Cap 8- A partida

-Você está brincando com a gente?!

-Kaede-san isso é um absurdo!

-Como você vai provar?! Não acredito!

A velha sacerdotisa deu um longo suspiro e pegou a caixa tentando abri-la com muito esforço, porém, não havia resultado.

-Viu? Só os guardiões podem abrir a caixa.

-Você pode não ter feito força nenhuma para abrir a maldita caixa!

-Olhe minhas mãos Inu-Yasha. –Falou estendo mãos cheias de sangue. -Eu fiz força demais para abrir a caixa. Eu não sou uma guardiã.

-O que a caixa interfere em ser ou não guardiã? -Perguntou receosa a miko

-Essa caixa contém os restos mortais de Kikyou, dizem que quem colocou-os restos na caixa era um profeta e a lacrou do modo que só os guardiões pudessem abri-la. E assim se passou o tempo, foi com esse método que se provou quem eram os guardiões nas várias gerações.

-Agora não entendo mais nada! Outros? –Falou Inu-Yasha irritado.

-Existiram varias gerações de guardiões, porém o sinal do inicio só veio nesta, isso quer dizer que o poder de Kikyou está de volta. De acordo com a profecia a guerra da jóia só iria começar quando o poder voltasse. Os guardiões anteriores sempre foram precisos para quardar as relíquias. Vocês sabem por que começa agora se a jóia está solta a tanto tempo?

-Não... –Respondeu Kagome.

-Por que só com o poder de Kikyou a jóia poderá ser reconstituída, o poder dela que destruiu, só o poder dela poderá reconstruir e eles sabem, por isso começaram a roubar as relíquias.

-Eles?

-Os seres malignos. Eles sabem que o poder de Kikyou voltou, por isso roubaram a espada sagrada oni, só as nove relíquias reunidas podem lacram a jóia depois de reconstruída, além de com a ela em outras mãos...

-E daí? –Falou Inu-Yasha –Não ligo para isso, não quero essa jóia! Isso não me intereça!

-Não percebe Inu-Yasha?! Por que a espada estaria aqui?! Seu pai é um guardião e a espada sagrada oni é a sua relíquia. O poder da relíquia depende do guardião que está diretamente ligado a ela, então se a espada for corrompida demais o senhor Tai irá morrer, pois o poder das trevas é venenoso para guardiões que emitem energia branca, e para utilizar a relíquia precisa-se dessa energia também... Ele já está fraco, não conseguirá deixar a espada pura por muito tempo...

A expressão irritada do príncipe se transformou em um profundo e doloroso desespero, sentia seu coração bater mais forte, enquanto a agonia começava a manisfestar-se, tremia levemente, as gotas de suor escorriam por sua pele, demonstrando seu grande nervosismo. Um sentimento que não conhecia muito bem começava a apoderar-se de sua alma; o medo.

-Por que tem que ser assim? –Disse com a cabeça baixa, enquanto sua franja escondia seus sofridos olhos dourados.

-Não sei Inu-Yasha.

-Eu não queria... Não queria me envolver nisso tudo! Que droga! Por que eu?! Por q.... hã? –Exclamou surpreso quando sentiu a mão de Kagome em seu ombro, ela também tinha cabeça baixa, tornando impossível ter uma visão de seus olhos.

-Pelo menos você pode fazer alguma coisa... Não seria pior você ficar olhando seu pai definhar e você ser impotente na situação? Mas você pode impedir que seu pai morra! Você tem uma chance de ir atrás e não apenas ficar somente observando, e também você não esta sozinho para ajudar seu pai, tem mais oito guardiões além de você, não?

-Garota...

-Além disso, eu... Eu também quero curar seu pai, independente de ser guardiã ou não.

-Eu não preciso de sua...

-PARE DE BANCAR O DURÃO! –Gritou ela, dando a visão de lágrimas solitárias em seus olhos –APRENDA UMA COISA INU-YASHA: TODOS PRECISAM DE AJUDA MAIS CEDO OU MAIS TARDE! E...

-Kagome, basta.

-Mas Kaede-san...

-Eu disse basta! Então Inu-Yasha? Vai aceitar sua tarefa.

Ele ficou em silêncio, não sabia o que falar... Não sabia o que fazer, tudo era confuso, mas a Kagome tinha razão, dessa vez ele podia fazer alguma coisa.

-O que tenho que fazer Kaede?

-Reunir a jóia, os guardiões e suas devidas relíquias.

-Mas e as nossas relíquias? –Perguntou mais calma a miko.

-Terão que achar com a força de vocês. Inconscientemente vocês serão atraídos para elas, assim como para os outros guardiões... Agora, Kagome pode me emprestar seu fragmento da jóia?

-Sim, mas... –Questionou enquanto entregava-o.

-Agora, por favor, saia do quarto e fique na porta, eu a chamarei quando puder entrar.

-Mas por que?

-Faça isso, prometo que explicarei depois.

Sem questionar mais saiu rapidamente, enquanto a ansiã levantava-se e escondia o fragmento em baixo da prateleira de livros.

-Para que tudo isso Kaede?

-Você verá, só não diga onde está o fragmento para ela, sim? Quero confirmar uma coisa. Entre Kagome!

Desconfiada ela entrou, olhando ao redor, não entendia mais nada.

-Tente encontrar o fragmento do lugar em que você está. Sinta-o.

-Mas como?

-Só sinta.

Kagome fecha os olhos concentrando-se em seu alvo, porém não via nada, tudo era um misto de presenças, até que...:

-Não consigo sentir... Mas espere... Algo bilha...

"Sinto um calor... Eu consigo senti-lo...".

Ela era guiada por um forte instinto que brotava dentro dela, caminhando com passos seguros até a prateleira encontrou o ponto exato onde aquele pedaço precioso da jóia se encontrava, abriu os olhos e o devolveu para o pescoço.

-Achei Kaede-san... –Falou com um sorriso orgulhoso em seus lábios.

-Ótimo Kagome! Agora será mais fácil encontrar os fragmentos... Você pode senti-los... E irá descobrir mais sobre sua capacidade durante a viajem...

-Viajem?

-Sim, vocês partirão o mais breve possível para a missão.

-Partiremos hoje às dez horas. –Exclamou o hanyou.

-Certo... Agora podem começar os preparativos...

-K-Kaede-san, eu...

A experiente sacerdotisa olhou nos olhos de sua aluna e com um gesto mandou Inu-Yasha sair.

-O que quer, querida?

-Quando eu senti o fragmento eu... Eu senti a aura de minha mãe o envolvendo... Senti como se ela estivesse perto de mim... –Falou com sorrindo tristemente enquanto engolia o choro.

-Ela sempre estará em seu coração.

-Eu sei, mas... –Suspirou antes de continuar –Eu gostaria de falar com ela... Sei bem que posso não voltar, queria olha-la antes de ir, me entende?

Kaede olhou tristemente para a sua criança, era verdade, ela sempre teve no fundo de seu coração uma carência enorme pela mãe. Isso era camuflado por sua aura na jóia que sempre ficava com a garota, porém, tira-la uma vez Kagome teve consciência de sua saudade. Apesar de sacerdotisa e ter uma personalidade extremamente forte era uma garota muito doce, quando se apaixonasse por alguém iria ama-lo com todas suas forças.

-Você não pode agora Kagome... Antes disso tem que descobrir a origem de sua força.

-O que?

-Para viajar entre o espaço é preciso ter consciência de sua força, porém, para isso é preciso saber de onde ela vem.

-Mas Kaede-san...

A senhora pousou sua mão sobre o ombro da garota e disse:

-Nunca desista Kagome, pois você tem o mais importante, existe algo aqui –Falou apontando para a cabeça –E principalmente, algo aqui -Disse mostrando o coração –A combinação desses dois é essencial, porém temos que aprender quando ouvir a voz do raciocínio ou do coração, por isso é preciso saber sua força, ter confiança nela, assim irá tomar as decisões certas. Eu confio em você.

Conseguiu absorver as palavras de sua tutora e com um gesto concordou.

-Acho que é melhor começar os preparativos, não? Já vou indo... Mas Kaede-san, ainda não desisti de saber de minha mãe. –E saiu do aposento.

-Essa garota tem um grande defeito... Essa curiosidade ainda vai causar problemas...

-Mas também benefícios Kaede-san... –Disse um vulto sentado na janela –Por que não contou sobre a mãe dela? Assim ela não repetirá o mesmo erro –Falou com um misto de ironia e tristeza em sua voz.

-Você voltou... –Suspirou –Aprenda uma coisa: Quando colocamos a palavra não numa frase, na maioria dos casos, a pessoa deleta o "não", assim que fazem o oposto do que pedimos, principalmente com pessoas curiosas.

-Realmente... A garota é bem filha da Kistsune. Só espero que essa ligue mais para própria felicidade do que para o seu dever.

-Se eu fosse você desejaria que ela desfrutasse da felicidade junto ao dever.

-Não. O dever nos prende a certa coisa. Não podemos ser realmente felizes quando estamos presos e dependentes de algo.

***

Seus olhos eram negros e seu sorriso belo, mas era com esse sorriso que manipulava quase todos ao seu redor, não se sabia o que pensava ou desejava, um sujeito traiçoeiro e mesquinho, que mostrava lealdade somente ao seu mestre; Naraku-sama.

Tinha um irmão, Kuru, tinha simplesmente respeito pelo "irmãozinho", no físico se não fosse pelos olhos poderia-se falar que eram idênticos, porém se os julgassem por sua personalidade diriam que eram pessoas opostas.

Kuru, cujo nome significa sofrimento, um youkai que hipnotizava as pessoas, fazendo-as sair de seu estado normal. Era a isso que devia seu jeito era galanteador, assim que hipnotizava ou atraia fêmeas de diversas espécies; humanas, youkais, hanyous... Era carismático, extrovertido e aventureiro, porém cruel. A falta de piedade, compaixão e amor era o que fazia violentar e divertir-se com mocinhas não importando as conseqüências. Elas podiam estar grávidas, doentes, feridas, desamparadas que ele já estava longe depois de uma semana do divertimento, no máximo.

Apesar dos dois irmãos terem sangue frio, o mais velho, Isamachii (significado: valente), pensava mais antes de realizar algum plano ou idéia, era o braço direito de Naraku por sua mente brilhante. Ao contrario do irmão ele não conduzia as pessoas fora de seu estado normal para faze-las realizar algo; Ele manipulava deixando-as consciente, como ele próprio dizia: "Só induzo-as, elas deixam eu entrar em suas mentes", com seu belo sorriso e aparente bondade.

Era perigoso, não demonstrava sentimentos e podia usar a vida de qualquer um, menos de seu mestre, para conseguir o que queria.

-Isamachii?

Estava sentado na beira de um lago tranqüilamente, até que foi despertado:

-Sim Kuru?

-A adaga já está pronta?

-Acalme-se... Ainda temos muito a fazer...

-Hump! Você não é o "Todo-podero-senhor-brilhante-Isamachii"?

-Inveja não é um sentimento para cultivar agora... Precisamos de paz entre nós para concluir o plano.

-Por que eu teria inveja de você, um guardião corrompido?

Ele não respondeu, começou a caminhar dentro do lago até a água ficar na altura de seus joelhos.

-Posso ser corrompido, mas ainda uso minha relíquia graças a minha fonte de energia... Falando nisso... Minha cobaia já está definhando... Quase não tem mais energia branca para me alimentar. Você podia arrumar uma para mim, já que tenho que cuidar da espada sagrada oni.

-Essa até que durou bastante...

-Sabe como são as jovens... Puras, cheias de sonhos para uma vida inteira. –Sorriu –Quando Naraku-sama autorizar eu quero usar a energia daquela miko... Mas primeiro temos que nos livrar da parte ruim.

-Qual?

-A sacerdotisa rancorosa que vive dentro dela.

***

10:00 p.m

-Kagome-sama já está pronta?

-Claro... Já estou descendo. –Falou colocando uma trouxa de roupas nos ombros

Neste momento teve consciência do que iria fazer e sentiu medo. Um medo que a fazia pensar o porquê de estar fazendo aquilo.

**Flashback**

-Não quero mais treinar! –Gemeu Kagome com seus onze anos –Eu odeio tudo isso daqui! Quero voltar para casa Kaede-sensei!

A senhora suspirou e pousou suas mãos nos ombros da menina tentando sorrir e disse suavemente:

-Preste atenção Kagome; Você sabe que os ideogramas de "Fugir" e "enfrentar" diferem apenas no radical e assumem significados opostos. Se você continuar pensando que isso é impossível nunca irá vencer, e você se tornará covarde, para isso não acontecer você tem de enfrentar.

**Fim do flashback**

"Vou enfrentar... Dessa vez eu vou enfrentar".

E continuou com passos determinados até o salão, quando chegou lá viu todos esperando, até mesmo Houjou.

-Boa sorte Kagome. –Disse Kaede –E lembre-se de tudo que eu te disse todos esses anos.

-Vou tentar...

-Kagome-san! Por favor, volte em segurança! –Suplicou Houjou.

Deu um meio sorriso assentindo com a cabeça.

-Kagome-chan! Antes de ir queria pedir algo para você antes de ir... –Falou a senhora das terras segurando as mãos da jovem.

Tomando coragem pegou uma corrente prateada com um pingente verde como uma esmeralda.

-Proteja-o, por favor. Proteja meu Inu-Yasha contra ele próprio. Guarde essa pedra até que meu filho a mereça, por favor, não ligue muito para o que ele fala... Só o ajude.

-Senhora, por que tudo isso? Eu vou...

-Em todos esses anos eu só assisti tudo impotente. As brigas, as guerras, os conflitos, as doenças... –Seus olhos enchiam-se de lágrimas -Eu só ficava sentada olhando com um olhar penoso, porém agora eu posso fazer alguma coisa por Inu-Yasha.

-A senhora sempre fez...

-Pode estar certa, mas... Estaremos esperando a volta de vocês dois! E é claro; terá uma grande festa! –Sorriu –Até logo!

-Até logo! –Respondeu sentindo-se melhor e correu para junto de Inu-Yasha, que a esperava na porta do jardim, segurando pelas rédeas dois pelos cavalos.

-Demorou, hein garota?

Ela não respondeu, somente montou em seu garanhão negro pensativa.

-Inu-Yasha... Lembre-se;

-O que? –Falou irritado.

-Você não está sozinho –Sorriu enquanto começava a galopar, e abobado, Inu-Yasha seguiu-a.

Continua...

Oi! Gomennnn;..... Demorou, i know, mas essa é uma das únicas vezes que eu tenho uma boa desculpa (ou seria a única vez???) a porcaria do vírus que veio no meu pc apagou a maioria dos meus dados... Eu perdi um monte de projetos, fanfics começadas (minha história de RK... ;____;) e eu quase (???) enfartei, mas eu tinha postado um poko desse cap no blog... e o cap 9 q jah tava pela metade eu tb vou ter de reescrever, e desculpem se demorar, mas é mto cansativo escrever duas vezes a mesma coisa.

Deixem seus reviews, comentários, por favor!!! Assim eu escrevo mais rápido! Bom, obrigada a todos que me mandaram comensts e à Shinigami por me ajudar a e desbloquear na parte que a Kagome localiza a jóia... E obrigada por ouvir meus desabafos tb! ^___^ mtooo obrigada!!!

Bom, até a próxima ^.~

Bjs, Kiki-chan

Os: esse cap naum foi revisado mto bem..... então me perdoem! E comentários!! Eu tb adoro e-mails XDDD (juli_evans@hotmail.com) dessa vez juro por minha fic q respondo XDDD

Ja ne