Capítulo 9 - A descoberta
-... Eu sempre te amei. - respondeu Kohaku, abaixando a cara.
- Kohaku! - disse Rin, sorrindo. - Você sabe que eu também te amo! Você é como um irmão para mim!
- Rin, você não entendeu. - disse Kohaku, levantando a cara, encarando os olhos castanhos da amada. - Eu te amo, como namorada, e não como uma irmã.
- Hã? - perguntou Rin, confusa. - Do que você está fal...
Então Kohaku pegou no braço de Rin e a puxou mais para perto de si, a beijando. Rin ficou muito surpresa com a atitude do amigo, e acabou não retribuindo o beijo. Ela ainda raciocinava o que o amigo queria lhe dizer, e seu olhar estava muito perdido.
Então Kohaku se separou de Rin, parecendo muito triste. Ela o olhou, ainda assustada, e não sabia o que dizer, apenas abria a boca e fechava, com a esperança de que alguma coisa saísse de sua boca, para tirar aquele péssimo momento.
- É assim que eu te amo. - disse Kohaku, enquanto se virava para entrar na sua casa. - Pense melhor.
Essas foram às últimas palavras do garoto. Rin o observou entrar na casa dele, e então entrou na sua, completamente confusa. Subiu para o seu quarto e trancou a porta. Ela não pensou em mais nada, rapidamente pegou seu telefone sem fio, e discou o número de Kagome.
- Alô? - atendeu Kagome, que no momento estava tomando um banho quente.
- Kagome, eu preciso muito falar com você e a Sango. - disse Rin, sentando na sua cama.
- O.k. Espera só um minutinho que eu vou colocar a Sango na linha. - respondeu Kagome, clicando em um botão do seu telefone.
- Tá. - disse Rin, enquanto observava seu enfeite de bailarina, que Kohaku a havia dado de aniversário no ano passado.
- Alô? - atendeu a voz de Sango, parecendo preocupada.
- A Rin disse que precisa falar com a gente. - respondeu Kagome, relaxando na banheira.
- O que aconteceu Rin? - perguntou Sango, curiosa, que estava bebendo uma Coca-Cola na sua casa.
Então Rin desabafou. Ela contou tudo o que Kohaku lhe dissera, e o que fizera. Disse que estava muito confusa, e não sabia o que fazer. Ela e Kohaku eram amigos desde pequenos, e ela não queria ferir os sentimentos do amigo, mas não sabia se o namorava.
- Ah, é muito simples amiga! - respondeu Kagome sorrindo.
- Não precisava nem ter ligado! - brincou Sango, bebendo um gole de sua Coca.
- Então me expliquem! - pediu Rin, enquanto uma lágrima escorria de seus olhos.
- Deixa que eu explique Kagome. - disse Sango, animada.
- O.k. - respondeu Kagome.
- Rin me escute. Só porque você e o Kohaku são amigos desde pequenos, não significa que você tenha que namorar ele, já que ele gosta de você. - disse Sango, tranqüila. - Ele pode gostar de você, mas você não gosta dele. E você não vai ferir os sentimentos dele, porque você não o ama.
- Vocês acham? - perguntou Rin, tentando esconder que estava chorando.
- Lógico Rin! - respondeu Kagome. - Não fira os seus sentimentos, para não ferir os dos outros!
- Pense um pouco em si mesma. - completou Sango, jogando sua lata de Coca-Cola no lixo.
- Puxa, valeu mesmo pelos conselhos. - agradeceu Rin, sorrindo.
- Ah, Rin, você sabe que pode contar com a gente sempre! - disse Kagome, fechando os olhos, com sono.
- Obrigada! - agradeceu Rin, se sentindo bem melhor.
- Kagome, falando nisso, fiquei sabendo que o InuYasha e você foram para uma festa sem me convidar? - perguntou Sango, com um sorrisinho maroto no rosto.
- Kagome? - perguntou Rin, esperando a resposta da amiga.
- Kagome? Será que ela está pensando em algo para responder? - perguntou Sango, quase rindo.
- Kagomeee? Você está aí? - perguntou Rin, rindo. - Será que ela foi abduzida?
- Tive uma idéia! - respondeu Sango, animada. - KAGOMEEEEEEEEEEEEEE!
- Hã? O quê? - perguntou Kagome, espirrando um monte de água para todos os lados.
Rin e Sango começaram a gargalhar. Kagome não sabia o que estava acontecendo, mas ficou com vergonha. Percebeu que cochilara ao telefone, enquanto conversava com as amigas, e tomava um banho. Deu um suspiro, se ajeitando melhor na banheira.
- Cochilei. - disse ela, bem baixo.
- Só você mesmo, Kagome! - disse Rin, superando o ataque de risos.
- Ai, ai! Não dormiu, não Kagome? - perguntou Sango, calmamente.
- Para falar a verdade não. - respondeu a garota, começando a rir junto com as amigas.
- Bom, eu preciso desligar agora. - disse Rin, olhando as horas no relógio que estava no seu pulso.
- O.k. tchau, amiga! - despediu-se Sango.
- Tchau Rin! - disse Kagome.
- Tchau! - despediu-se Rin, desligando o telefone.
Rin deu um suspiro, aliviada, e então decidiu tomar um banho, já que estava realmente precisando de um.
Depois do seu banho, Rin vestiu seu pijama e desceu as escadas da sua casa, e entrou na cozinha, onde sua mãe estava conversando ao telefone. Ela estava com uma expressão muito preocupada, e ao mesmo tempo triste.
Quando Rin entrou, a mãe desligou o telefone, e deu um sorriso. Ela se aproximou da filha e a abraçou, para a surpresa desta.
- Mãe? O que foi? Aconteceu alguma coisa? - perguntou Rin, curiosa.
- Querida, eu vou te contar tudo. - respondeu a mãe, sentando-se à mesa.
- Tudo o quê? - perguntou novamente Rin, sentando-se ao lado da mãe.
- Quando eu disse que o seu pai tinha sofrido um acidente e estava bem, era mentira. - respondeu a mãe, enquanto algumas lágrimas caíam de seus olhos castanhos, iguais aos de Rin. - Na verdade... Ele...
- Ele...? - perguntou Rin, receosa.
- Ele morreu. - respondeu a mãe, enxugando suas lágrimas.
Rin congelara. Seu pai morrera? Quando? Ela não sabia o que fazer. Seu pai quase nunca vinha visitá-la, já que ele sempre viajara a trabalho, por isso ela nunca sentia muita falta dele. Mas por que sua mãe mentira para ela?
- Mas por que você mentiu? - perguntou Rin, friamente. - E o enterro? Quando foi isso? Responde mãe!
- Quando eu fiquei fora, quase o dia inteiro, ele tinha morrido. - respondeu a mãe. - Eu menti porque eu não queria que você sofresse! Eu não fiz e nem vou fazer um enterro.
- Mãe! Do que você está falando? Ele merece! - respondeu Rin, se levantando e derrubando a cadeira para trás.
- Ele não sofreu acidente nenhum! - disse a mãe. - Ele estava em um motel com uma mulher, e quando eles foram tomar banho, o chuveiro era a gás, e eles deixaram tudo fechado, então morreram.
- Isso é verdade? - perguntou Rin, chocada.
- Por que eu mentiria? - respondeu a mãe.
Rin não respondeu nada. A garota saiu da cozinha, e subiu para o seu quarto. Ela se sentia estranha e confusa, e não poderia fazer nada. Ela não sentia tanta dor assim, já que o seu pai trabalhava viajando desde quando nascera. Mas quando ele a visitava, parecia ser um homem tão honesto...
A garota trancou a porta do seu quarto, e deitou na sua cama. Sua mãe não tinha culpa de nada, e ela não poderia culpá-la pelo o que acontecera. E o seu pai realmente não merecia um enterro. Rin só queria um tempo sozinha...
Acabou adormecendo aos poucos, na fria e escura noite daquele dia... Quem sabe amanhã uma notícia boa a alegraria?
O despertador tocou, acordando Rin. A garota desligou o objeto, e tomou uma ducha fria. Vestiu seu uniforme, e se maquiou o melhor que pôde. Pegou sua mochila e seu fichário, e saiu do quarto, descendo as escadas e indo até a cozinha.
- Mãe, eu estou indo para a escola. - disse Rin, sorrindo.
- Vai com cuidado. - disse a mãe, sorrindo também.
Rin saiu da cozinha, e da sua casa. Kohaku não estava lá, mas havia um pequeno papel preso por entre as grades do portão. Rin o pegou e leu. Dizia:
Rin, você deve estar se sentindo estranha quanto a mim, mas... Bom, por isso eu já fui para a escola, para não ficar um clima estranho entre a gente. Kohaku.
- "Ele é tão legal". - pensou Rin, sorrindo.
A garota foi caminhando em direção a escola, sentindo a brisa bater contra o seu rosto. Tentou pensar em alguma coisa boa, para animá-la, e pensou em Sesshoumaru. Tudo seria perfeito, se não fosse a aposta. A aposta. Não queria nem imaginar o que seria dela quando ele descobrisse a verdade.
- Ai... Ele não merece isso. - disse Rin para si mesma, tristemente.
Quando chegou na escola, subiu até o seu andar. A garota entrou na sua sala, e foi sentar na sua carteira, e teve uma surpresa. Havia um buquê de rosas vermelhas, com um cartão nele. Ela abriu o cartão, curiosa.
Minha querida Rin,
Essas rosas são para você. Como prova do meu amor.
Ginzou.
Rin não pensou duas vezes. Pegou o buquê de rosas na mão, e saiu correndo da sala, indo até a sala de Ginzou. O que significava aquilo? Quando chegou, abriu a porta, e todos olharam para a garota, que estava vermelha.
Rin se dirigiu até a mesa de Ginzou, que sorria, marotamente. A garota deixou o buquê na mesa deste, e colocou as mãos na cintura, e antes que dissesse alguma coisa, Ginzou disse.
- Sabia que você fica linda assim? - perguntou o garoto, sorrindo.
- Hã? Do que você está falando? - perguntou Rin, corando.
- Quando você fica com vergonha, fica mais linda do que já é. - respondeu Ginzou.
Sesshoumaru estava sentado na sua carteira, observando a cena, junto com toda a sala. Aquele humano gosta de Rin? Ele era um galinha, e duvidava muito que com rosas e bombons conseguiria conquistar Rin. Ela parecia ser uma garota que não se iludia com presentes.
- Escuta, por que você me mandou essas rosas? - perguntou Rin, nervosa.
- Porque você merece. - respondeu Ginzou.
- Olha, eu não gosto de você, saiba que eu achei as rosas bonitas, mas eu não gosto de você, por isso... - dizia Rin, quando o garoto se levantou da carteira.
- Eu já te disse que você é linda? - perguntou Ginzou, pegando no queixo da garota.
- Por isso pare de me mandar essas coisas! - respondeu Rin, irritada. - Eu já disse, eu não gos...
Então Ginzou a beijou. Todos da sala olharam surpresos. Rin ficara surpresa com a atitude do garoto, e tentou se separar dele, mas nem precisou fazer muito esforço, porque um segundo depois ele estava caído no chão, depois de levar um soco bem forte de Sesshoumaru.
- Cara, se você gostava dela, era só avisar! - reclamou Ginzou, se levantando.
- Humpf. - resmungou Sesshoumaru, saindo da sala.
Rin sorriu levemente. Ela saiu correndo atrás de Sesshoumaru, apressada. Então o alcançou, e o parou, com as mãos, sorrindo calmamente.
- O que você quer? - perguntou Sesshoumaru, friamente.
- Eu só queria agradecer. - respondeu Rin, sorrindo. - Obrigada.
Sesshoumaru seguiu o seu caminho. O que o fizera dar um soco em Ginzou? Uma simples humana? Simples não, porque ela era diferente das outras. Ela estava fazendo a sua cabeça?
Rin voltou para a sua sala, ao vê-lo se distanciar. Todos os seus amigos estavam lá, conversando em uma rodinha. Rin caminhou até eles, sorrindo.
- Rin! Está fazendo sucesso, hein? - perguntou Kagome, sorrindo.
- Pelo jeito você gostou das rosas. - comentou Miroku.
- Eu não estou rindo por causa disso! - respondeu Rin, animada. - Estou rindo porque quando o Ginzou tentou me beijar a força, o Sesshy deu um soco na cara dele!
- Uau! - comentou Sango, animada.
Logo o professor chegou. Rin sentou-se na sua carteira, e ficou pensando em Sesshoumaru. Ele era tão lindo, legal, frio... Eram tantas qualidades. Ela se sentia perdida no meio de tanta beleza... Lembrou-se que seu coração começou a bater mais forte e rápido, o rosto ferveu... O que isso significava?
Foi como se tivesse levado um choque. Congelou. Não sabia o que faria a partir daquele momento. Ela nem se importou com o que aconteceria, simplesmente levantou-se de sua carteira.
- "Eu não estou apaixonada pelo Kohaku e nem ninguém!". - pensou a garota, enquanto todos olhavam para ela. - "Eu amo o Sesshy!". Oh meu Deus!
Continua...
N/A: Domo! Tudo bom com vocês otakus? Bom, espero que estejam gostando da fic! E mais uma vez, muito obrigada pelas reviews! Bjs
Manu Higurashi: Domo! Tudo bom com você? Hehe, acho que todo mundo sabia que o Kohaku ia dizer que amava a Rin, né? Você gostou da parte em que o Sesshy deu um soco no Ginzou? É que assim, sabe, foi tão legal escrever a cena! Hehe, bjs
Kagura Fan 17: Domo! Tudo bem com você? Ai, como eu fiquei aliviada com a sua review, já que você não ficou chateada comigo! Sério? Você também odeia a Kikyou? Que bom, nós duas odiamos ela! Ah, e que fic é a sua? Eu gostaria de ler! Espero que tenha gostado do capítulo! Bjs
Nanda Menezes: Domo! Tudo bom com você? Hehe, que bom que está curtindo a fic! Obrigada pelo elogio! Ah, não tem problema você não ter mandado a fic do capítulo 4 em diante! O importante é que você esteja gostando (ou não) da fic! Bjs
