
Consegui para você alguns dias de descanso. Vou partir amanhã. Afirmou Thranduil
Thargon assentiu em silêncio. Então certo de que a conversa com Thranduil acabara, ele afastou-se para guardar a espada e a adaga.
Thargon. Chamou Thranduil
O ellon (elfo) voltou-se.
Estou aqui. Se precisar de mim. Para qualquer coisa. Lembre-se disso.
E Thragon foi deixado sozinho.
AIRIEN
Airien fazia o inventário de tudo o que mantinham nas casas de curar, plantas, minerais, parte de animais, quando as imagens começaram a se formar. Era Eryn Galen sem dúvida. Mas no futuro. Airien sabia que alguns ellon e ellith, tinham essas visões, o que nunca lhe ocorrera. Então aquela visão era particularmente assustadora.
Havia neve. Muita neve ao redor. Toda a Eryn Galen estava coberta de branco. Ela se via. Estava mais velha. Quantos anos não sabia. E havia uma criança, de longos cabelos claros, brincando na neve.
GreenLeaf!
O menino olhou na direção do som, revelando olhos azuis, iguais aos de Thranduil.
Ada!
Ele correu e foi erguido no braços do pai.
Onde estavam seus outros filhos? Airen perguntou-se.
Ela viu-se erguendo do lugar onde estavam, e aproximando-se de Thranduil. Outra coisa que lhe chamou a atenção. Thranduil usava a coroa de Oropher. Seu esposo era rei. Quão distante esse futuro estava? As perguntas enchiam-lhe a mente. Airien não reconhecia o lugar. Era um jardim. Não estavam mais em Amon Lanc. Dez anos a frente? Vinte anos?
Então do mesmo jeito que viera, as imagens foram embora. Franzindo o cenho Airien pôs-se a pensar no que aquilo significaria. O que aconteceria com seus filhos? Sua familia diminuiria? Erguendo-se ela despediu-se de seus companheiros de trabalho e saiu a procura de Edrath e Herenvar.
Nana (mãe). Ambos falaram em uníssono
Morwen acompanhava-os como esperado.
Senhora, chamou Morwen.
Vamos. É hora de nos preparar-mos para a noite. Hoje não ficaremos com seu pai e seu avô. Ambos estão em conselho.
Edrath e Herenvar assentiram enquanto começaram a discorrer sobre o que haviam feito o dia inteiro.
AKALLABÊTH
NÚMENOR, A TERRA DA DÁDIVA.
Ilha de Helena
3319
Durante a permanência de Sauron em Númenor, ele começou a corromper os homens. Isso foi relativamente fácil, pois a população da ilha, desde 2029, estava dividida em duas hostes. Os homens do rei e os fieis. Os chamados homens do Rei, eram arrogantes e distanciaram-se dos Valar e dos Eldar. E do outro lado, havia a minoria, e esses eram chamados de elendili, os amigos dos elfos. Pois embora continuassem leais de fato ao Rei e à casa de Elros, desejavam manter a amizade dos eldar e escutavam os senhores do Oeste.
Quem é o Senhor do Escuro? Perguntou então, Ar-pharazon
E as portas fechadas Sauron falou ao Rei, dizendo-lhes mentiras.
É aquele cujo nome não se pronuncia mais, pois os Valar os enganaram a respeito dele, apresentando em seu lugar o nome de Eru, um espectro criado pela insensatez de seus corações, que procura acorrentar os homens em servidão aos Valar. Pois eles são o oráculo desse Eru, que fala apenas o que eles querem. Mas aquele que é senhor dos Valar ainda vencerá, e os libertará desse fantasma. E seu nome é Melkor, Senhor de Todos, Doador da Liberdade, e ele os tornará mais forte do que os Valar.
O rei então voltou-se ao culto do Escuro e de Melkor, seu Senhor, em principio em segredo; mas dentro em pouco abertamente e diante do povo. E eles o imitaram.
Com o passar dos anos, o numero dos homens do rei, só aumentou e os fieis, começaram a migrar para a terra média, passando a viver em Perlargir. O medo começou a aumentar na Ilha de Númenor.
Atendendo ao pedido de Sauron, Ar-pharazon, derrubou a árvore branca e em seu lugar, na cidade e Armenelos, a dourada, ergueu um templo enome branco e dourado.
Dali em diante, as labaredas e as fumaças subiam incessantemente, pois o poder de Sauron crescia e, naquele templo, com derrammento de sangue, tormentos e crueldade imensa, os homens faziam sacrificios a Melkor para que os liberassem da Morte. E o mais frequente era que escolhessem suas vitimas entre os fieis.
Assim, Ar-pharazon, rei da terra da estrela, chegou a ser o tirano mais poderoso que já havia existido no mundo, desde o reino de Morgoth, embora de fato Sauron tudo governasse por trás do trono.
3310.
Por nove longos anos, o rei Ar-pharazon sob a influência de Sauron, constrói uma gigantesca armada, a fim de chegar a Valinor, tentando alcançar a imortalidade. Pois o rei temia a morte mais do que tudo.
Os humanos, em especial Ar-pharazon, não aceitam a morte como uma dádiva. Eles queriam a imortalidade, falando da escolha dada a Earendil, que não seria justo com eles, contrariando a vontade de Iluvatar.
Quando os barcos ficaram prontos o rei e seus homens velejaram em direação ao Oeste. Eram muitos navios, e chegavam a escurecer o mar. Em sua nau, Alcarondas (o castelo do mar) Ar-Pharazon, de seu trono, que ele fizera instalar no barco, partiu em direção ao Oeste.
Em Andunie, do outro lado da ilha de Helena, Elendil, seus filhos, Isildur e Anárion, e outros fieis, fugiram em barco em direção a Terra Media. Eram nove navios no total. Ao longo da viagem por muito tempo os fieis, puderam ver a fumaça negra que se elevava da ilha de Helena, um sinal da luta que ocorria por lá.
Ao chegar a Valinor, o coração de Ar-Pharazon hesitou contudo ele acabou desembarcando e pisando na praia de Aman. O exército armou acampamento para o rei, do mesmo modo que ele fizera antes, quando fora até Mordor e desafiara Sauron.
Então abriu-se um grande precipicio, separando Numenor das Terras Imortais, os navios dos homen foram tragados pelo abismo. Principiou uma gigantesca tempestade. As ondas elevavam-se a alturas nunca vistas pelos marinheiros. Os barcos, eram jogados de um lado para outro, como se fossem de papel, os marinheiros gritavam. Raios atingiam os barcos, as velas pegavam fogo.
Em terra o rei, e os que pisaram a praia, foram soterrados, quando o cataclismo, fez com que as colinas desabasse sobre eles.
Então ouviu-se um grande estrondo, e a terra na ilha de Helena começou a rachar. O templo de Sauron, construido em honra a Morgoth, ruiu. Ao final dessa tempestade imensa a ilha de Numenor afundara no cataclismo. A Terra agora adquirira um novo formato, geoide, e Valinor fora retirada dela. Somente alguns poucos autorizados sabiam o caminho e conseguiram permissão para adentrar no Reino Abençoado.
A SER CONTINUADO...
