Capítulo 8 - Piquenique
Rin acordou cansada naquele dia. O seu humor não estava muito bom, e ela não estava alegre como sempre. Se arrumou o melhor que pode, e então pegou sua mochila e seu fichário, desceu as escadas, e foi até a cozinha.
- Tchau mãe. Estou indo para a escola. - despediu-se Rin, depois de dar um longo bocejo.
- Tchau querida. Tome cuidado. - despediu-se a mãe.
- Tá. - disse Rin, saindo da cozinha.
A garota saiu de sua casa, e encontrou Kohaku no portão, a esperando. Ela deu um suspiro, fechando os olhos. Então abriu novamente, e encarou o amigo.
- Rin, você está magoada comigo? - perguntou Kohaku.
- Não. Mas não custava nada você não escolher a Kagura ontem, para o Sesshoumaru beijar! - respondeu Rin, caminhando em direção à escola.
- Mas é que eu não sabia que você queria beijá-lo. - respondeu Kohaku, com um tom a mais na voz.
- Eu não queria. - retrucou Rin, sem encarar o amigo. - Mas não queria que ele beijasse a Kagura.
- Tudo bem, então. Me desculpe. - pediu Kohaku, abaixando os olhos.
- Eu já disse. Não estava e nem estou brava com você. - respondeu Rin.
Kohaku não disse nada, e os dois foram até a escola, sem assunto para conversar. Quando chegaram, foram até a sala de ambos, e Rin deixou sua mochila e fichário na sua carteira. Então saiu da sala para beber um pouco de água.
Quando chegou no corredor dos bebedouros, ela encontrou Sesshoumaru. Ela deu um leve sorriso, e logo em seguida, quase esbarrou com Ginzou. Ela levou um susto, e ele apenas sorriu.
- Eu estava te procurando Rin. - disse Ginzou.
- Hum... Para que? - perguntou Rin, curiosa.
- Para lhe entregar isso. - ele respondeu, com um embrulho nas mãos.
- Ah, o que é isso? - perguntou Rin, corando.
- Abra. - respondeu Ginzou.
Rin pegou o embrulho e o abriu. Sesshoumaru observava a cena. Quando Rin abriu, viu uma caixa de bombons que era muito cara, e ela não conseguiu dizer nada. Só sabia que não poderia aceitar aquilo, ainda mais por vários alunos estarem observando a cena.
- Eu não posso aceitar isso. - disse Rin, entregando de volta a caixa.
- É falta de educação rejeitar um presente. - respondeu Ginzou.
- Essa caixa de bombons é uma fortuna. - retrucou Rin.
- Tudo bem. Então podemos comer juntos, em um local sozinhos... - disse Ginzou.
- Nem pensar! - disse Rin jogando a caixa de bombons em Ginzou, e saindo correndo de lá.
- "É, pelo jeito não estão namorando". - pensou Sesshoumaru, enquanto voltava para sua sala.
Rin entrou na sua sala, ofegando. Sentou na sua carteira, e abaixou a cara. Será que Ginzou estava gostando dela? Ela não sabia. Mas sabia que ela não gostava dele. Será que Sesshoumaru tinha visto a cena? Se tivesse visto, ao menos ele sabia que ela não estava namorando...
- Rin! - disse Kagome correndo, e sentando na carteira à sua frente.
- Hum? - perguntou Rin, levantando a cara.
- Eu assisti toda a cena no corredor! O Ginzou está afim de você! - respondeu Kagome sorrindo.
- E daí? - perguntou Rin, tristemente.
- Isso não é bom? Assim você pode fazer ciúmes no Sesshoumaru! - respondeu Kagome.
- Eu não quero fazer ciúmes. - disse Rin, desanimada. - O que eu estou fazendo é errado.
Kagome não disse nada. Um pouco depois o sinal tocou. Kagome voltou para o seu lugar, e as aulas foram se passando lentamente.
Quando o sinal tocou, Rin se levantou, e junto com Kagome, Sango, Ayumi, InuYasha, Miroku e Kohaku foi caminhando até o refeitório. Ela estava muito quieta aquele dia. Ela se sentia estranha. E o que ela mais queria, era desistir daquela aposta.
A garota pegou seu lanche, e sentou em uma mesa, junto com seus amigos. Ela observou Sesshoumaru na mesa dele, e sorriu. Ele era muito lindo. Imaginou o que aconteceria quando ele descobrisse da aposta... Porque uma hora ou outra ele ia saber.
- Ei, InuYasha! - chamou Kagome. - Vamos marcar um piquenique! Chame o Sesshoumaru.
- Hoje? - perguntou InuYasha.
- Sim! - respondeu Kagome. - Assim fica mais fácil para Rin.
- Vou tentar. - disse InuYasha.
- Obrigada! - agradeceu Kagome, dando um beijo no rosto do colega, que corou.
- Para quê? - perguntou Rin, depois de um suspiro desanimado. - Eu já disse que não vou conseguir.
- Ah, não desanima Rin! - disse Sango. - Você vai conseguir sim, e vai humilhar a Kagura!
- Sei. - respondeu Rin, com um olhar de lado.
- Vai sim! - disse Kagome. - Não se preocupe! Deixe tudo com a gente.
- Não gosto nada disso. - cochichou InuYasha a Miroku. - Elas estão aprontando algo...
- InuYasha! - berrou Kagome dando um soco na cabeça do colega.
No final das aulas, Rin guardou o seu material lentamente. Kagome e Sango foram até a carteira da garota, e começaram a observar como Rin estava naquele dia. As duas analisaram a maquiagem de Rin até os acessórios que a garota estava usando.
- Não sei, eu acho que uma maquiagem mais forte ficaria melhor. - comentou Kagome, com o queixo encostado na mão.
- Eu acho que essa maquiagem está perfeita. - disse Sango, com as mãos na cintura. - Mas falta mais acessório.
- Não, não. - retrucou Kagome. - Com uma maquiagem mais pesada, ela fica parecendo mais adulta.
- Mas ela tem que parecer uma jovem doce. - disse Sango, discordando da amiga.
- É, mas um toque ousado não custa nada. - disse Kagome sorrindo.
- Nã... - retrucava Sango, quando Rin não agüentou mais.
- CHEGA! - gritou Rin, colocando sua mochila nas costas com força. - PAREM de falar de como EU estou! ISSO já está IRRITANDO! Mas que PORRE!
A garota saiu da sala, sendo observada pelos amigos. Ela já estava ficando cansada de tudo aquilo. Ela parecia uma robô obedecendo a ordens de Kagome e Sango! Ela queria ser ela mesma, e voltar a ser como era antes. Ela se sentia melhor como antes.
Rin ia saindo da escola, quando tropeçou em uma pequena pedra. Ela caiu no chão, e se levantou vermelha, e então chutou a pedra longe, nervosa. Ela se virou para voltar a andar, mas foi impedida.
- Aiiiii! - ela ouviu um berro.
Rin se virou para trás, e viu que tinha acertado a barriga de Kagura com a pedra. Ela não resistiu e então começou a rir feito uma louca, e Kagura andou até ela, nervosa, enquanto todos paravam para observar a cena.
- Sua idiota! Você fez de propósito! - gritou Kagura.
- Não, eu não fiz não. - respondeu Rin, entre os risos. - Mas se bem que eu queria ter feito.
- Oras! Como ousa? - perguntou Kagura, irritada.
- Ousando. - respondeu Rin, voltando a andar.
- Você ainda me paga! - disse Kagura.
Rin voltou para a sua casa, ainda rindo. Quando chegou, almoçou, e então subiu para o seu quarto, para fazer suas tarefas. Então entrou no seu programa de conversas, e recebeu uma mensagem de instantânea de Sango.
Sango: Oieeee! Olha, desculpa por hoje na escola.
Rin: Ah, eu é que estava irritada.
Sango: Bom, mas vamos com as boas notícias: hoje, no parque central, às 16:00 piquenique conosco e Sesshoumaru!
Rin: Eu só vou se vocês prometerem não nos deixarem sozinhos! Ò.ó
Sango: O.k. prometemos!
Rin: Então tudo bem!
As duas passaram um bom tempo conversando. Quando faltava meia hora para as quatro, Rin saiu do computador para se arrumar. Depois de alguns minutos pensando em qual roupa usar, ela decidiu colocar uma saia preta, com uma blusa vermelha, e coturnos.
Pensou no que Kagome tinha dito na escola, e passou uma maquiagem um pouquinho mais pesada, para combinar com o visual. Mas não deixou de ser doce e delicada. Pegou sua bolsa, e então desceu, avisou sua mãe de que iria sair, e saiu da casa.
A garota foi caminhando até o parque central, preocupada. Estaria bem vestida daquele jeito? Ela só queria ver como Sesshoumaru estaria naquele dia, com aquele cheiro bom que ele tinha... Então apressou o passo, para não se atrasar.
Quando chegou, encontrou Kagome, Sango, Miroku, InuYasha, Sesshoumaru, Ayumi e Kohaku lá. Ela cumprimentou todos, e então eles escolheram um lugar vazio, para lancharem.
Após arrumarem tudo, Kagome se levantou. Todos olharam para a garota, que sorria animada, com uma brilhante idéia na cabeça. Quando todos ficaram quietos, a garota começou a falar o que tinha em mente.
- Eu acho que primeiro nós deveríamos nos divertir, e depois lancharmos. - disse Kagome, com um sorriso maroto.
- E o que faremos? - perguntou Sango.
- Que tal se fizermos aquela brincadeira que fizemos na casa do Sesshoumaru? - sugeriu Ayumi.
- NÃO! - gritaram Kagome, Sango e Rin apressadas.
- Tudo bem... - respondeu Ayumi rindo.
- Eu sugiro que joguemos um jogo que a minha prima me ensinou. - disse Kagome sorrindo. - É igual verdade ou conseqüência, só que a pessoa de trás pergunta uma pergunta. E a pessoa tem que responder a verdade, lógico.
Todos concordaram. Então eles começaram a jogar, e estavam se divertindo muito. Foi então que foi a vez de Kagome perguntar para Sesshoumaru...
- Você acha a Rin bonita? - perguntou Kagome.
O coração de Rin disparou. Ela sentiu seu rosto ficar vermelho. Então Sesshoumaru respondeu "sim", e ela achou que ia ter um enfarte. Ela sorriu, vermelha, e Kagome riu discretamente. Mas a pior parte, foi quando Sango fez uma pergunta para Rin.
- Você acha o Sesshoumaru bonito? - perguntou Sango.
- "Ai droga! Que vergonhaaa!" - pensou Rin, vermelha. - S... sim.
Rin lançou um olhar mortal para Sango, que apenas sorriu. Um pouco depois, Miroku perguntou para Sesshoumaru se ele namoraria Rin, e este não respondeu no começo, mas depois disse friamente um sim.
Rin fechou os olhos, tentando se controlar, ou então pularia no pescoço deste naquele momento e o beijaria até o fim do mundo. Aquilo sim era o paraíso.
Quando já havia se passado um bom tempo, eles foram lanchar. Conversaram, fizeram brincadeiras, se divertiram... foi uma tarde muito gostosa. Quando terminaram de comer, se arrumaram para irem embora.
Era uma mania de Rin. Por mais que ela tentasse de tudo para não acontecer, acontecia. Não era culpa dela, se ela nascera com a mania de tropeçar em pedrinhas, e sempre um cara lindo e gostoso a segurava. Mas desta vez foi pela cintura.
- Ai, me desculpa. - pediu Rin, vermelha como um tomate. - Isso sempre acontece.
Sesshoumaru não respondeu nada. Mas para interromper aquele lindo momento, Kohaku chamou Rin. Ele parecia um tanto, preocupado. E a garota se desvencilhou de Sesshoumaru. As pessoas que passavam por lá provavelmente achariam que Rin e Sesshoumaru eram um casal de namorados.
- Hum? - perguntou Rin.
- Eu preciso falar com você, Rin. - respondeu Kohaku. - E é muito importante.
- Tudo bem. - respondeu Rin.
Todos se despediram, e cada um foi voltando para a sua casa. Rin e Kohaku iam pelo mesmo caminho, já que eram vizinhos, e então, quando chegaram, Kohaku parou Rin, e segurou nas mãos da garota.
- O que você queria falar comigo? - perguntou Rin, lembrando de quando Sesshoumaru a segurara pela cintura.
- Você promete que não vai ficar chateada comigo? - perguntou Kohaku.
- Não! - respondeu Rin sorrindo, se lembrando de quando Sesshoumaru dissera que a namoraria.
- Bom, então eu digo. - disse Kohaku. - Olha, eu esperei anos e anos para te dizer isso, mas eu não tinha coragem, com medo. Medo. Medo de que isso interferisse na nossa amizade. Mas o que acontece, é que eu não consigo mais esconder isso de você.
- Do que você está falando? - perguntou Rin, curiosa.
- Olha, todos os dias, eu te vejo, e você está linda como sempre. - disse Kohaku. - Desde que você mudou, você ficou mais linda! E o que eu queria dizer, é que...
Continua...
N/A: Como se ninguém soubesse o que o Kohaku quer dizer para a Rin, né? Mas enfim, domo! Tudo bom com vocês? Muito obrigada pelas reviews! Bjs
Nat: Oie! Tudo bom com você? Que bom que está gostando da história! Hehe, é verdade, a Rin tinha que ter deixado o Sesshy beijar ela, né? Bom, é isso, bjs
Manu Higurashi: Oie! Tudo bem com você? Pois é, a Rin devia ter beijado o Sesshy e também ter deixado ele beijar ela, né? Ah, a sua sugestão é legal, sim! Eu gostei, mas o fim já está escrito! Hehe, bjs
Kagura Fan 17: Oie! Tudo bom com você? Por que eu coloco a Kagura como vilã da história? Olha, eu sei que você gosta dela e tal, mas tipo, não me leve a mal, mas eu não gosto dela... Digamos que ela é a personagem que eu menos gosto de InuYasha... Mas isso não interfere em nada, interfere? É, a Rin e o Sesshy deviam ter se beijado... Olha, é sério mesmo, me desculpe já que eu não gosto da Kagura...
