TÍTULO: O NASCIMENTO DE UM REI
AUTORA: Reggie_Jolie
CASANDO: Thranduil/(OC)
CENSURA: R
GENERO:Drama/Romance
BETA:
AVISOS: violência.
DISCLAIMER: Nenhum dos personagens me pertence. Todos vieram da mente brilhante de J. R.R. TOLKIEN, e, bem, essa é uma forma de homenagear esse autor de histórias tão brilhantes e fascinantes. Apesar disso os personagens originais (OC), e outros são meus e não podem ser usados sem autorização.
SUMÁRIO: Airen e Thranduil enfrentam o processo de luto. Minas Ihtil é atacada.
NOTA DA AUTORA: Os personagens abaixo pertencem a Tolkien, a descrição é somente para lembrar quem são e sua participação nessa fanfic.
Amdír/Malgalad. Rei de Lórien, até Batalha de Dargolad. Como Tolkien diz no Contos Inacabados que Oropher lutou ao lado dele, me pareceu plausível que Thranduil se sentisse mais a vontade em Lórinand, do que em Imladris.
NOTA DA AUTORA2:
Características fisico geograficas de Gondor: Planícies, florestas e montanhas.
Chefe(s) de Estado: Isildur e Anárion.
Capital:Osgiliath.
Moeda: Mirian (moeda de ouro), Castar (moeda de prata), Tharni (Moeda de prata menor, equivalente a 1/4 de Castar) e Copperling (moedas de cobre)
Informações retiradas do site. .
CRONOLOGIA RESUMIDA
2 ERA
3429
Sauron ataca Minas Ithil
3430
A Última Aliança dos Homens e elfos estão formadas.
3434
As forças de Sauron são derrotadas na batalha de Dagorlad fora do Portão Negro. O Cerco de Barad-dûr começa.
3441
Sauron volta Barad-dûr e briga com Elendil e Gil-Galad. Sauron é enviado para baixo e Isildur corta o dedo de Sauron juntamente com o Um Anel. O espírito de Sauron foge do seu corpo e esconde-se.
CAP 15. BETWEEN TWO FIRES
RHOVANION
AIRIEN
Você parece doente — murmurou Gwaeron.
Eu me sinto realmente doente — contou Airen. Ela estava recostada em vários travesseiros. A janela aberta deixava entrar o ar fresco.
Gwaeron inclinou a cabeça e a observou detidamente mais de perto.
Está com uma cor péssima mellon-amin.(minha amiga)
Ma (sim)
Você me preocupa. -Assentiu Gwaeron; O cabelo preto caía-lhe pelos ombros quando abanou a cabeça em claro sinal de preocupação.
Ele observou-a atentamente. Examinando-a. Airen ficou quieta então finalmente ele disse:
Do que você precisa? O que você quer?
Airen suspirou. Era um suspiro de puro enfado. Pôs as mãos no colo e falou.
Porque ninguém me permite sentir a falta dos meus filhos, como eu quero e preciso? Perdemos guerreiros nesse ataque. Suas famílias tem direito a luto. Porque eu não posso ter o mesmo? Estar nessa família não me permite ter direito ao luto? É isso? Você não tem nada para fazer nas casas de curar? Aquelas jovenzinhas já conseguem fazer o necessário sem orientação?
Não seja amarga Mellon-amin. (minha amiga) Eu tenho muito o que fazer. Mas sua saúde me preocupa. E não. Seu Herven (marido) não veio falar comigo. Eu a conheço há bastante tempo Airen.
Desculpe-me Mellon.(amigo)
Amargura não combina com você Airen. Chore. Recolha-se o tempo que precisar. Ninguem está esperando que você saia pelo palácio sorrindo, cantando ou algo do tipo. Quando sentir que já pode volte a vida. Seus filhos foram para os salões da espera. Você não. Não é justo com o restante de sua família.
Hannon-le.(obrigada)
Depois que Gwaeron se fora, Airien recostara-se na cama e acabara por adormecer. A língua húmida e áspera a deslizar pelo queixo assustou-a. Airien afastou o focinho do cão. Brog. O cão abanou o rabo contente. Airien esboçou um sorriso triste. Ainda estava decindindo o que fazer quando Brog saltou da cama e dirigiu-se a porta.
Uma batida e Thranduil entrou no aposento
Está acordada. Sente-se bem?
Não sei como me sinto. Garantiu Airien esboçando um leve sorriso.
Thranduil sorriu.Ele fitou-a longamente,o longo cabelo claro, grandes olhos verdes, e pequenos pontinhos dourados brilhando nos mesmos. Então indagou.
Você quer conversar agora?
Se eu responder que não você vai voltar para seus afazeres e me deixar aqui? Rebateu Airien
Uin (Não). Nós realmente precisamos conversar.
Airen sentou-se na cama, entrelaçou as mãos em torno dos joelhos e fixou o olhar em Thranduil. Que por sua vez sentara-se na ponta da cama.
Ela deixou a mão cair, sentindo um tremor de desejo. Havia uma enorme força nele.
Eles também eram meus. Você sabe disso. Eles não deveriam ter ido para o pátio. Uma série de erros lamentáveis terminou com muitas perdas, em especial as nossas.
Eles ficaram em silêncio durante um longo segurou-lhe as mãos o que fez com que Airen ergue-se os olhos e o encarasse.
Você lembra como você ficou quando Herenvar quase comeu o cogumelo vermelho?
Infelizmente sim.
Ele poderia ter morrido. Mas você não deixou. Você ficou apavorada, preocupada. Nenhum de nós dois poderia prever o que aconteceu. Gostaria de que você não desejasse tanto se juntar a eles.
Airen pode sentir a dor, a raiva, a frustração. Tudo estava ali diante dela. Ele permitia que ela visse cada um dos sentimentos e facetas que o compunha. Eles ficaram em silêncio por um longo tempo.
Eu significo tão pouco assim para você? Os salões da espera são tão mais atrativos?
Airien não respondeu e Thranduil trincou o maxilar, com raiva. Então ele se aproximou e a abraçou com força suficiente para doer.
Lágrimas brilharam nos cílios enquanto ela pensava no coração em agonia.
Eu realmente pensei. Eu realmente desejei. Mas eu não posso. Airen olhou-o de alto a baixo. Eu sabia que casar-me com você era um risco. Perdemos nossos filhos. Mas Iluvatar me perdoe. Eu não posso simplesmente desistir de você, sem você aqui, nada tem sentido.
E Airien não poderia dizer qual dos dois se moveu para dar o beijo. Simplesmente aconteceu.
Você é minha — dissera Thranduil. — Minha! E eu não a deixarei ir embora. Você não irá para os salões da espera. Não agora. Não sem a minha presença.
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DIAS DEPOIS
TRHANDUIL
Espadas senhores.
Os soldados nem piscaram. Era Thranduil que iria comandar aquele treino. Thargon aproximou-se. Os soldados entreolhavam-se.
Thranduil e Thargon estavam parados um defronte ao outro. A espada estava posicionada a altura da cintura. Golpear a virilha e o pescoço eram os golpes mais treinados e visados, um corte profundo ali significava que o oponente iria sangrar até a morte em segundos.
Thranduil mudou o peso do corpo, e a ponta da espada de Thargon balançou para seguir o movimento. Ele começou a girar em volta de Thargon, que permaneceu relaxado, as sobrancelhas erguidas sobre um rosto inexpressivo. Era uma coisa que a maioria dos soldados não sabiam fazer. Tanto o rosto de Thargon como o de Thranduil não indicavam o que eles estavam pensando. O próximo passo era sempre uma surpresa.
Aquilo era apenas uma demonstração. Logo em seguida os soldados iriam treinar o combate exaustivamente, por horas a fio. Todos os golpes seriam repetidos exaustivamente. Ao terminar todos iriam limpar, e polir as espadas, em seguida seria a vez da armadura. Peitoral, perneiras, elmo, grevas, tudo seria oleoado e limpo. Só então o treino teria fim.
HORAS DEPOIS
Havia uma mesa repleta de alimento: carne, pão, ovos, legumes e peixes. Frutas se empilhavam em tigelas de ouro. Galion estava ali. Ele era responsável pelo vinho. Pelas adegas do rei. Aquela era a mesa de Oropher. E para a alegria de Thranduil sua esposa estava lá sentada junto ao rei. Ele viu Oropher partir um pedaço de um bolinho e entregá-lo a Airien. Ela recebeu e agradeceu. Ela ria sem afetação e dispensava a mesma atenção a a cada pessoa que estava a mesa do rei.
Mentalmente ele agradeceu a Iluvatar. Ao que tudo indicava o recolhimento e o luto pelos filhos chegara ao fim.
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NA MANHÃ SEGUINTE
E para não perder o costume. Seu maior admirador enviou-lhe presentes.
Tranduil sorriu quando viu Airien revirar os olhos ao ver os presentes de Meldacar. Eram dois pacotes. Um saco menor e um embrulho maior. Ela abriu o saco de tecido, um pulseira caiu sobre a mesa. Airen olhou a pulseira, brincou por uns instantes com as contas brancas leitosas e devolveu-a ao saco. Airen estava usando um vestido de algodão verde que deixava os braços e o pescoço descobertos. Não usava jóias além de uma corrente simples, de ouro que ele lhe dera.
Ele não se cansa? O que eu preciso fazer para que isso cesse?
Thranduil ergueu os ombros num gesto de indiferença.
O outro embrulho era maior. Cuidadosamente ela desfez o laço e ergueu uma pele de lobo diante de si. A Pele negra e feulpuda estava costurada em uma capa também negra. Ela examinou-o atentamente por alguns minutos. Thranduil observou e esperou para ver o resultado.
Airen ergueu-se da cadeira onde estava sentada, e enrolou-se na pele do lobo. Só então asseverou:
Esta começando a esfriar. Vai ser útil.
Thranduil sorriu. Airen aproximou-se de Thranduil e declarou.
Quando você for a Lórinand, Herven-nin. agradeça a Meldacar. Isso é tudo o que ele vai ter de mim.
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"[...]Assim começaram os Anos Escuros, que os elfos chamaram de Dias da Fuga. Nessa época, muitos dos elfos da Terra-média fugiram para Lindon e, dali cruzaram os mares para nunca mais retornar; e muitos foram destruidos por Sauron e seus servos.[...] O Silmarillion P369
3429
GONDOR, MINAS ITHIL
ANÁRION
Os campos de Gondor, eram um lugar extremamente fértil. Dezenas de família viviam em vilas, cidades e fazendas. Os campos lavrados desciam até o rio Anduin. As fazendas eram grandes com fornos, silos para armazenagem de grãos. Lebbenin era a area mais povoada ali.
Então pareceu absolutamente certo que Isildur e Anárion também vivessem naquela região. Os filhos de Elendil estabeleceram-se nas fortalezas que foram construidas nas margens do rio Anduin. Minas Ithil, também conhecida como torre da lua, que era situada no flanco oriental, do alto das Ephel Duath, eles tinham por tarefa vigiar Mordor e Minas Arnor, chamada de Torre do sol no flanco ocidental. E entre as duas torres fora construida Osgiliath.
Durante o dia a cidade de Minas Ithil, era vista ao longe, devido a ser totalmente feita em pedra branca. Estava ali para dizer ao Inimigo que este não estava esquecido. A cidade crescera. A poulação de Gondor aumentava e parecia haver paz. Mas era apenas uma calma aparente. Do alto da torre de vigia, era possível ver a fumaça que se elevava de Mordor, indicando que o Inimigo estava ali e ativo.
No dia anterior chovera durante toda a manhã e a tarde. Na rua principal da cidade o movimento fora o mesmo durante todo o dia. As pessoas iam e vinham de seus afazeres. Entravam e saíam do comércio. Tavernas serviam bebida e comida. A chuva não era desculpa para a vida não seguir normalmente. As pedras do calçamento ficavam mais escorregadias.
O céu estava cerrado. As nuvens altas e cinzentas prenunciavam uma verdadeira tempestade. Nao havia lua no ceu. Nem as estrelas estavam ali para iluminar a noite. Contudo naquela noite em especial, os sentinelas praticamente, não viram os invasores chegarem.
Nesta noite Anárion não conseguia dormir. Ele tentara é verdade. Mas acabara por senta-se diante da lareria e observava o fogo crepitar. Então ele ficou a espera. Do que ele não sabia. Entretanto o sono não vinha a ele.
Quando Anárion ouviu soar o alarme ele soube exatamente porque não conseguia dormir. Era o inimigo novamente. Aquele que obrigara sua família a fugir de Numenor em barcos. Aquele que fora o responsavel pela destruição da terra onde nascera.
A cota de malha pesada, de elos entrelaçados deveria ser suficiente para protegê-lo. Ele pôs o elmo, ajustou as grevas e por fim pôs uma capa de preta. Os homens o esperavam quando Anarion assomou a muralha da cidade. Anarion imediatamente começou a dispor os homens.
Não quero prisioneiros orcs. Quero prisioneiros humanos. Entenderam?
Os homens assentiram. A cavalaria pronta a frente, seria a primeira a entrar em combate. Logo em seguida vinham os demais soldados a pé. Por ultimo os arqueiros em posição na muralha da cidade.
Ouviu-se o som de um trompa. E puderam ver uma luminosidade ainda que pequena, que indicava que o inimigo se aproximava. Havia orcs e lobos. Eram orcs maiores e mais inteligentes do que se estavam acostumados a combater. Anárion estava estupefato. Depois de algum tempo, ele assumiu seu lugar no centro da formação, um dos poucos homens montados ali entre os que portavam espada e escudo.
Olhando para as muralhas, Anarion ergueu a mão e a baixou de repente, e milhares de flechas foram lançadas ao mesmo tempo. Ele nunca deixava de se maravilhar com a pontaria dos homens que treinavam essa arte. E o efeito fora como esperado. Vários soldados dos inimigos caíram ao solo.
Anárion olhou ao seu lado e assentiu com a cabeça para os soldados montados ali.
Ataquem!
Os cavaleiros sairam em disparada, os cavalos bufando e batendo os cascos. Era uma questão de minutos até os dois grupos se chocarem. Cavalos de guerra. Exatamente como Anárion temia. Eram animais treinados para combate. Eles mordiam. Arrancavam pedaços. Do alto os cavaleiros também tinham mais chance contra os que estavam a pé. Cabeças eram decepadas.
Ataquem! Outra carga de cavalaria. Novo choque.
Ataquem! Comandou Anárion sendo que agora ele, estava entre os cavaleiros. Ele combatia com os soldados, não conseguia se ver em outra posição. Uma nova ordem e o centro do exercito avançou. Ele foi com os homens armados de espadas e machados, as armas erguidas para matar enquanto corriam e cavalgavam o mais rapido possível.
O choque de espadas forçou Anárion a frear sua montaria. O orc em questão era grande, forte. Os dois se encararam. A criatura investiu e conseguiu quebrar a ponta da espada de Anárion, que então atirou-a para longe e lançou-se sobre a criatura em questão. Era um movimento completamente arriscado uma vez que só lhe restava uma espada curta que ele rapidamente desembainhara.
Ele não viu de onde veio, a ajuda, mas uma lança perfurou a criatura, ele ouviu um som estrangulado, enquanto a criatura morria. Entretanto não havia tempo para comemorações. Eram muitos orcs a combater. O som caracteristico de metal contra metal era o que se ouvia. Um campo de batalha não é algo agradável. Pisa-se nos companheiros mortos, bem como inimigos. Há sangue, fezes, urina. O barulho é constante. Os gemidos dos que agonizam. Não era nada bonito.
O tempo passava e para desespero de Anárion o inimigo não parecia diminuir, o que constituia em grande risco para ele. Tudo o que ele e Isildur planejaram para aquele combate até então estava sendo inutil. Anarion percebeu estupefato que a infantaria estava parada, cercada pelo inimigo. Que infelizmente estava em maior numero. Ele calculava uns 8 mil. Eles iam tomar a cidade a qualquer momento. Anarion percebera seu erro. O inimigo deixara que ele tivesse a impressão de que estava ganhando, quando o cercara totalmente. Olhando ao redor ele percebeu que estava cercado por todos os lados exceto um. E era por esse lado que infelizmente eles teriam de fugir ou morreriam.
Havia uma linha a frente formada por humanos altos, de barba preta e grossa. Portavam espadas curvas e mortais e abatiam, essa era a palavra abatiam qualquer um que se aproximasse deles. Atrás deles orcs com grandes lanças esperavam a vez de combater. Um homem se adiantou. Era muito musculoso e tinha barba preta e grossa. Trazia uma tocha na mão. Tinha o peito sujo de sangue e um brilho de odio em seus olhos. Anarion viu quando ele agarrou um dos seus soldados pela garganta, com a mão esquerda, e puxou-o. O soldado teve uma morte rápida e limpa.
Anárion observou que seus homens morriam como moscas. Outros do seu séquito jaziam ali perto, alguns amontoados, uns sobre os outros, todos igualmentequietos. Homens bons e orgulhosos assassinados às dezenas. A cidade em chamas, sinalizava que o Inimigo estava ali e disposto a liquidar com todos os homens.
Ele tinha de recuar e deixar a cidade para o inimigo. Não havia outra alternativa. Anário olhou para os que o acompanharam e disse:
Corram! Salvem suas vidas. Olhou em volta, os demais assentiram e largaram as armas.
Gritos de triunfo da parte dos homens que combatiam pelo senhor do escuro soaram. Minas Ithil caira. Os primeiros raios da alvorada começavam a iluminar o lugar.
A SER CONTINUADO...
