O dia da fatídica e terrível missão chegara. Tão distante e, ao mesmo tempo tão próxima, a linha do horizonte adquiria cores escuras anunciando o anoitecer. O vento fresco levava para longe as nuvens carregadas e cinzentas, enquanto os jovens Death Eaters se organizavam para a sua primeira grande batalha e invasão de um pequeno vilarejo.

Em um canto afastado, comendo os sanduíches recém preparados, Regulus e Evan conversavam despreocupadamente com os Lestrange. Tudo orquestrado e reanalisado, milimetricamente, nos mapas da cidade de Cardiff. Era lá que fariam a guarda e investigariam a presença de possíveis Aurors, naquela noite, monitorando as redondezas.

Nada sairia errado ou fora do planejado durante o ataque... era o que imaginavam e esperavam ser possível. Entretanto, a impaciência e o nervosismo, lhes rasgavam a paz e os deixavam tensos. E se não funcionasse? Receberiam a chance de falhar impunemente?

Snape se achava mais enigmático que o normal, andando de um lado ao outro, como o menino ansioso e meditativo que fora no passado não. O que não lhes revelava? Por que ficara tão soturno de uma hora para a outra? Reparavam apenas que, os seus olhos contrastavam com a felicidade em seu entorno, expondo um misto de tédio e sofrimento.

Mexendo nos bolsos, refletia apreensivo, quantos horrores havia visto ao longo de sua vida. No entanto, os últimos acontecimentos o tocavam e o atingiam de um modo absurdo. Tão fortes e tão dolorosos, que deterioravam a sua natureza, de tal maneira que mal se via capaz de explicar. Reverberando as suas ideias, só conjecturava quantos nascidos muggles seriam torturados, violentados e, por fim, assassinados durante a madrugada. Suas crianças, lavadas de vermelho terroso, não teriam tempo para chorar ou para fugir... como pode apoiar algo tão desumano?

A ansiedade fluía em cada nervo e em cada músculo de seu corpo. Pulsava, vibrava, faiscava como raios expandindo descargas elétricas pelo céu. Não fracassaria. Nada poderia o frustrar. Os enganos, os sorrisos que lhe soavam falsos e as imperfeições certeiras, se exporiam obsoletos e longínquos. Indiscutivelmente, o seu momento de honra e glória chegara. A partir dele, se estabeleceria no posto mais alto e todos teriam de se curvar ao seu domínio.

- Depois de hoje, aqueles malditos bastardos vão me enxergar como o demônio em pessoa... o pior ser que conheceram em suas vidas podres – sussurrou para si, determinado a ser o general absoluto daquela guerra, que auxiliara nos seus primeiros passos mais definitivos.

Suas dúvidas, inseguranças e incertezas, não se apresentavam como boas conselheiras. Gravitando em sua mente, elas faziam com que sua imaginação se perdesse no espaço. Gritos de pavor, sangue por todos os lados, suor das lutas e lágrimas dos vencidos, em tal ocasião, se desenhavam novamente em seu destino. O arrependimento lhe soterrava. Como foi capaz de julgar, com tanta paixão e certezas, que aquele era o seu futuro primoroso e cheio de conquistas?

Tudo se convertera de uma hora para outra... como o voltear de uma chave. Viver daquela maneira não era o que sonhara e ainda aspirava para si. Ponderando um pouco, Snape notou que as coisas se tornavam mais claras e objetivas à sua frente. Rompera não só os frascos, com as próprias mãos, como também o espelho que o aprisionava com os seus reflexos maravilhosos e hipnotizantes.

Aqueles entorpecentes límpidos que, diversas e múltiplas vezes, lhe enganaram com memórias falsas e escandalosas. O livramento o acalmava... passara muitos anos mergulhado em águas profundas e frias, se afogando nos próprios erros. Viver, por muito tempo, foi algo extremamente perturbador. Um sucessível e terrível despertar de anjos e demônios, padecendo com as tristezas e as desilusões que não eram suas.

Raiva, orgulho, asco, adoração, desespero, desatino, temor, amor... quantos sentimentos intensos caberiam em seu peito? Não suportava mais aquele marasmo e agiria, renunciando os rastros das infinitas conversas imaginárias que mantivera com as suas serpentes eternas. Queria mais para si e desejava o melhor para Narcissa. Por sua causa, alteraria o seu entorno significativamente, como tantas vezes já cogitara fazer.

Subindo por suas pernas sorrateiramente, enrolando os seus braços e desatando os antigos nós, apagando cicatrizes formadas por tantas estrelas e por numerosos sóis da meia noite... a milhões de milhas, as galáxias e as constelações, regiam o seu negro amor. Desobedecendo as ordens diretas que lhe foram dadas pelo Lord das Trevas, com passos largos e resolutos, saiu em busca de Lucius.

Passaria para ele a responsabilidade de capitanear, com braço de ferro, a agressão. Não daria essa atribuição a nenhuma das pessoas que lhe eram próximas. Compreendia muito bem quais eram os riscos do que acabara de efetuar e não se perdoaria se, em caso de descuido, eles fossem torturados por sua culpa. Sobretudo, quando analisava a crueldade que, aquele outro, era capaz de atingir ao se tratar de pessoas a quem julgava inferiores ou mais fracos.

Dando algumas instruções rápidas e precisas, resolveu partir sem olhar para trás. Não permaneceria para assistir as monstruosidades que seriam protagonizadas e se afastaria de tanto horror. A sua existência era muito curta para desperdiçar, mais um segundo que fosse, com bobagens e questões alheias. Talvez, a sua atitude e o que estava prestes a realizar, para muitos, seria observado como uma verdadeira loucura. No entanto, no seu entendimento, era a única alternativa plausível e justificável para consertar muitos dos seus imensuráveis equívocos.

Desse modo, o Evanescet foi bem-vindo para tirá-lo daquele princípio de inferno que se projetava, o conduzindo para o lugar montanhoso em que desejava estar. Segundos, milésimos, minutos, horas... não atinava e nem saberia definir, ao abandonar o desassossego que o comandava, quanto tempo transcorrera. O Videntur permitiu que se estabelecesse, em um espaço extremamente ermo, para verificar e analisar cuidadosamente quantos resguardavam aquela espécie de fortaleza perdida.

- Magnitudo omnia vincit. A grandeza vence tudo. Mabon me ajude nesse momento tempestuoso e me fortaleça – Snape repetiu para si, algumas vezes, segurando firmemente a turmalina negra que balançava perto do seu coração.

Abandonado há tantos anos, o que um dia fora um castelo gigantesco e luxuoso, se modificara em uma suntuosa ruína presa aos rochedos abruptos e clivosos. Solitário, triste, destruído e negligenciado... aquele representava o terreno ideal para estruturar a segunda parte de sua revanche. Explorando alguns detalhes e pesquisando as possibilidades, Snape respirou profundamente, seguro das suas mais violentas intenções de jogar tudo para o alto e refazer os seus propósitos.

Recriar os propósitos, que orientavam a sua existência até então, era a sua maior meta e a sua melhor escolha. Se movendo lentamente, seguiu em frente, com passos largos e precisos. Ingressando em um terreno pedregoso e extremamente hostil, se viu um pouco desorientado pelas numerosas árvores que forjavam um caminho, tendo os ventos o atacando por inteiro. A atmosfera do lugar parecia querer chicotear a sua capa e os seus longos cabelos no ar, desafiando as suas certezas e as seus medos ocultos.

Adverso, bárbaro, feroz e forte, o clima contrário e provocador, aprofundava mais as suas ambições e convicções. Se a besta, em tal madrugada fosse devorá-lo, lutaria até o fim por redenção e pela absolvição de seus crimes. Não dizimaria os seus engenhos e as suas artes profanas, por obra da compulsão, da ira e do rancor. Não assentiria mais que os sentimentos o consumissem e o afligissem mais do que já haviam feito.

A cada marca deixada no chão, abandonava as relutâncias, preteria as próprias renúncias pretéritas. Uma obrigação e alguma reflexão antiga, se despossava de primitivo domínio, ocultando as coisas terríveis que sucederam desde o instante em que assumira o dever de servir a Voldemort e as seus desígnios tirânicos. Porém, guardava enraizada em sua memória, o pesar pelo o que ocorrera a Bellatrix. Mesmo que, indiretamente, era o causador de muitos daqueles sofrimentos. Necessitava de paz de espírito e perdão para se redimir de suas constantes faltas.

A esperança de que Sirius a tivesse sequestrado, e a levado para longe de toda aquela confusão, o aliviava um pouco. Contudo, não era o suficiente para acalmá-lo. Que tipo de monstro se transformou por conta de seu egoísmo? Quantos mais atravessaria cortante com seus gestos e palavras? Independente da resposta, sem qualquer tempo para refletir ainda mais com relação àquele assunto, girou o seu corpo com uma velocidade superficial e indispensável.

Se defendendo dos ataques que lhe eram direcionados, os seus movimentos eram ágeis e rápidos para sobreviver. Confiando na própria força, não temeu a realidade de que eram muitos... tantos que não seria capaz de especificar a quantidade de Aurors em combate.

Com a adrenalina arrebatando e governando as suas investidas, seu coração pulsava na garganta, ao revidar cada uma das maldições e das ofensivas. Sua legi mentis trabalhava fervorosamente, escutando os pensamentos dos oponentes, o ajudando na previsão e antecipação das ações que realizariam. Entretanto, carecia de auxílio... se valendo de todos os seus poderes e conhecimentos, para se resguardar, não impunha mais qualquer limite para si mesmo.

- Como estão se saindo aqueles patetas em Cardiff? – se interrogou, durante o desenrolar do confronto, com uma súbita preocupação.

Sacudindo a cabeça em negativa, sondou um modo eficaz de não se deixar abater por tais dúvidas ou ser vencido por reles soldados rasos. O rodopiar breve das varinhas e as luzes cortando a escuridão, transfigurariam o horror em um espetáculo de luz e de sombras, ofertando à noite um fantástico show de cores. Uma batalha que beirava a perfeição completa, ao ser vista do alto de uma das janelas, pelo expectador satisfeito.

O alvoroço obstinado e frenético causou uma explosão inexplicável no meio da luta... repentinamente, uma árvore fora partia ao meio, tombando sobre dois jovens Aurors desesperados. Se aproveitando do tumulto e do choque gerado pela cena inusitadamente aterrado, Snape apunhalou um dos seus adversários no peito. Insensível aos berros, não se importava com a quantidade de vezes que o golpeou, o navalhando por inteiro.

O virando de frente para os demais, a sua obscura intenção era a de abalar os nervos daqueles que ousavam lhe impor resistência. A ideia bem-sucedida e acertadamente executada, disfarçava a sua vontade de chorar, ao novamente se entregar à veemência de sua própria bestialidade.

Feitiços de proteção, maldições e ameaças eram lançadas ao vento. A perturbação, como previra, facilitou todo o desenrolar dos fatos. Conhecia bem a potência do medo e o quanto era um agente paralisante àqueles a quem tocava. Era um elemento condicionante, aos assombrados, para o cometimento de erros tolos ou triviais. Bruxos não matavam com as próprias mãos, muito menos, com tamanho sangue frio... utilizando o corpo do outro como escudo, lhe rasgou a garganta. Sorrindo ante os olhares de pânico, que lhe eram destinados, prosseguiu perversamente. Acertando o ser inerte e sem vida, que pesava e pendia para frente, como um boneco de pano.

O que poderia atestar era que muitos ali se achavam desorientados. A ausência de Alastor Moody, Rufus Scrimgeour ou Kingsley Shacklebolt, para comandá-los ou os orientar quanto a forma de proceder, desestabilizava... principalmente, quando o algoz desfrutava de uma alma hedionda e corrompida. Um pássaro negro que cantava sobre a morte, envolto nas sombras. Alguém tão soturno que se manifestava apto para as técnicas de atordoamento... um indivíduo disposto a lamber o sangue de sua vítima e agir como um vampiro experiente.

Os ponteiros de todos os relógios aceleraram... volteando ferozmente, com igual intensidade aos gritos que ecoavam pelas pedras. O sangue inundava o gramado, tingindo de vermelho o que antes era verde, assombrando a plenitude do cosmo. Se sentindo debilitado, cansado e não se permitindo vencer, Snape andou pelo campo lentamente, ignorando toda a dor sentida.

Entre seres dilacerados, experimentava uma sensação de paz e tranquilidade, como se estivesse assistindo a toda a cena em terceira pessoa. Alheio aos ruídos de tamanha tormenta, rumou até o último que agonizava, o encarando por longos minutos. Sem esboçar qualquer reação ou compaixão, o seu olhar era meditativo, sério e curioso a respeito do fim traçado muito antes do confronto. Não admitiria a existência de um adversário ou de alguém disposto a barrar os seus planos.

Por mais que lhe implorasse por misericórdia, não obteria qualquer sinal de empatia como resposta aos seus apelos. Calmamente, examinando as pernas laceradas, as pisoteou com toda a força que possuía. Queria que chorasse, se humilhasse e se arrependesse, até o último segundo, por ter cruzado o seu caminho. O monstro interior se expusera, mais transtornado e mais furioso, pela ira e pela cólera desenfreada que o normal. Se ajoelhando, perante aquele homem sem nome, puxou a navalha para lhe desfigurar o rosto.

Se divertindo com os urros angustiados de dor, que acompanhavam cada rastro de tortura, riu abertamente em alguns estágios. Como se a entidade desconhecida, novamente, dominasse o seu espírito para reabrir as feridas que o tempo nunca pôde curar. Gerando uma insensatez absoluta, o entorpecendo e o enlouquecendo, gravitando sob a sua pele e silenciando os sentidos. Totalmente fora do seu controle, desaparecendo a sua volta em minutos, enquanto tentava respirar.

Sem apontar por quanto tempo permanecera desacordado, em meio às suas vítimas, se ergueu um pouco zonzo do chão. Não aceitaria aquela grandeza, a partir do momento em que não se julgava qualificado o suficiente para cometer uma chacina daquela proporção. Especialmente, quando lutara contra soldados tão ou mais treinados do que ele. Quem sabe, sempre fora uma insana máquina de matar?

Apavorado, concebendo que em algum lugar era sentenciado, por sua perícia em gerar o caos e semear o temor, se distanciou vagamente. Como se preferisse renegar os seus próprios absurdos, começara a raciocinar o quanto os bruxos eram vulneráveis a toda e qualquer luta corporal. Pelo menos, concernia no que constatara na imensa maioria dos casos que lidara, durante os assaltos aos vilarejos franceses.

- Eu vou destruir aquele verme desgraçado... nada vai me coagir a mudar de opinião. Nem se a merda de um passarinho abrir o bico para encher a minha paciência – afirmou, tendo o sabor das palavras, com o significado do que queria dizer.

Com os pensamentos e ponderações aceleradas, tendo de lidar com o desequilíbrio das suas constâncias, entrou naquele prédio imponente e com grossas paredes de pedra. Experimentando a estranha sensação da atmosfera gélida, que o abraçava como uma amante o convidando para desvendar os seus segredos, espaireceu ao andar pelos corredores vazios.

Seus olhos atentos analisavam toda a mobília empoeirada. Móveis surrados pelos anos, os quadros desguarnecidos, estátuas quebradas... tantos detalhes para pormenorizar e representar um deprimente cenário de queda, ostentando que toda a vida se extinguira ao cruzar aquela porta. Não havia qualquer possibilidade de existir algo vivo ao seu redor.

Somente os fantasmas, que assombravam e terrificavam aqueles terrenos, se arriscariam a lhe dar as boas-vindas e sanar as suas dúvidas crescentes. Provavelmente, eles fossem os melhores e mais confiáveis amigos que localizaria em recantos tão assombrosos como aquele. Porém, não recordava de qualquer informação quanto a morte de dono daquela fortificação, muito menos, que tivesse fugido de lá.

Vagarosamente, segurando firmemente a varinha em sua mão direita, entrou no último cômodo. Controlando a respiração e a ansiedade, aos poucos, explorou os cantos daquele recinto. As especificidades, as insignificâncias, as figuras obscuras... tudo o que se apresentava tão sombriamente imóvel que, uma pequena movimentação, o fez virar em posição de ataque com uma expressão gélida.

- Noite, meu jovem... vendo você de perto, fico abismado com o quanto é semelhante ao seu avô no semblante. Muito mais do que imagina, quero ressaltar – comentou Grindelwald, saindo do breu, o encarando seriamente.

- É bom tê-lo localizado, senhor – Snape comunicou, sem demonstrar qualquer surpresa, ao verificar a presença da pessoa a quem buscava ou a pretexto do que acabara de escutar.

Ambos se avaliaram e se investigaram como se medissem forças serenamente, estabelecendo uma quietude disforme e incômoda no espaço. A densidade imperativa, de dois velhos desconhecidos, os fez caminhar lado a lado, com uma falsa mansidão. Sem emitirem qualquer frase, se resumiam a criaturas noturnas que se deparavam uma com a outra. Significando os procedimentos, se apreendendo e se julgando, para a obtenção das respostas desejadas. Respeitando os limites, iluminavam as acepções e os vultos que lhes eram essenciais.

- Eu estou prestes a ressuscitar os mortos e trazer todo o passado à tona... eu só posso ser leviano – pensou consigo mesmo, não transparecendo as suas emoções, conservando a indiferença à conjuntura.

Para solucionar as suas questões e descrenças, se empenhara a inquirir aquele homem a quem considerava infinitamente pior que Voldemort. Vivenciando uma confusa sensação de conforto, prestes a vender a sua alma ao diabo, não declinaria das suas disposições. Pelo menos, Grindelwald ainda era humano e, essa realidade, lhe proporcionava um sentimento de otimismo.

Isolados, naquele castelo envolto por ruas sem nome e estradas tortuosas, não necessitavam de suas máscaras sociais. Apenas controlavam os seus impulsos normais para dois revoltos sem rumo. Empenhados em caçar novas vítimas, para saciar a infinita sede de sangue da humanidade, atravessariam os seus dias presos até a morte. Estarreceriam o mundo com as suas ideias e projetos.

Os passos e as respirações eram os únicos sons que ecoavam, dando um tom de suspense a toda a situação. Quem sabe, Snape, não deveria se preocupar com o que lhe sucederia assim que chegasse à sala iluminada por velhas velas e pelas chamas trepidantes da lareira? Livre de receios, ignorando as estátuas que sondavam os seus gestos e a sua conduta, qualificou o espaço como parte da natureza mórbida e sufocante que o constituía e na qual se situava.

- Me conte a que devo a honra de sua silenciosa e surpreendente visita? – perguntou, se sentando no sofá de coloração verde musgo, estabelecendo um dos mais importantes diálogos que Snape teria durante toda a sua existência.

- Eu estou aqui para lhe propor uma aliança. Quero convidá-lo a vencer uma guerra ao meu lado. O senhor concorda? – respondeu interrogativo, usando um tom de voz vago e impreciso, para não pormenorizar tão imediatamente o que tencionava.

- Interessante... realmente, você é o que eu chamo de intrigante e proveitoso para um futuro promissor. Apesar disso, eu gostaria de ser informado quanto ao que lhe faz supor o meu aceite? Por que eu me envolveria nas suas batalhas e infortúnios, jovem Prince? – Grindelwald, novamente, o questionou com um semblante interessado no que ouviria.

- Como o senhor sabe quem eu sou? Ou melhor, como remete ao sobrenome da minha família materna, com tamanha ênfase? – indagou insipidamente, embora, estivesse imensamente desconfiado e cauteloso quanto as atitudes do mais velho.

- Longa história... me revele as suas projeções primeiro e eu irei lhe contar tudo o que tanto anseia em aprender e dominar – explicou, resumidamente, com um tom misterioso e contido.