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Sumário: Voldemort foi destruído. O que mais é necessário para dois cabeças duras deixarem de esconder seus sentimentos? RH É MINHA PRIMEIRA FIC!

Spoilers

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Disclaimer: Todos os personagens são da tia J.K. e eu não quero ganhar "nenhum pila" com eles.

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Casamento na Bulgária

Fazia mais de dois anos que Vitor Krum terminara seus estudos em Durmstrang. Desde então, ele tinha começado a se dedicar exclusivamente ao quadribol. Sua carreira ia cada vez melhor. Sua posição, apanhador do Time Nacional da Bulgária, permanecia incontestável.

A guerra afetara pouco a Bulgária, mas como viajava bastante, devido ao quadribol, Krum tinha servido como uma espécie de correspondente para a Ordem da Fênix. Sua missão era colher e enviar informações do que estava acontecendo pelo mundo mágico.

Ronald Weasley nunca mais foi seu fã, não como era antes do Baile de Inverno.

Krum tinha escrito mais uma carta para Hermione. Eles nunca haviam deixado de se corresponder. Iriam se encontrar, após tanto tempo, em Hogsmeade.

Ron, apesar de procurar não demonstrar, convulsionava de tanta raiva. Milhares de dúvidas fervilhavam em sua cabeça: Por que ela nunca comenta o conteúdo dessas malditas cartas? Por que o Krum viria à Inglaterra, somente para falar com ELA? É o cúmulo! O que Hermione quer falar com ele? E, pior, sozinha! Que, diabos, de assunto particular eles podem ter? O que aquele Comensal da Morte disfarçado quer com Hermione? Quando ela vai parar de "confraternizar" com ele?)

Ron o vira entrar, tranquilamente, no Madame Puddifoot. (Que cretino! Ele escolheu um lugar onde os casais de namorados se encontram! Ou será que foi ela quem escolheu? Cadê aquela história de "Vítor é só meu seu amigo"? Só amigos, pois sim!)

Ele parecia o mesmo de alguns anos antes, um pouco mais maduro (Ele é muito velho prá ela!), talvez mais sério (O que ela vê nesse cara mau-humorado!), apesar de ter esboçado um largo sorriso quando viu Hermione. Se abraçaram. (Tira suas mãos dela, canalha! Que diabos de abraço é esse? Seu aproveitador! ) Escolheram uma mesa, meio afastada das outras, próxima a uma janela.

Madame Puddifoot se aproximou, provavelmente, para ver o que eles queriam. Krum trocou algumas palavras com Hermione, eles chegaram a um acordo. Alguns minutos depois, a corpulenta dona do estabelecimento voltou: Trazia dois cafés e, ao que parecia, alguns doces.

Ron lembrava do sermão de Gina sobre o quanto é feio espionar. Não conseguia entender porque, aparentemente, Gina estava ajudando Hermione a se encontrar com Vítor Krum.(O que a Gina e a Hermione andaram tramando? O que elas estão escondendo? A Gina sabe de alguma coisa. Ela podia me contar... Eu não ia, fazer nada... Eu acho...).

Mas, mesmo assim, conseguira "confiscar" a capa da invisibilidade de Harry. Esperou, ansiosamente, até que a porta se abrisse e ele pudesse entrar para escutar o que estavam falando. Até que enfim, um casal estava saindo. Sob a capa, procurando não fazer barulho, Ron aproximou-se da mesa onde conversavam. (Que absurdo! Porque eles estão, assim, próximos.) Seu estômago dava voltas e, certamente, se não fosse jovem demais, Ron teria tido uma violenta crise de gastrite, culminando com uma bela úlcera estourada.

"- Her-mi-ô-ni, finalmente a guerra acabou, isto me deixa muito aliviado." – disse ele com um olhar grave.

Ronald, quase passando mal, observou que o búlgaro ainda tinha um sotaque bastante evidente, mas seu inglês estava bem melhor. (Malditas cartas!)

"-Ora Vítor, estamos todos aliviados. Somos livres! E, agora, sabemos exatamente o que significa isso!" – filosofou ela. Ron a observava, pensando em como ela conseguia parecer incrivelmente inteligente, até quando falava as coisas mais óbvias do mundo...

"- Eu nunca fui e nunca vou ser totalmente livre, você sabe... Jogar quadribol é o que mais me faz feliz, e o que mais me faz infeliz, no mundo. Você nem imagina a estratégia que tive de elaborar para conseguir vir até aqui... incógnito! Amanhã, no mínimo, vai sair nos jornais, novamente..."

"- Você acha que vamos ter problemas? Sabe como é, nunca sei se aquela "besoura velha" da Rita Skeeter não está por aí... Até vejo a manchete: JOGADOR DE QUADRIBOL FAMOSO REENCONTRA ANTIGA NAMORADA EM LOCAL ROMÂNTICO DE HOGSMEADE!"

"- Não se preocupe, em breve não terão mais o que comentar, ou escrever... Ou, se cansarão..."- O búlgaro esboçou um sorriso.

"-Nunca se sabe... O que essa gente não faz prá ganhar algum dinheiro? Francamente!" – disse ela meio irritada, lembrando-se de quando seu "relacionamento" com Harry foi para o jornal e, logo depois, o interesse de Krum por ela.

"- Já estou acostumado a não fugir de boatos." – disse ele tranquilamente. Realmente, nunca havia se importado com aquilo que a imprensa escrevia, ou deixava de escrever, sobre ele.

"- É sobre o que estava na carta, não é? Chegou a hora! Não existem mais motivos para esperar..."– ela sorriu feliz

"- Pois é, eu venho pensando muito nisso..." – disse ele sério – "Sem Voldemort assombrando a todos... Casamento... É um bom momento, não é? "

"- Vitor, eu me sinto tão feliz! Finalmente vai dar tudo certo! " – ela disse dando o maior, e mais feliz, sorriso do mundo e o abraçando.

"- Devo confessar que já fiz todos os preparativos, na Bulgária, para a sua ida..." - ele também sorria.

Ron ficou chocado: O quê! Eles estão planejando se casar? Sem contar prá ninguém? Devem estar a meses trocando correspondência sobre isso... Por esse motivo ela não fala o que tem nas cartas! Ela sempre mentiu! Sempre haviam sido cartas de amor! Aquele idiota, filho-da-mãe, não se contentou só em beijá-la! O que já foi bem mais do que ele merecia! Desgraçado!

O mundo girava ao redor de Ron, centenas de idéias lhe vinham a cabeça e, todas elas, envolviam Hermione e... Krum: Como ela consegue ser tão falsa! Sempre falando: "Vitor é só um amigo"! E, de repente, vai se casar com ele! Quando ela ia contar prá nós, seus amigos? Aquela cara-de-pau da Gina devia saber! Por que a minha irmã é assim? Traidora! Ela me paga! Será que o Harry sabe? Que grande amigo eu tenho! Quando EU, Ronald Weasley, ia ficar sabendo disso?

Ron achava que poderia morrer naquele exato momento! (Onde está Voldemort quando precisamos dele? Bem que podia me lançar um Avada...) A porta se abriu, Ron aproveitou para sair. Não desejava ficar escutando os planos de casamento de Hermione e Krum.

Precisava de mais ar, de espaço para sua dor. Pensou, arrasado: Eu a conheço desde os onze anos! Como é que ele aparece, assim, de repente, e aconvida para um baile? E, ainda por cima, consegue beijá-la? Antes de eu sequer ter percebido o quanto ela é perfeita prá mim! Por que EU não a convidei para ir àquele maldito Baile de Inverno? Eu sou um idiota covarde! E, agora, novamente, ele surge, sabe-se lá de onde, e a pede em casamento!


N/A: O que está em itálico é o que os personagens estão pensando.

N/A: Quando o Ron vai deixar de ser tão impulsivo e de tirar conclusões precipitadas? Escutar conversas pela metade nunca dá certo...

N/A: Preciso de opiniões! O que vcs estão achando? Sugestões? Confiram as traduções!

NO PRÓXIMO CAPÍTULO: Toda a verdade sobre o relacionamento de Hermione Jane Granger e Vítor Krum!