TÍTULO: O NASCIMENTO DE UM REI
AUTORA: Reggie_Jolie
CASANDO: Thranduil/(OC)
CENSURA: R
GENERO:Drama/Romance
BETA:
AVISOS: violência.
DISCLAIMER: Nenhum dos personagens me pertence. Todos vieram da mente brilhante de J. R.R. TOLKIEN, e, bem, essa é uma forma de homenagear esse autor de histórias tão brilhantes e fascinantes. Apesar disso os personagens originais (OC), e outros são meus e não podem ser usados sem autorização.
SUMÁRIO:
CRONOLOGIA RESUMIDA
2 ERA
3431
O exército da Última Aliança se reúne em Valfenda.
3434
O exército da Última Aliança atravessa as Montanhas Sombrias. Eles são ligados por forças de Lothlórien, liderados por Amdir e da Floresta Verde, liderados por Oropher e Anões de Khazad-dûm. Os Homens das Montanhas quebram seu juramento a Isildur por se recusar a se juntar à guerra contra Sauron nessa época. Sauron destrói a terra das Entesposas nessa época para impedir que a Última Aliança usasse suas safras.
A Guerra da Última Aliança começa. Batalha de Dagorlad. Málgalad/Amdir e metade de sua força são mortos. Amroth se torna o Rei de Lothlórien. Oropher é morto. Thranduil se torna Rei do Reino da Floresta. As forças de Sauron são derrotadas. Sauron é cercado em Barad-dûr.
3440
Anárion é morto durante o Cerco de Barad-dûr.
3441
Elendil e Gil-galad derrotam Sauron, mas eles próprios são mortos. Isildur toma o Um Anel. Elrond e Cirdan aconselham Isildur a destruir o Um Anel, mas ele se recusa. O espírito de Sauron foge do seu corpo e se esconde no Leste. Minas Ithil é reivindicada por Gondor. Nessa época, Barbárvore sai em busca de Fimbrethil, mas não a encontra
FIM DA SEGUNDA ERA
CAP.19. A ULTIMA ALIANÇA. PARTE I
3434 DA SEGUNDA ERA
PLANICIE DE DARGOLARD.
OROPHER
O grande rio Anduin ficara para trás, dirigiam-se rumo ao Leste. Homens, elfos anãos. Infantaria, cavalaria, arqueiros. Diante de todos eles, toda a paisagem parecia ter sido reduzida a cinza e fogo. Um vento quente soprava vindo das cordilheiras chamadas de Ered Lithum e Ephel Duat. Não havia o menor indicio de vegetação. Tudo ali estava morto. As montanhas tinham um aspecto diferente elas pareciam ter sido quebradas caindo em penhascos e precipicios.
Ouviram o som como de um relâmpago. No entanto ao olharem para o céu não conseguiam ver o sol, obscurecido pela poeira que o vento quente trazia consigo. Oropher tinha certeza de que logo os humanos começariam a reclamar. Era uma planicie seca e quente. Não se via o sol, mas sentia-se o calor. As armaduras em breve se tornariam fornos sufocantes e todos que estivesem usando uma iriam fazer questão de retirá-la.
Após uma breve conversa, Oropher, Málgalad, Cirdan e Elendil decidiram acampar. Aquela seria a primeira noite que passariam ali.
Oropher não dormiu. Ele não tinha sono. Nem estava cansado. Mas compreendia que os humanos precisavam de descanso. Bem como os cavalos. Os soldados dormindo em cima de feno – só a tenda dos comandantes tinha mesa e colchão para dormir. A área mais protegida era o estábulo. As montarias eram muito valiosas por isso vigiadas constantemente.
Fogueiras foram acessas mais para iluminar a noite, do que pela necessidade de calor. Tudo que durante o dia era cinza, com a falta total do sol, tornara-se soturno. Não havia lua, ou se havia, sua luz não conseguia atravessar o ar poluido que havia ali. Os combatentes que não dormiam conversavam em voz baixa. Ninguém se atrevia a elevar a voz ali. Era a expectativa. Uma só faísca pensava Oropher e tudo seria posto a perder.
Em três dias de marcha eles chegaram a uma Encruzilhada no caminho. Mais uma vez se reuniam e batedores foram enviados a frente, para verificar o caminho e possíveis armadilhas. Noldor, Silvan, anãos e Edain aguardavam. Quando eles retornaram dando noticia de que não havia ninguém na estrada, retomaram a marcha.
A impressão que se tinha era que o desfiladeiro tinha sido cortado abruptamente e lá estava o grande portão negro, o Moranoon. Os penhascos de cada lado pareciam perfurados, cada abertura lembrava olhos e ninguém tinha interesse em descobrir que tipo de criatura fizera-os.
Vamos esperar eles atacarem? Indagou um edain
Não. Vamos atraí-los para longe do portão. Sugeriu outro
Não. Devemos liderar um ataque, abrir caminho entre os flancos. Os arqueiros nos darão cobertura. Disse Málgalad
Isso é bom, afirmou Oropher
O senhor morrerá se fizer isso. Sugeriu um Edain. Seus homens de confiança sustentarão esta formação até mesmo contra as almas dos mortos.
Então o que faremos? Vamos esperar que o inimigo se mova primeiro e decida os rumos da batalha?
Oropher e Malgalad se entreolhavam. Oropher não confiava o suficiente em Gil-Galad.
Ele está demorando muito. Ele vai esperar o inimigo mover-se primeiro? Indagou Oropher.
Entretanto não esperaram muito, ouviram um som alto e seco. O portão abriu e de lá saíram Easterlings, Numenorianos negros, goblins, havia wargs, havia lobos. Cada ser vivo naquele lugar tinha um partido, um lado e um papel a desempenhar naquela batalha.
As montarias dos elfos e humanos estavam impacientes. Pateavam o chão levantando mais poeira ainda. Ele não nascera para esperar. Oropher pensava. Milhares de estandartes com bandeiras e flâmulas tremulavam. O vento quente e seco soprava insistentemente. Ignorando os demais, Oropher desembainhou sua espada e com um grande grito de guerra se pôs a frente dos demais.
Atordoados os arqueiros puseram-se em formação de comabate e despejaram a primeira saraivada de flechas.
Gil-galad e Elrond viram atordoados o ataque que não mais era surpresa. Com lanças nas mãos e escudos formaram uma parede que resistia ao primeiro choque com os orcs. As espadas curvas e leves dos orcs chocavam-se com as espadas mais pesadas dos Sindar.
As lanças e alabardas eram usadas e os orcs eram derrubados de cima dos lobos. Então eram mortos sumariamente. Não queremos prisioneiros. Nisso Oropher concordava com Elendil. Não havia necessidade de prisioneiros.
Nova saraivada de flechas obscureciam a pouca lumisonidade existente. Anárion a frente de um grande grupo de homens de Gondor avançou logo atrás dos elfos.
Os martelos dos anãos esmagavam cabeças de orcs, mas para isso era preciso que eles fossem derrubados de suas montarias. Os corpos se acumulavam no chão e isso dificultava o avanço. As tropas de Sauron não avançavam muito. Elas mantinham-se em determinadas posições.
Elendil logo percebeu que eles tinham por objetivo defender o portão. O objetivo era cansa-lo e evitar que o portão pudesse ser atingido de algum modo.
Espadas em riste, os homens de Gondor marchavam. As flechas derrubavam orcs dos penhascos. Quando um grupo avançava os elfos erguiam os escudos e formavam uma parede. Era cansativo. Mas o escudo era uma arma além da proteção. Enquanto o inimigo era parado momentaneamente, outro soldado de posse de uma espada curta e afiada, cortava-lhe os tendões. Essa tática fucionava a contento. O próprio escudo élfico, que era pontudo de um lado, era usado como lança e ajudava a derrubar os inimigos.
Horas se passavam e Elendil tinha a impressão que não haviam avançado muito. A um sinal dele nova carga de cavalaria avançou cortando o grupo dos inimigos que avançavam.
Não queremos prisioneiros Gil-galad falava em alta voz para os que combatiam.
Dois orcs vieram. Vestidos de negro com armaduras, com arcos e flecha. Avançavam rapidamente.
O que você está olhando elfo? Indagou o orc
Um cadáver. Respondeu o ellon
Cheira a própria morte rebateu o orc. Ele ergueu o arco. Então uma flecha perfurou o próprio peito. O sangue negro começou a aflorar. Ele baixou o olhar para o próprio peito atordoado e ao levantar o rosto, uma espada élfica cortou-lhe o pescoço.
Hannon-le.
Os noldor se cumprimentaram brevemente e voltaram ao combate. Aos poucos o sentido daquela batalha ia mudando.
THRANDUIL
Ele enfiou a adaga na garganta de um homem com um golpe que seu pai havia ensinado há anos. Acertava com força e fúria, e seus oponentes balançavam e morriam. Precisava permanecer vivo. Não ousaria morrer ali.
Thranduil viu um dos edain gritar de frustração e medo quando sua espada se enganchou entre as placas de uma armadura. O humano tinha a cabeça totalmente raspada. Era moreno, alto, corpulento. Mas não era lento, como se esperaria de um combatente tão grande. Ele viu outro edain vir em ajuda ao soldado, e pôde ver quando uma adaga curta foi enfiada na virilha do homem, por baixo da armadura. Por fim o humano de Sauron tombou. Ele nunca entenderia o porque os edain se deixaram enredar por Sauron.
Ouviu uma praga. E virando-se Thranduil viu que um dos ellon cortava uma serpente ao meio com sua espada. Era uma guerra estranha. Até os animais tomaram partido nela.
No fnal do dia, o terreno era marcado em curvas e traços formados por homens mortos, como uma escrita de sangue no capim. Thranduil reconheçera o corpo do pai, ele estava a capa vermelha sobre a armadura, os longos cabelos claros, os olhos abertos mas completamente vazios. Thranduil ajoelhou-se atordoado. Ele havia visto o pai e Málgalad ignorarem a ordem de esperar. Contudo não vira o pai durante o combate, ocupado que estava na própria luta. Tudo era uma desolação ao seu redor.
A batalha havia acabado. Os mortos estavam caídos às centenas.
O que vamos fazer agora? Thranduil pensava.
HORAS DEPOIS
No crepúsculo, o acampamento se estendia por quilômetros em todas as direções, e a grande reunião ainda parecia insignificante na planície à sombra do portão chamado Morannon. Após o primeiro dia de batalha Málgalad e Oropher pereceram. Entretanto as forças de Sauron são derrotadas.
Os olhos azuis cerraram-se de novo. Ele sabia que precisava dormir. E iria. Mas somente depois que todos seus soldados estivessem descansado e a salvo. Aquela era a primeira noite do cerco a fortaleza de Barad-dûr.
Ao longe a montanha de fogo o Orodruim com seus cones de cinza e de onde saiam rios de lava e fogo, que corriam até desaparecerem dentro da terra outra vez. Ar quente, poluído. Eles estavam defronte a estrada principal que levaria até a fortaleza do inimigo.
A SER CONTINUADO...
