Uma Mulher Chamada Sakura
By M. Sheldon
Revisão: Carol Higurashi Li
Paródias: Lilaclynx
Capítulo 11 - Recomeço
§ Sakura §
Observei minhas mãos imóveis nas teclas do piano. Era por isso que eu não tocava mais num piano há tantos anos. Porque eu sabia que quando o fizesse, conseqüentemente, meu passado viria à tona.
Mamma ho sognato che bussavi alla mia porta
(Mamãe, eu sonhei que você batia à minha porta)
E un po' smarrita ti toglievi i tuoi occhiali
(E, um pouco confusa, afastou o seu olhar)
Ma per vedermi meglio e per la prima volta.
(Mas para me ver melhor e pela primeira vez.)
Sentivo che sentivi che non siamo uguali
(Eu senti que você sentiu que nós não somos iguais)
Ed abbracciandomi ti sei meravigliata
(E me abraçando você é maravilhosa)
A visão de minha mãe estirada no chão, pálida sob a luz da lua, era algo que me perseguia em pesadelos todas as noites. Assim como o riso demoníaco do maldito homem que havia feito da minha vida um inferno: James Langdon.
Quando papai e Touya souberam, resolveram voltar para casa, então... Era completamente vergonhoso, para mim, permanecer na presença deles. Sem dizer uma palavra, levantei do banquinho e me dirigi para fora do cômodo. Shoran seguia, atrás de mim.
Continuei andando, desejando apenas ir para fora daquele lugar, daquela casa. Queria manter-me longe daquele piano... Saí de dentro dela, e como se nada tivesse acontecido, tomei o caminho de volta para a colina que havia na região, onde nossa conversa havia começado.
E ele me seguia, com o semblante calmo, esperando o momento certo para falar.
Che fossi così triste e non trovassi pace
(Mesmo que você estivesse triste assim e não encontrasse paz)
Da quanto tempo non ti avevo più abbracciata
(Havia tanto tempo que não nos abraçávamos)
E in quel silenzio ho detto piano: mi dispiace...!
(E naquele silêncio eu falava baixinho: me perdoa..!)
E era completamente surpreendente como as coisas funcionavam. Primeiro, o choque de ver uma pessoa tão bem quista morrer. Depois, o enterro... Um momento em que você ainda não consegue acreditar que aquilo está acontecendo, ou simplesmente não quer. E então... Ah, então vem a pior parte...
De repente, você percebe que aquela pessoa não está mais jantando com todos, na mesa de jantar... Que aquela cadeira permanece sempre vazia; que a cama está sempre arrumada; que as roupas permanecem intocadas no armário, e parecem esperar que seu dono chegue de surpresa e as tire do desuso...
Però è bastato quel rumore per svegliarmi
(Mas bastou um ruído para me acordar)
Per farmi piangere e per farmi ritornare
(Para me fazer chorar, para me fazer retornar)
Alla mia infanzia a tutti quei perduti giorni
(À minha infância, todos aqueles dias perdidos)
Dove d'estate il cielo diventava mare
(Onde no verão o céu parecia mar)
E quando tra le tue braccia io mi addormentavo
(E onde entre seus braços eu adormecia)
Senza sapere ancora di essere felice...
(Sem saber que era feliz...)
Você simplesmente se dá conta, pouco a pouco, que nunca mais em sua vida, poderá ver o sorriso, a face... Ouvir a voz, sentir o perfume ou os carinhos dessa pessoa. Assim mesmo, de repente, não mais que de repente.
Então, seu mundo desmorona e tudo o que você consegue fazer é se agarrar desesperadamente às lembranças... Aquela foto em que ela estava tão bonita e saudável... Aquele lugar que ela tanto gostava... Aquela flor que exala um perfume tão parecido com o dela... E assim prosseguia.
E você vai afundando mais e mais num mar de lembranças, lamentações e saudade. E, no meu caso, autopenitências... Logo você se vê fazendo perguntas a si mesmo, quase sempre as mesmas. E você é perseguido por essas duas malditas palavras, que parecem não querer te deixar em paz: 'E se...'.
Mas não adianta. Porque aquilo já passou. Mas parece que uma sombra fica e persegue nossas almas... Principalmente quando se tem um fardo tão pesado como o meu.
Ma a sedici anni io però sono cambiata
(Mas aos dezesseis anos eu, porém, mudei)
E com'ero veramente adesso mi vedevo
(Como eu era realmente, agora eu me via)
E mi senti ad un tratto sola e disperata
(Eu me senti, por um momento, só e desesperada)
Perché non ero più la figlia che volevo
(Porque não era mais a filha que queria ser)
Io mi nascosi in una gelida impazienza
(Eu me escondi em uma fria impaciência)
Observei Shoran, que não desgrudava os olhos de mim. Meu coração se encheu de alegria e compaixão por aquele ser que fora obrigado a ouvir eu falar incansavelmente de minha vida.
"Peço desculpas por tê-lo feito escutar todas essas coisas que acabo de contar."
Ele apenas me observou por alguns instantes com um olhar confuso, antes de abrir um sorriso maravilhosamente doce.
"Por que pede desculpas? Não faz idéia do quanto me fez feliz!" – Desta vez eu que olhei confusa para ele. Parecendo ler minha mente ele me explicou. – O que quero dizer, é que o fato de você ter me contado tudo isso é porque realmente confia em mim. Isso me deixa feliz!
Mi regalai così ad un sogno di passaggio
(Presenteou-me, assim, em um sonho de passagem)
E persi la memoria mancando di coraggio
(E perdi a memória, me faltando coragem,)
Perché mi vergognavo di essere tua figlia!
(Porque me envergonhava de ser tua filha!)
Ma tu non bussi alla mia porta e inutilmente
(Mas você não bate à minha porta e, inutilmente,)
Ho fatto un sogno che non posso realizzare
(Fiz um sonho que não posso realizar)
Fiquei sem fala por um momento. Apenas observei aquele sorriso, abobalhada, e completamente sem reação.
"Mas só tem uma coisa que ainda não consegui entender... "– Sem esperar minha pergunta, ele adiantou-se e falou. – "Por que ficou tanto tempo sem tocar piano?"
"... Por quê?" – Perguntei com um fio de voz, confusa. – "Como assim, por quê?"
"Compreendo que se sinta mal pela morte de sua mãe. Sei o quanto é difícil e doloroso, pois perdi também pessoas próximas a mim e que muito amava. Sei o que é sentir-se afogar na escuridão e ter a impressão de que algo o puxa cada vez mais para o fundo, sem te dar chances de voltar para a superfície." – Ele interrompeu sua fala por um instante, e pude ver uma sombra cobrir seus olhos, deixando-os com uma cor achocolatada escura. Pude ver a dor naqueles orbes por um curto instante. Porém logo ele me encarava com uma luz renovada nos olhos.
"Mas, ainda assim, não consigo aceitar a idéia de você ter desistido do piano..."
"Pensei que lhe seria muito óbvio, Li..." – Shoran levantou levemente uma sobrancelha, percebendo que eu havia me referido a ele pelo sobrenome propositalmente. – "Porque eu sabia que assim que tocasse num piano me lembraria de minha mãe e tudo o que aconteceu."
Poi se bussassi alla mia porta per davvero
(Mas se você realmente batesse à minha porta)
Non riuscirei nemmeno a dirti una parola
(Não conseguiria ao menos dizer uma palavra)
Perciò ti ho scritto questa lettera confusa
(Por isso te escrevi essa carta confusa)
Per ritrovare almeno in me un po' di pace
(Para reencontrar, ao menos em mim, um pouco de paz)
E non per chiederti tardivamente scusa
(E para te pedir, um pouco tarde, desculpas...)
"Está me dizendo que não quer mais se lembrar de sua mãe?"
Arregalei os olhos e balancei a cabeça com força.
"Não foi isso que eu quis dizer! Claro que não desejo esquecer a minha... Mãe... "– Fui falando cada vez mais baixo, encarando o chão, ao reparar que apesar de não ser exatamente o que eu queria, era o que eu vinha tentado fazer nos últimos anos. – "O que eu realmente queria esquecer era o que eu passei com aquele homem e o que eu fiz. Esquecer de como estava minha mãe naquela triste época e lembrar somente dos tempos em que a vida irradiava de seu corpo. E sabia que no primeiro toque que desse num piano me faria lembrar de tudo o que não queria."
"E isso aconteceu?" – Senti uma inexplicável raiva invadir-me e tenho certeza de que Shoran havia reparado, porém sua face continuava impassível. – "Diga-me, Sakura... O fato de você ter deixado de tocar piano fez com que você apagasse de sua memória tudo o que aconteceu?"
Abaixei a cabeça, num gesto que me pareceu humilhante. Estava nervosa, sim... Mas o pior era admitir que ele estava certo.
"Não..." – Disse baixo, de maneira que até mesmo eu mal pude escutar, mas mesmo assim Shoran ouviu-me.
Ele soltou um longo suspiro de cansaço, como de demonstrasse que achava aquela conversa praticamente desnecessária.
"Acontece que ainda não consigo conceber a idéia de que você desistiu de seu sonho por tão pouco. Foi por causa daquele homem?"
"Tão pouco!" – Aquilo foi a gota d'água para mim. – "Tão pouco! Esse pouco a que se refere é a morte de minha mãe, causada por mim! Não me importo mais com aquele maldito homem que fez meu mundo desabar! Passei maus momentos por culpa dele? Sim! Mas a vida de minha mãe era muito mais importante... "– Senti meus olhos ficarem úmidos e dei o máximo de mim, tentando evitar que elas caíssem.
"Então, já que você amava tanto assim a sua mãe, você não deveria sentir a maior alegria do mundo em tocar? "– Diante de meu olhar confuso ele se explicou. – "Pelo o que você me contou, foi ela quem mais torcia para que seu sonho se realizasse... Foi ela quem lhe ensinou os primeiros acordes e testemunhou a sua alegria ao conseguir tocar a sua primeira música... Foi ela que em seus últimos minutos de vida pediu, entre tantas outras coisas que poderia, que você lhe tocasse uma canção, para que pudesse saber se você estava tão bem quanto como um dia sonhou que estaria."
Sem poder evitar mais, senti as lágrimas saírem de meus olhos, enquanto minha visão se embaçava.
"Sakura..." – Ele disse com gentileza na voz e abrindo finalmente um sorriso doce para mim. – "Não acha que o melhor meio de esquecer tudo o que deseja e recordar-se sempre, e somente, das boas lembranças que viveu ao lado dela é finalmente satisfazer seu coração e fazer o que há tanto tempo anseia? Acho que mais nada além de momentos de pura felicidade lhe virão à mente quando finalmente se permitir fazer o que realmente quer. Pense nisso, Sakura..."
Sem conseguir dizer nada, fiquei paralisada, observando aquele sorriso maravilhoso de Shoran e sentindo as lágrimas deslizarem pela minha face.
"Ah, sim! E não acho que você seja culpada pelo que aconteceu com sua mãe."
"Como posso não ser? Se eu estivesse lá com ela como deveria, eu teria lhe dado o remédio e..."
"E prorrogado algo inevitável. Foi você que causou àquilo a sua mãe? Foi você que a fez adquirir aquela doença? Não. Portanto, que culpa poderia você ter? Não nego que cometeu um erro, mas isso todos fazem. É o que nos faz humanos... Sua mãe estava cansada daquilo, Sakura. Estava cansada de todo aquele sofrimento."
"Está insinuando que minha mãe queria morrer?" – Perguntei, sentindo-me ultrajada pelo que ele havia dito.
"Não, Sakura. Estou dizendo que sua mãe compreendia que mais cedo ou mais tarde aquilo iria lhe acontecer, e que aquele era o momento. E não havia mágoa em seu coração, porque sabia que havia lutado pela sua vida até o final; que não tinha do que reclamar, pois Deus a havia presenteado com pessoas maravilhosas que a amavam e ela muito amava; e com uma vida que, apesar de curta, repleta de momentos felizes. Sua mãe, nos poucos anos em que permaneceu nesse mundo terreno, teve mais felicidades do que a maioria dos outros seres que habitam esse planeta. Ela sabia que não havia o que reclamar, sabia que finalmente iria para um lugar melhor, e para onde todos nós vamos um dia, de onde ela poderia velar por todos os que ainda estavam nesse mundo, já que não tinha mais a fraqueza e a doença de seu corpo para impedi-la disso."
"Mas... Eu sinto tanta saudade dela! Tanta saudade..." – Minhas pernas fraquejavam, então me apoiei numa árvore. Mas logo me senti escorregar e cair de joelhos, enquanto soluços que eu prendia ardiam em minha garganta, pedindo para serem libertos.
Ma per riuscire a dirti mamma... mi dispiace!
(Mas também para conseguir te dizer, mamãe... me perdoa!)
E la mia anima lo sento ti assomiglia
(E a minha alma, eu sinto, te fará lembrar disso)
"Sei que sente. Uma coisa que sempre sentirá é saudades... Mas mantenha sempre uma certeza no coração: A certeza de que um dia vocês se encontrarão novamente. Isso alivia muito a dor. No fundo você sabe que foi o melhor, pois desde então sua mãe não sentiu mais nenhuma dor ou sofrimento, eu sei disso. Pois sua alma finalmente se encheu de luz. A morte não é tão ruim, nós é que fazemos dela um bicho-de-sete-cabeças. A morte... É a única certeza que temos na vida. E é por isso que devemos viver cada instante como se ele fosse único."
Ouvindo Shoran dizer tudo aquilo com uma certeza tão grande, com um brilho nos olhos... Era tão fácil notar que ele realmente acreditava em tudo o que dizia, e que não o fazia só para me consolar...! Aquilo fazia com que eu acreditasse em todas as suas palavras. Já mais calma, mas com ainda resquícios da dor que sentia na voz, dei as últimas amostras da desesperada saudade que sentia.
"Queria tanto que ela estivesse aqui comigo..."
Senti, então, os braços fortes de Shoran me envolvendo e me abraçando com uma força reconfortante. Puxando-me pelos braços gentilmente, fazendo com que eu me pusesse de pé, ele me soltou e envolveu as minhas mãos frias e trêmulas com as dele, quentes, grandes e firmes.
"Mas ela está, Sakura. Ela sempre esteve."
Aspetterò pazientemente un altro sogno...
(Esperarei pacientemente um outro sonho...)
Ti voglio bene mamma...
(Eu te amo, mamãe...)
Tua figlia.
(Tua filha.)
Senti uma ternura tão grande invadir meu peito... Aquelas palavras me emocionaram tanto! Procurei com os meus olhos os de Shoran, e quando finalmente os encontrei, foi como se o tempo parasse e eu tive medo que meu peito explodisse devido à grandeza do sentimento que me preenchia. Sentimento esse que eu não compreendia, mas sabia que era bom e me trazia uma alegria inimaginável.
Meu coração acelerava, enquanto aqueles olhos âmbares que percorriam minha pele pareciam deixar rastros, pois por onde passavam deixavam um ardor delicioso. Minha pele queria tocar a pele dele... Meu corpo queria sentir o corpo dele! O sangue que corria rápido em minhas veias me fazia ter essa certeza.
Notei quando os olhos de Shoran fixaram-se num lugar só. Ele observava meus lábios insistentemente, como se estivesse hipnotizado. Pareceu-me tão certo erguer levemente a cabeça e fechar os olhos... Demonstrando o quanto desejava que aqueles lábios tomassem os meus.
E quando sua boca tocou a minha, numa carícia lenta... Carinhosa... Doce... Foi como se mil sinos tocassem; Um vendaval soprasse forte... E bem ao fundo uma melodia tocasse, baixinho, e, pouco a pouco, seu som se sobrepusesse a todos os outros. Custei a perceber que aquela doce melodia nada mais era do que o som compassado de nossos corações batendo juntos...
Entrelacei seu pescoço com meus braços, e deixei meus dedos se emaranharem nos rebeldes cabelos castanhos, sentindo a gostosa textura que seus fios bem tratados possuíam, enquanto nossas bocas se tocavam, percorrendo e conhecendo cada canto uma da outra. Shoran interrompeu o beijo, para meu desapontamento, e nós dois respiramos fundo, devolvendo o ar aos nossos pulmões.
Mas sem dar tempo para mais nada, ele dedicou-se à tarefa de distribuir beijos por todo o meu rosto, começando pela testa, passando para a ponta de meu nariz e minhas bochechas. Levantando levemente minha cabeça, depositou um beijo no meu queixo, num ponto bem próximo à minha garganta, que me fez arrepiar inteira de prazer e felicidade. Eu me sentia... Completa!
Ele voltou a dar beijos em minhas bochechas, e eu achei que iria explodir de ansiedade quando ele passou a roçar levemente seus lábios nos cantinhos dos meus, como se me provocasse. Não agüentando mais aquela tortura, tomei eu mesma a iniciativa e beijei Shoran. Mas muito diferente do primeiro, aquele beijo foi repleto de desejo, e nossas bocas se tocavam com uma incrível agressividade. Que sentimento era aquele que me fazia enlouquecer, querer gritar de felicidade?
Quando finalmente nos separamos, observei Shoran que tinha um sorriso enorme nos lábios. Eu simplesmente não sabia o que pensar... Nunca havia me sentido daquele jeito!
"Eu..." – Comecei a dizer, sem na verdade saber o que diria, quando fomos interrompidos por uma voz chamando ao longe o nome de Shoran. – "... Acho que é melhor você ir." – Disse com um sorriso nos lábios enquanto olhava nos olhos de Shoran.
Parecendo hesitar e demonstrando o quanto não desejava me deixar agora, ele fez um movimento quase imperceptível com a cabeça, ainda contraditório, e foi em direção à voz que o chamava, andando de costas e se negando a tirar os olhos dos meus. Quando já estávamos bem distantes um do outro, ele se virou e correu para longe da colina. Para longe de mim...
§ Shoran §
Saí correndo procurando pela pessoa que estava me chamando. A verdade é que o que eu realmente desejava fazer era espancar aquele inoportuno, por interromper o meu momento com Sakura.
Lembrando do que havia acabado de ocorrer entre nós, toquei meus lábios com a ponta de meus dedos. Nunca havia sido tão feliz como naquele momento! Ainda meio atordoado, levei um susto quando topei com Touya. Recompondo-me prontamente, desculpei-me sob o olhar avaliador e desconfiado do rapaz. A verdade era que ainda não me sentia à vontade diante daquela face séria e perscrutadora, principalmente depois da confusão que eu havia feito no dia de seu retorno... Era até vergonhoso lembrar!
"Aconteceu alguma coisa?" – Ele me perguntou com aquela tradicional desconfiança dele.
"Não. Não aconteceu nada!" – Disse, escondendo o sorriso bobo que eu antes tinha na face. Ele continuou me avaliando, pelo jeito não acreditando em palavra alguma que eu havia dito. Tentei desviar o assunto... – "Mas, diga-me... Era você que estava me chamando?"
Ele ainda me encarou por alguns segundos, esperando para ver se eu deixava alguma brecha, alguma pista, para que ele descobrisse o que eu escondia. Eu sabia que ele tinha notado que algo havia acontecido comigo que eu não queria contar. Não sei como, mas ele sabia...
"Sim. Soube que trouxe um estranho com você..." – Ele disse aquela frase com uma leve interrogação no tom de sua voz. Apressei-me em explicar.
"Não é bem um estranho. Quero dizer, não para mim. Seu nome é Eriol Hiiragizawa. Ele é meu melhor amigo, e posso lhe garantir de que é totalmente confiável... O conheço desde a infância e sei que com suas habilidades nos será de grande ajuda."
Para minha surpresa, Touya não disse nada com relação à chegada de Eriol. Poderia apostar que isso só estava acontecendo porque Fujitaka já havia conversado com ele e lhe pedido isso... Ele apenas fez um movimento com a cabeça, desinteressado.
"Que seja. O verdadeiro motivo para eu ter te chamada foi para avisá-lo de que o treinamento começa hoje. Depois do almoço, quando o sol baixar um pouco, todos estarão na área principal. É bom que você e seu amigo estejam lá neste horário. A partir de agora, nada mais será fácil..."
Sem dizer nada, acenei com a cabeça mantendo meu olhar firme. Agora não era o momento de se deixar desconcentrar, aquilo se tratava de responsabilidades minhas e que teria que cumprir.
"Seu trabalho começa hoje, Li... Esteja lá às duas horas.E já estamos em horário de almoço, suba logo ou vai perder a refeição."
Ele disse antes de se retirar e desaparecer, instantes depois, de meu campo de visão. Esperei mais alguns minutos, parado, para me certificar de que Touya realmente já havia ido embora. Só então, finalmente, virei-me e corri de volta para o lugar onde havia estado, minutos atrás, com Sakura. Precisava vê-la!
Com esse pensamento em mente, apressei o passo, correndo o mais rápido que minhas pernas permitiam. Em poucos instantes eu já podia observar a frondosa árvore que Sakura havia usado de apoio enquanto conversávamos.
Mas quando cheguei no local, surpreendi-me quando vi que não havia ninguém lá. Sakura não estava ali... Um desapontamento enorme me abateu. Estaria ela fugindo, se escondendo de mim?
Decidi rondar os arredores do local, a sua procura. Mas minha busca foi em vão, pois ela não se encontrava em lugar nenhum... Sakura parecia ter evaporado da face da Terra. Sem mais outra opção, tomei a direção da casa principal. A conversa que teríamos entre nós dois teria que ficar para depois... Agora, tinha negócios a tratar. Eu tinha que almoçar o quanto antes pudesse para poder iniciar logo aquele treinamento.
§
Depois de agradecer pela comida, levantei-me da mesa. Em pouco mais de uma hora estaria treinando um bom número de homens, então me apressei em sair logo dali para me preparar e procurar Eriol, que, não sei como, havia desaparecido misteriosamente. Mas não sem antes direcionar um olhar para a cadeira vazia, onde Sakura deveria estar.
Estava odiando aquela situação. Precisava urgentemente conversar com Sakura sobre o que havia acontecido com ela. E se ela pensasse que eu estava apenas me aproveitando dela, num momento de fraqueza? Não seria difícil para ela imaginar isso, principalmente depois de tudo pelo que passou nas mãos daquele tal James Langdon.
Esse pensamento me fez recordar tudo o que Sakura havia me contado sobre seu passado. Uma fúria me atingiu de maneira tal que pude reparar quando alguns criados afastaram-se, receosos, quando notaram o olhar que eu mantinha.
Apesar de não ter demonstrado, e me esforçado para isso, quando Sakura me contou o que aquele homem tinha lhe feito, soube que nunca antes na vida havia sentido tanto ódio por alguém como senti dele. Cheguei até mesmo a cogitar seriamente a idéia de perseguir aquele homem. Seria capaz de procurar em cada canto desse imenso planeta, perseguir e exterminar aquele ser repugnante! Nem que tivesse que atravessar os sete mares, ir para o outro lado do mundo... Nem que levasse minha vida inteira nessa insana busca!... Por ela seria bem capaz disso.
Mas percebi que minha ira para com aquele homem nada ajudaria. Não era isso que Sakura precisava no momento... Ela necessitava de alguém para consolá-la, ser complacente; e mostrá-la algo que ela já sabia, mas se recusava a acreditar: apesar de ela ter cometido um erro, não havia motivo para guardar mágoa, pois não há como reverter algo que já aconteceu. Assim é a vida...
E eu não culpava Sakura. Se havia alguém que tinha culpa de alguma coisa nesse incidente, só poderia ser uma pessoa: James Langdon. Apaguei da minha mente a idéia de persegui-lo. Tinha coisas melhores para fazer na vida. E realmente, admitia, seria um ato estúpido. Aquilo tudo era fruto do desejo de vingança que quando queima dentro de um ser humano cega-o. É só esperar essa chama se apagar, que poderemos pensar com mais clareza e sabiamente. Era como dizia meu falecido pai: "Cabeça-fria, e o olhar sempre para o norte!".
Precisava me apressar, pois tempo não era algo que eu tinha de sobra no momento. Teria que encontrar Sakura, esclarecer as coisas e ainda achar Eriol. E isso tudo antes do horário previsto para o início do treinamento. Achei melhor ir, primeiramente, atrás do meu sumido amigo.
Saindo da casa, passei a procurar por todo o campo e os lugares que haviam por perto. Ele não poderia ter ido tão longe... Será que ele está perdido, em algum canto da propriedade? Admitia que o lugar era imenso.
Precisava saber que horas eram, então voltei para dentro, buscando um relógio que pudesse me dar a informação. Minha procura não durou muito, pois num canto do salão de entrada da casa avistei um relógio grande, alto e preso ao chão. Eram quase duas horas...
"Onde você se meteu, Eriol?" – Falei comigo mesmo, exasperado. Um pensamento me ocorreu, eu não havia procurado dentro da casa. Talvez, o que buscava estivesse bem debaixo do meu nariz e eu nem me dava conta.
Subi as escadas, indo para o segundo andar. Quando cheguei lá, dei-me conta de um importante detalhe... Eu não conhecia nada daquela casa, nunca havia estado ali antes. O único jeito seria experimentar as portas, uma por uma, e ver para onde elas me levariam.
Experimentei a primeira porta. Trancada. Reconheci a segunda porta, sabendo o que havia ali dentro. Aquele era o salão onde estava o piano que Sakura havia tocado. Sem a necessidade de abrir aquela porta, passei adiante. Quando cheguei na seguinte, a primeira a não estar trancada, girei a maçaneta e deparei-me com um cômodo aparentemente... Abandonado.
Havia lençóis brancos cobrindo os móveis e a escuridão era quase total. Mas não pude evitar ver, num dos cantos do ambiente, que um conjunto de cortinas brancas e de um tecido muito leve, quase transparente, chacoalhavam devido à força do vento.
Primeiramente pensei ser apenas uma janela aberta. Mas quando cheguei perto, notei que aquilo era, na verdade, uma grande sacada.
Quando me vi inteiramente fora do quarto, apoiado nas grades e apreciando aquela gostosa brisa no rosto, aproveitei para observar um pouco a vista, lá de cima.
Qual não foi a minha surpresa ao notar Eriol saindo de dentro da floresta. Então era lá que ele estava! Mas nunca que o encontraria... Eu havia saído de lá antes de ir atrás de Touya, e não havia notado a presença de ninguém mais além de Sakura.
A idéia de que ele poderia estar vasculhando aquela imensa floresta nem se passou pela minha cabeça. Sem mais delongas, apressei-me em sair dali e ir até seu encontro, temendo que ele pudesse desaparecer novamente. E o tempo era cada vez menor... Precisávamos causar uma boa primeira impressão. Ou jamais seríamos respeitados pelos soldados.
Foi no salão de entrada que encontrei Eriol.
"Onde você estava, meu amigo!" – Perguntei exasperado. – "Vamos logo! Não temos mais tempo. Precisamos estar no campo de treinamento em..." – Fiz uma pausa para olhar que horas eram no relógio. – "Dez minutos!"
Ambos saímos em passo apressado até o local. Eu na frente, e Eriol atrás, me seguindo, já que não sabia onde treinaríamos os novos recrutas imperiais. Ele tentava me explicar no caminho seu sumiço.
"Peço perdão, Shoran. Estava exatamente procurando esse campo de treinamento. Mas vejo que realmente não acharia nada... Ele fica para o outro lado!" – Ele falava, rindo do próprio erro. Eriol sempre fora o mais descontraído entre nós. E o mais galante também. Fora por isso que me sentira enciumado quando ele usou de seus truques em Sakura quando se encontraram. Sua flor era ingênua demais nesse ponto para notar, mas ele conhecia, e muito bem, as artimanhas de seu melhor amigo.
Apenas curvei levemente a boca, num meio sorriso, e acenei levemente com a cabeça para Eriol, lhe mostrando que compreendia e que não havia motivo para preocupação. Apressamos mais ainda o passo, e agora estávamos quase correndo.
Não demorou muito para que finalmente chegássemos. Quando chegamos no local, encontramos algumas centenas de homens espalhados pelo lugar. Podia ver claramente que aqueles homens não eram guerreiros, com algumas poucos exceções. Realmente, não seria uma tarefa fácil. Nem um pouco.
E a verdade é que eu não fazia a mínima idéia de como treinaríamos, apenas em dois, tantos. E foi pensando nisso que reparei que Touya e um outro rapaz de cabelos de um tom estranho... Uma coloração preta, que mais parecia um cinza escuro, se aproximavam de mim e de Eriol.
"Alô." – Foi Touya quem os cumprimentou. – "Nós dois viemos lhes ajudar a treinar os homens." – Diante do meu olhar confuso ele falou. – "Vocês não tiveram a presunção de achar que, sozinhos, conseguiriam dar conta de trezentos soldados, tiveram?"
Reparei que ele usava um tom sério para falar, mas mantinha um sorriso no rosto. Sorri também. Aquela ajuda nos seria muito útil!
"Em momento algum, Touya. Agradecemos a ajuda, isso sim."
"Antes que me esqueça. Permita-me fazer as apresentações. Shoran Li, um amigo chinês que aceitou nos prestar auxílio no treinamento dos homens e seu amigo inglês, Eriol Hiiragizawa." – Ele disse para o rapaz ao seu lado, mostrando quem era quem entre nós dois. Logo depois ele apontou para o estranho a seu lado. – 'Senhores, esse é Yukito Tsukishiro, um amigo de longa data nossa, capitão da guarda imperial. Ele também nos ajudará no treinamento."
O tal Yukito abriu um sorriso amistoso para nós, e fez uma pequena reverência, nos cumprimentando.
"É um imenso prazer conhecê-los, cavalheiros."
"Digo o mesmo, senhor Tsukishiro." – Foi Eriol quem disse. Eu apenas fiz um leve aceno com a cabeça.
"Por favor, apenas Yukito."
Eriol sorriu, concordando. Então destinamos nossos olhares para os homens que aguardavam por suas primeiras ordens.
"Apesar de que agora estamos em maior número, quatro apenas não serão suficientes para treinar todos esses homens." – Touya dizia. – "Com certeza há bons guerreiros aqui também, posso notar até mesmo pela postura de alguns. Acho que precisaremos do auxílio desses também. Poderiam nos ajudar a treinar o restante."
"Sim. Deveremos convocar os que se interessarem e testar as habilidades de cada um." – Eu disse, sério. Eriol permanecia quieto ao meu lado, olhando para todos os homens que estavam lá, um a um, como se os avaliasse. Foi Yukito quem soltou um riso descontraído e disse o que todos estávamos pensando mas nos recusávamos a dizer.
"Isso, definitivamente, não será nem um pouco fácil."
Ele tinha toda a razão.
§ Sakura §
Precisava sair dali. Estava com tanto medo daquele sentimento desconhecido que me preenchia o coração. A verdade é que não desejava ver Shoran naquele momento. Precisava de um tempo sozinha, para pensar em tudo o que havia acabado de acontecer.
Olhei ao meu redor. Reconhecendo cada árvore daquele lugar, tomei o caminho oposto ao de Shoran. Sim, eu falaria com ele... Mas só não agora.
Descobri uma trilha no meio das plantas e árvores. Desejando saber aonde aquele caminho me levaria, embrenhei-me mais ainda no meio daquele verde. Fiquei surpresa ao encontrar um rio, correndo forte no meio daquilo tudo. Era uma cena maravilhosa. Deixei minha imaginação viajar livre...
Era tão fácil visualizar em minha mente tudo! Uma ponte vermelha com flores nas beiradas interligando uma margem a outra. Do outro lado uma linda casa branca com uma varanda logo na entrada, com cadeiras de balanço, e janelas imensas para deixar bem arejado... E flores! Muitas flores.
Eu podia me ver claramente naquele lugar, sentada na varanda, com um livro na mão. E Shoran ao meu lado.
Suspirei, vencida. Por que eu ainda me negava? Por que eu me negava a ver algo que estava claramente visível?
"Sakura?"
Sobressaltei-me, assustada. Estava tão compenetrada em meus pensamentos, sonhando acordada, que nem havia reparado que Eriol estava ali também.
"Perdão, não foi minha intenção assustá-la. Reparei que estava meio séria, então hesitei em me aproximar. Foi por isso que fiquei tanto tempo apenas observando de longe."
Sorri para Eriol. Ele nem precisava se justificar, pois eu não havia reparado em sua presença até então.
"Não há motivo para se desculpar. Eu estava apenas observando a paisagem. É uma visão magnífica..." – Disse, olhando novamente para o rio.
"Realmente, devo concordar."
Reparei que as roupas de Eriol estavam amarrotadas, e perguntei-me a quanto tempo ele estava ali. Corei ao imaginar que talvez ele tivesse testemunhado o beijo meu e de Shoran. Olhando de soslaio e tentando mostrar desinteresse, perguntei-lhe:
"Então, conte-me. O que estava fazendo andando por aqui? Faz tempo que está caminhando pela floresta?" – Ele olhou-me com aquele olhar galante dele, por detrás dos finos óculos que sempre usava. Reparei o que estava fazendo no mesmo instante. – "Ah, perdão! Não quis ser intrometida... Desculpe, não sei onde estou com a cabeça, Eriol."
Ele soltou uma gargalhada e coçou a cabeça antes de me olhar novamente.
"De modo algum, Sakura. Não há problema, posso muito bem responder as suas perguntas." – Ele dizia com um sorriso maroto. – "A verdade é que eu estava procurando o campo de treinamento, mas acabei me perdendo. Tentei achar a saída dessa floresta, mas desisti da idéia ao reparar na beleza do lugar. Logo, decidi apenas apreciar a vista. Então avistei você."
Ele não havia mencionado se estava lá há muito tempo ou não. Meu coração acelerou... E se ele tivesse visto? Corei imediatamente.
"Está tudo bem, Sakura? Está com febre ou algo?" – Eriol apressou-se em perguntar, como o perfeito cavalheiro que era, ao notar a vermelhidão em meu rosto. Observei o semblante genuinamente preocupado de Eriol, que não demonstrava vestígio algum de que havia testemunhado o beijo.
De dois um: ou Eriol não havia visto nada, ou era um excelente ator. Preferi acreditar na primeira opção, pois eu tinha a impressão de que aquele homem não seria capaz de dizer uma mentira. Acalmei-me. Claro que ele não sabia de nada. Aquilo tudo era apenas uma paranóia que minha cabeça havia criado.
"Não é nada. Estou muito bem, Eriol, não precisa se preocupar."
Um momento longo de silêncio instalou-se entre nós, mas não era nada desconfortável. A verdade é que ambos apreciávamos aquela paisagem capaz de entorpecer qualquer um que havia diante de nossos olhos. Eriol soltou um longo suspiro antes de falar.
"No momento em que vi esse rio fluindo, lembrei-me de minha terra. Sinto tantas saudades..." – Ele dizia com um brilho triste no olhar.
"Sua terra? A Inglaterra você quer dizer? Diga-me, ela é bonita?" – Perguntei curiosa, pois nunca tinha estado naquele país.
"Sim, a Inglaterra é muito bonita. Mas não era a ela que eu me referia."
"Mas... Você me disse que era inglês..." – Falei, confusa.
"E sou. A verdade é que eu me naturalizei inglês." – Estava cada vez mais confusa, e pelo jeito não foi muito difícil para Eriol reparar isso. – "Acontece que meu pai era inglês... Mas minha mãe era japonesa."
Eriol deve ter sentido o interesse que se acendia em mim.
"Vivi até os oito anos no Japão, com minha mãe. Vivíamos num vilarejo pequeno no país, um lugar não muito importante economicamente, mas maravilhoso! Devo admitir que esses foram os melhores anos de minha vida." – Um sentimento de paz invadiu meu coração ao ouvir Eriol falar aquilo com tanto entusiasmo.
"O que aconteceu? Quero dizer... Por que você foi embora se era tão feliz?"
"Porque meu pai adquiriu uma doença muito grave. E precisava de alguém que assumisse seus negócios caso falecesse. Como eu era seu único filho homem, me levaram até a Inglaterra. Lá recebi anos de treinamento em diversas artes econômicas, políticas, bélicas... Oito anos depois assumi os negócios da família."
"E sua mãe?"
Ele me lançou um olhar rápido antes de responder.
"Prometi que assim que pudesse iria vê-la, mas me foi proibido antes de terminar o treinamento. Quando finalmente fiquei pronto e voltei para casa, descobri que minha mãe já estava morta fazia dois anos."
Foi impossível não reparar no olhar angustiado que Eriol tinha. Ele mantinha os olhos baixos, e evitava me encarar. Levantei levemente sua cabeça para que pudesse encará-lo e ver seus olhos. Fiquei estupefata ao ver a raiva estampada neles.
"Eu prometi que voltaria, mas..." – Ele disse com um sorriso amargo nos olhos, e sem terminar a frase. Eu sabia o que ele sentia: culpa. Foi então que reparei na semelhança entre Eriol e eu. Passávamos pela mesma coisa: sentíamo-nos responsáveis pela morte de nossas mães. Sorri levemente.
"Não se preocupe. Tenho certeza de que sua mãe te entendia, e te entende ainda. Não há porque sentir remorso. Sabe... Eu sentia o mesmo que você até pouco tempo atrás. Me culpava pela morte de minha mãe, e eu mesma me lembrava o quão estúpida havia sido, ficando cada vez mais angustiada. E a única coisa que sabia fazer era fugir do meu passado."
Eriol continuava me observando, atento.
"Mas... Não me sinto mais assim. Pois sei que não adiantaria nada. Só me traria mais dor... Admito que cometi meus erros, mas preciso acreditar que mereço mais uma chance. Preciso acreditar que todos nós merecemos uma segunda chance, que sou capaz de me perdoar."
Senti meus olhos ficarem úmidos, ao mesmo tempo em que meu sorriso se alargava e me recordava de tudo o que Shoran havia me dito.
"Porque agora eu sei que a única coisa que eu precisava... A única coisa que faltava, era perdoar a mim mesma. Porque minha mãe nunca seria capaz de me condenar... E acredito que a sua também não, Eriol. Pois... Aprendi que não existe amor maior do que as que as mães têm pelos seus filhos."
Sentia meu coração mais leve a cada palavra que eu pronunciava. Era tão bom finalmente se livrar de todo aquele peso! E tudo graças a ele...
"Portanto, não se preocupe. Tenho certeza que sua mãe te entende completamente, pois o amor que sente por você é maior do que qualquer sentimento de mágoa, tristeza ou raiva. E acima de tudo, ela sabe que você também a ama com todo o coração. Não é?"
"Sim." – Ele me disse abrindo um sorriso fraco. – "Eu a amo muito."
"Ela ouve tudo o que você diz. E tenho certeza de que sua mãe está muito orgulhosa de você, Eriol. Assim como a minha deve estar comigo." – Disse sem conseguir impedir mais as lágrimas de saírem de meus olhos, enquanto olhava para aquele infinito céu, como se buscasse por ela.
Petrifiquei ao sentir os braços de Eriol me envolverem pelas costas, enquanto ele tremia incontrolavelmente.
"Há tempos que eu precisava ouvir isso."
Foram suas palavras.
§
Já era noite quando decidi sair de meu quarto. Já havia fugido demais: primeiro havia ficado na colina, em meio a floresta durante quase toda a manhã e tarde e depois fiquei o resto do tempo em meu quarto. Já era quase hora da janta, e estranhariam se eu não saísse.
Sem muita vontade, levantei-me da cama e fui até o espelho da minha penteadeira para arrumar meu cabelo. Instintivamente toquei meus lábios, relembrando o beijo que eu e Shoran havíamos trocado. Minha boca ainda formigava de prazer quando me recordava da deliciosa sensação.
Nunca havia sentido algo parecido. Nem quando estava com James. Espantei-me ao reparar que pensar nele já não me causava o mesmo dano que antes.
Terminado de me arrumar, deslizei minhas mãos pelo quimono que usava, me justificando de que não havia nenhum amarrotado nele, e saí de meu quarto. Descendo as escadas, observei o salão de entrada. Shoran encontrava-se parado lá, de costas para mim.
Não demorou muito para que ele reparasse a minha presença, andando rapidamente até a minha direção. Meu coração acelerou, batendo louco dentro do meu peito. A mais ou menos dois passos de distância entre nós, ele parou.
Observei-o enquanto passava a mão no cabelo, nervoso, e minha mente logo viajou para o momento em que aquelas mãos fortes me abraçaram. Reparei que seu cabelo havia ficado mais despenteado ainda, deixando-o mais charmoso e logo me lembrei do toque suave de seus fios em minhas mãos.
Minha mente me pregava uma peça! Mal conseguia me controlar... Queria tanto que aqueles lábios quentes tocassem os meus de novo!
"Sakura... Precisamos conversar." – Ele me disse enquanto pegava a minha mão me guiando para um lugar onde não corrêssemos o risco de sermos interrompidos.
Aquele segurar de mãos me deixou completamente arrepiada. Estaria eu tão apaixonada assim por Shoran Li!
Continua...
Oi, galera! (M-chan à 1000!)
Gente, não sei porque, mas a barra não está aparecendo nos inícios dos diálogos... Então tive que substituir pelas aspas, OK.
Aie, nem precisam me dizer o quanto eu demorei a postar esse capítulo... Tenho consciência disso e peço mil desculpas! Mas sabe quando você fica desanimado, bate aquele bloqueio e a sua vontade é jogar tudo pro alto? Pois então... Foi o que aconteceu comigo. A verdade é que quase desisti de escrever...
MAS! Um dia, do nada, minha vontade voltou! E total! Por isso estou de volta e com muitos projetos em desenvolvimento...
Peço desculpas às autores de fics em que estou atrasada na leitura... Se ainda não me atualizai, pode crer que logo o farei!
Devem ter reparado que eu passei a pôr o nome das minhas queridas revisora e da minha parodeadora no começo da cap. (e meu, claro). É que foi vendo as fics da minha querida filha Kao-chan que decidi fazer isso, dando o devido, e merecido, crédito a elas (espero que não se importe filha).
Queria fazer um pedido MUITO IMPORTANTE... Sei que muitos deixam de ler fics quando vêem que suas autoras demoram a postar. Por favor, gente, não façam isso comigo (nossa... Você tá mal em M-chan! ¬¬)! Acabei de passar por um momento delicado em minha 'carreira' (?) de escritora no site... E não sei o que aconteceria se esse fosse o meu caso.
Explicação: algumas pessoas ficaram confusas com relação à idade da Sakura. Deixe-me esclarecer! Quando Sakura começa a contar a história, lá no prólogo, ela está com trinta e cinco anos. Quando ela conhece o Li, está com vinte e três anos. E na época em que ela conhece o James está com 16!
Paródia da vez
By Lila-chan
Olá minna-san!
Aqui é a LiLa, de novo, com mais uma paródia o/
Admito, trabalhar com comédia nesse capítulo foi realmente difícil, será que tem alguma coisa a ver com LiLa estar triste esses dias? o.ò Well... eu disse 'difícil' mas não impossível!
Paródia 1
Touya: Alô u.u bom temos muito trabalho pra fazer então vamos cortar a parte de cortesia e fazer uma apresentação chula mesmo... Li esse é o Tsukishiro, Tsukishiro, esses são Li e Hi... Hi... (reparando ser incapaz de lembrar, tampouco pronunciar o sobrenome do homem de cabelos azuis) Hi... Esperem... Eu lembro o.õ era Hi-alguma coisa.. Hirazisa? Hiraki? Não... Hi...
Li: (se contendo para não rir da situação) Quer ajuda? (tom provocativo)
Touya: NÃO! Calma... Me dêem dois minutinhos que eu me lembro... Hi... Hiragi...kawa? "pensamento do Toya: aaaah eu tenho que lembrar.. anda mente trabalha... eu sei que consigo lembrar de um estúpido sobrenome... eu vou conseguir.. eu vou... eu... não u.u não consigo" Ah esqueçam ¬¬ QUAL INFERNOS É O SOBRENOME?
Eriol: Hiiragizawa u.u'
Touya: Erh... eu sabia u.u estava apenas testando vocês.. claro u.ú (se odiando por dar uma desculpa tão ridícula)
Eriol: Porque nunca ninguém lembra de primeira meu sobrenome? ¬¬ Porque eu não tenho um sobrenome de duas letras como o protagonista? ¬¬'''' seria tão mais fácil... nem os professores conseguiam ler a porcaria do meu sobrenome nas escolas ¬¬''' (indignado por todas as tantas vezes que erraram seu sobrenome, escreveram errado, leram errado, entre outras coisas 'agradáveis')
Li: (se contendo para não rolar no chão de rir lembrando dos professores tentando decifrar tanto o sobrenome de Eriol quanto sua caligrafia garranchosa) ... (falhando drasticamente e rindo lunaticamente)
Eriol: N-ã-o t-e-m g-r-a-ç-a ¬¬
Paródia 2
Shoran: SAKURAAAA (berrando e acordando tudo o que dormia na floresta, mas não achando Sakura) droga... será que ela está.. se escondendo de mim? o.ó
Sakura: (escondida no meio dos arbustos pensando: 'não venha pros arbustos... não, não . )
Shoran: (se aproximando mais e mais do lugar onde Sakura estava) SAKURAAA está aqui? APAREÇA MULHER ¬¬ PRECISAMOS CONVERSAR, DROGA! QUEM DEVERIA FUGIR DAS CONVERSAS ERA EU NÃO VOCÊ Ò.ó''
Sakura: (pensamento: 'machista ¬¬ só por isso vou me esconder a tarde toda... iiik não se aproxime mais . )
Shoran: (ficando a poucos passos da onde Sakura estava escondida) SAKURA? ONDE VC ESTÁ? (quando ia ficar possível de Sakura ser avistada por Shoran, ouve-se uma voz vinda ao fundo)
Voz: SHOOOOOOOOOOOORAN! VEM ALMOÇAR MENINO ¬¬ FALTA SÓ VOCÊ PRA TODOS COMERMOS!
Shoran: (leve medo da mulher com aquele instrumento de cozinha, enorme e amedrontador)hã... mas... e... a Sakura?
Voz: ela não come nada mesmo ¬¬' AGORA CHISPA PRA CÁ ANTES QUE EU VÁ aI BUSCA-LO!
Shoran: (indo a contragosto, indignado por ser tratado como criança) já vou.. já vou ¬¬
Sakura: (comemorando internamente por nunca comer nada, logo não ser mais 'caçada' para almoçar) isso!
É... sinceramente achei que as paródias ficaram bem sem graça... Gomen minna-san... prometo que faço melhores no próximo cap ta? ú.ù E gomen pelo atraso do capítulo também... culpa toda minha u.u''
Bom é isso.. até o próximo capítulo!
Fim da paródia
Lila... Deixa eu deixar bem claro (que frase perfeita ¬¬): suas paródias estão sempre legais, você não tem culpa nenhuma e qualquer problema... Já sabe!
Agora, vamos aos agradecimentos! Yeah!
Miki H: Oi, querida! Quanto time que não te look! Hehe... (Agora que repara que as pessoas desejaram Feliz Natal e Ano Novo nos comentários) Acho que fiquei muito tempo mesmo sem postar... Aie, sorry! Mas agradeço muito os elogios, amiga! Que bom que sentiu tudo aquilo, quer dizer que estou fazendo meu trabalho até que bem... Kissus!
Anna Lennox: Hum... Sério? Sbae, que eu concordo com você, amiga... Está certíssima! Mas acho que talvez ele já não esteja tão mais em dúvida agora, né? Só falta ter certeza... Por que com certeza a chama da esperança reacendeu-se em seu coração depois disso! Beijokas, darling!
Rita Rios: oi, querida! Aie, você deve estar me odiando, não? Veja só quanto tempo fiquei sem postar! Sou incorrigível... ¬¬ Bem.. Vamos responder as suas perguntas: 1- Acho que ficou bem claro 'o que o Shoran vai fazer agora', né? (huhuhuhu... M-chan sua safada!) 2- Esse desapareceu do mapa... Isso mesmo, não se preocupem que o canalha não vai mais aparecer, sua participação está encerrada. 3- E não, não é não! Gosto de responder! Bjos!
Camile Castle (cap. 10): fico muito feliz em saber isso! Ainda não tive a oportunidade de conversar direito com você, mas pretendo o mais cedo possível, viu, querida! Fico feliz que a Anna tenha dito isso... Assim posso te conhecer! Nossa! Vocês são realmente amigas... Até pensam igual! Como disse... Acho que a dúvida já não é tão grande, né! E sem problema... Um dia a gente se encontra lá! Beijus!
Jenny-Ci: Nossa... Mas eu entro quase todo dia... A gente ainda se fala um dia! Não, não... Sakura não seria capaz de fazer isso, mas foi a impressão que eu quis dar quando terminei o capítulo 10 (eu sou muito má... Huahua!) Realmente... Esses homens... Aff ¬¬! Ainda bem que ela tem um Shoran, né! Realmente... Abraços do Li... (babando) Eu queria um... Agradeço pelos votos (quatro meses atrasada... Lá, lá, lá...)! Sua dúvida já esclareci ali em cima! Beijinhos igualmente carinhosos da sua também sempre amiga, M-chan!
Yoru: Oi, amiga! Fico feliz que tenha comentado! Realmente este último capítulo foi um bocado triste... Mas acho que o beijo compensa, não? Que bom que você gostou! E não se preocupe, sei o que é falta de tempo! E Yoru (correndo checar se ela está bem)... Tem certeza de que você não virou pó esperando esse capítulo? Hehehe... Pode puxar minha orelha, sei que demorei... Kisses!
Anaisa: Oi, fofa! Fuçou igual a Tomoyo, é? Bem, só posso ficar imensamente contente! Quer dizer que você gostou! É muito bom saber disso. Nossa, sério que eu fiz você chorar? O.o Bem... Era para ser algo triste mesmo. Mas agora vamos deixar a tristeza de lado, OK! Vamos comemorar que eles finalmente se beijaram! Yeeeeaaaa! Beijinhus!
Lila-chan: Oi, minha querida ti-vó do culação! Claro que eu coloco! Imagine se não... Como já disse adoro as paródias que você faz. E acho que a do níver da minha filhota foi a campeã! Amei! Hehehe... Privilégio de leitura antecipada... É bom mesmo, né? Nem sei como agradecer por tudo o que faz por mim... AMEI AS MONTAGENS QUE FEZ PRA MIM! Thanks! Que bom que gostou... Espero que tenha gostado desse também! Abraços e beijos!
Ifurita: Hum... Realmente... Esse capítulo foi bem tristinho, né? Mas é que esse era o meu objetivo. Como o passado da Sakura era um tanto obscuro, negro... Acho que não tinha como não ser triste. Na verdade acho que é uma coisa boa que você tenha quase chorado... Hehehe (não estou dizendo que gosto de ver gente chorando, não, viu!). Por que quer dizer que consegui te passar o sentimento de dor da Sak. Era meu objetivo! Que bom que gosta de caps. grandes! Esse está um pouquinho... Até mais, amiga! Brigadão! Beijos!
Mi-chan: Oi, mana! Fico tão feliz que tenha gostado! Não faz idéia do quanto! Hum... Você acha? Mas bem que tinha que ter um homem no meio... ¬¬ Como a Jenny falou: são quase sempre eles os responsáveis por nossa mágoa. Bem... Logo você vai descobrir! Espero que tenha gostado do cap! Beijokas da Maninha!
Caroll: Oi, amiga! Quanto time que não te look, too! Estou morrendo de saudades! E a revisão já está em progresso, viu! Don't worry! Aie, sério que você acha isso? (M-chan vermelha) O capítulo foi dramaticão mesmo, mas tinha que acontecer uma hora ou outra. Mas que bom que você gosta... Sabe que eu também tenho um fraco... Hehehe! E eu peço desculpas por não ter postado antes... Então estamos quites! Bjaum pra você também, minha quelidaaa! Brigadão!
killera: Nossa! Nem sei o que te dizer, querida! Gostei muito do seu review! Mas bem que você exagerou na parte do 'perfeito', né? Masss... Como eu disse, fico feliz que tenha conseguido transmitir os sentimentos de dor da querida Sak. Quer dizer que fui bem sucedida! Realmente, finalmente ela confiou nele (não só isso... Beijo está no pacote também... Hehehe) As paródias da Lila são muito boas, né? E não se preocupe, entendo completamente. Acontece comigo também às vezes! Beijão!
kayla-chan: nossa... estou até emocionada! Receber um review de uma pessoa de outro país que faz todo esse esforço de ler o que eu escrevo em uma língua diferente ainda. Sério, não faz idéia de como me deixou feliz! Será que você tem MSN? Eu podia treinar meu espanhol com você! (detalhe: não sei nada... Hehehe)Agradeço por tudo! Beijos, querida!
Hime Hayashi: meu Deus... Como que ainda tenho a coragem de falar com você... Me perdoa? Fiquei todo esse tempo sem ler o capítulo de sua fic nem sua one-shot... Prometo que faço isso o mais breve possível. Não quero que pense que fiz isso com você de propósito (se reparar, fiz isso com várias, por causa da minha crise)! E não se preocupe, eu entendo (quem sou eu pra criticar? ¬¬)! Será que você faz uma mínima idéia do quanto eu aprecio seus reviews? Eu os AMO! Você não tem medo de dizer o que realmente acha, isso é muito bom, porque só assim podemos evoluir. E seus elogios me deixaram extremamente contente! Agradeço de coração! Beijos, amiga!
Patrixa: Sério? Que bom que pensa isso! Para ser bem sincera, quando fiz isso nunca pensei em fazer uma fic com métodos diferentes e não usual... Simplesmente saiu assim, porque tinha que ser assim. Sabe quando você vai escrever e quando vê já está daquele jeito? Realmente, é de sentir pena da Sakurinha... Ela passou por um bocado de coisas. Coisas que não são muito fáceis de superar, mas que também não são impossíveis. O problema dela, era que ela própria não se perdoava, se culpava demais. Esse era seu maior obstáculo. Que bom que ela finalmente deu a volta por cima... Graças ao nosso querido Li! Que bom que gostou, fico muito contente! Beijos!
Carol: Oi, mãe querida do coração! E nem se preocupe! Acho que ninguém me bate em questão de atraso, né! (Lá, lá, lá... . ) Talvez seja algo de família! Hehehe! Aie, adoro quando você diz essas coisas... Me deixa tão orgulhosa! Como assim te agüento? Acho que você inverteu os papéis... ¬¬ Seus elogios me deixaram muito feliz! E eu é que agradeço por você betar a fic para mim! As paródias da Lila são demais mesmo! Ela precisa se convencer disso de uma vez por todas! Agradeço por tudo! Beijos da sua filhinha!
Kao-chan: Oi, filhotaaa! To com uma saudade de ti... Nem imagina! Nossa... Nessa época você nem era minha filha ainda... Eu demorei mesmo! Huahuahua! Há! 'Lembra de mim'! Às vezes você tem cada pergunta! É de deixar qualquer um triste, mesmo. Graças a Deus ela não foi estuprada, não! Deus me livre, daí já é sofrimento demais! É, mas você chegou bem perto com a história do Eriol. E realmente o casal vai ser Eriol/Tomoyo (que fique bem claro), mas muitas águas vão rolar no começo,e não vai parecer bem isso. Mas vai ser isso, sim! (parece confuso, mas logo vai dar para entender melhor!). Bem... Não vou comentar muito cobre isso no momento, porque pode estragar o final. Mas não pensão que essa fic terá um final triste, não! Isso eu já sei faz tempo, hehehe! Até mais, querida! Te amo demais!
Vovó Nelly: Oi, vó querida do coração! Por que você está se desculpando? Não há motivo nenhum! E nem pense que eu vou deixar de ler as suas fics! Agora que eu estou de volta (e com tudo) para o mundo dos fics... Vou fazer isso o mais breve possível! Sim, eu sei como é essa vida... ¬¬ Aff! Mas agradeço muito os elogios que destina a minha pessoa... Thank you! Eu também tenho muita raiva do James. Não faz idéia... Realmente... Só o Li mesmo! E não se preocupe, já estou consertando isso (também reparei que no começo estava)! Fico feliz que tenha feito críticas: como já disse é só assim que podemos evoluir e melhorar! Não tenha receio de dizer o que pensa, certo! Demorei, mas cá estou! Beijinhus de sua netinha!
MeRRy-aNNe: oi, querida! Eu demorei, né? Pode puxar minha orelha! (M-chan preocupada: acho que vou ficar com a orelha BEM dolorida de todos os puxões... i.i) Triste, mesmo... Bem, a declaração ainda não saiu... Mas o beijo, sim! Hehehe... Espero que ele tenha ficado aceitável! Fico feliz que tenha gostado! Espera ansiosa? Vixi, não vou nem falar nada... Hehehe! Desculpa a demora, de novo! Beijinhus!
Wanessa: que bom que está gostando de UMCS! Coitada da Sakura... Eu sou muito má, mesmo... Olha como fiz ela sofrer! Hehehe. No coments também com relação à parte em que você espera pela atualização. Ai, pude puxar minha orelha também (aie, mais um)! Eu mereço, sim! Sorry! Beijokas!
Mina Hatsuki: oi, querida! Gostou é? Bom, muito bom! Continue gostando, hehehe! É eu sei que demorei bastante dessa vez... Mas pelo menos o capítulo está aqui e posso garantir vocês de que não vou parar de escrever! O final fez bastante gente chorar (ou quase) mesmo... Espero que goste do beijo! E aqui está o capítulo 11! Beijinhus!
Ufa! Finalmente acabou! Se esqueci de alguém, peço perdão! Pode puxar minha orelha caso eu tenha feito isso!
Até a próxima, gente!
M-chan
