Cap 14- Proposta
(17/12/03)
As gotas d'água caiam pouco a pouco, deslizando pelos fios de cabelo da garota abraçada à frente do riacho, havia fugido dele mais uma vez naquele dia se isolando naquele lugar, não era exatamente o que queria, mas era o único modo que havia encontrado de ter um pouco de paz em meio a tantas emoções e idéias.
Sentia-se fraca e indisposta. Toda vez que o olhava lembrava daquela vadia... Estudou para o céu estrelado deixando escapar um suspiro melancólico, tudo estava dando errado para ela, será que era um castigo por alguma coisa que ela havia feito? Balançou a cabeça tentando organizar os pensamentos, tinha coisas supostamente mais importantes para se ocupar agora.
Kagome deixou escapar um grunhido, não havia razão para ficar daquele jeito! Ela estava bem quando havia salvado Shippou, mas agora que tudo estava mais calmo seu coração voltava a sangrar novamente. Não era para estar assim, afinal sua vida não dependia dele, se esforçava para esquecer, porém não conseguia, a imagem da "traição" dele estava bem clara e nítida.
Enterrou sua cabeça entre as mãos... O que estava acontecendo com ela?! Por que ele a deixava assim? Não era para isso estar acontecendo... Por que de repente algo brotava do nada? Não entendia, nem tinha qualquer resposta... Precisava esquece-lo, esquecer o sentimento e o que ele havia feito, assim não sofreria mais.
Suspirou enquanto sentava-se, não havia mais lágrimas... Agora seria somente um sofrimento silencioso.
A conversa que tivera com Miroku no fim da tarde fora bem esclarecedora, droga... Havia lembrado mais uma vez do rosto dele.
***Flashback***
Aquela tarde estava fresca com a brisa suave. Eles sentaram em circulo e então Miroku começou. Ele mostrou sua mão direita coberta com uma espécie de luva roxa envolta com um colar de contas.
-Está mão representa uma maldição muito antiga na minha família...
-Co-
Ele fez um sinal para ficarem quietos e continuou.
-Minha mão direita tem um buraco no meio dela, chama-se "buraco do vento". Esse buraco passa de geração a geração da minha família, desde que um youkai maligno, Naraku, fez o primeiro no meu tataravô há mais ou menos cento e quatorze anos atrás. Esse buraco, quando aberto suga tudo ao seu redor, a não ser quando ele está lacrado com o colar de contas, porém ele vai se abrindo cada vez mais a cada dia, até que uma hora ele poderá me sugar também... Meu pai morreu assim... E como já disse, foi tudo graças a esse youkai, Naraku, enquanto ele não for destruído a maldição continuará, por isso que nós da minha família, temos que ter um herdeiro para continuar nossa vingança atrás de Naraku.
-Naraku?! –Exclamou Inu-Yasha –Explique isso direito houshi!
-Bom, meu tataravô vivia atrás dele e quando estava muito perto de pagá-lo, o youkai fugia... Porém esse youkai é capaz de mudar de forma continuamente, então numa noite ele se disfarçou de mulher e atraiu meu tataravô... Assim acabou furando sua mão e causando a maldição.
-Monge, em que forme ele está hoje? –Perguntou o hanyou nervosamente.
-Nunca se sabe, pelos boatos que ouvi, ele está agora na forma de um homem, coberto com uma pele de babuino.
-M-MALDITO! –Urrou enquanto se levantava –Foi ele... FOI ELE!
-O que aconteceu?! –Perguntou Kagome confusa.
-Baka Kagome! Não percebe que Naraku era um dos conselheiros do meu pai?
Uma vaga lembrança ocorreu à sacerdotisa... Aquele homem que se cobria com pele de babuino, ela havia o visto na sua primeira visita ao castelo... Era Naraku!
-Conselheiro? –Perguntou Miroku confuso.
-Hai... Inu-Yasha é um príncipe... –Suspirou ela–E o pai dele é o rei Tai, esse youkai era conselheiro dele.
Os olhos de Miroku e Shippou arregalaram-se enquanto olhavam estupefatos para o hanyou.
-Você... –Começou Shippou.
-Príncipe do reino de Tai?! –Exclamou o monge.
Os dois curvaram-se demoradamente em frente ao meio-youkai.
-Parem com isso... –Revirou os olhos –Pelo que saiba no meio do nada ninguém é príncipe...
-Você acha que foi ele que roubou a adaga? –Perguntou a miko.
-Hai... Temos que voltar... Dar um jeito de avisa-los...
-Iie! Inu-Yasha-sama, não podemos voltar agora! –Exclamou o monge levantando-se.
-Eu PRESISO voltar monge!
-Kaede-san não é burra Inu-Yasha! –Exclamou Kagome –Ela já deve saber...
-Se não descobriram durante todos estes anos, duvido que descobrirão agora!
-Agora que roubou a adaga eles, com certeza, notaram.
-M-mas,
A jovem balançou a cabeça ajoelhando-se na frente dele o fitando tristemente:
-Não há razão para se preocupar... Não podemos fazer nada.
E virou-se enquanto se jogava no meio das flores amarelas. Fechou os olhos suspirando enquanto os últimos raios do sol iluminavam a paisagem. Virou o rosto deitando-se de lado, em seu rosto não havia um sorriso, somente a melancolia e a tristeza. Sentia que os três a fitavam, tinha que se manter forte, porém era inútil esconder seu coração.
***Fim do flashback***
Ouviu alguns passos vindo em sua direção, fitou ao seu redor rapidamente procurando suas roupas, havia acabado de sair do banho. Correu até uma pedra próxima do riacho e pegou suas vestes.
Levantou-se e vestiu-se rapidamente, prendeu o cabelo molhado em um rabo de cavalo voltando a olhar para as estrelas. Não devia sentir-se tão abalada... Aquilo não era certo. Jogou-se na terra observando seu peito subir e descer. Podia dormir agora, seria tão mais fácil, porém apesar do cansaço não conseguia dormir.
-Kagome-san? –Chamou uma voz suave.
Virou a cabeça encontrando os olhos azuis escuros do monge e sua face alegre.
-Não quer jantar, Kagome-san?
Tentou forçar um sorriso para responder.
-Não estou com fome.
-Kagome-san também não almoçou! Assim vai ficar muito fraca...
Deu os ombros e tornou a virar-se para o outro lado, encolhendo-se. Seu estomago doía assim como seus olhos, mas sentia que não iria conseguir engolir nada. Sentou apoiando-se, enquanto estava abraçada, em uma árvore tentando descansar, porém sentia que o monge ainda estava ali.
-Kag-
-Me deixe em paz... –Murmurou –Eu estou bem, só quero ficar sozinha por algum tempo...
-Ma-
-Por favor,...
-Certo Kagome-san –Suspirou – Mas se desejar comer, você será muito bem vinda entre nós.
-Hai.
Miroku balançou a cabeça enquanto se levantava, caminhou entre os arbustos até chegar perto de uma clareira, em seu centro havia uma fogueira. Inu-Yasha estava sentando em posição de Buda com a espada apoiada em seu ombro, Shippou estava sentado ao seu lado com a cabeça baixa, porém logo que viu o houshi vindo se animou um pouco e perguntou:
-Ela vem?!
Suspirando balançou a cabeça sentando-se no chão desanimado.
-Não, nem quer levantar.
A raposa olhou ferozmente para Inu-Yasha, assim como Miroku.
-O que foi?! –O hanyou perguntou irritado.
-Você deveria chamá-la Inu-Yasha-san...
-Bah! Por que eu?
-Porque é por sua causa que ela está assim, baka! –Resmungou Shippou.
-Claro que não é! Ela que é uma estup-
A fala dele foi interrompida, por um golpe de Miroku com seu bastão em cima da cabeça dele.
-Você que é um estúpido Inu-Yasha-san!
Ele grunhiu repousando uma de suas mãos no machucado em sua cabeça, fechou os olhos suspirando pesadamente.
-O que você quer que eu faça? Ela me odeia agora...
-Não te odeia... Se te odiasse, já teria feito coisa muito pior –Disse o houshi sorrindo –É só conversar com ela.
-Ela não vai me ouvir.
-Tente, pelo menos... –Disse Shippou.
-Eu não sei...
-Vamos Inu-Yasha! –Gritou o youkai.
-Não sei!
-COVARDE! –Falaram os dois juntos ao mesmo tempo.
O hanyou levantou-se e adentrou na floresta, precisava pensar.
***
-Sesshoumaru-san?
O jovem virou-se bruscamente para ver quem o chamava dessa vez, seu olhar era ferino e frio apesar de seus olhos serem dourados como o sol.Viu uma senhora idosa com uma expressão preocupada no rosto então suspirou lentamente, sabia que ela viria atrás dele a qualquer momento cobrando suas responsabilidades.
-Hai Kaede-san?
A senhora suspirou enquanto aproximava-se um pouco mais dele e com severidade começou a falar.
-Desde o dia que chegou tudo tem estado muito inquieto Sesshoumaru... E você ainda não foi ajudá-los.
-Por que eu deviria? Não dou a mínima para esses guardiões idiotas.
Kaede suspirou enquanto o via olhá-la com amargura e dor como ele sempre a fitava, nunca a perdoaria.
-Acho que devia esquecer os fatos do passado Sesshoumaru e abrir os olhos para o presente.
-Para você é fácil falar... Você nunca perdeu algo realmente importante.
-Claro que já. E não é por causa "dela"... "Ela" está longe, por que não quer ir também Sesshoumaru?
Quando respondeu, pela primeira vez continha sinceridade na voz do youkai.
-Não... Eu não agüentaria olhar para o "fruto"... Principalmente depois daquilo, mas ainda tenho coisas importantes para fazer.
-Como o quê?
-Naraku, eu sempre suspeitei dele e agora foge do castelo levando a pedra da lua.
-Mas o que vai fazer agora então?
-Vou atrás dele.
-Sesshoumaru será inevitável vê-la se for atrás de Naraku... Inevitável.
-Não acho isso, principalmente porque eles não sabem o que estão perseguindo, quando Inu-Yasha foi embora Naraku ainda fingia ser um servo fiel, só depois que descobrimos que ele é o "mal" que irá lutar contra os guardiões.
-Mas você irá avisá-los, não vai?
Ele não respondeu e continuou caminhando entrando na penumbra do corredor frio e cavernoso sem olhar para trás ou dar qualquer resposta para Kaede que continuava lá o olhando partir.
-Sesshoumaru... –Falou a voz tremula da senhora do castelo.
Ele parou e olhou para a humana repugnante que seu pai havia escolhido para ser sua esposa, fitou-a nos olhos vendo o medo que existiam neles e perguntou indiferente.
-O que foi agora?
-Não fale assim com ela! –Exclamou Kaede.
-Uma visita... Para você... –Murmurou ignorando a miko.
-É mesmo? Quem é?!
-Nar-Naraku. –Estremeceu.
Os olhos dourados do youkai brilharam de ódio intensamente, ele serrou os punhos aumentando o tom da sua voz.
-O que esse miserável quer aqui?!
-Miserável Sesshoumaru? Não acho que eu seja um miserável... –Ecoou uma voz pelo corredor.
-Você... –Ele grunhiu.
-É... Acho que sou eu... Porém acho que você não vai atrever-se a me atacar.
-É mesmo?! –Disse com ironia.
-Sim, pois eu tenho a sua fraqueza... A principal fraqueza.
-Eu não tenho fraqueza Naraku.
-É mesmo? –Perguntou sarcástico.
Abriu sua pele como se fosse uma manta e de lá saiu uma mulher não aparentando seus trinta de três anos, ela tinha seus olhos fechados e o cabelo escuro caindo-lhe pelas costas. Ela transpirava muito, suas maças do rosto estavam rubras e havia uma expressão de sofrimento em seu rosto.
O príncipe arregalou os olhos dando alguns passos para trás, não poderia ser... Ela não poderia estar lá na sua frente.
-K-Kits...
-Sim! É ela Sesshoumaru, pode sentir o cheiro de flores dela? Acha que eu estou mentindo?
-D-Devolva! DEVOLVA!
-Ora ora... Está com raiva agora?
-Se você fizer algo a ela Naraku... Você vai se arrepender pelo resto de sua vida!
-Hoho... Por que acha que ela está assim? Acha que ainda não fiz nada com o seu "tesouro perdido" ou melhor... "Amor impedido", ou melhor ainda! "Amor perdido", não são nomes maravilhosos?
-Cale-se idiota! Solte-a!
Naraku deu uma risada sádica e falou agarrando-a outra vez.
-Eu ainda não chamei a "outra" pessoa... Não posso soltá-la antes de ter minhas duas preciosidades...
-KAGOME! NÃO KAGOME! –Berrou Kaede.
-Cale-se velha! –Ele rosnou atirando um feitiço contra ela –Agora Sesshoumaru... Se quiser seu "amor perdido" novamente, vai ter que estar amanhã cedo ao pé da montanha de Higasaki...Estarei lá... Com ela. –Acrescentou rindo.
-Espere!-Ele rugiu
-Se não estiver lá, Sesshoumaru, algo horrível irá acontecer com ela! –E desapareceu.
O youkai caiu no chão de joelhos, ele havia pegado o que mais estiva, o que mais amava em todo mundo... Não podia deixar de ir salva-la, mesmo estando separado tanto tempo... Na podia deixa-la, o sentimento adormecido havia acordado com a mesma intensidade de anos atrás.
-Não vá... –Disse Kaede –Pode ser uma armadilha Sessh-
-É verdade.
-Então! Vo-
-Mas é ela que está com ela... Eu pude sentir isso.
A miko estremeceu balançando a cabeça.
-Você...
-Eu vou! E ninguém vai me impedir! –E correu para fora do castelo.
***
-Eu já disse! Não sei se quero ir até lá! Ela não vai querer minha presença!
-Espere Inu-Yasha –Exclamou o monge.
Shippou e Miroku estavam no meio da floresta correndo atrás de Inu-Yasha. Ele não podia fugir e deixar Kagome naquele estado. Eles estavam o perseguindo para ir pedir suas desculpas à ela, já que o hanyou era teimoso e confuso e não sabia o que iria fazer, nem se tinha certeza de que iria fazer aquilo, sua cabeça estava um nó, não queria machuca-la mais com a sua presença.
O princepe tomou impulso e saltou pulando entre as árvores enquanto tentava fugir de seus companheiros, logo estava fora de vista, só a sua silhueta era vista pulando rapidamente entre as árvores.
-INU-YASHA! –Gritaram os dois companheiros em coro.
Ele olhou para trás e de repente se viu paralisado por um feitiço de Miroku.
-Vá lá agora! Não podemos continuar a viagem desse jeito.
-Calem-se! Soltem-me agora! –Falou enquanto caia no chão.
-Você vai falar com ela? –Perguntou o monge.
Ele revirou os olhos, não tinha mais jeito, ou ia ou eles ficariam lá o aprisionando pelo resto de sua existência.
-Está bem! Eu vou pedir desculpas para ela! –Resmungou enquanto levantava.
Os dois outros sorriram vitoriosos, agora finalmente voltariam a ter paz.
Inu-Yasha caminhou em direção à ela com seu olhar decidido, iria se explicar com Kagome... Não entendia direito o por quê dela estar magoada com ele, porém iria tentar fazer o possível, não agüentava mais ver aqueles olhos tristes e melancólicos... Não agüentava mais a distancia dela, a pessoa que estivera ao seu lado por todo o percurso, não queria perder aquilo agora, ela fazia sentir-se seguro.
Cerrou os punhos caminhando mais firmemente, conseguia sentir o cheiro dela misturado com a tristeza, afastou os galhos que insistiam em cair em sua frente, caminhou mais rapidamente ao sentir que estava mais perto, desviou-se dos arbustos e a viu.
Ela estava deitada na beira do riacho, seu rosto estava molhado por lágrimas e seu cabelo espalhado pelo chão, a pele dela estava pálida e fria. Ajoelhou-se ao lado dela com os olhos tristes, repousou sua mão sobre o ombro dela.
-Kagome...
Os olhos dela abriram-se devagar enquanto seus lábios entreabertos deixavam escapar murmúrios incompreensíveis. Ela apoiou-se nos cotovelos e se sentou de frente para ele. A miko o estudava com um misto de tristeza e magoa, tentando parecer o mais calma possível disse:
-O que veio fazer aqui?
-Eu vim...
-Desculpe atrapalhar o momento.
Ambos ficaram imóveis ao reconhecer a voz, não podia ser dele... Não ele!
-Eu não mordo! –Riu com sua voz abafada –Eu tenho um assunto a tratar com Kagome.
-Naraku... –Inu-Yasha murmurou –TESAIGA! –Berrou sacando a espada.
A enorme espada saiu da bainha enquanto o hanyou posicionava-se para atacar, mas Naraku tirou uma mulher de dentro de sua pele, seu cabelo escuro e negro caia-lhe pelas suas costas, sua pele aveludada estava branca e os lábios dela tremiam violentamente, logo a miko a reconheceu e gritou:
-Não ataque Inu-Yasha! –Disse em desespero indo na frente do meio-youkai.
-Então perceber quem é essa mulher, garota?
-M-mãe... –Ela estremeceu.
-Exatamente! E é melhor não tentarem me ferir, algo pode acontecer... E você não gostaria disso, não é, pequena?
-Pare... Deixe-a em paz! Se você quer a mim não a envolva!
-Não posso joga-la fora... Ela ainda é uma peça preciosa no jogo... Ela vai atrair duas peças muito importantes para mim...
-O QUE VOCÊ QUER?! –Ele gritou.
-PARE INU-YASHA! O que tenho que fazer para liberta-la?
-É simples Kagome... Eu quero que vá ao pé do monte Higasaki amanhã cedo... Vá sozinha –Acrescentou olhando para Inu-Yasha.
-Para que?
-Você saberá lá...
A sacerdotisa tinha medo estampado nos olhos, cerrou os punhos e falou:
-Como eu vou saber que é realmente ela?
-Não precisa... Você já sentiu que era ela, se não tivesse a reconhecido esse medo não estaria nos seus olhos pequena. –E desapareceu.
Ela tremia violentamente, suas mãos suavam enquanto olhava para o céu estrelado. Sentiu mais uma vez a mão de Inu-Yasha em seu ombro, porém desviou-se dele correndo em direção ao monte Higasaki.
-Pare Kagome! Pode ser uma armadilha!
-Era a minha mãe! Deixe-me!
-Calma! Primeiro me ouça Kagome! Eu quero falar com você!
-Vá embora! Vou atrás do que acredito! Não vou ficar aqui com você!
-Não vou deixar ir até o Naraku sozinha!
-Me deixe em paz! Você não pensou em mim quando estava com "ela"! Agora é tarde demais Inu-Yasha!
-IDIOTA! –Ele berrou.
Kagome tentou correr, porém a mão dele a agarrou pelo braço fazendo com que ela tivesse que encara-lo nos olhos.
-Me solta!
-Não!
Ela o fitou com um olhar ferino, porém ao encontrar aqueles olhos viu uma expressão diferente no rosto dele, o olhar dele era aflito e tinha... Dor? Arregalou os olhos sentindo uma espécie de aperto em seu peito e então desviou daquele olhar tão penetrante.
-Olhe para mim Kagome... Olhe nos meus olhos!
-P-pare Inu-Yasha... Não me faça mais sofrer... Por favor... –Murmurou.
-Olhe para mim! –Ele exclamou apertando o braço dela levemente.
Tentou livrar-se da mão dele, mas isso só fez que ela a apertasse mais, então soltou um pequeno grunhido. Sentiu a outra mão dele levantar o seu queixo para encontrar seu olhar. Ela molhava a mão dele com lágrimas quentes que escorriam livremente por sua face fazendo seus olhos brilharem mais intensamente.
-Escute Kagome... –Ele disse enquanto passava o polegar pela face dela limpando o liquido salgado –Eu nunca quis fazer aquil-
-Então por que?! Por que fez?!
-Escute! Eu nunca... –Respirou fundo –Eu nunca vi a "Minako" naquela noite.
-É mesmo?! –Exclamou Kagome enfurecida enquanto sua face ficava cada vez mais ensopada –Então quem você viu?!
-Eu vi você... Sempre! Quando estávamos caminhando... Quando ela me levou até a cabana... Eu não via a Minako, eu via você.
Continua...
N/a: Olá pessoal!
Aqui temos mais um capitulo de "As Faces de suas lágrimas"! Aleluia... Cap 14 para a infelicidade ou felicidade de vocês... Eu queria continuar com o mistério um pouco mais, mas algumas coisas se resolvem até o cap 16... Esse cap num foi tão bom ., mas foi necessário para a história... E agora? Descobriram quem era o amor proibido da mãe da Kagome? ^^' Essa história ainda vai ser bem explicada, podem ficar tranqüilos!
Estou um pouco cansada... Mas espero escrever mais!
Agora os reviews por ordem de postagem:
K-chan: Sim, a história do Shippou é bastante triste... E, bom... Aquilo... Isso logo irá aparecer, o problema da Kagome é muito complexo. Num posso falar a escolha que ela vai tomar se não estraga toda a história... E claro que você vai passar (ou passou) de ano! Foca K-chan!! *Banzai rs* E que bom que gostou do cap! Fico muito feliz (como sempre... Kiki boba alegre saltitante) Kissus!
Lily: Que bom que gostou do cap! O sofrimento do Shippou foi necessário... Tufo na fic (ta bom, a maioria) das coisas da fic são necessárias (espero...), E quanto ao meu big cap... É sempre bom ler caps grandes... Eu adoro, e se eu dividisse em partes ia demorar demais XD. Espero continuar assim! Cuidado com os gatos... e Kissu!
Lally-chan ou Miro Kikyou: Oro! Não precisa se desculpar ^^'! Que bom que gostou do cap ^^, é... Ele está um pouco confuso sim, esse também está confuso, mas vou me esforçar para ser mais clara no próximo ^^! Claro... A mulher misteriosa é muito legal... Ela sempre dá umas lições da Kagome sem juízo. Obrigado pelo aviso! *anotando no bloquinho* Muito, mas muito obrigado mesmo! Vou tentar não fazer isso novamente. Kissus!
Camis: Que bom que ficou mais feliz e contente para a sua prova ^^! Hehe, eu também não resisto de passar aqui, mesmo em provas T.T. Também estou muito feliz por passar ^___^ não queria pegar rec de jeito nenhum! Mas você passou também, não é? Não precisa agradecer pelos elogios, afinal a gente faz isso com algo que merece, não é mesmo? Que bom que gostou da minha outra fic XD! Eu vou dar um jeitinho para os dois ficarem juntos, você vai ver... Bjus! E aqui está um novo cap!
Laine Moraes: Sim, já li o livro... Na verdade ele foi uma das seis coisas que me inspiraram para fazer a fic... As Brumas, A Sacerdotisa de Avalon, Fushigi Yuugi, Ayashi no ceres, X/1999 e InuYasha . eu peguei emprestado algumas passagens do livro sim, eu adoro esse livro! Já falaram para você também? ^^'''' Bom, o que fazer a não ser conviver? Pelo menos os bobos alegres se divertem mais... Obrigada pelos elogio! ^^ Bjos!
Pronto... Terminei... Não sei quando o próximo cap entra no ar... Sorry, agora vou terminar o cap de "Amor Abstrato"
Obrigada a todos que estão acompanhando! E deixem uma review! São importantes para mim, certo?
E claro... Revisão relâmpago de novo .' Me avisem sobre os erros ^__^
No próximo cap: Kagome descobre a verdade sobre o príncipe herdeiro e um pouco sobre a maldição do seu clã (não esqueceram dela, não é mesmo?).
Críticas (principalmente as críticas) e elogios são apreciados!
Até o próximo cap...
Kissu
Kiki-chan
