Uma Mulher Chamada Sakura

By: M. Sheldon

Revisão: Carol Higurashi Li

Paródias: Lilaclynx

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Capítulo 12 – A Visitante

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§ Shoran §

Observei Sakura, parada à minha frente com uma expressão indecifrável. Aquilo serviu apenas para me deixar mais nervoso ainda... 'Vamos lá, Sakura. Não faça essa cara para mim, não agora...'

Fazia tempo que eu desejava falar com ela. Mas mais e mais deveres e coisas a fazer teimavam em se colocar no caminho... Sem mencionar que ela parecia até estar fugindo de mim e dessa conversa que ela sabia que, mais cedo ou mais tarde, iria acontecer de qualquer jeito.

Eu precisava deixar bem claro para ela que eu não estava buscando apenas diversão... Nem mulheres para me saciarem depois de tanto tempo longe de uma... Que eu não era como aquele maldito que havia feito ela sofrer tanto... Que eu a amava.

Munindo-me de coragem, respirei fundo. Aquele era o momento. Dificilmente eu teria uma chance como aquela... Lancei um breve olhar ao meu redor, perscrutando todos os cantos do lugar onde nós estávamos. Não havia ninguém por perto...

- Shoran... Algo errado? Aconteceu alguma coisa...? Você me parece meio... Estranho.

Olhei novamente para Sakura, que me fitava apreensiva. Se algo havia acontecido? Mas era óbvio que sim... Algo havia acontecido. Algo que havia feito daquele dia um dos mais felizes da minha vida. Algo que me fazia querer cantar de alegria, por mais louco que o pensamento fosse. Algo que fazia meu coração bater acelerado, vivo como nunca antes...

Um pequeno sorriso apareceu em meu rosto, enquanto olhava para aquela mulher maravilhosa. Uma pergunta tão simples e ingênua... Mas com uma resposta tão complexa. O que ela diria se pudesse ler os meus pensamentos? Mas esse tipo de coisa não era possível. Não se liam pensamentos no mundo real.

Então... Por que não transformá-los em palavras? Gestos? O sorriso se alargou em meu rosto.

- Sakura... – Disse, com a voz embargada de emoção. Era tão bom dizer o seu nome!

Levantei meus braços e segurei o seu pequeno e delicado rosto entre minhas mãos. Reparei quando seus olhos se arregalaram de surpresa... Dando-me a chance de olhar bem no fundo daqueles orbes verdes tão distintos. Queria tanto decifrar o que havia por trás daqueles olhos...

Com uma das mãos, passei a acariciar de leve um dos lados de seu rosto. Tão delicada... Sua pele era tão delicada... Mas eu sabia que por trás daquela aparência frágil dela, havia uma mulher forte, corajosa, sábia... E que muito sofrera na vida.

- Você é tão linda, Sakura Kinomoto... – Eu disse, já um tanto fora de mim. Passei a trilhar todos os cantos, todos os detalhes de seu rosto com os meus dedos, tentando decorar cada pedaço. Olhando diretamente em seus olhos, com um sorriso de satisfação, reparei nas pequenas lágrimas se formando neles, mas um pequeno sorriso abriu-se em seus lábios.

Seus lábios... Minha visão prendeu-se naquele lugar de seu rosto, e não era como se eu pudesse desviar meus olhos tão facilmente. Não que eu quisesse...

Uma madeixa de seu cabelo escorregou, caindo em seu rosto, e eu automaticamente levei-a de volta para trás de sua orelha, aproveitando para acariciar a parte lateral de seu pescoço enquanto voltava para onde estava sua boca.

Passando meus dedos levemente sobre seus lábios, senti meu corpo se aquecer e o desejo começar a tomar o controle sobre mim.

- Você não faz idéia do que faz comigo... – Eu disse, um leve toque de desespero na voz.

Ela fechou os olhos por um momento, e eu sabia que era apenas para sentir melhor as minhas carícias. Segundos depois, ela os abriu novamente e pôs uma de suas mãos sobre a minha, em seu rosto. E me olhando docemente, com um pequeno sorriso no rosto, ela me disse...

- Eu sei, Shoran. Eu sei, pois é o mesmo que você faz comigo... – Uma lágrima escorreu pelo seu rosto depois que ela falou, mas o sorriso ainda estava lá.

Dessa vez fui eu quem arregalou os olhos, totalmente pego de surpresa pelas suas palavras. Eu precisei de alguns segundos para assimilar completamente o que ela havia acabado de dizer. Para ter certeza que ela de fato o havia dito, que não era apenas fruto da minha imaginação. E não era, realmente.

Um sorriso enorme apareceu em meu rosto e aquele sentimento maravilhoso enchia meu peito. Aquilo então era a felicidade completa... E eu tinha vontade de gritar para todo mundo ouvir o quão feliz naquele momento eu estava!

Segurei Sakura com os dois braços e a aconcheguei junto ao meu peito enquanto a levantava do chão e rodopiava, rindo como um tolo. Ela se segurou firmemente em mim, me abraçando pelo pescoço... E eu pude ouvir aquele som celestial... Seu sorriso.

Soltei-a, pouco tempo depois, colocando Sakura no chão novamente. Sem mais conseguir me segurar, abaixei-me e tomei aqueles lábios doces com os meus.

Beijei-a lentamente, como se todo o tempo do mundo fosse nosso para fazermos o que desejávamos com ele, mas levando-a a participar dessa vez, e notei que Sakura sentiu o sutil convite. Segurei-a com uma das mãos a sua nuca, de leve, enquanto a outra lhe descia pela espinha, acariciando-a. Meus lábios entreabertos moveram-se sobre os dela, solicitando que se abrissem e Sakura atendeu a meu pedido mudo. Passando a imitar os movimentos de minha boca, quase fui à loucura quando ela ergueu-se na ponta dos pés, deslizando as mãos pelo meu peito até os ombros, de modo a ficar colada totalmente no meu corpo...

No mesmo instante envolvi seu pequeno corpo num abraço possessivo. Segundos depois, me separei dela, com medo do que ela inconscientemente me fazia sentir, pois o desejo ardia cada vez mais forte em mim e não desejava forçá-la a nada. E sabia que aquele jamais seria o momento certo. Afastei-me um pouco, não muito, mas o suficiente para sentir o incômodo protesto que meu corpo fazia por se ver longe do dela.

Mais uma vez segurei seu rosto entre minhas mãos e sentindo a ternura despontar em meu peito me preparei para dizer aquelas três palavras que há tanto tempo desejava, sem temor algum dessa vez. Respirei fundo mais uma vez antes de começar a lhe dizer, a voz confiante.

- Sakura... Eu t-...

- Xiao Lang!

Arregalei os olhos. Não... Não podia ser... Não agora! O que estava acontecendo? Era algum castigo? Meu castigo por recriminar tanto as pessoas apaixonadas antes de me descobrir uma delas? Por desprezar aquele sentimento que considerava fútil e tolo até o momento em que me vi com ele fazendo moradia em meu coração? Só podia ser...

- Xiao Lang!

Um sonho talvez? Ainda me restava esperanças de que fosse um... E que em segundos eu abriria os olhos e me veria ainda com Sakura nos braços prestes a lhe confidenciar meus sentimentos.

- Xiao Lang! – aquela voz conhecida passou a chamar mais alto, histericamente, e com sinais de nervosismo. E se existia uma pessoa que eu não desejava ver nervosa... Era ela. – Eu sei que você está aí, não adianta fugir de mim!

Não, aquilo estava mais para pesadelo.

- Xiao Lang Lee, não me faça gritar! – Rolei os olhos ao pensar no que diacho estava fazendo até agora, então. – Xiao Lang... – Um tom de advertência, seguido por um suspiro longo e profundo. Fechei os olhos com força, desesperado. Lancei um rápido olhar para Sakura que tinha uma expressão confusa na face. Afastei-me um pouco mais dela, ficando lado a lado.

- Eu estou aqui... – Disse, sem ânimo.

Virando o rosto na minha direção, só vi aquele seu sorriso abrir-se, enorme em sua face. Segundos depois, estava no chão.

- Meiling... – Disse, com um suspiro, tentando tirar seus braços do meu pescoço e ela de cima de mim. Talvez eu conseguisse levantar do chão, então, caso ela permitisse. Havia me esquecido já das reações exageradas da garota...

- Xiao Lang... Quanto tempo que não te via! – Ela disse, voltando a me abraçar, com um sorriso enorme. Mas logo a expressão alegre deu lugar para uma nervosa, ultrajada. Ai... Lá vem bomba... – E como se atreve a ficar tanto tempo sem mandar notícias? Nem uma carta, sequer! Faz idéia do quanto nos deixou preocupadas, seu homem estúpido?

- Peço perdão, Meiling... Mas eu estava ocupada cumprindo meus deveres. – Eu disse, me levantando e fazendo-a cair no chão, quando reparei que Meiling não pretendia sair de cima de mim tão cedo.

Olhei para Sakura. Ela assistia a situação todo com a face em completo choque. Não condenava sua reação... Não era algo que se via todo dia.

- Afinal... O que você está fazendo aqui? E o fato que mais me intrigou... Como conseguiu chegar aqui?

- Bem, é óbvio que vim te visitar... Ver se ainda estava vivo, pelo menos. – Ela cerrou os olhos, nervosa, enquanto falava. – Já que você não se dá ao trabalho nem de nos informar o seu estado.

- Não acha que se eu estivesse morto já estariam sabendo? – Perguntei, irônico. – Com certeza a família Kinomoto os informaria de um acontecimento como esse.

A expressão nervosa de Meiling passou para uma alegre.

- Ah, sim! Kinomoto... Se não fosse aquele gentil homem nos informar que você de fato estava bem, estaríamos todas mais nervosas ainda.

- Kinomoto? Gentil homem? Acho que se refere ao general Fujitaka... Vocês andaram se correspondendo com ele? – Perguntei com a voz desconfiada e reprovadora.

- Mas é óbvio! Já estávamos todas aflitas, sem notícia alguma sua. Então mandamos uma carta para aquele ilustríssimo senhor que nos deixou a par de tudo. Com muito respeito perguntei-lhe se me permitia vir para cá, já que a família estava muito preocupada e lhe expliquei que todas ficariam mais aliviadas se soubessem que eu estaria com você. Você sabe, eu mando cartas dizendo como tudo está... – Ela disse a última frase irônica e mordaz.

- Mas você é uma idiota! Faz idéia do quanto comprometeu os planos de Fujitaka? E se o inimigo lesse as cartas? Faz idéia do dano que causaria?

- Ele não disse a localização nas cartas, Xiao... – Ela disse com um suspiro repleto de tédio. – Ele falou que um oficial seu viria me buscar no porto e me traria para cá em segurança.

Olhei embasbacado para ela, sem acreditar naquelas palavras. Ela nem ao menos tinha consciência do risco que correra!

- E além disso... Eu estou aqui, não estou? Sinal de que tudo correu bem e nenhuma dessas suas suposições aconteceu. Agora... Por que não relaxa um pouco e tira essa expressão ridícula da cara? – Ela falava tudo tão inocentemente... Aquilo só aumentava a minha vontade de agarrar aquele pescoço com as duas mãos e torcê-lo.

Meiling pareceu notar Sakura, pela primeira vez. Com um olhar intrigado, ela passou a rodeá-la, avaliando cada centímetro da garota que eu amava. Sakura estava nitidamente incomodada com aquela visível avaliação.

- U-hum... – Ela limpou a garganta. – Posso ajudá-la em algo, senhorita?

- Oh, mas que falta de educação a minha! Eu sou Meiling Li, prima do Xiao Lang! –Ela disse sorrindo, mas um sorriso desconfiado.

- Muito prazer srta. Meiling... Eu sou Sakura Kinomoto. – Depois de se apresentar, ela mostrou um sorriso afável. Admirei Sakura por isso... Ela deveria estar mais do que confusa com aquela situação toda, e mesmo assim procurava não demonstrar isso, se ajustando a ela.

- Ah, imagino que você deva ser a filha daquele gentil homem, não? – Sakura abriu mais o sorriso e fez que 'sim' com a cabeça. – Hum... O que vocês dois faziam sozinhos, num lugar tão isolado como este?

Ambos, eu e Sakura, engasgamos e começamos a tossir, surpresos com a mudança repentina de assunto, e a pergunta nem um pouco discreta. Eu fui o primeiro a se recompor.

- Meiling... Você mal chegou aqui e já me envergonha! Será que não consegue ser um pouco mais discreta? Não vê que eu estava tendo uma conversa importante com Sakura antes de ser rudemente interrompido por seu chamado irritante?

Meiling arregalou os olhos um pouco, provavelmente por causa da reprimenda que eu dava nela. Estava certo de que ela iria vir com mais um dos seus ataques escandalosos de nervosismo por eu tratá-la assim. Mas, para minha surpresa, ela apenas passou a mirar Sakura com um olhar penetrante e analisador.

Não era um olhar hostil. Apenas... Curioso. Sakura deve ter notado que era o centro das atenções de minha prima no momento, pois sem saber ao certo o que fazer, deu um pequeno sorriso em retribuição ao olhar perscrutador de Meiling.

De longe, pude ouvir a voz de Eriol me chamando. Maldição... Aquele era o dia! Parecia até que todos decidiram precisar de mim justo naquele exato momento!

Não demorou muito para que Eriol surgisse entre os arbustos.

- Shoran, Touya está nos chamando. Diz que precisamos estabelecer o cronograma de amanhã, quando formos testar as habilidades dos recrutas... – Ele olhou para os lados e pareceu então notar a presença das garotas. – Boa noite, Sakura. – Eriol falou com um grande sorriso e com um movimento de cumprimento de sua cabeça. Olhou para o lado e seus olhos encontraram Meiling e apressou-se em cumprimentá-la também, com uma face mais séria e uma mesura, já que não a conhecia. – Senhorita.

- Eriol, esta é minha prima, Meiling. Meiling, este é um grande amigo meu, Eriol. – apressei-me em apresentá-los.

- Muito prazer. – Meiling disse fazendo uma mesura ela também, enquanto Eriol apenas fazia um movimento com a cabeça desta vez. Mas ele logo se virou para mim novamente, aguardando que o acompanhasse.

- Muito bem. Não vamos deixar Touya esperando, então... Depois nós conversamos melhor. Digo isso para as duas. – E com um último olhar para Sakura, totalmente contra a minha vontade, saí de lá, lada a lado com Eriol.

Tinha certeza de que me arrependeria amargamente por sair assim. Deixar Sakura sozinha com Meiling não era uma boa idéia... Mas não havia nada que eu pudesse fazer no momento...

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§ Sakura §

Observei Shoran ir embora com Eriol. Ele estava cada vez mais longe, e poucos segundos depois, tudo o que meus olhos conseguiam ver eram as formas delineadas de seus corpos na noite escura.

Voltei, então, meus pensamentos para a garota que acabara de conhecer e que sem se importar com o fato de que não era um ato muito educado, não desgrudava os olhos de mim. Apesar de não olhá-la sentia seus olhos em mim. Ainda não havia me recuperado totalmente do choque que havia sido ver aquela garota desconhecida para mim, se jogar sem escrúpulo algum nos braços de Shoran. Como se fosse algo normal para ela. Como se fosse algo que ela sempre fizesse.

Como descrever o aperto no peito que senti quando vi a cena? E pior... Eu detestava admitir, mas quando vi aquilo senti meu coração bater mais rápido e o ciúme correr pelas minhas veias. Agradecia imensamente que no momento nenhum dos dois olhara para mim. Pois se não fosse por isso, veriam o olhar em chamas que eu direcionava a Meiling. Segundos depois eu consegui me recuperar do choque. E o que mais me tranqüilizou foram as palavras: 'A prima de Xiao Lang...'.

Até mesmo me repreendi por essa mania de sempre tirar conclusões precipitadas. Eles eram primos. Não amantes.

Interrompi meus pensamentos quando me dei conta do que acabara de admitir para mim mesma. Eu havia sentido ciúme de Shoran. Um enorme ciúme! Minhas próprias suspeitas com relação aos meus sentimentos por ele se confirmaram naquele instante.

Eu amava Shoran...

Senti uma pontada no peito, ciente do significado e importância daquelas palavras. Elas não significavam qualquer coisa... Elas significavam tudo. Um sutil medo se fez presente em meu espírito. Eu sabia o perigo que era amar alguém com todo o coração e o quanto aquele sentimento poderia machucar tanto quanto alegrar. Eu precisaria de um tempo apenas para mim mesma, depois. Precisava pensar sobre tudo isso que acontecia tão de repente...

Mas agora, o que ela deveria fazer era dar atenção a Meiling, que provavelmente estaria estranhando seu contínuo silêncio. Respirando fundo, finalmente voltei-me para ela.

- Gostaria que eu te mostrasse a casa, Srta. Meiling? – Eu perguntei, solícita. Ela sorriu para mim.

- Não precisa me chamar de senhorita, Sakura. Nunca fui muito fã das formalidades e sinto que você e eu ainda seremos grandes amigas... Mas adoraria que me fizesse este favor. – Ela abriu um pouco mais o sorriso. Senti suas palavras gentis penetrarem em meu peito e aquecer meu coração.

- Começo a sentir o mesmo, Meiling. Venha vamos para dentro. A noite já está ficando fria e logo acenderão a lareira na sala. Pretendo te mostrar todos os cômodos antes que esse momento chegue. – Eu disse retribuindo o sorriso e tomando a direção da grande casa. Meiling seguia-me, alguns passos atrás.

§

Não levei muito tempo para mostrar a casa toda para Meiling e agora eu estava apenas a sua espera, no corredor principal, enquanto ela terminava de se acomodar no quarto que havíamos lhe indicado.

Ainda não havia tido aquele tempo apenas para mim e que tanto precisava, para refletir sobre os acontecimentos daquele dia. Mas eu não estava com tanto pressa assim, pois tinha certeza de que naquele dia não veria mais Shoran. Duvidava seriamente de que Touya fosse liberá-los tão cedo, se eu o conhecia tão bem o quanto julgava que sim.

Teria a noite toda, no aconchego de meu quarto, para pensar sobre tudo. Apesar de que, na verdade, eu não achava que havia muito que refletir. A maioria das respostas eu já tinha. Precisava apenas de um momento para pôr tudo em ordem e decidir como agir dali para frente. Eu deveria confessar meu amor para Shoran, então? Esta solução me pareceu meio precipitada e atemorizante. Mas então eu deveria fazer o quê? Permanecer calada para todo sempre e nunca revelar o que havia dentro de meu coração? Não... Eu sabia que aquela seria a mais errada e tola das decisões.

Eu deveria contar para ele. Sabia disso.

Mas só não agora. Precisava dar um pouco de tempo ao tempo. Aquelas realizações eram ainda muito novas, e eu precisava restabelecer a minha base emocional antes de tudo para que, se por um acaso Shoran não correspondesse aos meus sentimentos, eu pudesse estar preparada para este choque. Era madura, crescida agora. Uma mulher. Não mais uma garotinha que nada sabia sobre a vida. Ela conhecia o doce amargo do sofrimento e não fazia parte de seus planos prová-lo novamente depois de levar tanto tempo para se recuperar.

O som de uma porta se fechando me pegou de surpresa, fazendo com que eu me sobressaltasse. Meiling saía de dentro de seu quarto com um sorriso no rosto. Retornei seu sorriso gentil.

- Terminou?

- Finalmente! – Ela disse, com um traço de humor e cansaço na voz, enquanto jogava os dois braços para cima. Não pude evitar rir diante seu gesto. Era uma garota muito divertida e não tinha medo de demonstrar isso. Apreciava muito aquela característica nela, e sentia que minha afeição pela prima de Shoran aumentava cada vez mais.

- Então vamos descer. Imagino que Tomoyo esteja na sala nos aguardando, junto com Mieko.

- Quem são elas? – Meiling me perguntou, curiosa. Só então me lembrei de que ela ainda não as conhecia.

- Eu vou te apresentá-las quando chegarmos lá. – Disse abrindo um sorriso. – Tenho certeza de que vai gostar delas tanto quanto elas de você.

Meiling apenas fez um movimento afirmativo com a cabeça, enquanto mais uma vez o sorriso surgia em sua face.

§

E de fato, eu não estava enganada. Todas gostaram muito de Meiling e seu humor espontâneo. E tive a nítida impressão de que Meiling também gostara muito delas.

A sala estava aconchegante com a lareira acesa, espantando o frio, e a conversa animada entre todas nós deixava o ambiente mais alegre. O assunto que discutíamos no momento era a ida de Tomoyo à Europa. Ela nos contava todas as diferenças culturais e curiosidades sobre a distante e desconhecida terra.

- E por que você decidiu ir estudar na Europa, Tomoyo? – Meiling perguntou, num determinado momento da conversa.

Tomoyo tomou um gole do chá que tinha nas mãos e olhou para Meiling com aquele seu tradicional pequeno e doce sorriso. Tomoyo sempre fora uma mulher de classe, completamente sutil e feminina. Porém um tipo diferente de força e uma inteligência surpreendente se escondiam por trás dos olhos inocentes de minha prima. E eu a admirava muito por isso.

Ainda lembrava dos tempos de infância em que nós duas morávamos juntas. Chegava até a ser hilário, pois se notava facilmente que uma era quase que o oposto da outra. Enquanto Tomoyo era recatada, sensível e tímida, eu não tinha escrúpulos nenhum. Tomoyo aprendia a realizar uma cerimônia do chá com perfeição; eu, no exato momento, deveria estar subindo em cima de uma árvore, tentando montar um cavalo dez vezes o meu tamanho ou rolando no barro com algum menino. Brigando por algum motivo sem sentido, é claro.

Enquanto Tomoyo decidia por aulas de etiqueta e culinária, eu optava pela insistência em ser aprendiz dos ensinamentos militares. E por mais que todos ficassem horrorizados e se negassem veemente a fazer uma coisa dessas, no final das contas acabavam cedendo ao ver a força de vontade e o desejo que eu tinha de aprender. E apesar de todas as diferenças, isso nunca nos impedir de sermos melhores amigas.

Houvera momentos em que eu fora comparada com minha prima. Na verdade, isso acontecia constantemente, e era nesses momentos em que eu me sentia como a mais inferior das criaturas. Queria ter a delicadeza, a feminilidade de Tomoyo... Mas simplesmente não tinha.

Somente com o tempo aprendi a lidar com a situação e superei isso, satisfeita com o que era. Finalmente, saindo de meus rápidos devaneios e passeios pelo passado, voltei-me para Tomoyo, que se preparava para responder à pergunta de Meiling.

- A verdade é que eu sempre desejei ir para a Europa. Quando mais nova, vivia lendo livros com histórias magníficas. E todas elas se passavam lá, naquela terra. Foi assim que começou a minha curiosidade por aquele lugar. Mas o principal motivo por eu ter ido para lá foi para desenvolver a minha técnica com o violino. Os melhores professores estavam lá, e eu queria o melhor. – Ela disse tudo, abrindo um grande e belo sorriso depois de terminar de falar.

- Nossa, deve ser muito emocionante viver em um país tão diferente do que você está acostumado... – Meiling disse, com ambas as sobrancelhas levantadas. – E... Você disse que toca violino? Mas que coisa mais interessante! Eu não sei tocar nenhum instrumento... Nunca tive a paciência para aprender... – Ela disse, corando um pouco e baixando os olhos.

- De fato, Tomoyo toca o violino magnificamente. Acho que está é uma família de músicos, Meiling. Pois me surpreendo com o talento que essas meninas têm! – Mieko disse e Meiling olhou confusa para ela, não entendo por completo o que a senhora havia dito. – Você não sabia? Sakura toca piano. – Ela disse, percebendo qual era a dúvida da garota.

- Mas é claro que não sabia! – Ela disse ainda um pouco surpresa, mas os olhos brilhando de fascinação e curiosidade.

- Sim. Eram tão bons os tempos em que nós as ouvíamos tocar juntas. Formavam um dueto perfeito! – Mieko complementou, alegremente, enquanto eu e Tomoyo olhávamos embaraçadas, uma para a outra, com os elogios.

- Nossa! Será que vocês não poderiam tocar para que eu ouvisse? – Meiling perguntou, esperançosa.

Tomoyo e Mieko baixaram os olhos. É claro que elas fariam isso. Sabiam que eu havia me negado a chegar perto de um piano durante anos, então consideravam impossível acontecer de eu aceitar o pedido de Meiling. Isso era porque elas não sabiam da mudança que havia ocorrido dentro de mim.

- Sabe o que é, Meiling... Bem... Acontece que... – Tomoyo tentava pensar num modo de dizer que aquilo seria impossível acontecer sem que acabasse dando pistas do motivo.

- Mas é claro. Nós adoraríamos tocar para você, Meiling. – Interrompi Tomoyo e disse aquilo com um sorriso. Mieko e minha prima olharam abobalhadas para mim. Apenas olhei-as com carinho e aumentei meu sorriso, mostrando que estava bem.

As duas ainda ficaram um tempo surpresas e com os olhos levemente arregalados, mas logo seus olhares eram de carinho e alívio por ver que aquela minha fase terrível de sofrimento havia terminado... Finalmente!

Meiling por sua vez só faltava pular em cima de mim por ter dito aquilo, exatamente como havia feito com Shoran. Seu bom humor era contagiante...

O piano ficava num cômodo no segundo andar, e logo nós todas subíamos em direção a ela. Tomoyo havia feito uma pequena parada apenas para pegar seu violino em seu quarto, e lá estávamos nós. Mieko e Meiling sentaram-se nas cadeiras que se encontravam espalhadas pela sala, enquanto Tomoyo se posicionava, apoiando o violino no ombro.

Eu já estava sentada, acomodada no banco do piano, quando reparei que várias criadas e pessoas que trabalhavam na casa haviam subido também e estavam lá agora. Será que era tão difícil assim de acreditar que eu realmente iria tocar? Pensei comigo mesmo, sorrindo internamente.

Tomoyo olhou para mim, com um olhar que demonstrava claramente que desejava que eu escolhesse a música. Pensando em qual tocar, lembrei-me que Meiling estava lá, e talvez não fosse má idéia escolher uma música mais alegre e agitada que combinasse com ela. Lembrei-me de uma partitura de Bach que combinaria muito bem com o momento.

Fechei meus olhos e pousei minhas mãos levemente sobre o piano, tomando o cuidado de não fazer nenhum som sem querer. Respirei fundo antes de começar a deslizar os dedos pelas teclas do instrumento. Sentia a expectativa de todos sobre mim, pois eles sabiam de meu passado e meu não-desejo por tocar até pouco tempo depois. Tomoyo imediatamente reconheceu a peça e começou a tocá-la em seu violino, com aquela sua perfeição característica.

Olhei de relance para minha prima e reparei que seus olhos estavam fechados, para que pudesse ouvir melhor os sons que ela mesma produzia. Mas em seus lábios repousava um sorriso tranqüilo, aliviado e da mais pura felicidade que há tempos eu não via. Sorri eu também e voltei minha atenção definitivamente e apenas para o piano à minha frente, fechando os olhos uma vez mais.

Nunca mais pensaria ser um martírio tocar, na verdade, era como se cada vez que meus dedos tocavam uma tecla do piano, uma nota, minha felicidade aumentava mais e mais. Eu tocava por prazer e sabia que transmitia felicidade nos sons que saíam, pois eu estava feliz.

Finalmente, eu estava feliz.

A imagem de um jovem rapaz de belos olhos âmbares e cabelos rebeldes se fixou em minha mente. Era como se eu o enxergasse com os olhos fechados. Era como se ele estivesse ali comigo. E eu sabia que de certo modo, ele estava.

Encerramos a música minutos depois, e quando abri os olhos e olhei ao meu redor, notei que havia muito mais gente na sala. Vários outros criados que se ocupavam com seus afazeres em outros cantos da casa pareciam ter escutado a música vinda de algum lugar da casa e, curiosos, foram até lá. Todos aplaudiram fervorosamente, principalmente Mieko e Meiling. Tomoyo me olhou com um sorriso gentil nos lábios e então nós duas nos posicionamos lado a lado e juntas fizemos uma mesura, agradecendo.

Depois que cessaram os aplausos, para surpresa de nós duas e de todos que estavam lá, o som foi ouvido novamente da porta, produzido por apenas uma pessoa dessa vez. Curiosa, busquei com os olhos quem havia nos aplaudido dessa vez. Eriol nos olhava da porta com um sorriso de fascinação na face e logo ele se aproximava com passos rápidos e afoitos.

- Deus meu, que espetáculo! – Ele disse empolgado. – Nunca havia presenciado uma peça tocada com tanta perfeição. Vocês duas são magníficas! E como se não bastasse a beleza da música, ainda há a beleza das duas damas para contribuir, que mais parecem duas ninfas tocando, de tão belas! Que dueto!

Sorri com a gentileza de meu amigo e reparei que Tomoyo corava com os elogios.

- Eriol, esta é minha prima, Tomoyo. Eriol é um grande amigo de Shoran, ele é meio inglês, meio japonês. Mas acho que no momento está morando na Inglaterra, estou certa? – Perguntei sem muita certeza, olhando para Eriol.

- Bem, estive morando nos últimos anos, Sakura. Mas gostaria muito de morar aqui. Seria impossível, entretanto. – Uma sombra passou por seus olhos rapidamente, mas ela sumiu tão rapidamente que me perguntei se de fato ela havia estado ali em algum momento.

- Então você é inglês? Permaneci no seu país por dois anos, um belo lugar. – Tomoyo disse, com um enorme sorriso.

- É mesmo um lugar muito bonito. Mas acho o Japão tão lindo quanto, mais até talvez. Assim como suas conterrâneas. – Ele disse com um sorriso lisonjeiro que fez minha prima corar levemente mais uma vez. Sorri internamente ao perceber o interesse dela por Eriol.

- Reparei também que você tocava o violino, senhorita. Não pude deixar de notar a perfeição com que executava cada nota. Tenho uma imensa paixão por esse instrumento e o piano, e tenho treinado ambos já faz alguns anos.

Tomoyo não conseguia desgrudar os olhos do belo rapaz de olhos azuis como a noite, e eu percebi que estava sobrando entre eles. Minha presença apenas atrapalharia no momento.

- Bem, fiquei de conversar sobre alguns assuntos com Mieko, portanto, se me dão licença, terei que me retirar da conversa por um instante. – Eu disse quase rindo, pois na verdade era como se eu não estivesse lá, a conversa havia transcorrido praticamente só entre eles nos últimos minutos.

Depois de dizer aquilo, reparei que os olhos de Eriol recaíram sobre os meus e era como se ele tentasse me dizer algo. Como não entendi aonde ele queria chegar nem o que aquele olhar significava, dei-lhe as costas me convencendo de que estava vendo coisas.

Ainda fiquei próxima tempo o suficiente para ouvir Tomoyo convidá-lo para acompanhá-la no piano enquanto ela tocava com seu violino e ele aceitou dizendo, com graça:

- Vejamos se ainda consigo tocar alguma nota.

Obviamente ele estava sendo modesto, pois assim que ambos começaram a tocar, percebi que Eriol tocava mais do que bem. Seus dedos percorriam o piano com perfeição. Estava claro que ele era um amante da música e eu tinha certeza de que todos os elogios que ele havia nos dado eu lhe daria sem mentir em palavra nenhuma. Exceto o de que ele parecia uma ninfa tocando. Senti os cantos de minha boca coçarem, morrendo de vontade de rir diante o pensamento. Mas achei melhor me conter, para não chamar a atenção.

Percorri com os olhos o salão em busca dele. Mas não o encontrei em lugar nenhum. Com um suspiro, saí de dentro do recinto, pois não me sentia disposta a participar de nenhuma conversa e a música tranqüila que Eriol e Tomoyo tocavam chegava-me aos ouvidos mesmo não estando mais tão por perto.

Entrei em um dos quartos que havia na casa. Um que eu sabia que estaria vazio e abandonado. De fato, ele estava tão abandonado que nem os lençóis brancos haviam sido retirados de cima dos móveis.

O quarto tinha uma sacada, e o vento da noite me pareceu extremamente convidativo no momento. Apoiando-me nas grades, deixei que ele atingisse meu rosto numa carícia suave.

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Dois olhos percorreram insistentemente Sakura, observando-a sair do cômodo, sem que ninguém notasse sua saída. Exceto ele. É claro que ele notaria... Afinal, se tratava dela

Um lampejo de frustração passou por seus olhos, mas, novamente, ninguém reparou.

Tinha uma vaga idéia do que iria acontecer. E aquilo não o agradava nem um pouco...

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Fiquei naquela posição por longos segundos, quando senti uma sensação estranha. Senti minha nuca arder e virei-me na direção da porta, com a sensação de estar sendo observada.

Qual não foi minha surpresa encontrar aqueles tão conhecidos olhos ambarinos, fixos em mim...

Shoran...

Seu rosto estava sério e seus olhos pareciam poder ver através de mim. Sem saber ao certo o que fazer, fiquei parada lá mesmo onde estava, observando-o também.

Sem desgrudar os olhos dos meus, Shoran andou lentamente em minha direção, sem pressa, como se tivesse todo o tempo do mundo.

Senti minhas pernas falsearem levemente, ao ver que ele se aproximava, mas logo me recompus. Mas não pude impedir meu coração de acelerar e passar a bater como louco. Ele parou a mais ou menos dois palmos de distância de mim e simplesmente ficou me observando persistentemente.

Eu sentia seus olhos percorrerem toda a minha face e corpo e eu podia jurar que era como se suas mãos trilhassem o mesmo caminho. Ele me acariciava com os olhos...

Sem querer quebrar o momento com palavras num momento errado, lancei-lhe um olhar desesperado. Sentia meus olhos úmidos de emoção...

Com um olhar eu tentava fazê-lo perceber.

Com um olhar eu tentava dizer tudo.

Com apenas um olhar eu lhe dizia 'eu te amo'...

-

Continua...


Oi, gente! (por favor, não me matem...)

Bem... FINALMENTE, aqui está o capítulo 12! Isso mesmo! Muitos mistérios ainda existem, que aposto que vocês nem imaginam! Meiling entra na história, e seu papel será fundamental no desenrolar da relação dos nossos queridos Li e Sakura. Muito em breve a declaração (finalmente... XD) e a batalha contra os Ki Katsus! Não falta muito para que alguns mistérios sejam revelados e agora não está muito longe do final. Ainda temos um bom caminho a percorrer, mas não falta lá muita coisa, não!

Agora... Gente, eu sei que vocês devem estar querendo me fritar viva depois de toda essa demora, mas por favor entendam: eu mal tenho tido tempo ultimamente. É o basquete cinco vezes por semana, já que o campeonato está aí; o inglês; o espanhol e mais a escola que está sendo o pior de tudo. O final de ano está muito pesado, não estou agüentando mais! É prova e trabalho um em cima do outro... Estou falando sério, estou beirando meus limites. Também estive um tempo fora em Natal... (esse foi bom! Hehe!) Meus amigos do MSN vêem que praticamente não entro mais e pegam no meu pé... Perdão, pessoal, mas quando tudo se acalmar volto a entrar com a mesma freqüência de antes, prometo!

E para os preocupados... Eu não vou parar de escrever, não. Jamais pararia antes de finalizar todas as fics que postei! E ainda pretendo postar mais assim que for terminando as que já tenho.

Mami, obrigado por revisar, mais uma vez! E gente, esse capítulo está sem a paródia, porque fiquei sabendo que a Lila está viajando. Como não sei quando ela vai voltar e não quis prolongar ainda mais a espera para a postagem desse cap. postei agora sem, mas quando ela voltar prometo que assim que ela fizer eu coloco!

Agora, os agradecimentos!

MeRRy-aNNe: Oie, linda! Ai, ai... (aguardando a surra que vai levar) Para variar, acabei demorando, mais do que o normal, até. Por favor, não me odeie! Peço desculpas, uma vez mais! Bem, fico muito feliz que tenha gostado do beijo! Muito mesmo! Afinal, ele é muito importante! E pode deixar, vou fazer o máximo para manter meu ânimo e escrever o mais rápido possível!

Mary: Não, querida... Eu não desisti da fic, não, como já disse. E nem pretendo! Que bom que você gosta, fico muito feliz. Mas não se preocupe, que com certeza chegarei até o final! XD

Michele-chan: Oi, querida! Nossa... nem acredito que você não é mais minha irmã na família...Mas, quero que saiba que ainda considero você como uma, e continuo adorando você como antes! E que bom que você gostou! E sim, será um quarteto! (gota) Acho que brincando você acabou acertando em cheio! Amo-te!

Lan Ayath: Obrigado, querida! Que bom que gostou da ordem de pensamento que tive, pois também fiquei muito empolgado quando ele me veio na cabeça. Tanto que fui correndo escrever ele na hora! Agradeço o apoio!

RubbyMoon: Olá, querida! Nossa, nem em fale! Já te disse que é preciso ter muita garra e força de vontade para fazer o que você fez, não? Passar por uma coisa terrível como essa... Não é qualquer uma que conseguiria se recompor tão bem como você. Ainda é uma pena o que aconteceu, afinal, você estava com tantos reviews! E uma história tão boa como a sua merecia todos eles. Peço mil perdões por demorar tanto para voltar a ler Na Magia. Vi que você atualizou, mas ainda não tive tempo de ler. Pretendo fazer isso no fim de semana. De fato, estava claro que rolaria um triângulo amoroso entre eles... Mas acho que já deu para notar nesse capítulo que na verdade será um 'quarteto'! (gota) E concordo contigo, as cenas românticas são tudo! Ainda tenho muitas surpresas pela frente, sim! E a Lila é demais, mesmo! Beijos, querida!

Rita Rios: Oi, minha fofa! De fato, ele poderia ir fazendo seu testamento, porque se ele ainda estivesse por lá o Li iria massacrar ele! (gota) Mil perdões, querida. Eu entendo a sua situação, pois sou leitora também (apesar de não poder ter lido quase nada nesses tempos...), mas acontece que está sendo muito difícil MESMO esses últimos meses para mim. Prometo tentar ser rápido no próximo capítulo, afinal devo isso a vocês! Obrigado por tudo o apoio que me dá, ele é muito importante para mim!

Anna Lennox: Oi, netinha querida! Faz tempo que não falo contigo no MSN... (aliás, faz tempo que não falo com muito gente no MSN, mas com você faz mais...) Sinto saudades! Ai, ai... que bom que você me entende... Agradeço muito a compreensão! Que bom que você gostou do beijo! Foi o ápice do capítulo e de boa parte da fic (também, já estava na hora, né? XD)! E estou morrendo de vontade de ler os caps. novos de 'Por Amor'! Vamos ver se consigo ler nesse fim de semana! Beijos, netinha!

Anaisa: Nossa! Aquilo não foi um review, foi um texto! Agradeço de coração, pois adoro comentários compridos. Amo eles de paixão (e quem não ama? XD)! Que bom que você gostou de tantos momentos assim da fic. Anima muito na hora de escrever reviews como o seu, são de grande ajuda mesmo! De fato... Demorou um pouco, mas finalmente a Sakura descobriu a verdade: seu amor pelo Li! A Lila é a rainha do humor, mesmo! Me doeu o coração ter que postar sem a paródia, mas devia isso a vocês, e pretendo colocar a paródia quando ela fizer! E não se preocupe, qualquer uma iria querer beijar ele! E acabei demorando... Perdão, perdão mesmo! Obrigado por tudo!

Jenny-Ci: Nossa, que saudades de você, minha linda! Faz muuuito tempo que não se falamos! Ah, obrigado por pensar isso de mim... Pode ter certeza de que o pensamento é recíproco, viu! E espero que possamos conversar sobre os mangás mesmo, gostaria de saber sua opinião sobre eles. Quais gostou, não gostou, os preferidos até agora... Não vejo a hora! Que bom que gostou do beijo! É muito bom saber que gostarão dessa cena específica, porque admito que foi difícil de escrever. E é verdade... Acho que uma boa parte é mais difícil quando se escreve em primeira pessoa, porque fica difícil de saber ao certo os pensamentos e sentimentos das outras personagens, para quem está lendo. Mas faço o meu melhor para que eles fiquem claros! Até mais, querida! Adoro-te muito!

Lilaclynx: Que bom que você gostou dele, Lila! Sabe que a sua opinião é muito importante para mim, não? Peço desculpas por postar o capítulo antes de você parodear ele, mas acontece que a Kao me falou que você tinha viajado e como não sabia quando você ia voltar, tive que postar agora, pois já estou muito atrasada. Mas quero que você faça a paródia do mesmo jeito, e assim que você a fizer vou colocá-la aqui! E acho que já notou que todos amam as suas paródias, não? Elogios não faltam! Amo-te, querida!

Mistr3ss: Mis! (pula em cima) Aie, sinto saudade de falar contigo... Tanto tempo que não conversamos também... (começa a chorar sem parar enquanto fica agarrada no seu pescoço) Estou com saudades! Nossa, eu não sabia que você lia UMCS! Fico extremamente feliz e satisfeita em saber que você acompanhava essa minha fic! Que bom que achou o capítulo tudo isso... Ele deu trabalho! (gota) E bem... Ainda não foi nesse capítulo, mas vai ser MUITO em breve! O Li é um TDB, isso ninguém pode negar! XD Ah, aquela casa a Sakura estava apenas imaginando, Mis! Desculpe não ter sido clara o suficiente! A Lila é demais, sua cabeça forma cada coisa mirabolante para as paródias... Demais! Até, minha querida! Beijos!

Kayla-chan: Oi, linda! Eu não vejo nenhum mal em você escrever os reviews em espanhol! Acho muito interessante, na verdade! (fará bem para as minhas aulas de espanhol... XD) Mas acho que nunca cheguei a ter a chance de falar contigo no MSN. Espero poder fazer isso logo! Não vejo a hora de falar contigo, querida! Não vejo a hora, mesmo! Adoro receber reviews seus, são uns dos que me deixam mais felizes! Agradeço todo o apoio que tem me dado! Beijos, amiga!

Rafinha: Oi, filha querida do coração! Que saudades que sinto de você... Preciso falar mais vezes contigo, mas o tempo não contribui muito, sabe... Peço desculpas por não ter entrado no domingo, acabei não conseguindo apesar de ter te prometido... Me envie os capítulos por e-mail, pois acho que só nos encontraremos novamente no domingo agora... De fato, a Sakura estava muito marcada com o que acontecera e se culpava demais. E fico muito feliz em saber que pude ser de alguma ajuda, e que pude aliviar um pouco do seu sofrimento indiretamente com aquele capítulo. Ainda acho que você exagera, querida... Preciso melhorar muito... XD Aie, filha... Não seja má! Coitado do James, ele ia virar comida de passarinho se isso acontecesse (não que ele não merecesse... XD)! Mas ele não aparece mais, não... A cena com o Eriol foi uma das minhas preferidas e que mais gostei de fazer! E não foi por isso, mas admito que ele irá para a batalha muito em breve. Obrigada por todo o apoio que me deu, fofa do meu coração... Suas palavras foram lindas! Amei completamente seu review! Te amo muito! Beijos!

Patrixa: Oi, querida! Sim, é muito bom mesmo! Já estava mais que na hora dela superar essa cicatriz em seu passado, depois de tantos anos! Fico feliz que esteja gostando, e peço desculpas por demorar tanto (justificativas lá em cima! XD), mas espero que não me odeie por isso... ! Obrigado, querida!

Michelle: Oi, fofa! Que bom que está amando... Acelera meu coração de felicidade saber isso. E é muito gratificante, pois nós escrevemos para vocês, já que se não houvesse leitores, não haveria porque escrever! XD Não se preocupe, irei continuar até o final! Perdão pela demora, mais uma vez! Agradeço por tudo! Beijos!

Beatriz: Oi, querida! Sim, de fato... Quando essa vontade vem, leva um tempo para a gente superar ela, mas acaba sempre superando um dia! Então não se preocupe, irei terminar essa história e todas as outras que postei de um jeito ou de outro! Você saberá o final, pode ter certeza disso! Obrigado por se importar tanto e por me apoiar, é muito incentivante! Agradeço do fundo do coração! Beijos e até!

Carol: Oi, Mami! Tudo bem, não se preocupe com isso. Você sabe que em termos de atraso, não tem caso pior do que eu, né? (gota) Deve ser genético, mesmo! Não se preocupe, mãe... Eu vou terminar tudo, tudo, tudo! (com sorriso grande e orgulhoso no rosto) Aie... (caindo na risada), de fato alguém tem que fazer isso, não é mesmo? E você não é chata, é minha mãezinha do coração! Obrigado por todo o apoio que me dá, por me agüentar e revisar a fic para mim! Te amo muito! Beijos, mami!

Kaena Zeho: Hum... De fato Código Da Vinci é um dos melhores livros que eu lá li (e olhe que já li muitos mesmo...)! Achei o modo como Dan Brown desenvolveu a história magnífico! Ainda mais eu sendo uma fã admitida da Maria Madalena (tenho pesquisado e lido livros sobre sua vida já faz muitos anos). Os outros livros dele também foram muito bons, e parece que ele já está escrevendo outro sobre os maçons, que com certeza vou ler quando lançarem aqui! A cena é muito bonita, de fato! Obrigado! Beijos!

Kalilah: Adorei o seu review, minha linda! E é claro que não vejo problema algum, nisso. Eu mesmo fiz o mesmo que você está fazendo agora! Li muitas fics antes de conseguir escrever as minhas, e mesmo assim ainda preciso melhorar muito e têm muitas coisas que preciso aprender! Então você está escrevendo sua primeira? Qualquer coisa que precise, dúvida, ajuda... Qualquer coisa, como disse, fique sabendo que pode me chamar caso precise! Ajudarei com prazer! Obrigado pelos elogios lisonjeiros... Me deixaram vermelhinha! Podei deixar que eu falo para a Lila! E não se preocupe, fofa, entendi o que você quis dizer! Beijos!

Midori: Que bom que gostou das minhas dicas! É sempre um prazer ajudar e ser útil em alguma coisa para as outras pessoas. Acontece que realmente vi muito potencial em você, ele precisa apenas ser trabalhado! Um diamante bruto que precisa de um pouco de lapidação! Dê o melhor de si, é meu maior conselho! E não me importo, não, pelo contrário! Espero que possamos conversar em breve! Beijos!

Ai, ai... E é isso por enquanto, gente... Espero que tenham gostado do capítulo! Dêem palpites em relação à história, vamos ver se vocês acertam, ou chegam perto do que está para acontecer. Até mais!

§ Mara §