Mares em Revolta
N/A: Meus queridos leitores! Aqui está o início atormentador do terceiro conto em meus confuso mundo de Harry Potter. Esta é a história de Harry e Gina, com talvez um pouco de Rony e Hermione no meio como bônus.
Esta história pode ter um pouco mais suspense do que as duas anteriores... Embora ainda veremos. Estou sempre aberta para críticas construtivas. sorrindo significativamente para o botão de comentários
TAMBÉM – eu escolhi classificar essa fic como "R" 'restricted', agora "M", de 'mature content', porque provavelmente haverá certa violência e sugestões/implicações de relacionamentos "adultos". Melhor prevenir do que remediar, certo?
E sem mais delongas – Mares em Revolta.
N/T – Odeio contrariar a Eleanor, mas eu também preciso falar um pouquinho antes de começarem. Essa fanfic, por ter sido um grande sucesso em inglês, chegou a ter ENORMES notas da autora respondendo reviews; enquanto eram poucos, achei que seria interessante mostrá-los a vocês. Mas não quero ficar ocupando o espaço da página com isso, a não ser que seja um aviso relevante para vocês. Ao mesmo tempo, não posso prometer traduzir esta fic tão rapidamente quanto fiz com a Incógnitos (Undercurrents): 23 capítulos em cerca de três meses. Esta é uma fic muito mais elaborada e de capítulos maiores; portanto, raramente poderei publicar mais de um capítulo por semana (sim... Acabou a festa!), entretanto, farei o possível. Espero que gostem.
Prólogo – Ajeitando a Cena
Harry Potter encarou a figura à sua frente. Atirou as palavras do feitiço de corte, e assistiu com profunda satisfação uma ferida profunda se formando logo no centro do corpo de seu oponente.
"Finite", ele finalmente disse, baixando as mãos. "Reparo". O boneco batera com tudo na parede e agora estava parado sobre seus pés, tão bom como novo.
Suspirando profundamente, Harry caminhou até a janela, passando uma mão por seu cabelo úmido. Tinha conseguido um belo cheiro com todo aquele suor, pensou, e fez uma careta. Precisava de um banho. Ele encostou um ombro sobre o batente da janela e deu uma olhada no lado de fora.
Havia apenas mais algumas semanas de escola, ele pensou. Algumas preciosas semanas lhe restavam para que ele praticasse e honrasse suas habilidades. Deu outra olhada no fantoche. Ele não poderia usar magia na casa dos Dursley até seu décimo sétimo aniversário, o que significaria tempo demais sendo vulnerável.
Harry bufou. Voldemort não iria procurar por ele na casa dos Dursley, disso ele tinha certeza. Afinal, havia todas aquelas varinhas e coisas a mais, sem falar da maldita magia sobre a qual Dumbledore lhe contara cerca de um ano atrás. E também, Voldemort era de certa forma exibicionista, ele decidiu. Gostava de um drama, demonstrar poder, apavorando e machucando tantos quanto possível. E francamente, aquilo só teria atenção suficiente se ele fosse pego em Hogwarts ou ainda em Hogsmeade.
Esfregou exasperado sua nuca, pensando. Ele não poderia praticar magia durante o verão, ou pelo menos durante a maior parte. Os cantos de sua boca se curvaram ao contemplar mentalmente o que poderia fazer a Duda depois de 31 de julho. Nesse meio tempo, ele teria que encontrar outra forma de se preparar. Poderia ler alguma coisa, talvez convocar algo. Ainda teria que pensar mais sobre aquilo.
Ele suspirou de novo, dando uma olhada nos jardins floridos lá fora. E ali estava o motivo para ele estar na Sala Precisa naquele grandioso dia de primavera, enquanto seus amigos estavam todos lá fora, à beira do lago. Reconheceu a forma alta e desengonçada de Rony perseguindo Simas pela grama, e teve que sorrir. Ao menos eles estavam se divertindo. Atrás deles, Hermione estava sentada, provavelmente escoltando os dois, enquanto sorria como uma idiota. E ao lado dela...
Gina. Os olhos de Harry pousaram um momento a mais sobre a garota dos cabelos de fogo. Ela era a grande razão pela qual Harry decidira se isolar tanto em sua vida sugada. De todas as pessoas que Voldemort poderia usar contra ele, para destruir e arruinar, uma garota que ele gostasse seria a número um. E ali estava ele, com dezesseis anos, quase dezessete, escrupulosamente evitando todos os encontros e qualquer possível traço de relacionamento. Seus lábios se crisparam.
Então ele respirou bem fundo e soltou o ar, lentamente. Deu uma olhada no relógio, e praguejou em silêncio. Ele tinha uma detenção com McGonagall em quinze minutos, e ela o mataria se ele aparecesse cheirando como estava naquele momento. Sem mencionar que provavelmente ela exigira saber como ele ficara daquele jeito. Agarrando sua mochila, esqueceu o dia de primavera ao sair da sala, calculando o quão rápido poderia correr.
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Gina Weasley estava sentada sobre a grama dos jardins e sorria maliciosamente enquanto Rony gritava outra vez de aborrecimento, por ser de novo vítima da "prática" de Dino e Simas. Eles alegavam estar fazendo sua tarefa de casa, embora um número surpreendente de feitiços tomasse o rumo de onde estava Rony. O irmão dela estava resmungando e ficando cada vez mais vermelho até que ele finalmente explodiu.
"Ei! Parem, seus paspalhos, ou vou mandar vocês em caixas de fósforos para a Torre da Grifinória!", ele afinal berrou quando um Feitiço Prolongador de Cabelo o acertou no topo da cabeça. Hermione estava gargalhando como uma idiota enquanto tentava reverter aquele último percalço, mas sua mão estava oscilando de forma alarmante.
Gina apenas ria enquanto observava os dois. Senhor, haveriam duas pessoas mais feitas uma para a outra do que Rony e Hermione? Ela era a única pessoa capaz de o enfurecer a acalmar ao mesmo tempo, e ele era o único que sabia como fazê-la rir e chorar. Ela observou Rony se submeter ao feitiço de reversão, e suspirou um pouco. Francamente, ela não ficaria surpresa se ele deixasse os garotos continuarem o enfeitiçando apenas para que Hermione continuasse a rir.
Olhando em volta, ela reconheceu sua amiga Cara a cerca de três metros de distância. Ela estava olhando naquele momento para o garoto que estava deitado com a cabeça em seu colo, e sorrindo por alguma coisa. Gina assistiu àqueles dois, sentindo uma emoção melancólica atravessá-la. Cara conseguira seu homem e não o deixara escapar de maneira alguma. Ela e Draco haviam passado por muita coisa juntos; Cara quase morrera. E agora Draco Malfoy, o estudante mais assustador da escola e que fazia os primeiranistas tremerem quando ele passava, estava deitado sob a sombra, num ensolarado dia de primavera, com a cabeça sobre o colo de sua namorada.
Olhando à sua volta, Gina viu que muitas pessoas estavam tomando vantagem do tempo quente para arrumar parceiros. O flerte estava no ar conforme garotos e garotas riam e se provocavam e corriam entre si pelos amplos relvados.
Ela balançou a cabeça e pegou sua mochila. Havia apenas um garoto com quem ela queria fazer aquilo, e ele ainda insistia em desaparecer por grandes espaços de tempo, ainda resistindo a lhes dizer o porquê. Ela tinha suas suspeitas, claro, mas ainda não fora capaz de arrancar coisa alguma dele.
Ela folheou o livro fino que pegara na biblioteca e começou a ler. Harry estava determinado a protegê-los todos de alguma coisa, e tanto quanto ela podia ver. Ela e Hermione já haviam juntado suas cabeças para pensar naquilo, e mais ainda. Mas estavam ambas incertas sobre o quê ele estaria resistindo a contar. Havia algo, algo que ele mantendo exclusivamente para si, que Harry se recusava a dividir. E algo que o estava levando a passar muito tempo sozinho, sempre retornando com um olhar austero que precisaria de mais meia chora da conversa humorada de Rony para desfazer.
Ela virou uma página e continuou a ler. Mas ela era uma Weasley e, droga, aquele garoto não se livraria com tanta facilidade. Ela o ajudaria, quer ele quisesse, quer não. Gina se ajeitou mais confortavelmente na grama. Ela só tinha que descobrir como faria isso.
