Notas da Autora:

Alexis – esposa de Harry, Sofia é a filha deles.

Desculpe pela parte deprimente do capítulo.

Segunda Parte: O presente

Aniversário de Harry – 31 de julho de 2002

Ron,

Você irá para lá? Se você for, me espere, quero ir junto. Esse ano, estou em Londres.

Estarei hospedada no Caldeirão Furado. Me encontre lá.

Mione

Esse foi o bilhete que Ron havia recebido de Hermione ontem. Hoje, agora, ele estava em frente ao local, fazia muito tempo que não ia lá. Ele entrou.

- Pois não?

Ron virou-se para olhar quem era, não conhecia, era alguém jovem.

- Estou aqui para buscar uma hóspede, Hermione Granger.

- Seu nome?

- Ronald...

O jovem rapaz esperou para que ele falasse o sobrenome, mas não o ouviu.

- Espere um momento, por favor.

Foi o que o rapaz disse, depois de um tempo, e subiu uma escada. Logo depois, Hermione estava descendo dela, vestida como trouxa.

- Ei.

Ele a cumprimentou.

- Como vai, Ron?

- Bem, e você?

- Também. Vamos, podemos conversar no caminho.

- Claro.

E eles saíram.

- Não recebi sua última carta... – Ron começou, enquanto os dois andavam pelas ruas cheias de Londres.

- Pois é, fiquei muito ocupada essas últimas semanas. E quando decidi que vinha para cá, mandei uma coruja que era mais rápido. Desculpe.

- Tudo bem... então, o que está fazendo?

- Vou começar meu novo emprego em setembro, e você?

- Como eu disse a você nas cartas, continuo com o restaurante, os negócios vão bem.

Os dois pararam de falar por um tempo, pois estavam ocupados demais comprando os bilhetes de metrô, pegando o trem e sendo empurrados pelas pessoas apressadas.

O destino de Ron e Hermione era longe, apesar disso os dois não trocaram uma palavra. Quando chegaram, logo se percebeu a mudança da agitada cidade de Londres com o local, era calmo e com poucas pessoas.

Eles viraram para uma rua mais vazia ainda e a seguiram até o final dela, que se deparava a um portão velho e enferrujado. Quando entraram, não se via nada além de mato e uma trilha, eles seguiram ela até que o mato se abrisse em vasto campo vazio.

- Eu nunca vim aqui... – falou Hermione, mais para si mesma.

- Agora ele está protegido, para qualquer um que venha para cá.

Hermione o olhou, um pouco apreensiva.

- Está tudo bem, eu a avisei que você viria – disse Ron entendendo o olhar.

Após atravessarem o campo vazio, a paisagem do lugar mudou drasticamente, agora se via um jardim muito bem cuidado, com flores coloridas e muito vivas e no final do jardim tinha uma casa. Ao se aproximarem da casa, eles visualizaram duas pessoas, uma pequena que corria pelo jardim e outra que estava sentada num banco, aparentemente, lendo.

Depois de alguns passos, a mulher que estava sentada, virou sua cabeça para os dois e deu um largo sorriso.

- Ron! Hermione!

Os dois retribuíram o sorriso e foram abraçá-la.

- Vocês voltaram? – perguntou a mulher, curiosa.

Ron e Hermione, confusos, olharam para ela depois um para o outro, deram um sorriso de embaraço.

- Não – disse Hermione – só viemos juntos.

- Ah... me desculpe... – disse ela embaraçada e, para mudar de assunto, comentou – acho que você nunca chegou a visitar aqui...

A mulher indicou com mão o lugar à sua volta.

- É verdade, estive muito ocupada esses últimos anos. Também não fiquei na Inglaterra – justificou Hermione.

- Sofia! Para de brincar e vem cumprimentar seus tios!

A menina, que estava correndo pelo campo, parou e se virou. Saiu correndo novamente, mas em direção as três pessoas.

- Tio Ron! – Sofia gritou e abraçou com força a perna dele.

- Ei! Desse jeito você me derruba!

Ela se soltou dele e colocou as mãos atrás de si e disse com um sorriso embaraçado:

- Desculpe.

- Tudo bem... – Ron passou a mão pela cabeça dela.

- Essa é a Sofia?! Como ela cresceu! – Hermione interrompeu.

- Quem é você? – Sofia indagou quando ouviu a voz da outra moça.

Hermione se agachou, ficando com a cabeça na altura da de Sofia.

- Eu sou a tia Herm-

- Tia Mione!! – e a menina a abraçou, pelo pescoço – eu ti vi nas fotos que a gente tem pela casa! E mamãe fala muito de você...

- Hihihi... então quer dizer que não mudei nada, né?

Sofia balançou a cabeça alegremente, dizendo não.

- Sofi... por que não mostra para eles onde está o papai?

- Claro, mamãe!

Sofia puxou a mão de Hermione, Ron já ia segui-las quando a mulher o impediu.

- Sim, Alexis?

- Vocês não pretendem voltar?

- Não falamos disso...

- Você não quer?

- Nós mudamos, Alexis. Já não somos mais como éramos.

Alexis deu um sorriso gentil, e olhou para o banco.

'Para Alexis, que adora ler, sentada, com um jardim a sua volta. De Harry, que adoraria passar o resto de sua vida, sentado ao lado dela.'

Essa era gravação que tinha no banco.

- Sentimentos não mudam – ela afirmou.

Ron olhou longamente para Alexis, que ainda encarava o banco, depois falou:

- Vamos, as duas devem estar nos esperando.

E Alexis acordou de seus pensamentos e apenas assentiu com a cabeça para Ron.

Os dois foram para trás da casa, havia uma cerca branca e alta, com flores crescendo entrelaçados com ela. Bem no meio dela, havia um corredor que dava para uma colina.

Na colina, Ron e Alexis viram Hermione e Sofia olhando para uma parede de mármore que tinha flores em sua volta. No meio da parede, tinha uma foto, um Harry sorrindo para as duas.

Bem em cima do retrato, tinha uma gravação.

'Para Harry, que me deu os dois melhores presentes, seu amor e uma filha. De Alexis, que vive por eles.'

- Vocês são muito lerdos! – disse Sofia.

Alexis sorriu para a filha.

- Desculpe, mas não tenho culpa que você seja tão rápida!

Sofia riu com o elogio da mãe.

- Sofi, eu acho que o tio Sirius chegou! Por que não vai lá e traz ele aqui?

- Ok, mamis!

E ela saiu correndo, de novo.

- É muito bonito, Alexis – comentou Hermione, ainda olhando o memorial.

- Obrigada, é o mínimo que eu poderia fazer – disse Alexis, também olhando para a parede.

Ron apenas olhava mais em baixo, onde havia várias mensagens gravadas, de Sofia, de Sirius, dele, de Lupin, de Neville, de Dumbledore, de toda a sua família, de seus colegas da escola, de Draco e até da família Dursley.

- Por que você não escreve, Mione?

Ela olhou para baixo e percebeu o que Ron estava falando.

- Com a varinha?

- Aham – respondeu ele.

Hermione pensou um pouco, pegou a varinha e escreveu.

- Pronto!

- Não estaria completo sem você – disse Alexis.

- Desculpe a demora, por não vir aqui por tanto tempo.

- Tudo bem, sei como se sente. Todos nós sabemos.

Ron e Hermione olharam para Alexis, como se esperassem que ela falasse mais alguma coisa.

- Sabe o que é o mais estranho? – ela encarou a foto de Harry – que por mais que eu fique velha, por mais que Sofia cresça, neste dia eu sempre irei chorar mais que eu chorei no ano passado.

E Alexis deixou as lágrimas caírem. E como se fosse um sussurro para si mesma, falou:

- E às vezes, eu só queria que ele pudesse me assombrar...

Alexis tapou a boca e se inclinou para se apoiar em Hermione, que não se segurou também, e a abraçou.

- Mamãe!!!!

Ouvia-se a voz da pequena Sofia de longe. Ela, com certeza, estava correndo para a colina.

- Rápido! Se recomponha, não quero que ela nos veja chorando – Alexis disse para Mione.

- Af... tio... Si- rius...che-...gou... – ela disse entre intervalos e ofegante.

E os três riram pela atitude infantil de Sofia.

1° de agosto de 2002 – Madrugada na casa de Alexis

Hermione não conseguia dormir, ela havia ficado na casa da mulher de Harry por insistência da mesma. Ela não conseguiu dizer não e nem Ron, saiu da cama e foi andar um pouco para clarear as idéias.

A lua estava cheia e, junto com as estrelas, iluminava o jardim, que tinha um ar sereno e calmo. Ela deu um sorriso e andou até o banco, onde havia encontrado Alexis na manhã.

Ela leu novamente a gravação, havia lido hoje mesmo quando foram cumprimentar Sirius, achara muito romântico da parte de Harry e triste, de algum modo seu amigo já previra seu triste fim.

- Não consegue dormir?

Tomada pelo susto, ela se virou rapidamente.

- Ron! Que susto!

- Desculpe... – ele falou, desviando o olhar para o banco.

- Sinto a falta dele.

- Eu também.

- Por que desistiu de ser bruxo? – havia muito tempo que Ron a mandou uma carta, pelos modos trouxas, dizendo que desistira da magia.

- Más lembranças... e você, o que vai fazer agora? Você falou do seu novo emprego...

- É, vou ser professora... – e um pouco hesitante, Hermione continuou – em Hogwarts.

Ron a olhou, mas não disse nada. Sua expressão, Hermione não conseguia ler, não sabia se ele estava triste, bravo ou feliz. Porém, antes mesmo de ela tentar descobrir, ele voltou a olhar o banco.

- Que bom, espero que seja feliz lá.

- Tentarei...

Depois de alguns segundos, que pareciam uma eternidade para os dois, Hermione resolveu puxar assunto.

- Então, como está sendo sua vida de trouxa?

- Bem! Melhor do que eu esperava, pensei que não iria conseguir viver sem magia... e você? Com a magia?

- Bom, eu já estou bem acostumada, né?

Ron riu um pouco e continuou:

- Aonde você foi nesses anos?

- Fui para a França, a Bulgária e mais alguns países. Fiz alguns estudos em cada um deles, para minha formação de professora.

- Que matéria?

- Aritmacia.

Ron deu um assovio.

- Que coragem, hein?

Dessa vez foi Hermione que riu.

E sem perceber, os dois acabaram por sentar no banco e conversar sobre suas vidas, seus trabalhos e sobre os velhos tempos até o nascer do Sol.

1° de agosto de 2002 – Casa de Alexis

- Por que vocês não ficam por mais um dia? – insistiu Alexis, no café-da-manhã.

- É!!! Por que vocês não ficam?! – concordou Sofia.

Hermione sorriu, não faria mal nenhum em ficar mais um dia naquele lindo lugar, ela ainda tinha um tempinho antes de rumar para Hogwarts. Porém, era Ron que estava hesitante em ficar.

- Eu não posso ficar tanto tempo longe do restaurante e já fiquei ontem.

- Ahn! Vamos, titio Ron! A gente pode brincar, nós nem brincamos direito ontem!

- Nós brincamos a tarde toda! – reclamou Ron.

Sofia emburrou a cara, mas logo depois a trocou por um sorriso gentil, bem gentil.

- Já disse como você tá bonito hoje, tio Ron?

Ron a olhou desconfiado.

- O que você quer?

A menina fez uma cara de indignação e começou a brigar com o amigo do pai. Enquanto isso, Alexis e Hermione se divertiam com a cena.

- Mione?

Ela olhou para Alexis, mostrando que a estava ouvindo.

- Vem comigo, quero te mostrar uma coisa.

- Ok – Mione largou o copo na mesa e a seguiu pelo corredor da casa.

As duas entraram numa sala, que estava trancada. Alexis andou até um dos cantos do cômodo vazio, tirou o lençol que estava cobrindo um enorme objeto. Um grande espelho.

- Não reconhece? – perguntou Alexis.

- É um espelho... não é?

- Não, é o espelho de Ojesed. Pensei que já o tinha visto!

- Não, não... Ron e Harry o viram no Natal do primeiro ano, e eu não estava na escola – falou Hermione, um pouco distraída, fascinada com o espelho.

- Não quer vê-lo?

Hermione olhou para ela e hesitou. Na verdade, não queria.

- Acho melhor não.

- Por quê?

- Por que está aqui? – Hermione perguntou, queria desviar a atenção dela.

Alexis percebeu o desconforto dela e resolveu não insistir.

- Dumbledore mandou para cá, vai ficar por aqui essa semana. Até ele arranjar um lugar para colocá-lo.

- Ahn... Sofia já viu?

- Já... foi um acidente, ela não deveria ter visto. Mas fiquei feliz por ela ter visto, no final das contas.

- O que ela viu?

- O pai – falou Alexis, sorridente.

- Sofia se tornou uma linda menina – falou Hermione.

- Pois é, pensei que seria uma péssima mãe. E você não pretende ter filhos?

- Ãhn... não tenho tempo para isso, vou ser professora em Hogwarts. Além do mais, nem namorando estou.

- Mas e o Ron?

Hermione franziu a testa.

- Al-

- Mamãe!!! Mamãe!!!

*BAM*

A porta se escancarou.

- Olha o que o tio Ron fez pra mim?!

- Sofia, quantas vezes tenho que dizer para você não ficar correndo desse jeito pela casa?!

- Desculpa... – ela sussurrou e deu passos bem devagar, para não fazer barulho, indo até a mãe.

Ela abriu a mão e se viu uma grande mancha de chocolate derretido na mão dela.

- Yuck! Derreteu!

- É claro que derreteu! Você deixou a mão fechada o tempo todo, ficou quente! Vamos lavar essa mão.

E Alexis pegou a filha no colo e saiu da sala, Ron apareceu na porta.

- Ela corre muito rápido – ele se justificou.

- Você que tá fora de forma – falou Sofia, emburrada, parecia que não gostava de ficar no colo da mãe e não poder andar, correr.

- Fique aí, eu já volto.

Ron entrou no cômodo, e a primeira coisa que reparou foi no espelho.

- Nossa! Como veio parar aqui?!

- Dumbledore resolveu deixar aqui por um tempo – falou Hermione, que só estava assistindo a toda a cena – Alexis me contou.

Ele deu uns passos para ficar de frente ao espelho, olhou, e seus olhos ficaram arregalados.

- O quê? O que está vendo?

Ainda olhando para o espelho, Ron deu um sorriso e virou para encarar Hermione.

- Harry... acho que você nunca viu neste espelho, por que não olha?

- Nã-

Tarde demais, Ron já havia puxado a mão dela, ela ficou de frente para o espelho. E lá estavam, os três inseparáveis amigos de longa data, Ron, Hermione e Harry, sorrindo e acenando. Os olhos de Hermione começaram a se encher de lágrimas, ela se virou para Ron.

- Eu realmente sinto falta dele...

Ela o abraçou forte.

- E de você também.

Ron retribuiu o abraço e se segurava para não chorar, já havia chorado demais nesse assunto.

- Eu também...

- Não chora não, tia.

Sofia estava do lado dos dois, e eles nem perceberam, Hermione limpou as lágrimas e se agachou.

- Como a gente não ouviu você chegando?

- Mamãe pediu para eu não ficar fazendo tanto barulho pela casa, mas se você tá com saudades do papai, olha no espelho! – disse Sofia, sorrindo e indo em direção ao espelho.

- Tá vendo o papai? Olha ele lá! – disse ela apontando para o meio do espelho – e do lado dele tá a mamãe!

Ron e Hermione ficaram do lado de Sofia, de um modo que não aparecessem no espelho.

Ela olhou para os dois adultos que estavam na sala e fez uma carinha de irritação – Vocês querem se abaixar? Meu pescoço dói depois de ficar tanto tempo olhando para cima!

Sofia puxou as mãos dos dois ao mesmo tempo, e como ela tinha força! Ron e Hermione subitamente foram para baixo com tanta velocidade que...

*TLINK*

- Ei! Vocês têm o mesmo colar que a mamãe! Mas ela não tem esse anel aí pendurado... – comentou Sofia.

Os colares que os dois guardavam dentro da roupa se bateram, na hora que eles se agacharam. Cada um tinha um pingente de uma varinha e um anel prateado, com uma gravação dentro.

- O que tá escrito? Não sei ler...

Hermione sentiu suas orelhas ferveram e o rosto a ficar vermelho, ela estava olhando fixamente para Ron depois que os colares de bateram. Ela desviou o olhar do dele e sorriu para Sofia:

- S-Sua mãe não está te chamando?

- Huh? – Sofia fez uma cara de confusa, depois bateu com a mão na própria testa – Ai!! Mamãe deve tá me chamando pro banho! Já volto!

E ela saiu correndo. Ron e Hermione se levantaram e se olharam, mas logo começaram a rir quando se ouviu a voz de Alexis de longe.

- Sofia Briek Potter! Quantas vezes tenho que falar para você não correr pela casa desse jeito!

- Ela não toma jeito - comentou Ron.

- É... Ela sempre foi assim?

- Sim... V-Vejo que ainda usa o colar...

- É... você também... e Alexis.

- Alexis disse que vai dar para Sofi quando ela ficar maior.

- Será que ela vai para Hogwarts?

- Não sei... Alexis não quer...

- Por quê?

Ron franziu a testa.

- Eu e Alexis tomamos atitudes parecidas, desistimos da magia.

- Mas se Sofia receber a carta e quiser ir...

- Sim, Alexis não a impedirá... mas até lá, viverá como trouxa.

- Ainda não entendo por que vocês-

- Hermione, é fácil. A magia acabou com o nosso melhor amigo, acabou com a vida de muitas pessoas.

- Mas isso não é moti-

- Harry é um motivo mais que suficiente.

Hermione se calou, a sala ficou quieta por uns instantes até que a voz dela apareceu novamente.

- E-Eu ainda tenho esperanças... – ela falou, baixinho – porque eu ainda acredito na magia e no bem dela.

Ron a olhou surpreso. Ela continuou.

- Eu me tornei professora, justamente para passar essa esperança para os alunos. Eles são o futuro, chegam a Hogwarts em busca da linda história sobre feitiços e magias que ouvem de suas casas, tanto trouxas como bruxos. E não quero desapontá-los e acredito que Harry também não.

- Hermi-

- Não desista também, Harry não gostaria que você desistisse.

Ron, por fim, sorriu para ela.

- Admiro sua força de vontade, Hermione. Uma força típica de uma grifinória, assim como Harry.

- Você também foi um grifinório.

- Sim, fui. Tenho certeza de que Harry me entenderá, são lembranças dolorosas demais, e as únicas que guardo estão aqui – e Ron tocou no pingente e no anel.

Ele deu alguns passos em direção a ela, ficou bem em frente, de modo que se desse mais algum movimento para frente, a tocaria.

- Harry Potter, meu melhor amigo, e você.

Ron abaixou a cabeça e deu um beijo gentil nos lábios dela, tão gentil que Hermione só o sentiu por alguns segundos e logo desapareceu, ele já havia se separado dela.

- Avise a Alexis e Sofia que eu tive que ir, não posso ficar tanto tempo longe do restaurante.

Ele já estava passando pela porta quando ela disse, depressa:

- Ficaremos assim?!

O sorriso que ele deu fora enigmático, como se a estivesse provocando. Ele jogou um cartão, ela estendeu a mão e o cartão voou para a mão dela.

- Quem sabe um chá?

E ele partiu.

Notas da Autora (2):

O banco com a gravação foi tirado do filme 'Notting Hill', uma parte desse capítulo foi inspirada nela. Quem viu o filme talvez entenda a parte de Ron e Hermione terem sentado no banco.