4º Capitulo

-Senhor kai! Senhor Kai!- disse o mordomo tentando alcançar Kai que tinha entrado dentro de casa.

Kai olhou para o homem e esperou o que tinha para lhe dizer.

- Senhor...-disse ofegante.- Telefonaram a perguntar por si!

- Quem era?- Perguntou o rapaz.

- Não quis deixar recado, nem deu o nome, disse que depois falava consigo.- disse o homem baixando a cabeça.- Lamento senhor...

- Se voltarem a telefonar dê-lhe o numero da empresa.-disse kai.

-Sim senhor...não precisa de mais nada?- Perguntou o homem.

Kai suspirou fundo e começou a subir as escadas.

- Se alguem perguntar por mim, diga que saí, não estou para ninguém, nem para a minha mãe... Não se preocupe eu tranco a porta do quarto e não fasso barulho.

- Certo. Assim como desejar senhor Kai.-disse o homem retirando-se.

Este abanou a cebeça afirmativamente e subiu o resto das escadas em direcção do seu quarto. Quando entrou dirigiu-se rápidamente para a sua cama e jogou-se para trás. Não queria estar mais ali, queria ter a sua própria casa. Estar enfiado dentro de um quarto de uma mansão assustava-o.

Fechou os olhos e deixou-se levar pelo o sono e pelo o sonho...

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««Estava num parque, num parque muito bonito com bastante arvoredo. Deu para perceber onde estava, pelo o escorrega e os baloiços. Caminhou em frente e deparou-se com vários meninos a brincarem alegremente no escorrega e a correrem de um lado para o outro jogando á bola e a apanhada, Todos se divertiam uns com os outros excepto uma criança que mexia na areia bastante sosseagda.

Kai aproximou-se da criança e sentou-se ao pé dela.

- Olá...-disse kai sorrindo.

O miudo olhou para kai e o fez estremecer. Aquela cara, aqueles olhos, aquela expressão era..era.

- C-Como é que te chamas?- Perguntou Kai analisando-o.

- Eu?- perguntou o menino.

Kai abanou a cabeça afirmativamente.

- Eu chamo-me Kaishi...-disse o miudo.

Kai engliu em seco e observou-o mais uma vez,era a sua cara, não era de admirar, era ele próprio.

- ahm...-murmurou Kai. – O que está a fazer?

- Nada...-disse simplesmente o menino.- estou á espera que me venham buscar, como vêm buscar os outros meninos...

Kai olhou para o seu lado esquerdo e fitou uma mãe que segurava no seu filho alegremente e o abraçava muito feliz.

- E tu...como te chamas? – perguntou o outro Kai.

-Ah?- Perguntou kai fitando agora o outro kai ficando bastante atrapalhado.-Eu...eu..eu chamo-me Drawser.

- Drawser? – perguntou o mais pequeno.

-Ahm...sim.

Os dois kai´s não falaram durante alguns segundos apenas fitando a areia. Mas o kai mais crescido quebrou o silêncio.

- Quando é que te vêm buscar?- Perguntou.

- Não sei...- respondeu o outro começando a fazer bolinhas na areia.

- Mas há quanto tempo estás aqui? - perguntou Kai.

- uhm..não sei...Os meninos da creche onde eu ando, os do 1º ano e do 2º ano já foram embora á algum tempo. Estes meninos são do 3º ano...-disse o menino fazendo outra bola na areia. Era tão pequenino, mas tão esperto.

Kai ficou chocado e não conseguiu evitar uma lágrima que lhe escorreu pela a face a baixo. Um menino que não deveria ter mais de 4 anos estava ali sózinho há mais de 4 horas, e ninguém lhe vinha buscar. Era frustante e imperdoável.

- Estes pinceis são teus?- perguntou o kai pegando nos pinceis que estavam em cima das barras de cimento da caixa de areia.

- São...-disse o menino.

Kai abriu a caixa de aguarelas que estavam ao lado dos pinceis e mergulhou o pincel num recipiente com água que estava dentro da caixa e sorriu,

- Posso te fazer uma coisa? Vais gostar...

O menino abanou a cabeça afirmativamente e Kai aproximou o pincel da face esquerda deste e desenhou dois tringulos azuis em cada da face.

- O que é?- pergutnou o Kai mais pequenino tentando ver o que kai fazia na sua cara.

- Isto...são simbolos de coragem. São garras da fénix-disse kai desenhando do outro lado da face.

- Garras da fénix? - perguntou menino levantando-se e indo correr para uma janela para ver o reflexo no vidro e ver o que kai tinha feito na sua cara.

Kai agarrou no pequenino e levou-o á janela e assim conseguiu ver.

-uauuu...-disse o miudo sorrindo. – São iguais ás tuas!

Kai sorriu e Poisou o miudo no chão e mexeu-lhe no cabelo afectuosamente.

- Isto quer dizer para teres muita força e que nada te vai impedir para seres feliz. Algo muito bom vai apareçer na tua vida.-disse Kai sorrindo.

- Não precebo...o que é queres dizer com isso?Não precebi Drawser...-disse o miudo encolhendo os ombros.

- Não importa...mais tarde vais preceber.-disse kai.- Olha...

Uma limusine preta parara á frente do portão da escola e um homem fardado com um cachimbo na boca chamava Kai para entrar dentro do carro.

- Vamos embora Kaishi!Tenho mais que fazer!-disse um homem arrogante.

- Vêns brincar comigo amanha?- Perguntou o kai mais pequeno.

- ah, não sei, talvez.-disse kai sorrindo.

O outro miudo também sorriu, agarrou nas pinturas e nos pinceis e correu em direcção do carro.

- Vês aquele menino Pai? – Perguntou o kai pequeno apontando para o outro Kai que estava encostado á janela.- Foi ele que fez isto na cara!

- Não está ali niguém! Estás alucinar?-Disse o homem olhando para o mesmo sitio que o seu filho.

- Sabes o que é isto pai? São garras da fénix!

O homem olhou atentamente para o filho e regalou o sobrolho ao ouvir o seu filho falar em tal coisa.

- Foi Drawser que me fez!- Disse Animadamente.

O homem abriu a boca espantadamente e olhou para o filho atentamente.

- Quem é que te...te fez isso filho?- Perguntou o homem regalando os olhos.

- O Drawser Pai! –disse kai sorrindo.- O DRAWSER,O DRAWSER, O DRAWSER...DRAWSER»»

-AHHHHH!-gritou Kai acordando sobersaltado.

Olhou em volta, estava tudo no devido sitio. Não estava em nenhum parque ou algo parecido. Estava apenas no seu quarto.

"Que raio de sonho..."pensou Kai levantando-se e dirigindo-se para a casa de banho.

Tomou um duche rápido e vestiu-se e logo de seguida caminhou em direcção da sala. Não sabia que horas eram mas tinha muita fome.

- Deseja alguma coisa Sr.Kai?- Perguntou uma empregada de cabelos castanhos.

-Sim...por favor fassa algo para eu comer...-disse kai suspirando.

- Sim,senhor!-disse a rapariga retirando-se para a cozinha.

- Marie!-disse Kai.

A rapariga virou-se surpreendida ao ouvir o seu nome a ser chamado por um dos chefes daquela casa.

-Sim...Sr.kai.-disse Marie com um brilho nos olhos.

- Chamas-te Marie não é verdade?- Perguntou Kai sem mostrar nenhuma intimidade.

-sim...- respondeu corada.

- Só queria saber quem era a amante do meu Pai... e pelos os vistos acertei.-disse kai.

A rapariga deixou Cair o tabuleiro e levou as mãos á boca.

-Eu...eu...não

Kai olhou para o relógio que estava a sua frente e marcavam 9:15.

- Esqueçe o pequeno almoço, tenho que ir.-disse Kai levantando-se.

A empregada baixou a cabeça como um sinal de respeito e retirou-se também bastante envergonhada.