Cap 11- Lágrimas similares

Só para esclarecer:

-Fala

"Pensamento"

"Voz misteriosa"

Texto todo assim = sonho

-Não! –Ela disse com as lágrimas correndo livremente em sua face.

Porém a postura da outra era firme, não permitiria que mais nada ocorresse de errado, se não fosse do jeito dela tudo daria errado.

-Sinto muito... Mas a decisão do conselho é uma só e a palavra final não irá mudar.

-A decisão do conselho não! A sua decisão! Pensa que eu não sei?!

Kaede suspirou olhando a moça à sua frente, seu cabelo negro e longo caia-lhe pelas costas. Seus olhos azulados refletiam toda a dor e angustia que sentia, mas o futuro era mais importante que uma paixão fútil. Então balançou a cabeça negativamente enquanto se afastava.

-Você não pode! –Ela gritou novamente –Eu o amo! E nada vai mudar isso Kaede-san! Vocês estão acabando com minha vida.

-Kistsune me escute... Você não pode ficar com ele... Não estou acabando com sua vida e sim a ajudando, se você me desobedecer ele morrerá nas mãos de Naraku.

-Mentirosa... –Ela murmurou enquanto limpava os olhos.

-Se você seguir a maldição correrá com o seu curso normal e o herdeiro irá morrer, coisa que sabe. Esqueça-o.

Kistsune estremeceu abaixando a cabeça, teria que esquece-lo... Não poderia ficar com a pessoa que mais amava naquele mundo, por que tudo era tão injusto com ela? Por que não poderia passar o resto dos dias ao lado dele? Maldito dia que tinha se apaixonado por ele, agora estava num caminho sem volta com o sentimento em seu peito mais vivo do que nunca, aquele sentimento que ardia como fogo estava condenado ao esquecimento. O seu coração doía como se estivesse sendo pisado, o seu sofrimento transbordava em lágrimas que tingiam seus olhos de vermelho tirando toda a alegria e vida que neles existiam.

-O ritual de Beltane é amanhã... Pedirei para que ajudem você a se arrumar.

Beltane... O ritual do verão, em que uma sacerdotisa e um sacerdote se uniam em nome da terra e do sol, do deus e da deusa... E geravam um filho, fruto da união sagrada.

Saiu correndo da cabana em direção ao lago, o final de tarde trazia doces cores para embelezar o céu daquele dia. As nuvens refletiam o dourado do sol formando outros tons como o rosa e o violeta que se encaixavam perfeitamente ao fundo laranja e azulado, podia ver os pássaros voando para seus ninhos cantando belamente como se quisessem anunciar o fim do dia. Ajoelhou-se em frente ao lago olhando o seu reflexo na água, sua expressão era triste e melancólica, tocando a água com a ponta dos dedos sorriu.

-Coragem...

***

Acordou num supetão, estava tremula e assustada, olhou ao redor procurando alguma fonte de luz, porém tudo estava escuro só tendo como o brilho prateado da lua. Estavam num estábulo abandonado, era confortável apesar da umidade, mas o que a incomodava não era as condições do lugar e sim o clima péssimo que estava presente entre ela e Inu-Yasha que insistia em trocar poucas palavras e virar a cara. Suspirou enquanto sentava na grama em frente ao abrigo, não queria magoa-lo... Mas por que pensava nisso? Eles não tinham nenhum tipo de relacionamento ao não ser o de coleguismo.

"Mentira..." Pensou enquanto desembaraçava o seu cabelo com os dedos.

Tentou desviar-se desse pensamento e começou a pensar no estranho sonha que havia tido... Kistsune... Aquele era o nome de sua mãe, mais uma vez tinha sonhado com ela. Ela tinha o mesmo semblante triste, estava começando a encaixar as peças... Sua mãe havia gostado muito de alguém, porém esse amor era proibido, uma história triste, porém verdadeira. Fitou mais uma vez o céu estrelado pensando na mãe, como queria abrigar-se naqueles braços novamente... Mas não podia fazer isso ainda, primeiro tinha que terminar a sua missão.

Viu os primeiros raios de sol tingirem discretamente o céu e sorriu fechando os olhos para sentir a brisa da manhã, tão doce e aconchegante como braços protetores, inspirada pelo ambiente tranqüilo girou os calcanhares e caiu sentada no chão.

Respirou profundamente enquanto deitava-se repousando suas mãos no peito, então fechou os olhos enquanto a brisa a concedia uma doce caricia. Girou deixando que suas costas usufruíssem a sensação tão gostosa, apoiou sua cabeça nas mãos observando as plantas se moverem num ritmo harmonioso e delicado como devia ser...

Levantou para olhar se o seu companheiro já tinha acordado... Perfeito! Ele estava dormindo profundamente, olhou para as suas vestes e teve uma pequena idéia... Há quanto tempo não tomava um bom banho? Agora ninguém a incomodaria... Poderia tomar banho em paz e sem interrupções, entrou devagar no estábulo para pegar uma troca de roupa, então rapidamente correu até o riacho que ficava a apenas uns trezentos metros do lugar onde estavam.

Andou rapidamente chegando logo no riacho, deixou a troca de roupa na margem enquanto colocava um de seus pés na água.

-Brrr... Está gelada!

A água estava gelada, mas do que poderia reclamar? Era isso ou nada, então não tardou a se despir. Arrepiava-se a sentir o contato da brisa com sua pele nua, porém continuou, então entrou na água mordendo o lábio inferior, então tomou coragem e nadou para a parte um pouco mais funda para poder banhar-se direito.

Mergulhou a cabeça na água não tardando a limpa-la, esfregava o couro cabeludo com um pouco de violência e mergulhou a água mais uma vez. Foi até a margem pegando algumas ervas perfumadas para o seu banho, as passou pelo corpo na parte rasa voltando a ir para o fundo para se enxaguar. Depois de se acostumar com a água não parecia mais tão gelada, então conseguiu nadar um pouco, coisa que sentia falta.

Mergulhou a cabeça na água, a correnteza não era forte naquele lugar, conseguia nadar com tranqüilidade. Virou de barriga para cima boiando nas águas claras sentindo o arrepio do contado do sol nascente em sua pele molhada, porém era gostosa aquela sensação... Finalmente estava conseguindo relaxar os músculos tensos e a mente conturbada... Deixou escapar um esboço de sorriso quando se sentiu mais leve. Era para ser assim sempre, porém os fatos não deixavam a tranqüilidade reinar.

Fechou os olhos voltando para a terra firme, estava acompanhada então não poderia se atrasar muito, Inu-Yasha já estava... Chateado? Sim, estava magoado com ela... Não sabia muito bem o motivo, mas o que seria? Pelo que sabia homens não tinham regras, por que haveria uma súbita mudança de humor?

Sentou em uma roxa deixando que o sol a secasse um pouco como fazia quando cuidava daquele pequeno vilarejo e quando estava em treinamento e reunia-se com as outras garotas para tomarem banho.

Lembrar-se de onde foi criada fez o sonho voltar a sua memória, sua mãe estava tão triste... Tão abalada, será que era assim tão doloroso esquecer a pessoa que ama? Não sabia, pois nunca tinha passado por aquela situação, o máximo de amor por um homem que já havia sentido anteriormente era uma queda por um druida em treinamento quando mais nova... Nada significante o esqueceu em uma ou duas semanas sem lágrimas derramadas nem sofrimento.

Balançou a cabeça afastando aqueles pensamentos tristes e foi se vestir. Rapidamente colocou as roupas limpas e sorriu satisfeita, há quanto tempo não vestia uma roupa realmente limpa? Até tinha esquecido o quão agradável era a sensação de limpeza.

Pegou a roupa suja e a mergulhou na água esfregando-a numa pedra adicionando algumas ervas para deixar a roupa cheirosa, depois de algum tempo esfregando a mergulhou na água a tirando mais uma vez, estava quase totalmente limpa, pelo menos a maior parte da sujeira havia saído.

Então deu a volta e começou a andar para o estábulo, onde Inu-Yasha a esperava, mas ele ainda dormia tranqüilamente só acordando com o barulho que ela fez ao abrir a porta.

-Hum... –Ele murmurou enquanto abria os olhos –Kagome? –Falou esfregando os olhos quando viu que ela o fitava.

Inu-Yasha balançou a cabeça e olhou pela janela soltando uma exclamação.

-O dia acabou de nascer. –Ele bocejou –Por que acordou tão cedo...?

Ela deu os ombros enquanto começava a arrumar suas coisas e ouviu Inu-Yasha deitando mais uma vez.

-Acho que vou dormir mais um pouco... –Resmungou.

-Não senhor! –Ela disse pegando suas coisas –É melhor irmos logo... Não quero ficar muito tempo aqui.

-Bah... Me deixe dormir... –Falou enquanto virava-se.

Kagome franziu uma das sobrancelhas, mas riu:

-Inu-Yasha sabia que você parece uma criancinha desse jeito?

-Baka... –Ele Grunhiu, ela só queria irrita-lo –Eu ainda não esqueci daquele beijo... Você e aquele-

Não conseguiu continuar, pois ela tinha jogado as suas coisas nele.

-O QUE DEU EM VOCÊ?!

-Eu não o beijei baka!

-Ah claro... Ele que beijou você, eu tinha me esquecido desse detalhe tão importante.

-Por que você insiste tanto nesse assunto? –Ela perguntou em tom de desafio.

Inu-Yasha arregalou os olhos corando até as orelhas, abaixou a cabeça e olhou para o outro lado fitando a parede.

-Eu não me importo!

Ia virar-se novamente para começar uma intriga, porém quando se virou ela já estava ao seu lado o que fez ele pular para trás assustado enquanto ficava mais vermelho, agora ele se assimilava a uma cereja.

Kagome caiu na risada ao ver a expressão dele.

-Sua baka... Como ousa fazer isso comigo? Assassina...

-É que... –Começou a rir novamente, mas então respirou profundamente continuou –Você fica tão engraçado...

Ela estava deitada no chão rolando de rir enquanto ele só a observava confuso.

-Você não está parecendo uma sacerdotisa... Onde está a postura?

-Eu não estou ativa agora... Não preciso estar com postura o tempo todo... Afinal ainda não terminei meus estudos completamente.

-Por que?

Ela estremeceu e somente sorriu sem graça, então pegou as suas coisas e as arrumou rapidamente.

-Você não respondeu minha pergunta.

-A-acho melhor você começar a se aprontar também.

-Kagome, não fuja do assunto!

Ela suspirou enquanto olhava para o céu, então abaixou os olhos e sentou-se novamente ao lado dele e começou a falar:

-Quando as sacerdotisas já passaram da infância para a maturidade elas são preparadas durante dois anos e meio e podem escolher dois caminhos, continuar a estudar sobre os mistérios ou fazer o voto de silêncio para se recolher ao santuário... Mas depois que uma sacerdotisa faz isso ela tem que fazer os votos de castidade perpétuos e eu não decidi quais dos caminhos seguir...

-Ah... –Ele murmurou constrangido.

-E... –Ela continuou –Eu sempre sonhei em ter uma criança. –Falou corando –Mas... Vamos indo? Chega de nostalgia...

Ele assentiu sorrindo, mesmo não sabendo direito o porquê tinha feito aquilo, mas foi a única reação que passou por sua cabeça.

***

-Que calor! –Kagome exclamou enquanto andava pela sombra.

-Bah... Você só reclama.

-Se você não estiver com calor eu irei te dar uma medalha pela sua resistência...

Inu-Yasha não podia negar que estava muito quente, apesar de estar fritando continuava, porém era muito penoso continuar embaixo daquele sol escaldante a mais de três horas seguidas, a garota fraquejava algumas vezes, mas ele a incentivava a continuar, quanto mais tempo ficassem parados mais tempo ficariam expostos ao calor.

-Me de a água Inu-Yasha...

-Iie! Você está acabando com a água!

-Eu disse para me dar a água! –Falou furiosa enquanto limpava o suor da sua fronte –Me de a garrafa! Não é justo você controlar a água... Por que eu não posso?!

-É simples... Você vai acabar com a água...

-Baka... –Resmungou enquanto caia sentada em uma árvore.

-Ei garota, não pare agora!

-Não ando mais um centímetro hanyou.

-Baka... –Ele suspirou enquanto revirava os olhos.

Olhou para o rosto cansado dela, poderia até sentir pena se o calor não tivesse o afetado também, era incrível como quando ficamos expostos ao sol nosso humor muda tão drasticamente. Ela estava tão bem disposta naquela manhã e agora estava mais ranzinza que uma velha.

Suspirou enquanto a pegou colocando-a em suas costas, naquele ritmo iriam ficar mais tempo no sol, coisa que ele realmente odiaria fazer, não gostava de passar calor já que no reino de Tai o verão não era dos mais quentes, então não estava acostumado com aquela temperatura apesar de que para o seu padrão estava controlando-se muito bem.

-DAME! O que você pensa que está fazendo?!

-A carregando... Já que parece tão difícil faze-la andar como uma pessoa comum.

-Me solta!

-Se eu fizer isso você vai parar de andar.

-Mas... Droga... Eu não gosto de viajar assim.

-E eu adoro carrega-la nas minhas costas... –Falou ironicamente.

Ela não disse mais nada, somente repousou sua cabeça nas costas dele aproveitando o vendo que batia neles os privando de um pouco do calor que havia lá. Tudo parecia tão quieto e distante, Kagome não percebeu quando adormeceu docemente nos ombros de Inu-Yasha.

***

Os tambores tocavam fervorosamente enquanto ela podia ver a luz do fogo através do linho fino, podia ver a harmonia com qual os dançarinos da cerimônia invocavam o poder, pois a cada passo deles as chamas aumentavam.

Ela havia sido purificada e jejuado por todo o dia enquanto era vigiada por outras sacerdotisas, agora trajava vestes verdes igual suas "companheiras", porém só ela usava a coroa de pilriteiro.

O nervosismo crescia a cada instante, dentro de pouco começariam o ritual, coisa que menos queria... Por que tinha que ser assim? Tremia levemente o medo era enorme, estava fazendo aquilo contra a sua vontade... Em pensar que se uniria com outra pessoa pelos seus votos e não com quem amava era horrível, podia ver o rosto dele sorridente... Ele só sorria para ela, os dois eram jovens e sadios cheios de esperança e amor, porém era esse amor que seria destruído em poucas horas.

Claro que nunca deixaria de ama-lo, porém sabia o que iria acontecer depois dali, ficaria grávida de um sacerdote que provavelmente nunca mais veria e sairia da ilha para criar a criança, isso não seria tão ruim, já que ali o clima era muito tenso e a maioria dos rostos eram carrancudos e fechados, mas iria para longe, bem longe dele... Isso também seria bom, mas não ter o consolo de ver o rosto dele e saber que ele estava bem era uma tortura... Porém se ficasse sem poder senti-lo e vê-lo todos os dias seria pior que a morte, pelo menos a morte era mais bondosa e poderia acabar com o seu sofrimento e com as lembranças que a acompanhariam pelo resto de sua vida e por mais que odiasse aquela criança que viria a nascer seu subconsciente sabia que ela seria o seu mais precioso tesouro e a única coisa que faria continuar...

Porém a criança também seria tirada de seus braços quando fosse se submeter ao treinamento para se tornar uma sacerdotisa, não era justo! No final da história não ficaria com nada... Iria ser sozinha para o resto de sua vida, que fim horrível... Morrer só.

Todos os seus músculos ficaram tensos aa perceber que melodia dos tambores começava a mudar... O sacerdote estava vindo seguido por outros com vestes brancas, porém a dele tinha um tom dourado mais forte e na sua cabeça havia uma coroa de ouro como a de um imperador. Estava nervosa e não conseguia ouvir os gritos de saudação dos outros.

Os tambores pararam dando lugar às harpas e sinos, então caminhou com suas companheiras lhe jogando flores por onde passava até que seguiu sozinha o encontrando, então sentaram-se em uma mesa preparada para os dois, Kistsune teve vontade de chorar enquanto falava o ritual de oferenda e bebia a água que ele oferecia, sentia-se destroçada.

***

-Kagome... –Chamou uma voz distante.

Ela acordou lentamente e então viu a feição preocupada do companheiro.

-O que foi?

-Você está chorando...

Levou uma das mãos à sua face e então sentiu as lágrimas pelo seu rosto. Suspirou enquanto o limpava, era um sonho com sua mãe novamente... Beltane... Fechou os olhos rapidamente afastando aquele pensamento frustrante e dolorido.

-Você está bem?

-Claro... –Falou enquanto punha-se de pé.

Entraram na cidade em silêncio, aquela era maior que a anterior, muito maior, mas parecia que todos que lá habitavam estavam ocupados com alguma coisa, pois sempre passavam homens com toras de madeira ou com carrinhos cheio de pedra.

Andaram mais um pouco para notar que boa parte do comércio também estava fechado, só algumas barracas maiores estavam funcionando, mas a fisionomia de quem trabalhava lá não era contente. Apesar de ter bastante gente aquele centro parecia totalmente dedicado a uma atividade só.

-Acho que não chegamos numa hora apropriada... –Falou Inu-Yasha desanimado e morto de fome.

Kagome somente suspirou desanimada, não teve tempo para reclamar afinal tudo aconteceu muito rápido.

Aquela moça se dependurava por uma tábua parecia que iria cair, porém isso não aconteceu porque Inu-Yasha a salvou.

A moça estava tremula de choque, quase cair de uma altura de vinte metros não era muito agradável, formava-se uma rodinha na volta deles para observar a curiosa situação. A moça tinha o cabelo ondulado negro e comprido. Devagar abria os olhos apesar de sua visão estar embaçada conseguia distinguir algumas formas, entre elas estava homem que a salvara.

-Você está bem? –Perguntou o hanyou.

Arregalou os olhos negros ao ver seu salvador, porém sorriu timidamente.

-Você está bem?

A cena a seguir não foi muito agradável para Kagome, a moça havia enlouquecido de certo, pois abraçou a cintura de Inu-Yasha chorando histericamente em seus braços.

-Obrigada... Obrigada...

A jovem estremeceu fechando os olhos para assimilar a situação, quem ela era para agarrar os outros de uma hora para outra? Abriu seus olhos novamente encontrando um Inu-Yasha muito constrangido e a moça com suas mãos entre as suas agradecendo o ato dele.

-Sou Minako, serei eternamente grata à você!

Não podia entender como ela podia reverenciar tanto o hanyou, sentia raiva dela, o que seria esse estranho sentimento...? Ciúmes? Não poderia ser, afinal não se importava com ele, mas aquela moça o abraçando fez um ódio surgir do nada.

-Claro... –Ela interviu a afastando com um sorriso falso –Será eternamente grata a ele, mas agora poderia nos informar onde estamos?

-Ah! –Ela exclamou satisfeita –Esta na primeira cidade nos domínios do Lorde Yanokawa... Vão ficar para a festa?!

-Festa? –Perguntou Inu-Yasha desanimando.

-Sim... É o festival em homenagem aos espíritos do fogo...

-Certo, mas...

-Para expressar minha gratidão eu irei abriga-los hospedaria... E temos um ótimo lugar para banhos!

-Que ótimo, mas nós... –Falou Kagome não gostando, na verdade odiando o rumo que a conversa estava tomando.

-Oh não! Faço questão que fiquem... Principalmente... –Adicionou olhando sedutoramente para Inu-Yasha –Para demonstrar minha gratidão ao meu salvador.

Kagome tremeu de raiva quando viu ela pegando braço dele para si e Inu-Yasha não fazia nada! Estava constrangido demais para agir... Tinha vontade de avançar nela e tira-la dali, porém sua diplomacia impediu.

"Isso não está acontecendo..." Pensou enquanto via-a jogando todo o se charme para ela, mas o que estava acontecendo? Eles haviam acabado de se conhecer, isso não tinha lógica. Além do mais apesar de Inu-Yasha ser um príncipe o rosto dele não era muito conhecido, já que não gostava que o divulgassem então provavelmente não tinha o reconhecido.

O local que ela indicava não ficava tão longe afinal, era uma construção grande e bonita, provavelmente aquela tal de Minako era uma moça bem rica para ser herdeira de tudo aquilo. Entraram sem cerimônia já que ela literalmente puxava Inu-Yasha para dentro.

Kagome nunca poderia imaginar o que isso causaria em seu espírito e o quanto abalaria seu coração.

***

"Pelo menos as termas não estão tão ruins..." Riu Kagome.

A água quente a acalmava, mesmo com aquele era calor era delicioso ficar lá, finalmente um momento de paz... O vapor era tão relaxante e o silêncio tão aconchegante...

Tudo estava acontecendo tão rápido... Aquela garota... Era uma idiota e vagabunda para não dizer outros "elogios" em relação a ela. Mas fechou os olhos deixando as preocupações irem para bem longe com o fim de parar de se atormentar, agora era um momento só para ela, sem lembranças tristes ou acontecimentos irritantes.

Porém o seu momento de reflexão foi interrompido por Minako que entrava alegremente no banho.

A moça sorriu amavelmente acenando e foi sentar-se ao seu lado na piscina mais afastada, então fitou a garota e perguntou:

-Você parece irritada Kagome-san... O que foi?

Como ela era estúpida... Perguntar por algo óbvio como aquilo.

-Nada.

-Está bem –Disse dando os ombros –Ei... O que há entre você e o Inu-Yasha-san?

Aquele pergunta havia pegado-a de surpresa, sua primeira reação foi arregalar os olhos e corar violentamente, depois respirou fundo e com um semblante ligeiramente irritado fechou os olhos e responde secamente:

-Por que quer saber?

-Bom... Você é uma miko, os seus trajes te denunciam! –Sorriu –E é estranha uma miko andar com um homem... A não ser que você tenha desobedecido a seus votos e estiverem fugindo juntos mesmo que você pareça a irmãzinha mais nova de Inu-Yasha-san.

"Irmãzinha?!" Pensou indignada.

-Eu não tenho esse tipo de relacionamento com ele.

-Mesmo?! –Então o seu olhar mudou –É mesmo... Ele iria preferir uma mulher de verdade a você... E claro... Tem alguns votos de castidade, não é mesmo? Então poderia oferecer para ele mais do que mãos dadas e beijinhos tímidos.

Arregalou os olhos enquanto ela falava, o seu coração doía a cada palavra... A vagabunda estava tentando humilha-la.

-O-Oque está fazendo? –Perguntou Kagome ao ver que ela ia abrir uma fresta na parede.

-Ora... Não é óbvio? Vou espia-lo um pouquinho...

O coração dela batia muito mais rápido, sentia que seu peito iria explodir e tinha a ligeira impressão que parecia uma cereja.

-NÃO!

-Hã?

-Você não pode!

-Por que não poderia? –Riu.

-Não! Você não pode espia-lo! –Disse enquanto agarrava o cabelo dela.

-AI! Sua vadia! –Rosnou enquanto caia sentada na banheira.

Kagome estava em pé bufando, vadia era ela. Como ela podia querer espiar o Inu-Yasha?! Seu sangue fervilhava e seu rosto refletia sua cólera.

-Vadia é você... –Falou nervosamente.

Minako levantou-se e jogou Kagome nas banheiras mais profundas, porém a miko dominada pela sua fúria correu até ela arranhando o seu braço enquanto a jogava na banheira, mas a outra a pegou pelo braço chutando sua coxa direita. Kagome rolou e avançou nela puxando firmemente uma mexa de cabelo dela fazendo-a soltar um grito agudo demonstrando dor e então deu um soco naquela nojenta face morena a fazendo gritar mais uma vez.

-Garota... –Ela murmurou limpando o sangue de seus lábios.

Então Minako empurrou a jovem fazendo com que ela batesse as costas na porta de madeira.

O estrondo assustou fazendo com que a porta abrisse de repente e um Inu-Yasha preocupado aparecesse na porta já vestido para ver o que acontecia.

-Mas o que... Kagome?! –Falou arregalando os olhos enquanto via a garota nua no chão em frente à ele aparentemente desacordada.

Kagome abriu os olhos rapidamente levando um susto ao vê-lo ali e corou ao ver que olhava o seu corpo.

-H-Hentai! –Ela gritou espantando-o do banheiro.

O Hanyou não demorou a sair de lá rapidamente, pelo que podia ler no rosto da garota que estava muito irritada.

Caminhou para o quarto que Minako havia cedido a eles... Mas o que acontecia com Kagome? Ela andava irritada desde que chegou à cidade.

Entrou no quarto encontrando um quimono que era usado em festas... Revirou os olhos o pegando, aquela moça queria mesmo que eles fossem à festa, na cama da miko também havia outro quimono, então estremeceu ao pensar que talvez ela o obrigasse a ir, não que tivesse medo dela, mas sentia que algo mudava dentro dele em relação a ela, não sabia direito o que era ainda... Porém tinha um mau pressentimento sobre aquilo que sentiam.

Jogou-se na cama deixando os fios prateados de seu cabelo espalharem-se pelo travesseiro enquanto fechava os olhos para relaxar um pouco. O dia já ia acabando, mas o calor continuava, não tinha jeito. Estavam em uma região perto do litoral, então o clima tinha tendência a esquentar, suspirou enquanto virava-se na cama muita coisa estava mudando, mas queria saber como estariam as coisas lá no palácio... Mesmo sempre reclamando da sua vida lá sentia saudades de quando suas únicas obrigações eram verificar se os funcionários estavam trabalhando por onde passava, aprender a escrita em várias formas, estratégia militar e fazer companhia a seus parentes.

Um estrondo interrompeu sua linha de pensamento, era Kagome entrando com um quimono branco pisando firme no chão.

Ela passou reto por ele indo pegar o quimono de festa e se trancou no cômodo para trocar-se de roupa voltando vestindo um lindo quimono púrpura com damas-da-noite brancas bordadas por todo o tecido. Ela prendeu seu cabelo em um coque alto com algumas mexas caindo por seu rosto. A visão era divina, as vestes e o cabelo faziam contraste contra a pele branca e os lábios rosados da garota.

-Vai ficar ai parado?! Vamos para o festival... Já está anoitecendo.

-Você está estranha...

-Hump! Não é nada...

-Por que você estava caída lá nas banheiras?

Ela curou furiosamente enquanto ia a direção a porta:

-N-Nã... –Respirou fundo –Não tem importância.

-Tem certeza? –Falou ele enquanto aproximava-se dela a fitando com aqueles olhos dourados magníficos.

-C-Claro... –Respondeu hipnotizada por aquele olhar e sorriu –Eu estou bem...

"Agora que estou com você está tudo bem..." Pensou.

***

O som dos tambores estava começando a tomar conta do ambiente, aquele som que fazia seu sangue ferver aumentava a cada instante, por incrível que pareça "ela" não tinha aparecido ainda, então estava tudo bem... Respirou aliviada ao ver que Inu-Yasha estava ao seu lado admirando a fogueira, o reflexo dourado das chamas o coloriam fazendo-o ficar mais belo, era tão bonito vê-lo junto das chamas... Sentiu que já havia passado por aquela situação apesar de não se lembrar. Não pode deixar de sorrir ao fitá-lo, um sentimento quente começou a brotar em seu peito, era tão bom... Tão certo sentir isso.

A festa estava animada, os tambores rugiam com todo o fervor contagiando a todos que dançavam em volta da fogueira, suas chamas eram tão vivas e quentes que podia sentir o calor de onde estava sentada, Inu-Yasha estava ao seu lado olhando com certo fascínio para toda aquela alegria exuberante. Os olhos dele adquiriam um tom mais profundo com o reflexo do fogo, será que ele nunca tinha visto um festival como aquele? Sorriu discretamente enquanto o observava fascinado, parecia uma criança com a expressão inocente e com uma curiosidade para desvendar os mistérios do mundo.

Os tambores rugiam cada vez mais rápido fazendo todos dançarem mais animadamente, os risos ecoavam por todo o lugar, trazendo o fervor e a animação para cada milímetro do festival. As cores se misturavam ao laranja do fogo e suas fagulhas douradas.

Porém a paz não durou tanto tempo, Kagome podia reconhece-la de longe, o jeito de andar e o sorriso falso desenhado nos lábios eram sua marca registrada. Ela vinha correndo com os olhos negros brilhando e o cabelo ondulado movendo-se graciosamente contra o vendo.

-Ei Inu-Yasha! –Ela riu –Venha!

O hanyou a olhou temeroso, ela erguia a sua mão para ele alegremente, porém este estava inseguro, somente levantou quando Minako o puxou pelo pulso.

-Venha... Vai ser divertido! -Falou o conduzindo para onde todos dançavam animadamente.

Ela olhou para ele sorrindo então começou a mover os pés graciosamente enquanto seus ombros de moviam delicadamente.

-Tente! –Ela exclamou enquanto pegava nas suas duas mãos.

Minako começou a executar os passos mais lentamente com intuito de mostrar para ele como é que se fazia. Seus pés dançavam devagar, porém eram do mesmo jeito harmoniosos mesmo que não estivessem dançando no ritmo dos tambores.

-Eu... Eu não quero.

-Bobagem! Me acompanhe.

Ele fitou seus olhos negros e brilhantes, algo o movia a fazer aquilo, começou a imitar os movimentos dela no começo um pouco desajeitado e muito inseguro, mas logo pegou o jeito, os tambores e a intensidade das chamas eram o que o moviam parecia uma espécie de encanto, porém sentia que já havia passado por uma situação semelhante àquela. Então tomado pelo momento começou a rodopiar a moça soltando-se de uma de suas mãos e logo as risadas contagiantes dos dois podiam ser ouvidas.

***

Kagome olhou Minako levar o hanyou para perto do fogo, não impediu apesar de não gostar nada da situação, duvidava muito que Inu-Yasha fosse se aventurar a dançar, ele era muito tímido para aquilo apesar de que aqueles tambores levavam qualquer ser de volta as origens quanto todos dançavam nus ao redor da fogueira urrando como animais selvagens. Mesmo ela sentia suas veias pulsarem e seu sangue fervilhar enquanto seus pés moviam-se contra a sua vontade, porém a cada batida seus instintos se libertavam e não ficaria nem um pouco surpresa se logo estivesse entre eles dançando e pulando ao som dos tambores naquele lugar tão animado. Parecia Beltane com toda a sua dança e rugidos de tambores, apesar de só ter cultuado uma vez as fogueiras a lembrança era bem clara e suficiente para tomar impulso e levantar-se dali para relembrar de toda a euforia.

Balançou a cabeça renegando ferozmente seus instintos, então se levantou indo para um lugar mais afastado, não iria ficar sozinha e Inu-Yasha saberia se cuidar.

Caminhou por uma trilha deserta que levava até uma fonte, ficou lá apreciando como o vento e as árvores se integravam com harmonia, às vezes sentia falta de sentir o fluido da vida como fazia agora, a corrente que estava presenciando era poderosa e restabelecia as energias.

Deitou-se na grama apreciando o céu, havia muito tempo que não lia as estrelas, na verdade nunca fora muito boa nesse campo, sempre confundia as casas e os nomes de constelações e esquecia o significado de algumas posições estelares. Apesar da falta de talento gostava de realizar a atividade, não iria ler o horóscopo, mas iria ligar algumas constelações e assim o fez, como se fosse uma brincadeira ligou as estrelas com os dedos como fazia junto à sua mãe e as outras garotas quando estava na colônia.

Fechou os olhos por um pequeno instante relaxando completamente e então foi até a fonte beber água. Aproximou-se da superfie fazendo uma concha com as mãos e pegou o liquido o levando a boca.

Olhou a água em suas mãos por um momento e no lugar do reflexo de seu rosto sereno pode ver Inu-Yasha e Minako beijando-se e dançando ao mesmo tempo em frente ao fogo.

Arregalou os olhos ao ver aquilo cuspindo toda a água enquanto caia sentada no chão.

-Estou ficando paranóica... –Sussurrou.

Estremeceu, mas quando foi olhar a fonte novamente viu a mesma imagem a única diferença era que dessa vez podia ver aquilo mais nitidamente o que só aumentava sua agonia e temores.

-Vou voltar... Não devo estar passando bem.

"Tem certeza que vai querer voltar? Para que, minha querida? De certo quer ver esta cena ao vivo..." Sussurrou uma voz em sua cabeça.

De repente parou balançando a cabeça, devia estar ficando louca para ouvir vozes daquele jeito.

"Tenho pena de você...".

-Cale a boca! Afinal quem é você?!

"Você sabe... Aquela que habita a sua mente...".

-Então é você... –Suspirou.

"Surpresa?".

-De forma alguma... O que você que dizer com "quer ver essa cena ao vivo"?

A voz calou-se por alguns segundos deixando Kagome com a testa franzida e preocupada.

"Você realmente quer saber garota?".

Ela estremeceu, não sabia o que responder e se fosse verdade o que havia visto? Minako era alegre, espontânea, gentil e muito bonita... Tinha vários dotes e sabia administrar bem uma casa enquanto Kagome sabia mais de estratégia militar do que cuidar de um lar, mas por que se importava com isso? Não era de sua conta o que Inu-Yasha e aquela garota faziam ou deixavam de fazer. Deu os ombros e respondeu:

-Eu não me importo em saber.

A voz riu e disse:

"Você está mentindo... É claro que se importa!".

-Não me importo! –Falou com violência enquanto corava ligeiramente.

"Pode negar para mim quantas vezes quiser... Sabe que é mentira". Disse a voz solenemente.

Estava se irritando, quem era aquela voz para se intitular dona da verdade?! Não estava gostando daquele joguinho do "não e sim" que estavam fazendo, isso sempre acabava mal. Balançou a cabeça mais uma vez e continuou.

-Afinal... Aonde quer chegar?

"Veja você mesma...".

Tinham discutido tanto que nem percebeu que tinham andado bastante, as árvores haviam ficado para trás, estava num campo e próximo a ali tinha uma pequena cabana provavelmente desabitada.

Quando ia voltar ouviu vozes familiares e então, movida pela curiosidade andou discretamente parando na frente de uma abertura na parede da cabana e então viu o que menos queria.

-Por aqui... –Uma voz feminina disse suave.

Minako puxava Inu-Yasha pelo pulso, entraram na cabana com a garota lhe sorrindo sedutoramente e então ela começou a acariciar o braço dele enquanto tirava a parte de cima do quimono. Inu-Yasha pegou a face dela com as mãos e começou a beija-la.

Estremeceu... Isso não poderia estar acontecendo.

-Eu... Eu não me importo!

"Mesmo? Então por que está chorando?".

-Eu não... –Foi então que tocou seu rosto e o viu umedecido pelas suas lágrimas.

"Por que eu estou chorando?!".

"É simples... Você gosta dele".

A maldita podia até ler pensamentos?!

-Cale-se... Eu não me importo... –Falou tremula.

Era mentira... Seus olhos transbordavam em lágrimas, aquilo... Aquilo não podia ser verdade, escondeu o rosto nas mãos murmurando para que tudo fosse um sonho ruim... Murmurava para que aquilo acabasse, não podia ser real, seus sentimentos eram retalhados e destroçados ao ver aquela imagem, Inu-Yasha a beijava com fervor e desejo e acariciava suas coxas enquanto aquela vagabunda o puxava para mais perto. Ela entrelaçou as suas pernas com as dele fazendo os dois caírem no feno, então ela começou a beijar o peitoral nu dele arrancando gemidos.

"Está vendo?".

A morte era muito melhor que aquilo... Não queria mais ver nada... Queria desaparecer.

"Você se importa...".

Aquela voz novamente... Como ela podia ser tão cruel? As palavras dela a enfraqueciam fazendo que caísse no chão, chorava amargamente, mas como podia? Como podia ter aquele sentimento tão vivo no peito? Aquilo era possível?

-Não... Eu não posso sentir isso... Eu acabei de conhece-lo.

"Para almas o tempo terreno não é nada...".

-O quer dizer com isso? –Soluçou.

"Suas almas já estão ligadas... É natural que o ame mesmo antes de se conscientizar disso, já que já se amaram na outra vida".

-Ligadas? Então por que ele está fazendo isso?! Ele não está ligado a mim?!

"Ele é um homem".

-...

"E só está usufruindo o que você não pode dar para ele. Você não pode saciar seus desejos".

Se abraçou procurando forças no vazio. Chorou silenciosamente enquanto tentava negar o que seu coração gritava, seu peito era uma poça de sangue e magoas... Queria desaparecer e viajar para longe e nunca mais voltar. O grito de dor e desespero estava entalado em sua garganta, não existia prova maior de que gostava dele, era somente olhar-se no espelho sem precisar ser muito inteligente para notar o sentimento que tinha, porém agora a chama do sentimento se reduzia a cinzas.

É claro que se importava... Era tão óbvio e claro como o dia, mas mesmo assim tentava renegar o sentimento que agora a apunhalava, a morte era tão bela comparada àquilo.

Agora teria que esquecer... Que abandonar, a voz estava certa, não poderia saciar a sede que ele tinha, então era preferível dar um adeus agora do que continuar sofrendo amargamente cada segundo da vida dela. Essa situação lembrou sua mãe e sorriu compreensiva, agora sabia o que ela tinha sofrido, de certa forma a lágrima das duas era lágrimas semelhantes...

Será que além das lágrimas teriam também um destino semelhante?

Continua...

N/a: *todos olhando de olhos arregalados para Kiki* Sim... Eu fiz um cap grandinho e rápido! O.O é um milagre eu sei... Mas quem sabe eu não pego esse ritmo??? ^__^

Eu sei... Fui muito malvada nesse cap, mas é a história... Isso era para acontecer mais cedo ou mais tarde, quando fiz essa cena eu chorei bastante (Kiki manteiga ¬¬) ao contrario da briga no banheiro... Eu ri mais do que escrevi ^__^'''' (autora bobona).

Eu estou AMANDO escrever essa hist q está chegando ao seu meio... (daqui à uns três ou quatro caps...).

Bom, desculpem aos erros... É que eu ainda estou na 6ª série, então não tenho um amplo conhecimento em português ^^''' e também eu só passei o olho uma vez ¬¬, me avisem qualquer erro, ok?

Apesar de estar em provas eu estou tendo facilidade na matéria O.o *Kiki desmaia* e isso é mto bom! Porque estou tendo que estudar bem menos... Eu até me dei bem em matemática.

Bom... Deixando a rotina de lado eu vou responder os reviews, certo?? (plagiando as autoras que fazem isso... Sorry é que como não respondo por e-mail assim é melhor!).

Por ordem de postagem...

Camis: Que bom que você está gostando da fic... E do capítulo ^^!

Inu? Chamando ele de cachorro? XD, eu prefiro Inu-chan (cachorrinho rs) ou Inu-kun mesmo... Ele confuso não é uma graça? Mas tadinho... Foi mancada eu ter feito o Kouga beijar a Kagome... Aqui está o cap! Bjos!

K-chan: ^__^' Num precisa dizer não... Eu entendo o que está sentindo... E claro que você está calma! *Kiki escondendo um anestésico atrás das costas*

É eu sei que podia ter sido diferente, mas você acha justo só a você *rs* sofrer? Ai eu estaria sendo malvada e nem tudo pode ser como a gente quer, mas pensa belo lado positivo eu num vou demorar o mesmo que a Rumiko para faze-los ficar juntos...

Mas eles vão se resolver... Tudo se resolve um dia!

Num ti deixei na mão, ó que legal! (autora bobona... ¬¬) Kissu!

Laine Moraes: Que bom que está gostando da história e obrigada pelo "parabéns".

Romance entre esses dois Já está rolando um pouco... Mas vai aumentar... No cap 14 ¬¬'

Enquanto isso estou preparando o terreno para os dois, mas no cap 12 já vai ter um pouco desse casal ^^'

Bjs... E Já ne!

Riho Tatsuhiko (@__@ como você quer que eu a chame?): Hehe, finais felizes sempre são bonitos... Mas o que eu estou pensando talvez não seja o que vocês esperam, mas tudo ok... Que bom que gostou do cap!!! Fico muito feliz. E aqui está a continuação.

Bjs!