Nota do autor: As personagens presentes nesta história não me pertencem, pertencem a J. K. Rowling. Esta fic contém Yaoi, por isso se não gostar do tema ou se ele o ofender, então não leia a história.

Capítulo 5: A Declaração de Draco

Eram onze e meia da manhã de Domingo. A Hermione levantou-se bastante cedo e a esta hora estava a rever a matéria sobre Poções, apesar de não estar muito concentrada.

O Harry e o Draco iriam encontrar-se hoje e ela, Hermione, estava super nervosa. Embora não fosse ela a ir ao encontro, estava inquieta para saber qual seria a reacção do Harry.

Será que ele aceitaria bem os sentimentos do Malfoy? Talvez até se risse dele, como o próprio Malfoy tinha sugerido.

Será que o Harry pensaria que era uma brincadeira? Ou levaria tudo a sério demais? Será que ele iria brigar com o Malfoy?

Havia inúmeras perguntas que percorriam a cabeça da Hermione Granger nessa manhã e ela só saberia as respostas às suas perguntas às cinco da tarde desse mesmo dia.

Nesse momento, o Harry entrou na sala comum.

"Olá Hermione." disse o Harry sorrindo. "Então estás a estudar?"

"Estou só a rever algumas coisas." respondeu a Hermione.

"Passei agora pelo corredor do terceiro andar. Adivinha quem é que estava a ser levada pelo Filch até à sala dos professores."

"Não faço ideia Harry." disse a Hermione.

"A Lavender Brown." disse o Harry.

"A Lavender Brown? Tens a certeza Harry?" perguntou a Hermione, surpreendida.

"Sim, tenho a certeza. Parece que ela andava a bisbilhotar as coisas do novo professor de Defesa Contra as Artes Negras." explicou o Harry.

"Ah... é bem feito." disse a Hermione.

A Hermione passara a não gostar nada da Lavender Brown, depois dela ter namorado com o Ron.

"É bem feito." pensou a Hermione. "Ela sempre foi estúpida. Ainda por cima quis roubar-me o MEU Ron."

Logo de seguida, a Hermione lembrou-se que estava a fazer o mesmo à Ginny. Estava a fazer com que o Draco Malfoy tentasse ficar com o Harry e roubá-lo à Ginny.

"Estarei a agir correctamente?" perguntou a Hermione a si própria. "Mas... e se o Harry até gostar do Malfoy... assim estou a fazer algo de bom... e mesmo que não goste, então nada de mal pode acontecer."

O tempo passou rapidamente. Eram quatro e cinquenta e cinco quando o Harry abandonou o castelo para se dirigir até à cabana do Hagrid.

A princípio, a Hermione tinha pensado ficar no castelo e esperar, mas a curiosidade tinha sido mais forte, por isso, depois do Harry sair, a Hermione seguiu-o.

Enquanto o Harry se dirigiu à porta da frente da cabeça, a Hermione dirigiu-se à porta de trás. Abrindo-a um pouco, a Hermione viu que o Malfoy já lá estava. Deixou a porta um pouco aberta para poder ouvir tudo.

O Harry bateu à porta e esperou que o Hagrid viesse abrir, coisa que não aconteceu.

"Estranho." pensou o Harry. "Será que ele não está aqui?"

O Harry decidiu entrar, por isso empurrou a porta e entrou no interior da cabana. Quando avistou o Malfoy, ficou surpreso.

"Malfoy, o que estás aqui a fazer?" perguntou o Harry.

"Eu estou aqui para falar contigo." respondeu o Malfoy.

"Eu vim aqui falar com o Hagrid." disse o Harry.

"Não." disse o Malfoy. "Tu vieste aqui para falar comigo."

"O quê?" perguntou o Harry. "Não pode ser. Eu recebi um bilhete do Hagrid e... espera! Foste tu que mandaste o bilhete, não foste?"

Sem querer envolver a Hermione no assunto, o Malfoy concordou. Do lado de fora da cabana, a Hermione suspirou de alívio.

"Qual é o teu plano Malfoy?" perguntou o Harry desconfiado.

"Não tenho plano nenhum." disse o Malfoy. "Quero apenas falar contigo."

"Sim, sim, estou mesmo a acreditar nisso." disse o Harry, céptico.

"Tu fazes o favor de te sentares e ouvires-me!" gritou o Malfoy, nervoso.

Por alguns segundos, o Harry continuou desconfiado, mas depois puxou um banco e sentou-se.

"O que é que queres?" perguntou o Harry.

O Malfoy também puxou um banco e sentou-se. A Hermione conteve a respiração, era agora que o Malfoy ia confessar os seus sentimentos ao Harry.

"Potter... quer dizer, Harry, preciso de te dizer uma coisa importante." disse o Malfoy, devagar e de forma envergonhada.

"Importas-te de te despachar a falar?" perguntou o Harry, impaciente. "Não tenho o dia todo!"

"Bom... Harry... eu estou apaixonado por ti."

A princípio, o Harry ficou a olhar para o Malfoy com cara de parvo, depois abriu muito os olhos e a boca, por fim, adoptou uma expressão mais leve.

"Tu estás a brincar não é?" perguntou o Harry. "Não vou cair nesse truque. Tu queres é ridicularizar-me."

"Não é nada disso!" gritou o Malfoy.

Fora da cabana, a Hermione estava a ver que as coisas estavam a dar para o torto.

"Oh não." pensou ela. "Isto está a correr mal... coitado do Malfoy."

Dentro da cabana, o Harry encarava o Malfoy com uma expressão de desafio.

"Se não é mentira o que me estás a dizer, então prova-o." disse o Harry.

Sem mais demoras, o Malfoy aproximou-se do Harry e beijou-o. Quando o beijo terminou, o Harry olhou para o Malfoy, incrédulo.

"N-não pode ser..." balbuciou o Harry.

Fora da cabana, a Hermione ficou surpreendida com o gesto do Malfoy.

"Nunca pensei que tu... eu... não posso acreditar." disse o Harry, antes de se levantar, abrir a porta e sair da cabana a correr, em direcção ao castelo.

O Malfoy ficou de pé, no meio da cabana, sem saber o que fazer. Com cautela, a Hermione abriu a porta e entrou na cabana.

"Malfoy." chamou ela.

O Draco Malfoy virou-se e encarou-a.

"Foi um desastre." disse ele.

"Oh, não digas isso." disse a Hermione. "Ele ficou em estado de choque."

"Eu sei."

"Dá-lhe tempo para pensar." disse a Hermione.

"Não acho que haja muito para pensar." disse o Draco.

"Não sei Draco... vamos esperar para ver." disse a Hermione.

Fim do quinto capítulo. O Malfoy declarou-se ao Harry, mas as coisas não correram muito bem. E agora, o que acontecerá? Será que ainda à futuro para esta relação? Não percam o sexto capítulo para ficarem a saber tudo.