Uma Mulher Chamada Sakura
By: M. Sheldon
Revisão: Carol
Paródias: Lila-chan
Capítulo 13 – Felicidade Instantânea
§ Shoran §
Eu sentia que aquele era o momento. Era a minha chance de finalmente lhe falar o que eu já estava cansado de guardar dentro do peito.
Naquele pequeno aposento escuro, com o vento batendo em meu rosto e brincando com os cabelos de Sakura... Seria o meu momento de desabafo.
Observando atentamente todos os detalhes de seu rosto, todos os contornos e cores, estiquei minhas mãos à procura das dela. Quando finalmente as encontrei, enlacei meus dedos entre os dela, sentindo a maciez da sua pele.
Aquele ato tão singelo, fez balançar meu mundo. Como era possível que uma coisa tão pequena me afetasse daquele jeito? Resistindo à vontade de envolver seu corpo em meus braços, esforcei-me para recobrar a sensatez. Aquela mulher estava me deixando louco.
Procurei seus olhos. Queria mirar bem no fundo de seus olhos quando fosse dizer aquilo. Mantendo o contato visual, percebi a confusão em seus orbes. Um pequeno sorriso escapou de meus lábios. 'Não se preocupe, esclarecerei todas as suas dúvidas agora', pensei.
-Sakura... – sussurrei, num fio de voz. – Por favor, preste bem atenção no que eu tenho a lhe falar, por que não sei se vou ter a coragem de dizer isso novamente em um diferente momento...
Era verdade. Se eu a amava? Mais do que qualquer coisa no mundo! Mas outra coisa era saber se Sakura também nutria esses sentimentos por mim... E era o que eu planejava descobrir agora. Mas mesmo assim, me era necessário reunir uma boa dose de coragem para aquilo.
Quase ri de mim mesmo. O destemido Shoran Li, que já havia lutado em dezenas de batalhas, enfrentado milhares de inimigos... Via-se, agora, com o coração batendo de medo perante uma mulher. Incrível o que o amor fazia.
Sakura levantou levemente as sobrancelhas, surpresa. Mas logo, compreensiva, fez um gesto positivo com a cabeça e voltou ao semblante sério, aguardando minhas palavras.
-Sakura, nunca me interessei muito por mulheres ou assuntos do coração. Minha atenção toda, sempre esteve focada em negócios e batalhas. Sinceramente, achava que sentimentalizes eram uma tolice, e as via com maus olhos e também a quem as prezava.
Reparei que Sakura cerrava os olhos, como se não tivesse vontade de estar ali. Segurei mais forte suas mãos entre as minhas.
-Amor, então, era o sentimento que eu mais abominava. Aquilo nada mais era para mim, senão um sinônimo de fraqueza...
Respirei fundo, sentindo que o momento chegava.
-Até conhecer você...
Sakura voltou a abrir os olhos, arregalando-os levemente em minha direção.
-Por favor, não fique assustada. A verdade é que faz tempo que tento lhe dizer isso. Mas antes que diga algo... Deixe-me apenas terminar... – lhe pedi, com uma súplica nos olhos. Ela não disse nada. Tomei aquilo como um incentivo.
-Assim que pousei meus olhos sobre você pela primeira vez, senti uma coisa diferente. Uma atração fortíssima, e julguei que nada mais. Mas pouco a pouco... Você foi se revelando para mim.
Senti um aperto no peito, ao me lembrar de todos os momentos que passara com ela até agora, e um sorriso de contentamento e prazer se abriu em meu rosto por aquelas recordações.
-Você me ensinou um novo jeito de olhar o mundo. Quebrou a barreira desse meu preconceito bobo... E pouco a pouco, a barreira que eu havia levantado sobre meu coração também.
Reparei que seus olhos se enchiam de lágrimas, enquanto ela ouvia minhas palavras. Soltei suas mãos e passei a acariciar seu rosto. Cada vez que eu entrava em contato com aquela pele sedosa, tinha a impressão de que descargas elétricas atravessavam nossos corpos.
-Você me mostrou seu lado delicado, seu lado forte. Seu lado teimoso e seu lado complacente. Num momento eu via lágrimas de tristeza caindo de seu rosto, noutro você sorria de pura felicidade. E havia ainda horas em que você chorava e sorria ao mesmo tempo... Você se tornou um enigma para mim. E eu estava cada vez mais confuso.
-Demorei a perceber a razão de toda essa mistura de emoções e sentimentos. Até precisei da ajuda de outras pessoas para finalmente entender. Mas agora eu entendo, Sakura.
Puxei-a para mais perto de mim, num abraço apertado. Apoiei meu queixo em seu ombro e aspirei aquele seu perfume delicioso. Senti que seus braços envolviam-me pelas costas, segundos depois. Com a voz embargada de emoção, e o coração pulsando forte no peito, sussurrei ao pé de seu ouvido...
-Amo o modo como seus olhos brilham quando você sorri. Amo o perfume de seus cabelos, que sempre me inebria. – senti meu peito molhado por suas lágrimas, e sorri. – Amo a sua coragem. Amo sua força e sabedoria. Amo a sua voz. Amo o formato de sua boca e a felicidade que você transmite quando liberta um sorriso. Amo a sua sinceridade. Amo até mesmo esse seu temperamento forte... – ouvi o som leve de sua risada ao ouvir meu último comentário.
Fiz com que ela olhasse para mim, tirando sua cabeça do apoio de meu peito.
-Eu te amo, Sakura.
Grossas lágrimas passaram a cair de seus olhos, enquanto ela me olhava emocionada. Limpei as lágrimas de seus olhos, enquanto ela abria um sorriso.
-Eu... Eu também... Amo o modo como seus cabelos estão sempre rebeldes. Amo o modo como me abraça e me faz sentir protegida em seus braços. – ela começou, num fio de voz, e eu senti meu coração disparar, como se quisesse pular fora de meu peito. – Amo o modo como seus olhos parecem ver através de mim. Amo sua dignidade e inteligência. Amo o modo como você parece um garoto inocente quando sorri. Amo até mesmo esse seu jeito impertinente e convencido...
Ela baixou os olhos, mas logo voltou a me olhar, corada.
-Amo o modo com que me beija. Amo o modo com que me faz sentir desejada. – ela pôs uma mão sobre meu rosto e abriu um pequeno sorriso, ainda envergonhada. – E amo o modo com que está me olhando agora. Eu te amo, Shoran. Amo tudo em você...
Capturei sua boca, apenas num roçar de lábios, para logo em seguida abafar um sorriso trêmulo na pele macia do pescoço dela. Nunca havia sido tão feliz!
Eu a beijei novamente, meus lábios explorando, acariciando os dela. Nunca havia beijado uma mulher igual em toda a sua vida como beijava agora. Meus sonhos tinham se transformado em desejos e meus desejos em realidade.
Meus dedos trêmulos se enroscaram na cabeleira dela e minha respiração se tornou pesada e difícil. Eu havia colocado toda a minha alma naquele beijo, marcando os lábios dela com as emoções intensas que me vinham torturando desde o momento em que me descobrira apaixonado.
Afastei-me dela, então, retomando o fôlego. Ela abriu os olhos e sorriu, radiante, para mim. Emocionado, encostei minha testa na dela e cerrei minhas pálpebras com força.
-O que está fazendo?
-Memorizando. – só então abri meus olhos. – Quero que esse momento fique gravado na minha memória para sempre...
Ela pulou em meu pescoço, num abraço apertado. Envolvi seu corpo com meus braços, levantando-a do chão e passei a rodopiar pelo recinto com ela.
-Se soubesse como estou feliz, Shoran... Tenho vontade de gritar para todo o mundo a minha felicidade! – ela disse, para a minha alegria, e logo em seguida depositou um cálido beijo em meus lábios.
Coloquei-a de novo no chão, e quando vi, ela percorria meu rosto com a mão, numa carícia deliciosa. Ela passou as costas da mão em minha bochecha, seguiu para meus lábios, percorrendo-os com a ponta dos dedos e subiu para meus olhos. Fechei minhas pálpebras.
-O brilho dos seus olhos me deixa sem fôlego... São tão calorosos... – ela sussurrou, docemente, e retirou a mão de meu rosto, deixando-a cair ao lado do corpo. Abri meus olhos novamente e me pus a observá-la.
Seria capaz de ficar a noite toda assim, apenas olhando para aquele anjo perante mim, que jamais me cansaria.
-Shoran! Aí está você! – ouvi a voz de Eriol da porta. – Fiquei te procurando em tudo quanto é canto desta casa...
Sem me virar para Eriol ou tirar os olhos de Sakura, perguntei:
-Precisa de algo, Eriol?
-Precisava tirar algumas dúvidas com você em relação ao esquema. Isso se não estiver interrompendo nada, é claro.
Ele estava. Mas eu estava tão feliz e realizado que não fui nem capaz de me irritar com meu amigo pela interrupção.
-Vá, Shoran. Já está tarde, preciso descansar um pouco. Amanhã nós nos veremos novamente.
Levantei levemente uma de minhas sobrancelhas ao notar o sutil convite de Sakura. Sorri gentilmente para ela.
-Sim. Amanhã. Boa noite, Sakura...
-Boa noite, Shoran... – e tomou a direção da porta.
-Boa noite, Eriol. – ela disse abrindo um sorriso para meu amigo, que retribuiu o mesmo prontamente.
-Boa noite, Sakura. Durma bem.
Esperamos Sakura se retirar. Quando ela já estava distante, me virei para Eriol.
-E então, meu amigo. O que deseja saber? – falei, pronto para tirar suas dúvidas.
Indo em direção à biblioteca, continuamos conversando. Mas minha mente vagueava longe ainda.
Aquele havia sido o melhor dia da minha vida...
§ Sakura §
Fui diretamente para o meu quarto, assim que me despedi de Shoran e Eriol. Não havia tido a oportunidade de me olhar num espelho ainda, mas tinha certeza de que estaria com o sorriso mais bobo do mundo estampado na cara.
Mas o que eu podia fazer quanto a isso? Estava feliz! Pela primeira vez depois de tantos anos, eu estava realmente feliz.
Tinha certeza de que Shoran não mentia para mim. Seus olhos me comprovavam isso. Eram brilhantes, cheios de vida e emoção. Os olhos de quem diz a verdade. Não como os olhos cinzentos e sem vida daquele homem...
Não, ele realmente me amava. E eu sentia meu coração bater disparado em resposta, dizendo que sentia o mesmo. Não haveria como eu não estar feliz.
Comecei a cantarolar baixinho uma música, e quando finalmente entrei em meu quarto, encontrei minha prima Tomoyo lá, sentada diante da penteadeira de camisola e prendendo seus cabelos para dormir.
-Ah, olá, Sakura! Você sumiu, de repente... Onde esteve esse tempo todo? – sua voz mostrava nada mais do que curiosidade.
-Queria um pouco de sossego, então fui até um quarto desocupado que havia em frente ao salão. – virando de costas para ela e procurando minha camisola entre minhas roupas, tentei fazer com que minha voz soasse o mais natural possível, como se falasse sobre algo banal, como o tempo. – Acabei me encontrando com o Shoran lá.
Tomoyo parou de segurar os cabelos na mesma hora e, ainda com os grampos na mão, se virou para mim, surpresa.
-Shoran Li? – confirmei com a cabeça. – E o que aconteceu?
-Nada. – disse com um sorriso.
Ela estreitou os olhos para mim, desconfiada. Não sei quanto tempo passou até que ela finalmente dissesse algo. Provavelmente alguns segundos, mas, para mim, pareceram desconfortáveis horas. Sabia quão bem minha prima conseguia ver através de mim.
-Não pode estar me falando a verdade. Você esbanja felicidade por cada poro seu! Alguma coisa aconteceu, Sakura...
Afinal, por que estava escondendo? Aquela era Tomoyo, minha prima, minha confidente, minha melhor amiga! Sempre havia contado tudo para ela. E a verdade é que minha boca formigava de vontade de contar-lhe tudo. Dei um suspiro alegre e sorri na hora.
-Estou amando, Tomoyo.
Reparei que ela ficou um pouco surpresa com a minha afirmação e arregalou levemente os olhos por alguns segundos. Mas logo depois seu olhar suavizou-se e ela me presenteou com um sorriso doce, alegre e compreensivo.
-Eu sabia. Vocês estavam destinados a se amarem! Pude ver no dia em que cheguei! Mas me conte... Como foi que tudo aconteceu? Quero saber todos os detalhes, não me esconda nada, querida! – Tomoyo voltava a falar como uma adolescente empolgada, e eu não consegui segurar o riso diante da sua reação.
-Só se me contar uma coisa. Ou melhor... Só quero confirmar minhas suspeitas... – ela me deu um olhar indagador em resposta. – Você se apaixonou por Eriol, não foi?
Percebi um leve tom rosado subir pelo pescoço de minha prima até colorir as suas faces. Dei um leve sorriso. Eu sabia.
-Estava assim tão na cara? Se até você percebeu...
-Ei! O que está insinuando com isso? – perguntei, tentando imprimir um tom severo em minha voz, mas falhando completamente.
-Eu? Nada, imagina! – ela disse sorrindo. – Bem... Mas como pode notar... Sim, é verdade. Acho que... Foi amor à primeira vista... – ela disse, olhando para o chão, voltando a ficar um pouco envergonhada. – Mas, agora... Você vai me contar tudo!
-Claro, irei lhe contar tudo, Tomoyo!
E mergulhei nas doces recordações daquele dia, contando cada detalhe do que havia ocorrido para Tomoyo, que me ouvia atenta.
-Meu Deus! Mas que declaração... Lindo, Sakura! Eu, só de ouvir você contar, me derreti toda... Só imagino como você ficou de ouvir ele lhe dizer isso pessoalmente!
-Eu me senti... Eu me senti como se fosse a pessoa mais feliz em toda a face da Terra...
-Desejo tudo de bom para os dois, querida. Esse sentimento de vocês é muito bonito e puro. Tenho certeza de que serão muito felizes! – Tomoyo me disse, sorrindo.
Sem encontrar palavras que expressassem o que eu sentia no momento, apenas lhe retribui o sorriso, antes que nós duas nos deitássemos em nossas respectivas camas e caíssemos em um sono profundo e repleto de sonhos.
§
Abri meus olhos, ainda sonolenta, e observei a paisagem ao meu redor. Um sorriso formou-se quando me dei conta de todas as flores que me rodeavam, num mar de cores.
Um botão de rosa do branco mais puro estava estendido perto de meus pés. Estiquei minha mão em sua direção. Entretanto, assim que a ponta dos meus dedos tocaram as pétalas da flor, tudo escureceu. Não havia mais flores, não havia mais cor, não havia mais vida...
Senti um vento bater em minhas costas e um calafrio percorreu meu corpo. Não sabia se havia sido por causa do frio ou por causa do medo... Levantei-me do chão e, sem saber pelo que procurava, olhei repetidamente de um lado para o outro.
Foi quando reparei num pequeno ponto de luz, há alguns metros de mim. Como se fosse um único floco de neve brilhante no meio daquela escuridão. Curiosa, caminhei em direção a ele, e não pude impedir-me de tentar pegar aquele foco de luz com minhas mãos.
Mas para minha surpresa, mais uma vez, algo que eu tocava se transformou. E então não havia mais um ponto de luz diante de mim... E sim uma mulher, de longos cabelos, circundada por uma luz forte que me cegava parcialmente.
-Sakura...
Levantei meus olhos, espantada, forçando minha visão. Aquela voz...
-Sakura!
-Não... Mamãe! É você!
A luz finalmente enfraqueceu e eu pude ver, então, diante de mim... Nadeshiko... Senti meus olhos encherem-se de lágrimas, porém não deixei que nenhuma delas caíssem. Ela apenas me olhou e sorriu.
-Sakura... Quantas saudades, minha querida! – a vontade de chorar era cada vez mais forte... – Tenho te observado sempre, nunca, em momento algum, te abandonei... Jamais seria capaz disso... Tenho velado por você todo momento... Porém, essa é a primeira vez que você me vê também, por isso não consigo evitar a emoção, me desculpe.
Não consegui me conter mais, e lágrimas grossas rolaram de meus olhos sem parar. Emocionada, abri meus braços e me joguei em direção a ela, mas foi em vão, pois apenas passei por ela, como se não houvesse ninguém ali.
Quando olhei surpresa para minha mãe, ela me devolveu um olhar melancólico.
-Eu não pertenço mais ao mesmo mundo que você, querida... Não somos das mesmas realidades, muita coisa está entre nós. Mas... Eu te chamei porque precisava muito falar contigo.
Apenas escutei atenta.
-Não fuja, Sakura... Você é forte, eu sei que é. Você tem a coragem, a pureza, a inteligência... Você será capaz. Só você será... Não fuja, Sakura.
Arregalei meus olhos de leve ao perceber a semelhança com meus outros sonhos... Então...
-Então... Era você esse tempo todo? – ela apenas sorriu novamente e fez que 'sim' com a cabeça. – Por que não se revelou antes? Por que escondeu isso de mim por esse tempo todo?
Reparei que ela hesitou por um momento, mas me respondeu.
-Havia uma barreira entre nós, Sakura. Você ainda se culpava pelo que havia acontecido comigo. Você estava repleta de tristezas, arrependimentos, ressentimentos... E eu estava envolvida na maioria deles. – abri minha boca para responder, mas ela fez um sinal, me pedindo por silêncio. Sem opção, respeitei seu desejo.
-Fiquei tão feliz, minha filha... Tão feliz, quando vi você finalmente superar isso! Doía minha alma ter que ver você daquele jeito e não poder fazer nada... Mas não era meu dever intervir. Você tinha que superar isso sozinha... Além disso, ele estava com você.
-Mas vou aproveitar este momento. Minha querida... Jamais, nunca, eu culparia você pelo que me aconteceu. Aquele era meu destino, e nem você nem ninguém poderia mudá-lo. Fui muito feliz. Recebi muito amor e dei todo o meu para vocês, também... Não me arrependo de nada e faria tudo de novo, apenas pelo prazer de passar aqueles doces momentos ao lado de meus amados.
-Eu te amo, Sakura. Sei que você me ama, também. E nosso amor é forte demais para ser destruído por algo como a morte.
Desabei sobre o chão, em uma convulsão de soluços, emocionada, as lágrimas caindo com mais força e quantidade dos meus olhos. Minha mãe me olhou com aquele seu doce sorriso e uma única lágrima deslizou por seu rosto. Reparei que ela desaparecia aos poucos... Meu coração bateu desesperado... Eu queria lhe contar tantas coisas!
Foi então que uma pergunta invadiu meus pensamentos.
-Mãe... Do que eu não devo fugir?
Quase totalmente desaparecida ela me sussurrou...
-Vai saber quando chegar o momento... Você vai ser feliz... Vai sofrer... Mas tenho certeza de que vai fazer a escolha certa. Adeus, Sakura...
-Mamãe! – estendi minha mãe, inutilmente em sua direção. Ela não estava mais lá... Porém, meus ouvidos ainda captaram um leve sussurro seu.
-Eu te amo, Sakura...
Foram suas últimas palavras... E então...
Eu acordei.
§
-Como? – perguntei para meu pai, pois não havia compreendido muito bem.
-Nesse tempo que passou, escolhemos os melhores entre os soldados para que nos ajudassem a treinar o restante. Quase todos já estão prontos, então nós vamos com nosso primeiro regimento ao encontro do Imperador.
-Sim, até essa parte eu já havia entendido... O que não entendo é, onde eu entro nisso?
Fujitaka deu um suspiro, cansado, como se não quisesse dizer aquilo, na verdade.
-Nós vamos precisar da sua ajuda. – levantei uma sobrancelha, interrogativamente. – Para treinar o restante dos soldados.
Encarei meu pai, surpresa... Nunca imaginei que logo ele iria me pedir isso.
-Não queria ter de fazer isso, como você bem deve imaginar, mas não tenho opção. Quero dizer... Você é minha melhor opção... Shoran vai ficar aqui e te auxiliar, caso precise de algo. Ele também irá treinar a outra porção, enquanto eu, Touya e Yukito damos início ao nosso plano.
Meu pai já havia me contado ele antes... Muita esperteza deles, eu diria, fazer aquilo. Precisava congratular meu pai nesse ponto. Ninguém seria capaz de armar estratégias de guerra melhor do que ele.
Tentei focar meu pensamento nisso, evitando me deixar abater pelo fato de que passaria muito tempo sozinha com Shoran. Não bem sozinha... Mas seria quase...
-Então... Começou, finalmente. – disse apenas.
-Parece que sim. – respondeu meu pai.
§
-Você vai me ajudar a treinar os soldados?
Encarei Shoran brava com a entonação que ele havia usado.
-Sim, algo contra? – pela expressão em sua face, ele tinha muita coisa contra. Suspirei. – Você me subestima, querido. – acrescentei um sorriso irônico ao final de minha frase.
-Você sabe lutar mesmo? – ele perguntou duvidoso.
-Quer comprovar por si mesmo? – desafiei.
Ele me olhou levemente espantado ao sentir o tom de desafio que eu impunha. Porém um sorriso de satisfação surgiu em sua face, assim que a surpresa passou.
-Aí está um lado seu que eu não conhecia ainda... – mais uma vez levantei uma de minhas sobrancelhas, num movimento característico meu, como se perguntasse a que ele se referia. – O lado frio e calculista. – ele me respondeu.
-E o que acha dele?
-Estou adorando-o. – ele respondeu com um sorriso sugestivo.
-Suponho que isso seja um sim para o meu desafio... – ele fez que 'sim' com a cabeça. – Muito bem... Que tipo de luta deseja? Pode escolher.
-Hum... Você carregava aquelas katanas de um lado para o outro... Uma luta com espadas está bom para você?
-Está ótimo. – respondi enquanto nos encaminhávamos ao salão de luta. O sangue corria mais rápido pelas minhas veias.
Aquilo ia ser interessante... E Shoran não perdia por esperar...
Continua...
Olá, minna-san!
Primeiramente... Guardem as pedras... Não é bem o maior dos meus sonhos morrer apedrejada... Por favor, me perdoem pela demora! Sei que inaceitável, mas tentem aceitar mesmo assim! Fiz o meu melhor... E se é consolo, o capítulo 14 já está pela metade, então não vai demorar como os anteriores! Provavelmente em março, primeira ou segunda semana, ele estará postado!
Bem, minhas férias terminaram, enfim... Nessa semana já começam minhas aulas. Estive fora desde o Natal. Fiquei na praia até final de janeiro e depois fiquei na chácara. Voltei hoje mesmo pra Curitiba...
Vou parar de enrolar e agradecer a todos os comentários!
AGRADECIMENTOS
Midori – Olá, querida! Não foi nada! Espero que elas te tenham sido útil de alguma maneira!
MeRRy-aNNe – Olá, minha querida! Não preciso nem dizer que no final das contas... Demorei como sempre, não? suspira Perdão! E sim, eu entendi... risos Vontade até que dá, viu! Mas não seria legal mudar a classificação da fic agora... Quem sabe no futuro, numa outra, não? Obrigada pelo apoio!
Mitsuki Tabemashi – Olá! Obrigada! Agradeço os elogios e apoio! Prometo dar uma lida assim que possível, estive fora, então não foi possível antes!
RubbyMoon – Como sempre, uma honra receber um review seu! Estive fora, então não pude acompanhar seus fics por um tempo, mas prometo ler o mais breve possível! Agradeço todo o apoio que sempre me deu, aprecio muito as suas palavras! Fico feliz que tenha gostado, linda! E de fato... Adoro fazer cenas com essas personagens!
Kayene – Muito abrigada, Ky! Peço perdão pela demora apenas... Mas agradeço muito seu incentivo! Vou fazer o máximo para ser mais rápida! Espero que tenha gostado desse capítulo também!
Michele – Olá, minha maninha querida! Acredita que só esses dias fui conhecer um dos seus filhos? E isso que eu tinha ele no meu MSN há eras... Mas não sabia quem era! Mas, voltando à fic... Obrigada! Espero que tenha gostado desse capítulo, pois é muito especial para mim! Amo-te!
Beatriz – Nossa... Obrigada por todos os elogios! Sim, entendi muito bem o que quis dizer e fiquei muito feliz! Agradeço de coração!
Jenny-Ci – Olá, minha querida amiga! Adoro você e nossas conversas... Muito mesmo! Você é uma pessoa muito especial e carismática e te considero muito! Agradeço as suas palavras, me deixaram muito feliz... É sempre uma honra de escritoras de peso como você! Espero que tenha gostado das cenas românticas desse capítulo também... Deram-me um certo trabalho, admito... Mas até que gostei do resultado final. Espero que goste também!
Warina Kinomoto – Olá, minha querida! Já tive o prazer de conversar contigo algumas vezes... E já ouvi falar muito bem de sua fic! Vou lê-la assim que possível estou muito ansiosa para isso! E agradeço, mas não acho que seja para tanto... Muito obrigada, linda!
Kalilah – Olá, minha querida! Obrigada pelos elogios... Fico muito feliz e satisfeita em ver que aprova meu trabalho! Não foi isso que aconteceu nesse capítulo... Mas muito, muito em breve seu palpite se tornará realidade! Passou raspando! Beijos, linda!
Rafinha Himura Li – Nossa querida... Seu nome é muito longo... Espero que não se importe que eu só tenha posto isso! XD Como sempre, nada se compara aos seus reviews! Bem, por onde começar? Sim, você me contou dos one-shots! Vou comentar assim que der, preciso me atualizar em minhas leituras mesmo! Já assisti Dawson's Creek sim! Até que acho legal! Agradeço... De fato não é uma tarefa muito fácil descrever sentimentos... E em primeira pessoa é mais complicado ainda... Por que você não pode somente descrever o que se está sendo sentido, mas passar isso, demonstrando que de fato quem narra sente mesmo! O Li não tem sorte mesmo... Mas nesse capítulo ele conseguiu! E bem, não posso negar... É isso mesmo que vai acontecer. Mas se acalme não sou tão cruel assim, quando ler o final entenderá! Eu gosto dessa Meiling! Ela será muito importante! E não se esqueça... A Sak está debilitada pela doença, mas não velha no começo! Trinta anos, filha! Bem... Eu também te amo e me sinto realmente afortunada por ter te conhecido... Amo você muito!
Lori Nakamura – Olá, minha querida! Eu entendo completamente! Mas fico feliz de saber que tem mais gente que lê o que escrevo fora os que deixam reviews... Às vezes a resposta não é muito boa e você desanima, achando que simplesmente ninguém lê... Mas obrigada por tudo! E boa sorte contra a sua preguiça!
Cleopatra-cruz – Fico muito feliz! Que bom que descobriu minha fic, pois confesso que você foi uma das pessoas que me deu ânimo para escrever, me deu inspiração tanto que comecei já o próximo capítulo e escrevi metade dele! Perdão pela demora... Aqui está o capítulo! E que bom que consigo passar bem os sentimentos... É meu maior objetivo nessa fic, principalmente! Bem... Obrigada pelos favoritos! Amei seu review!
Origami – Diretamente de Portugal! Bem, aqui está o capítulo! Espero que goste e perdão pela demora! Obrigada!
Musette Fujiwara – De novo, diretamente de Portugal! Bem, agradeço muito mesmo o que escreveu, os seus elogios! Fiquei contentíssima! Peço perdão pela demora, também... E bem... O que irá acontecer? Asseguro-te de que não falta tanto para o final... E que Shoran ama Sakura acima de tudo! Pode ter certeza disso... Para saber ao certo o que acontecerá, é só aguardar para ver! Espero que tenha gostado desse capítulo! Beijos, linda!
Espero que todos tenham gostado desse capítulo! Admito queme deu certo trabalho escrevê-lo...!
A Lila ainda não conseguiu fazer as paródias, porque as coisas andam muito corridas para ela, mas assim que ela fizer vou colocar elas aqui para vocês rirem um pouco!
Até o próximo capítulo!
§ Mara §
