Aplausos, histerismo...eu ouvia-os a gritar, a aplaudir o campeão e a entoar o seu nome como se fosse um hino. Era bonito...sim era.
Qual seria a sensação de ser campeão? Uhm...não sei...mas sinceramente não quero saber...Desisti...não sei se sou melhor que ele, não, acho que não, mas também não me interesa. Acabou tudo, não me interessa mais nada, não me aflige o que os outros digam e pensam...
Não tenho que lhes dar satisfações, não, não tenho. Aliás o único ser que tenho de dar satisfações és tu Drawser. Amiga...desculpa-me mas não dá para continuar, não consigo prosseguir, avançar...desculpa-me.
Isto não é culpa tua, é única e exclusivamente minha... eu entendi tudo mal, não via as coisas como deviam ser vistas...agi por meu mérito.
Ès uma optima companheira, a melhor...a única fénix viva que se resnera das cinzas, és imortal, és minha...Obrigada Drawser, mas a minha jornada acaba aqui e agora poderás descansar em paz com todo o meu devido respeito, serás guardada como o meu melhor tesouro, o mais belo e o mais importante de todos.
Obrigada...
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Várias pessoas caminhavam rápidamente entre o chão cinzento e brilhante do aeroporto, á procura das suas familias, outras porque tinha de apanhar o avião, e outras simplesmente porque trabalhavam lá.
Não era um cenário lá muito confortável, fazia sentir-se no meio disto tudo que estava ali a mais, que não estava no sitio certo e na hora errada...E não era assim?
- Avisa-se a todos os passageiros que têm distino para Moscovo que se aproximem da porta numero 6, obrigada...-disse a voz da recepcionista , reptindo mais uma vez.
Muitas pessoas que estavam sentadas, levantaram-se e caminharam até á respectiva porta, onde o mais provável era embarcar já.
- Boa tarde...-disse um homem passando a bagagem das pessoas por uma máquina de dector de metais e infa vermelhos.
Aquilo tudo era estranho, os tuneis de vidro por onde tinham passado , pareciam aquários bastante frágeis, chegou mesmo a pensar que aqui-lo se ia desmornar a qualquer momento.
- O seu bilhete por favor...-disse a Hospedeira na entrada do avião com a lista dos passageiros que iam a bordo.- O seu nome?
- Michell Tomhas...-disse um homem de cabelos loiros.- A minha mulher também está comigo, Carla Tomhas...
- Confirmado, pode subir e tenha uma boa viagem...-disse a hospedeira sorrindo. – A seguir, quem segue...
Um idividuo chegou –se á frente, ouvindo o chamamento da hospedeira.
A mulher analisou bem o passegeiro e perguntou.
- Ah...o seu nome por favor...-disse a hospeira olhando para o individuo cuidadosamente.
- Kai Hiwatari...-disse.
A hospedeira franziu o sobrolho e confirmou o nome na lista.
- Pode ir entrando...e...e boa viagem...-disse a hospedeira ainda olhando.
Kai agarrou num saco e entrou dentro do avião.
- Ahm...desculpe Sr. Hiwatari!-disse a Hospedeira.
Kai virou-se ao ouvir o seu ultimo nome a ser chamado.
- Eu...eu...eu não o conheço?- Perguntou confusa.
Kai não disse nada naquele momento, mas depois respondeu...
- Acho que está a fazer confusão com outro Kai Hiwatari...-disse Kai fechando os olhos.
- Ahm...sim...desculpe têm razão...o outro Kai Hiwatari tinha pinturas na cara e vestia-se de maneira diferente...peço desculpa Sr. Hiwatari...Boa Viagem...-disse a Hospedira " engolindo" o Kai dissera e sorrindo.
Kai olhou de novo para a frente e entrou dentro do avião.
Odiava Aviões, detestava voar, cada vez que voava, sentia que o seu corpo não estava mais presente e que o seu espirito tinha se desvanecido por completo.
Não sabia se era por aquilo ser uma coisa flutuante que poderia cair a qualquer istante,que não gostava deste tipo de coisas.
Sentou-se numa das cadeiras atrás do avião e um homem veio rápidamente ao seu encontro para lhe puder arruamar o saco.
- Espero que goste da viagem...-disse o homem sorrindo.
Kai abanou a cabeça afirmativamente, também esperava que sim...
Este não esperou que niguém lhe dissese nada e colocou o cinto, e logo de seguida enfiou os fones nos ouvidos e não quis saber de mais nada, a não ser se já tinha chegado a Nova York.
Passado alguns minutos Kai sentiu algo a remecher dentro de si, estava a levantar voo, Era uma sensasão que não queria repetir tão cedo. Mas rápidamente aquela sensasão passou,o avião tinha se estabelizado.
- Percisa de alguma coisa Sr. Hiwatari?- Perguntou uma das hospedeiras.
- Não...-disse simplesmente Kai olhando para a minuscula janela onde só via as nuvens e um céu muito cinzento.
- Quando quiser alguma coisa, é só chamar...estou ás suas ordens...-disse a Hospedeira com um tom de sensualidade na voz.
Kai virou-se para a rapariga que de facto era muito bonita,e bastante atraente.
- Obrigada...mas não será nessesário...-disse Kai com um tom de frieza na voz.
A hospedeira regalou os olhos e saíu do compartimento de Kai sem mais demoras.
Kai abanou negativamente a cabeça e enfiou os fones nos ouvidos de novo,e olhando novamente para a janela.
Aquelas nuvens, cinzentas, e as gotas de água que batiam na janela, faziam lhe lembrar no que o seu antigo companheiro de equipa lhe dissera antes de vir embora;
" Onde vais?"
" Vou-me embora...não tenho mais nada a fazer aqui..."
" Tu sabes perfeitamente que o que fizeste não fica por aqui.. Tu lutaste muito até chegares onde chegaste..."
" Acabou-se a hipótese..."
" Há sempre uma segunda hipótese..."
"..."
" Vais te dar por vencido? Vais abanonar-nos? Vais abadonar-me?"
" Eu apenas me vou embora..."
" È igual...vais deixar-nos..."
" Mete na cabeça que não tenho mais nada a fazer aqui.Acabou!"
" E posso saber o que é que tu vais fazer então? Kai a tua vida é o Beyblade! Não sejes Estupido e ignorante!"
"Eu não te vou responder a isso Tala...Eu...eu tenho que ir..."
" Ès louco...louco... não vês que isto pode ser o pricipio de tudo? Acorda Kai! O que é tu vais fazer da vida? Trabalhar na firma do teu Pai? Por amor de Lenine!"
" Não quero saber...eu já decidi o que eu quero fazer Tala..."
" Tu têns os olhos tapados... nunca pensei que este dia fosse chegar...Acorda meu...Kai...por favor..."
" Adeus Tala..."
