Uma Mulher Chamada Sakura
Capítulo 10 – Revelações De Um Passado Sombrio
§ Shoran §
- Eu matei minha mãe!!!
Não... Alguma coisa estava mal explicada naquela história toda. Eu tinha certeza disso! Ela parecia tão inocente em meus braços naquele instante... Como poderia vê-la como uma assassina? A mulher que eu amo! Não, Sakura não havia feito aquilo!
Mas, ainda assim... A curiosidade me corroia por dentro. Eu tinha que perguntar. Eu precisava perguntar.
- Como assim, Sakura? Do que você está falando? Mas... Mas que história é essa?
Minha voz não demonstrava a confiança que queria demonstrar, e que, apesar de tudo, ainda sentia. Sakura não fez isso!
Ela não respondia. Não falava nada. Só... Chorava... E mais e mais lágrimas caíam de seus olhos.
- Sakura... Por favor! Explique essa história direito! Como assim matou sua mãe? Sei que não seria capaz de fazer uma coisa dessas...! Está... Está brincando comigo?
Mas que pergunta mais tola! Era só olhar para o estado em que ela se encontrava para saber que aquilo não era brincadeira nenhuma. Mas era tão difícil de acreditar...!
- Sakura...
Ela não ouvia... Ou fingia não ouvir. Sakura, por tudo que lhe é mais sagrado... Fale comigo! Não fique assim... Não sabe o quanto sofro? Faz idéia do que é ver essa tristeza em seu rosto para alguém que já o viu brilhar de alegria? Não faça isso comigo... Por favor...
- Sakura... Sakura! Estou falando com você! Olhe-me nos olhos!
Observei-a lentamente erguer a cabeça, ainda soluçando, até que seus olhos encontrassem os meus. Apesar de toda aquela tristeza que a rodeava... Ela continuava tão bela! Seus olhos, mais do que nunca, brilhavam parecendo duas esmeraldas. Duas pedras preciosas.
Meu coração encheu-se de certeza. Não, aquele anjo não havia feito aquilo.
- Conte-me, Sakura. Conte tudo! Tire esse peso do seu coração... Me deixe ajudá-la, pelo menos uma vez!
Seus olhos arregalaram-se, e meu coração falhou por um momento quando viu novamente aqueles olhos. Deus... Como poderia existir criatura tão linda? Ela continuava me encarando, surpresa. Um sorriso formou-se em meus lábios. Motivo? Por que precisaria eu de um motivo?
Como poderia ser mais afortunado? Tinha um anjo em meus braços. Um reles mortal com um anjo nos braços. Poderia ser mais afortunado?
- Shoran!
Senti ela me abraçar com força. Parecia tão desesperada! Como não abraçá-la também? Uma vez mais... Uma vez mais aproveitei minha chance. Segurei aquele corpo frágil e apertei-a forte contra meu peito. Como era bom! Deus, como era bom!
- Fale, Sakura... Deixe os fantasmas do passado irem embora... Fale.
Ela me soltou por um momento, só por um momento. Encarou-me, face a face. Fez um leve movimento com a cabeça, quase imperceptível, dizendo sim. Depois disso, abraçou-me uma vez mais. Senti-a respirar fundo em meus braços e sua leve respiração em minha pele. Meu coração pulava de alegria dentro do meu peito.
Ela se afastou de mim, e fechou os olhos. Parecia resgatar acontecimentos passados de sua memória. Deixou-se ficar um tempo assim... E eu me sentia nervoso! A curiosidade ainda me dominava! Mas esperaria o tempo que fosse preciso. Quando voltou a abrir os olhos, sabia que ela estava preste a me contar algo que pensou que não compartilharia com ninguém. Mas havia resolução em seu olhar.
- Isso foi há... Deixe-me ver... Ah, sim! Isso foi há sete anos atrás, se não me engano. Sim, sete anos, mais ou menos. Numa época em que eu ainda tinha sonhos. Esses sonhos tolos, sabe? Típicos de meninas ingênuas. Típicos dessas meninas que pensam que um dia encontrarão seu príncipe encantado; que a felicidade é inesgotável, assim como a paz; que, assim como nos livros, na vida também há finais felizes.
Olhei espantado para Sakura, que tinha um sorriso amargo no rosto. Havia tanta mágoa assim em seu coração? Senti uma raiva mortal do responsável por tudo aquilo pelo qual ela havia passado. Mas não iria interrompê-la agora, só pioraria as coisas.
- Tolice. Tudo tolice! Não existe... Não existe essa coisa que chamam de final feliz. É tudo uma mentira. Vivemos num mundo de mentiras, Shoran. E eu aprendi isso do pior modo possível.
Sentia meu coração cada vez mais pesado. O olhar de Sakura... Estava tão opaco! Então, ela mergulhou totalmente no mundo de lembranças que ela, finalmente, depois de tanto tempo mantendo aquela dor só para si, revelava.
§ Sakura §
Fechei meus olhos mais uma vez. Eu havia começado... Agora terminaria! Eu precisava contar. Meu coração não agüentava mais aquilo. Precisava desabafar!
Olhei para Shoran. Como ele estava sendo bom comigo... Aquele olhar! Aquele olhar quente me confortava tanto! Era o que me motivava a continuar... Por um instante, me permiti viajar no tempo e lembrar de como havíamos nos conhecido.
Quando o arrogante, teimoso, machista... Meu inimigo!... O estrangeiro mal indesejado... Havia se transformado no atencioso, confidente, carinhoso e belo Shoran? Eu não sabia... Em algum momento de minha vida. Em algum momento de minha história.
Então mergulhei naquele mar de lembranças, onde por tanto tempo sentia-me afogar mais e mais. Nada me impediria agora. Fui lembrando de tudo conforme as palavras saíam de minha boca, revelando meu passado sombrio a Shoran.
Sete anos atrás
- Sakura! Venha logo, Sakura! Menina levada... Já pôs o vestido?- Uma mulher perguntava encarando uma porta. Uma voz alegre vinda de dentro respondeu.
- Já estou pronta, tia Mieko! E não sou levada!
- Então o que é, menina?
A porta se abriu bruscamente, revelando uma bela garota, no auge de seus dezesseis anos. Um sorriso largo se formou em seus lábios enquanto levantava o dedo para cima, com pose de quem sabe tudo sobre a vida.
- É diferente, tia Mieko... Não sou levada, sou divertida! Então, aprovou o meu vestido? Não gosto muito dessas roupas ocidentais. São muito cheias de babados... Mas admito que são bonitos! Será que é melhor pôr o azul? Por que papai pediu para eu colocar esse vestido?
A mulher soltou um riso gostoso olhando para a garota que estava parada na sua frente, com uma pose engraçada, pose esta que era para ser séria, e que nada combinava com ela.
- Calma, menina! Uma pergunta de cada vez... Sou só uma! Esses adolescentes de hoje em dia... Têm pressa para tudo!
- Mas... Não vai dizer o que achou? – Disse Sakura rodopiando no meio do corredor, tentando mostrar seu vestido de todos os ângulos possíveis para Mieko.
- Está encantadora, pequena. Rosa fica melhor em você, está perfeita!
- Estou mesmo?! – Disse a garota dando pequenos pulinhos e abrindo um sorriso ainda maior na face, depois de ver o aceno de Mieko, afirmando que sim. – Mas não me disse o porque de eu estar usando isso!
- Isto é uma surpresa! Só vai saber depois que descer! Por que está me olhando assim, pequena? – Mieko perguntou, ao notar o olhar desconfiado que a garota tinha.
- Hum... É uma surpresa boa ou ruim?
A mulher encarou os olhos verdes ansiosos da menina que amava como filha. Não pôde evitar rir diante da inocência de Sakura.
- Uma surpresa boa. Tenho certeza de que vai amar!
- Então o que estamos esperando? Vamos logo para baixo!!! – Disse Sakura já em disparada, descendo a escada.
- Essa menina... – Mieko disse com um pequeno sorriso nos lábios.
§
- Sakura, quero lhe apresentar seu novo professor de piano: James Langdon. Ele veio da Inglaterra só para ensiná-la. – Disse Fujitaka com feições meigas.
Um homem com não mais do que vinte e cinco anos se levantou. Seus cabelos, negros como a noite, pareciam brilhar quando a luz da sala batia em seus fios, e seus olhos acinzentados demonstravam inteligência. Ele curvou-se graciosamente para Sakura.
- É um prazer finalmente conhecê-la, senhorita. Soube que, na verdade, já sabe tocar... Só precisa se aprofundar, não?
A garota abriu um grande sorriso, o que fez seus olhos brilharem mais ainda. Ainda sentia a face ruborizada, devido à beleza do homem que a encarava. Reparava na face perfeita do Sr. Langdon, parado na sua frente... Nunca havia visto um ser tão bonito! E ele era tão diferente dos homens que conhecia!
- Sim, minha mãe me ensinou tudo que sei! Não é muito, mas... Sempre amei tocar piano! Não acredito que meu pai tenha, finalmente, realizado meus desejos e contratado um professor para me ensinar... Estou tão feliz! Nem sei como te agradecer, papai!
- Só esse sorriso já me basta, filha.
Sakura sorriu mais ainda para o pai. Ele era tão bom! Não poderia ter pedido a Deus pai melhor que aquele!
- Sr. Langdon...
- Oh, não, por favor! Chamem-me apenas de James. Afinal, conviveremos juntos um bom tempo. – O charmoso rapaz disse, abrindo um sorriso de dentes perfeitos. "Como um príncipe!", pensou Sakura.
- Como quiser, James. – Fujitaka disse com um sorriso no rosto. – Mieko irá te lavar até seu quarto. As aulas começarão dentro de dois dias. Já te mostrei onde é o salão de música, e creio que não terá nenhum problema, mas, caso tenha algum, qualquer seja, basta perguntar para alguém daqui que todos te ajudarão com prazer! Espero que goste de nossa casa!
- Não se preocupe, senhor. Tenho certeza de que irei apreciar a estadia!
§
Uma garota tocava uma música animada no piano, num compasso rápido, sem demonstrar dificuldade alguma, e com os olhos fechados, ouvindo o resultado de seu próprio trabalho e esforço. Um par de olhos acinzentados observava tudo do outro lado do cômodo.
Quando o último acorde foi tocado, e a música acabou, Sakura abriu os olhos e encarou James alegremente. O homem a olhava com um sorriso e batia palmas, aparentando orgulho.
- Parabéns, Sakura! Impressionante! Sete meses e já está tocando com essa desenvoltura e habilidade! Você definitivamente possui muito talento, querida!
Sakura corou ao escutar o apelido que ele havia lhe dado, e pelo qual costumava chamá-la. "Querida"... Era tão bom escutar aquela palavra da boca dele! Sim, em sete meses ela já tocava perfeitamente, e somente as músicas de mais alto grau de dificuldade existentes faziam-na cometer alguns erros.
Havia se esforçado muito. Seu sonho era poder cantar e tocar para outros. Passar o que sentia, seus sentimentos, para as outras pessoas. Compartilhar sua felicidade! Seu sonho... James sempre demonstrava muito orgulho quando a ouvia falar sobre seu sonho. Mas... O que diria ele se soubesse que havia outro motivo pelo qual se esforçava?
O que ele diria se descobrisse que todas as manhãs ela se dedicava ao estudo do piano, não somente porque gostava, mas também porque desejava passar mais tempo na companhia daquele homem tão cortês e bonito? Que seu esforço, normalmente, era para impressioná-lo... Fazê-lo notá-la? Ela não sabia.
Mas ele era seu príncipe! O destino o havia mandado para ela! Então, ela sabia, um dia teria coragem suficiente para contar-lhe, e ele lhe diria: "Sakura! Quanta felicidade me traz! Se soubesse como te amo, também! Mas tinha medo de contar-lhe... Que não correspondesse aos meus sentimentos e nossa relação nunca mais fosse a mesma!".
Sim, era isso que ele iria dizer. Ela tinha certeza. Afinal, era tudo obra do destino...! Baixou o rosto, envergonhada, mas não sem antes direcionar um sorriso àquele rapaz especial. Seu príncipe!
§
O homem saiu do quarto, para o alívio de Sakura, Fujitaka e Touya, que esperavam, impacientes, por notícias de Nadeshiko. A doce mãe de Sakura sempre havia tido uma saúde fraca, sempre havia sido muito sensível... Mas era tão bondosa! Parecia não se importar com o fato de saber que não teria uma vida assim tão longa, e continuava a espalhar a felicidade pela casa.
Fujitaka foi o primeiro a falar.
- E então, doutor? Como ela está?
- Não se preocupem. Ela já está bem melhor, e não corre risco de vida. Mas... Sua saúde piorou, e está mais sensível do que nunca. Não permitam que ela faça esforços muito grandes... Isso é muito importante!
Todos escutavam tristes as más notícias que o homem já idoso lhes dava. Mas pelo menos a doce Nadeshiko estava viva. Isso era o mais importante!
- É provável que ela sinta outras recaídas... Mas isso não a colocará em risco de vida se, sempre que isso acontecer, aplicarem uma dose disso aqui. – Ele disse colocando em cima da mesa uma caixa grande de madeira com vários frascos com um líquido amarelado. – Por enquanto isso a manterá saudável. Pode ser que num futuro não muito próximo, um ano, talvez dois, o remédio não faça mais efeito. Vamos torcer para que isso não aconteça.
O médico enxugou o suor da testa com um paninho branco. Estava cansado, preocupado. Mas... Quem não estaria? Todos conheciam a doçura e a bondade de Nadeshiko. Todos se sentiam abalados e tristes por ela.
Ninguém fez comentários depois do que o médico disse. Estavam chocados demais. Reparando que ninguém se pronunciaria, o médico deu as últimas recomendações.
- Não estranhem se, depois de aplicarem a injeção, Nadeshiko sentir uma dor forte por alguns minutos. É normal, e não durará mais do que três ou quatro minutos. Também acho que ela irá ficar de cama por uns dias ainda. Quando ela se recuperar, levem-na ao ar livre de vez em quando, isso fará bem a ela. Mas não permitam que se esforce! Depois levem-na para a cama novamente. Já aviso que ela irá se cansar com facilidade.
Todos ainda estavam chocados. Por que uma pessoa tão boa e pura como ela tinha que passar por tudo aquilo? Ninguém entendia.
§
Sakura se dirigia para o quarto de James com os passos hesitantes. Ela tinha que contar tudo o que sentia para ele! Depois que soubera do estado da mãe, ficara completamente deprimida. Amava tanto sua mãe!
Passou pelo salão de música e olhou o piano, no meio do cômodo. Ainda se lembrava das tardes que passara com a mãe, sentada naquele mesmo banco com ela a seu lado, ensinando-a os primeiros acordes no instrumento. Bons tempos! Ah, como sentia saudade desses bons tempos...
Outra vez aquela tristeza invadiu seu peito. Precisava falar com alguém, precisava desabafar. Precisava ser consolada, abraçada... Precisava do amor de seu príncipe!
Apesar de toda a resolução que tinha, hesitou quando se viu diante daquela grande porta de madeira, a única barreira entre ela e James. O que ele diria quando soubesse?Ora, mas é óbvio que ele a amava também! Sakura se reprimiu por ter se permitido fraquejar. Contaria tudo naquela noite!
Respirou fundo e bateu forte na porta, que segundos depois se abria, revelando a bela face do europeu. Ele era tão lindo...! E doce! Poderia existir homem mais perfeito? E ele logo seria dela!
- Sakura...? Deseja alguma coisa?
A garota permaneceu parada na porta, encarando James.
- Aconteceu alguma coisa? Sakura?
- Minha... Minha mãe... Ela está... Muito mal. – Dizia a garota com a voz quase inaudível. Lágrimas se formavam em seus olhos, e Sakura evitava ao máximo derramá-las. Baixou a cabeça, para que ele não visse o estado em que se encontrava.
Mas a garota foi pega de surpresa, quando se sentiu ser envolvida por braços grandes e quentes. Os braços de seu príncipe! Sentia-se tão protegida! Deixou-se ser abraçada por longos minutos, retribuindo o mesmo afago e envolvendo-o também em seus braços.
- James... Tem uma coisa que eu preciso te contar...
O rapaz soltou-a um pouco e encarou, com seus profundo olhos cinzas, os verdes esmeralda de Sakura. Aquele olhar fez ela ferver por dentro! Havia tanta ternura lá!
- O que foi, Sakura? Pode me contar, querida.
Sakura sorriu feliz ao ouvir novamente ele chamando-a de 'querida'. Sim, ela iria contar-lhe!
- Eu... Eu amo você, James!
Encarou longamente o belo rosto surpreso do homem que amava. O que ele lhe diria? Agora, depois de ter seu segredo revelado, começava a sentir um temor invadir seu corpo... E se... E se ele não sentisse o mesmo que ela? Tinha quase certeza de que sim! Estaria ela assim tão enganada?
- Sakura... Estou tão feliz! Não faz idéia do quanto desejei ouvir essas palavras da sua boca!
Sakura arregalou os olhos, surpresa. O peito encheu-se de felicidade. Deixou um grande sorriso formar-se em sua face. Como sonhara, idealizara aquele momento! Sentiu seus lábios serem tomados por outros quentes e gentis.
Seu primeiro beijo! Sentiu a inexperiência abatê-la. Nunca havia beijado antes, não sabia como beijar!
- Calma... Eu te guio...
Ouviu ele dizer docemente. Sim, não havia problema nenhum... Ela aprenderia, por ele. Sentiu sua boca invadida, e aos poucos passou a imitar os movimentos de seu amado. A sensação era tão boa!
Quando se soltaram, ela sabia que era a mulher mais afortunada do mundo... Daquele dia em diante... Aqueles momentos de alegria seriam muitos...
§
Descansou a cabeça no peito forte de James. Sakura abraçou aquele corpo tão quente e acolhedor. Sentiu ele beijá-la novamente, ao mesmo tempo em que sentia aquelas mãos percorrerem seu corpo em busca dos fechos do vestido.
- Não... Espere um pouco, James... Eu... Eu ainda não estou pronta para isso... Por favor...!
O rapaz se afastou um pouco nervoso. Respirou fundo, tentando se acalmar.
- Desculpe, mas é que não me sinto pronta...
- Não se preocupe, Sakura. Irei respeitar suas vontades! Mas quando estiver pronta, por favor, me avise.
Sakura sorriu, feliz. Seu amor era tão bondoso e compreensivo com ela. Já estavam juntos há mais de quatro meses, mas ele continuava respeitando as vontades dela.
- James... Você promete ficar comigo para sempre?
- Claro, querida! Você é o amor da minha vida... O ar que eu respiro! Sabe disso! Só que... Bem...
- O quê? Qual é o problema, James?
- Você sabe que não poderemos casar, não é? Sua família nunca permitiria...
- Como assim...? Do que você está falando?
- Sakura, você é de uma família nobre. E eu... Eu sou só um reles professor que mal tem como se sustentar quando não encontra um trabalho!
Sakura discordava. Claro que eles permitiriam! Eles desejavam a felicidade dela, não?
- Ora, tenho certeza de que eles permitiriam, en...
- Não, Sakura... Eu sei que não. Se soubesse o quanto desejo me casar com você! Mas sei que nessas condições não é possível... – Disse o homem com um sorriso amargo na face.
- Mas... Tem que haver alguma maneira de nos casarmos!
James levantou os olhos e encarou Sakura por uns segundos...
- Bem, há, mas... Não, esqueça! Isso não seria certo!
- O quê? O que não seria certo, James? Se for para ficarmos juntos, para nos casarmos, tenho certeza de que está tudo bem! Diga qual é a sua idéia!
- Sakura, esqueça! Nunca daria certo... Apesar de ser o único meio, não sei...
- Diga! Pode dizer!
- Nós poderíamos fugir.
- Fugir? – Sakura demonstrou o quanto havia desapreciado a sugestão pelo tom de sua voz.
- É nossa única alternativa... É o único jeito de ficarmos juntos, Sakura. Imagine! Poderemos construir uma vida nova, eu conseguiria um emprego, você poderia cantar para a nobreza de Londres...
- Londres???
- Sim... Eu sei que é um lugar distante e completamente estranho para você, Sakura, mas imagine...! Poderemos ter a eternidade, passar a vida inteira juntos! Confie em mim, Sakura!
A garota encarou o homem que tanto amava. Não era bem o que tinha em mente, mas... Se era para ficar com ele, seria capaz de fazer isso. Se era para poderem ficar juntos, faria aquilo com muito prazer. Sorriu docemente para James.
- Está bem. Vamos fugir. Quando será?
- Seu pai não está aqui, não é?
- Não... Ele está numa reunião com os mongóis. Ele partiu faz duas semanas, não lembra?
- É que quando estou com você perco a noção de tudo ao meu redor... E quando ele retornará? E seu irmão, onde está?
- Acho que em uma ou duas semanas... Depende.Touya está com o papai.
- Então, iremos na próxima lua cheia! Daqui a dois dias! É tempo mais que suficiente para que peguemos todos os nossos pertences.Não conte isso para ninguém, Sakura... Nem mesmo para Mieko!
- Bem, é meio súbito, mas... Está bem.- Sakura disse depois de um longo momento de silêncio.
- Façamos assim... Amanhã vamos nos reunir antes da janta, e combinaremos todos os detalhes. Fique com suas coisas prontas já para esse horário, Sakura!
- Vamos fugir amanhã à noite? Não íamos na noite de lua cheia? – a garota perguntou, confusa.
- E vamos! Mas não podemos correr o risco de nos atrasar... E cuidado, não deixe nenhum criado ver as suas malas!
Sakura encarou aqueles orbes cinzas... Ficar longe de sua família não era exatamente o que desejava, mas se era para ficar com seu amor, seria capaz de renegar certos desejos seus. Seu coração precisava daquele amor, sua alma precisava daquele homem, mais do que tudo.
- Combinado, James.
O homem abriu um sorriso, contente. Tudo daria certo! Se afastou de Sakura ao ouvir alguém se aproximar. Aquilo ainda era um segredo deles!
- Melhor você ir agora, Sakura. Alguém está se aproximando, e não podemos nos arriscar muito agora. Tudo dará certo, você verá! – O rapaz disse antes de depositar um beijo nos lábios de Sakura e se afastar.
- Sim... Claro... Até depois, James...
Sakura saiu da sala e foi para o seu quarto fazer as malas. Dois dias...
§
- Já tomou seu café da manhã, Srta. Sakura? – A criada perguntou com um sorriso. Adorava aquela menina assim como todos naquela casa.
- Já terminei, Hina... Pode tirar a mesa, já estou de saída.
- Sim, senhorita. A propósito, Mieko estava te procurando... Acho que irá encontrá-la na cozinha terminando de preparar o desjejum do Sr. Fujitaka!
- Já estou indo. Obrigada, Hina! – Sakura disse enquanto se retirava e tomava a direção da cozinha.
Encontrou a mulher que tanto gostava em frente ao fogão, onde ela normalmente estava.
- Queria me ver, tia Mieko?
- Ah, aí está você, menina! Sim, eu preciso falar com voc... – A mulher foi interrompida por uma criada, que entrava desesperada no cozinha, mal podendo respirar.
- Mieko! Rápido! A Sra. Nadeshiko está tendo mais um dos seus ataques!!! Rápido!
Sakura arregalou os olhos, ao mesmo tempo em que Mieko enxugava as mãos e corria na direção do quarto de Nadeshiko. Sakura não hesitou em ir atrás. Quando as três chegaram no quarto, depararam-se com uma das mais tristes cenas que já haviam presenciado.
Nadeshiko se encontrava pálida e caída no chão, tremendo e gritando de dor. Sakura sentiu seu corpo paralisar ao ver sua mãe. Ela tinha manchas arroxeadas nos braços e sangue saia de seu nariz. E gritava de dor.
Sakura estava chocada. Era a primeira vez que testemunhava um dos ataques de sua mãe. E Nadeshiko sempre fazia questão de usar roupas de manga comprida para que sua família não notasse seu estado precário. Sua mãe estava assim tão mal?
- Sra. Nadeshiko! Precisa ficar na cama! – Mieko dizia enquanto tentava erguer a mulher doente com a ajuda da outra criada, e colocá-la de volta na cama. Nadeshiko soltou um grito doloroso ao sentir-se ser erguida. Com muito custo, finalmente conseguiram acomodá-la, mas a pobre mulher ainda gritava de dor. E Sakura só conseguia observar aquela triste cena.
- Pegue o remédio e a seringa, Tsukushi! – Mieko disse para a outra criada, que se apressou em obedecer a ordem. Mieko já estava pronta para aplicar a injeção, quando sentiu sua mão ser segurada firmemente pela de Nadeshiko.
- Por favor, Mieko... Não... Por favor! Dói tanto! Eu não quero sentir isso de novo! Já estou cansada!
- Lamento, Nadeshiko... Mas é preciso! Sei o quanto sofre, mas se eu não fizer isso a dor será ainda pior e você poderá morrer. – Ela disse antes de aplicar a injeção na mulher, a contra gosto.
Nadeshiko gritou mais forte ainda, sentindo aquela terrível dor invadir seu corpo. Lágrimas de dor passaram a acompanhar seus gritos. Sakura saiu correndo dali.
§
- Lamento que tenha testemunhado aquilo, menina. É horrível, eu sei... Não havia reparado que você estava lá...
- Não... Cedo ou tarde, eu tinha que descobrir a realidade... Era só isso que tinha para me falar, Mieko? – A garota perguntou abatida.
- Sim. Não se esqueça, Sakura! É muito importante!
A menina apenas acenou com a cabeça antes de se dirigir até a sala de música, onde James a esperava. Quando entrou no recinto e o encontrou lá, a sua espera, correu em sua direção e se jogou em seus braços. Procurou seus lábios, ansiando por um beijo... Um pouco de conforto. Assim que se separaram, James começou a contar seu plano.
Assim que anoitecesse, Sakura iria até a cabana abandonada, que era o lugar mais perto da estação de trem... E longe o suficiente para que, se dessem falta da menina, não tivessem tempo o bastante para impedi-los. James a encontraria lá e então pegariam um trem e partiriam para o cais mais próximo. De lá, iriam até a Inglaterra.
- E Sakura... Você precisa fazer mais uma coisa... Nós vamos precisar disso... Muito.
- O quê?
- O dinheiro de seu pai.
- Como??? Você quer que eu roube meu próprio pai???
- Não é bem assim... Nós vamos precisar disso... E nós poderemos devolver depois de um tempo, quando tivermos arranjado nossas vidas. E seu pai tem muito dinheiro! É só você pegar metade da quantia que ele tem no cofre do quarto dele. Ele tem muito mais nos bancos!
- Mas... ! E... Como você sabe do cofre do meu pai???
- Não há tempo para explicações agora, querida... Só faça o que te peço, por favor. – Ele disse, deixando uma Sakura muito nervosa e confusa para trás.
§
Dia da Fuga
Sakura desceu da carroça, amarrou os cavalos e entrou na cabana, onde haviam combinado de se encontrar. Tinha a impressão de que havia esquecido algo... Não o dinheiro, pois esse não planejava trazer, mesmo. Encontrou James sentado em um monte de feno, esperando-a. Assim que a avistou, levantou-se.
- Vou por minhas coisas na carroça... Suas coisas já estão todas lá?
- Sim... James...
- Ótimo, então. Vamos logo, não temos tempo a perder...! Por que está parada aí? Vamos! – Disse o rapaz pegando suas coisas e se dirigindo para a carroça, dando as costas para Sakura.
- James... Eu não trouxe o dinheiro.
O rapaz parou no mesmo instante. Sakura sentiu um medo horrível invadi-la quando viu o homem que amava cerrar as duas mãos com forças e virar na direção dela com o rosto em chamas.
- Como é que é??? Eu falei para você trazer o dinheiro!
- Mas... É que eu não achei necessário. Nós vamos construir uma vida nova... Só nossa, meu amor. Não precisamos do dinheiro de ninguém! Tudo o que precisamos é um do outro!
James riu da garota ingênua parada na sua frente.
- Sua vadia, imprestável! Eu disse para você trazer o dinheiro! Tenho que agüentar por um ano esse seu jeito meloso e você não é capaz de realizar um pedido meu? Você é uma imprestável! Estragou tudo!
- James! Do que está falando? Era só dinheiro! Não é nada em comparação ao nosso amor!
- Cala boca, imprestável! Você é mesmo uma idiota, não é? Eu estava te usando... Quando cheguei aqui, não tinha esse intuito. Não estava sendo fácil, sabe? Estava devendo até os ossos, e quando Fujitaka me chamou vi a oportunidade perfeita de escapar e ainda ganhar um dinheiro...
Sakura escutava assombrada tudo o que aquele homem lhe dizia. Aquilo era um pesadelo? Só podia ser! O que mais seria? Aquele à sua frente era James, aquele homem doce que também a amava. Só podia ser um pesadelo... Ou o inferno.
- Mas quando percebi que a ingênua filha daquele homem rico caía de amores por mim... Como eu poderia não aproveitar? Mas você estragou todos os meus planos! Me fez agüentar essa chatice de amor isso, amor aquilo... E nem consegui ir para a cama com você... Mas, acho que isso pode ser resolvido... Um pagamento por ter estragado tudo... – James dizia enquanto partia para cima de Sakura. Mantendo-a embaixo de si à força, o homem rasgava o vestido da moça, enquanto ela tentava encontra um meio de escapar. Como tudo havia ficado daquele jeito?
Sakura começava a gritar, mas era em vão. Ninguém os escutaria lá... Sentia seu corpo ser violado por aquelas mãos agora grotescas e uma reviravolta no estômago quando lábios rudes tomaram os seus a força. Sentia vontade de vomitar.
- Por que luta tanto, meu anjinho ingênuo? Você parecia gostar antes.- Perguntou ele tentando beijar Sakura novamente. Ao tentar, a garota, sem saber o que mais poderia fazer, morde o lábio do seu atacante, fazendo um corte nos lábios do homem.
- Sua vadia! – James gritou ao sentir o sangue na boca. Não hesitou em dar um soco na face de Sakura, que parou de lutar um momento e passou a chorar e gritar novamente, totalmente arrebatada.
Sakura entrou em total desespero quando sentiu aquele ser repugnante tocar seus seios. Procurou alguma coisa que pudesse usar para se defender. Sentiu sua mão agarrar uma coisa redonda e dura. Uma pedra... Não pensou duas vezes antes de atingir o homem na cabeça. James estava desacordado sobre ela, e Sakura logo empurrou-o e correu para a carroça, não conseguindo evitar as lágrimas de continuarem caindo. Com o coração despedaçado, voltou para casa.
§
Estava entrando em casa quando avistou Mieko e os criados chegando também. Seu coração falhou. Agora se lembrava de tudo... Como podia ter se esquecido???Então era isso que havia esquecido... O pedido de Mieko, na noite passada... Depois de ter visto sua mãe naquele estado...
- Menina? O que está fazendo aqui fora? Não era para você estar com sua mãe enquanto eu estivesse fora com os criados fazendo as compras para o inverno???
Sakura saiu em disparada para o quarto de sua mãe. Como pôde ter se esquecido do pedido de Mieko de cuidar de sua mãe aquele dia, pois todos estariam fora? Ela havia falado com ela ainda ontem! Mas ela estava ocupada pensando somente nela... Na sua fuga... No seu amor acabado. Como pôde ser tão egoísta?
Chegou no quarto, mas sua mãe não estava lá. Desesperou-se. Onde poderia ela estar? Correu por toda a casa, mas não a encontrava em lugar nenhum. Já estava desistindo, quando avistou um corpo caído no chão do salão de música. Correu em sua direção, com o coração nas mãos.
Sentiu seu corpo congelar ao ver que sua mãe estava fria e não se mexia. Com cuidado e dificuldade, deitou Nadeshiko num sofá que havia no recinto.
- Mãe? Mãe? Acorde, por favor! Não me deixe aqui sozinha... Não agora que mais preciso de você... – Sakura sentia o gosto salgado das lágrimas na boca... Seu coração doía tanto! – Me desculpe, mãe... É tudo culpa minha... – Seus soluços eram a única coisa que quebravam o silêncio do local.- Por favor, mãe... Desculpe!
- Sakura? ...Não chore, minha filha... Por favor... – Uma voz fraca se pronunciou. Sakura ergueu a cabeça e encontrou sua mãe com um sorriso fraco na face.O estado de Nadeshiko era tão precário! Sua pele estava branca, e as manchas roxas agora estavam em todo o corpo. E estava tão gelada... Um dia! Um descuido! E isso acontecia.
- Mãe? Você não morreu... – Um sorriso apareceu no rosto de Sakura, ao mesmo tempo em que lágrimas caíam sem parar de seus olhos. – Tudo vai ficar bem, agora. Eu vou pegar o seu remédio e você vai melhorar... Eu não vou mais me descuidar, prometo! Você vai ficar bem, agüente só mais um pouco, que eu vou trazer o remédio.Você vai ver! Agüente só mais um pouquinho!
- Sakura... Por favor, não... Não me faça sentir aquela dor novamente. É como se todos os meus músculos fossem esticados até arrebentarem... Por favor, não! É horrível... E eu já estou cansada disso tudo... Deixe-me viver em paz meus últimos minutos de vida.
- Mãe... Pare de falar besteiras! Você vai ficar bem... Eu sei que vai! Eu vou buscar o remédio.
- Sakura... Por favor... Eu estou bem. – A mulher disse, mas uma crise de tosse seguiu sua fala. Ela fechou os olhos, mostrando todo o cansaço que sentia, e Sakura teve a impressão de que ela não iria mais abri-los. Mas ela abriu. – Eu só não quero mais sofrer. –Nadeshiko disse antes de abrir um sorriso e olhar docemente para Sakura.
Mais lágrimas caíram dos olhos de Sakura, que já estava em desespero. Tantas desgraças num só dia! E tudo por culpa dela...
- Só te peço uma coisa... Sakura... – Mais uma vez uma crise de tossido a interrompeu. – Toque para mim... Ainda não tive a chance de ouvir você tocando. – A mulher disse com a voz fraca.
Sakura lançou um último olhar para sua mãe, antes de se dirigir ao piano e tocar uma triste melodia, ao mesmo tempo em que cantava, pondo para fora toda a dor que havia dentro do seu coração. Depois de ter ouvido a canção, Nadeshiko disse suas últimas palavras... E morreu.
Momentos Atuais
§ Shoran §
Olhei Sakura. Então isso que havia acontecido... Não sabia ao certo o que dizer... Nem o que pensar.
- Sakura... Então você cantou para sua mãe...? – Uma frase sem nexo para o momento, eu sei... Ainda mais depois de tudo o que ela havia me contado. Mas por algum motivo, sentia uma vontade enorme de perguntar. E estava em completo choque, não conseguia raciocinar direito.
Ela apenas me encarou e levantou, se dirigindo para a casa. Segui-a, sem saber qual era o lugar para o qual ela ia. Descobri logo, assim que cheguei num salão, onde um piano se encontrava no meio dele. Sakura sentou-se no banquinho, e começou a tocar e cantar com aquela sua linda voz.
Mamma
(Mãe)
You gave life to me
Você me deu a vida)
Turned a baby into a lady
(Transformando um bebê em uma moça)
And mamma
(E mãe)
All you had to offer
(Tudo que você tinha que oferecer)
Was the promise of a lifetime of love
(Foi a promessa de uma vida inteira de amor)
Now I know
(Agora eu sei)
There is no other
(Não existe outro)
Love like a mother's love for her child
(Amor como o amor das mães pelos seus filhos)
And I know
(E eu sei)
A love so complete
(Um amor tão completo)
Someday must leave
(Algum dia terá que ir)
Must say goodbye
(Terá que dizer adeus)
Goodbye's the saddest word I'll ever hear
(Adeus é a dolorosa palavra que alguma vez ouvirei)
Goodbye's the last time I will hold you near
(Adeus é a última vez que a terei perto)
Someday you'll say that word and I will cry
(Algum dia você dirá essa palavra e eu irei chorar)
It'll break my heart to hear you say goodbye
(Partirá meu coração ouvir você dizer adeus)
And mamma
(E mãe)
All I ever needed
(Tudo que eu precisei)
Was a guarantee of you loving me
(Foi uma garantia do seu amor por mim)
'cause I know
(Porque eu sei)
There is no other
(Não existe outro)
Love like a mother's love for her child
(Amor como o amor das mães pelos seus filhos)
And it hurts so
(E machuca tanto)
That something so strong
(Que algo tão forte)
Someday will be gone, must say goodbye
(Algum dia irá embora, e terá que dizer adeus)
But the love you give will always live
(Mas o amor que você me deu sempre viverá)
You offered me the greatest love of all
(Você me ofereceu o mais incrível amor entre todos)
You take my weakness and you make me strong
(Você tirou minhas fraquezas e me fez ser forte)
And I will always love you 'till forever comes
(E eu sempre a amarei para todo o sempre)
Goodbye's the saddest word I'll ever hear
(Adeus é a dolorosa palavra que alguma vez ouvirei)
Goodbye's the last time I will hold you near
(Adeus é a última vez que a terei perto)
Someday you'll say that word and I will cry
(Algum dia você dirá essa palavra e eu irei chorar)
It'll break my heart to hear you say goodbye
(Partirá meu coração ao ouvir você dizer adeus)
'till we meet again...
(Até nos encontramos novamente...)
Until then...
(Até então...)
Goodbye
(Adeus)
Quando a música acabou, Sakura tinha lágrimas nos olhos e um sorriso amargo no rosto. Ela me olhou e falou. E eu acho que nunca esquecerei o que ela me disse naquele momento.
- Sabe quais foram as últimas palavras da minha mãe? – Fiz um movimento de não com a cabeça, e Sakura prosseguiu. – Suas últimas palavras foram: "Até mais tarde...".
Continua...
Oi, minna-san!
Nossa, como sempre eu demorei, não? Na verdade, eu já havia terminado o capítulo faz tempo, só que eu acabei viajando e não tive tempo para posta-lo... Sorry! Ah, sim... Perdoem-me pelo capítulo gigante... Não achei que ele ficaria tão grande assim... (tanto é que planejava fazer mais coisas acontecerem nele. You know...Like a kiss (hohoho). Quieta, M-chan! Chega de spoilers!). Ah, sim... Essa música maravilhosa da qual eu usei uns trechos na minha fic se chama Goodbye's e é da Celine Dion! Outra coisinha... Não sei se repararam mas usei o sobrenome Langdon do personagem Robert Langdon do livro Código Da Vinci (quem puder, leia... Ótimo livro!).
PARÓDIA DA VEZ
-Oiê damas e vermes! (eu sempre quis digitar isso -)
Lindo esse capítulo não? Ai ai ai MALDITO JAMES... isso só mostra que.... NUNCA DEVEMOS CONFIAR EM PROFESSORES DE NENHUM TIPO! ò.ó (o que? Acharam mesmo que eu ia dizer uma coisa melosa e bonita? o.O)
Bom... o que eu irei escrever seria mais como CENAS DE BASTIDORES bem curtinhas do que uma paródia... então AI VAI!
Cena 1: Syoran: Sakura... por que você está chorando? DESTA VEZ? Já que a única coisa que você sabe fazer dessa vida é chorar?
Sakura: O QUE VOCÊ SABE IDIOTA? Eu choro por que...
Syoran: Por que...
Sakura: Por que meus espartilhos são irritantes e machucam pakas, eu esqueci de um acorde na música que eu toquei no palco e aquelas pessoas IDIOTAS nem notaram, eu matei a minha mãe, fui apaixonada e quase estuprada pelo meu antigo professor de piano, meu cavalo favorito esta bravo comigo por que eu esqueci de dar alfafa pra ele e ele ficou um dia INTEIRO sem comer, e eu perdi meu livro quando aquela carroça IDIOTA foi abaixo e eu estava na ULTIMA PÁGINA! POR QUE? POR QUE? começa a chorar mais
Syoran: GOTA Sakura... sabia que deixar você afundar a cabeça numa taça de sorvete de novo não te faria bem...
Cena 2:
Sakura: James... VOCÊ ME AMA?
James: que ideia... claro que não... se lembra de seu plano não... não... NÃO VIVERIA SEM VOCÊ! Isso isso!
Sakura: Sério mesmo?
James: Claro!
Sakura: então... eu decidi levar bem pouca coisa pra nossa fuga... afinal o objeitvo é fugir o mais rápido possível... bagagens só irão atrapalhar...
James: desde que não se esqueça do dinheiro... não precisa levar mais nada mesmo...
Sakura: mas e minhas roupas? o.O
James: você não precisa delas murmura prefiro você sem nada mesmo
Sakura: disse alguma coisa?
James: oh nada nada!
Booooooooom é isso! Eu realmente achei que elas ficaram muito sem graça mas... eu estou TERRIVELMENTE abalada pela morte de um personagem muito querido meu... então aceitem isso Ok? ó.ò
FIM DA PARÓDIA
Ai, ai... Sinto muito, mas dessa vez não poderei agradecer aqui todos que me mandaram comentários e me ajudaram devidamente e como sempre faço... Perdão, mas este capítulo já está grande demais! Bem, meu obrigado vai para: Rita Rios (Primeira vez que recebo um review seu. Tão feliz!!! Beijos, querida!), Jenny-Ci (Ai, final chocante mesmo...Só espero que a explicação tenha sido boa. Obrigado por tudo, amiga!), Tamires Stuart (Também foi a primeira vez que recebi um comentário seu... Muito, mas muito obrigada mesmo, querida! Adorei o seu review!), Anaisa (Oi, amiga! Sorry, sorry! Mas aqui está a explicação certinha... A gente se fala!), Lan Ayath (Nossa quanto tempo! Estava com saudades, não sabia que ainda acompanhava minha fic! Ai, acabei demorando do mesmo jeito... Sorry!), Camila Castle (Oi, querida! Agradeço os elogios... De coração! Tenho sim... Meu MSN está na minha Bio... É só pegar!), CaHh Kinomoto (Oi, miga! Agradeço pelo review nº 100! Espero que tenha gostado do vídeo que mandei de presente! Beijos!), MeRRy-aNNe (Nem se preocupe! Como pode ver ela não é bem uma psicopata... Agora assassina... Infelizmente não posso negar XD. Beijos!), Hime (Obrigado por tudo! Não sabe o quanto você me ajuda! É muito bom receber suas dicas! E respondendo a sua dúvida: sim ele já está lá! Até mais, querida!), Anna Lennox (Oi, querida! Nesse tempo que estive fora, vi que você publicou bastante projetos novos, prometo que assim que puder os lerei! Obrigado, querida! Beijos!), RubbyMoon (Ai, nem tem o que dizer do seu comentário, né? Maravilhoso! Não sabe o quanto ele me animou!!! E uma dica: não sabe o quão perto da verdade está, minha cara! Quem quiser um spoiler leia o review da Rubby... Para bom entendedor... Beijos, amiga!), Juliana (Primeira vez também, né? Muchas gracias!!! Desculpe pela demora... Hehehe... Beijos!), Carol (Ai, nem esquente a cabeça! Já disse que nem sei o que seria de mim sem você! Obrigado por tudo! Pode deixar que eu falo! ), Miki H (ai, que saudade, amiga!!! Você desapareceu de repente... Espero que tenha saciado sua curiosidade... E eu não sei... Vou perguntar para a Lila-chan! Beijos, querida!).
Ai, que tristeza... Era só para pôr os nomes dessa vez, mas eu não resisti... Sou incorrigível, mesmo... Também quero agradecer, como sempre, minha querida Beta-Reader Carol... (Te adoru, mommy!), e minha parodeadora Lila-chan! Obrigado! Ah, e as pessoas que me mandaram comentários via e-mail: Ágata (obrigado por me entender, amiga!) e a Clarice (Agradeço os elogios, querida!). Obrigado a todos!!!
ATENÇÃO: Reparei que muitos me pediram meu MSN... Para quem não sabe, eu tenho sim e ele está no meu profile (bem no comecinho para não complicar a vida de vocês fazendo-os procurar ou ler aquela baboseira). Sintam-se à vontade para me adicionar! Por favor!!!
Beijos e Feliz Natal e um Próspero Ano Novo para todos!!!
M-chan
