Mares em Revolta

N/T: Mimi Granger: Não vou responder, e fique tranqüila, você pode usar as expressões que quiser. Eu também solto muitos "a gente se vê" no MSN... Hum, ainda bem que você sabe que não sou culpada pelo tamanho dos capítulos! Estou traduzindo um por um agora porque estou tentando, veja bem, tentando, domar o Microsoft Publisher pra construir um site. E sinta-se livre para ler as fics anteriores quando bem quiser! Obrigada!

Miri: aiai, tudo que eu estou aprendendo com você não está escrito! Seções de muita cultura, nossas conversas na internet! Se não fosse você, eu nunca saberia que o título do capítulo anterior era tirado de um poema... Obrigada, hein?

Capítulo Seis – Popularizar

Hermione gemeu e esfregou as mãos, cansada. "Eu não acredito que acabamos de fazer isso", ela disse, pela milésima vez em uma hora.

Gina suspirou, também cansada. "Olhe, você quer saber o que está acontecendo afinal, certo? E de que outra forma nós poderíamos encontrar essa coisa?"

Hermione bocejou e endireitou-se de novo, estendendo as mãos para outro tomo grosso. "Os Jovens e Inocentes Anos de Harry Potter: Uma Biografia Não-Autorizada dos Três Primeiros Anos", ela leu na lombada. E lançou a Gina um olhar aborrecido. "Por que eles pararam no terceiro? Por que não até o quinto?"

Gina resmungou. "Sei lá", ela disse, olhando sobre a pilha de livros que elas haviam, hum, ''pegado' da biblioteca por volta das duas da manhã. "Eu nem mesmo sabia que havia tudo isso escrito sobre ele."

"O Menino-Que-Sobreviveu", Hermione murmurou. "Que salvou o mundo bruxo e então desapareceu pelos dez anos seguintes. Como um escritor poderia resistir?"

Gina bufou de novo, num meio bocejo. "Muito disso é realmente estúpido", disse a Hermione, folheando páginas. "Como esse aqui dizendo que Harry na verdade foi mandado para viver com gnomos no sul da Itália, e que ele deveria retornar sob um nome falso."

Hermione espreguiçou-se. "Gnomos? Gnomos de jardim? Certo. Como se um bebê humano sequer coubesse em uma toca de gnomos." Ela esfregou a testa, exausta. "Ok. O que nós temos até agora?"

Gina pegou seu caderno fiel. "Nós sabemos que houve uma profecia sobre Harry. Nós sabemos porque era o que Voldemort estava querendo do departamento de Mistérios." Ela virou uma página. "Nós sabemos que ela foi quebrada e ninguém ouviu o que ela disse. Nós sabemos que depois que Sirius morreu lá, Harry mudou."

Hermione se debruçou então, mexendo nas unhas. "Desde então, Harry ficou muito mais fechado, sombrio e depressivo. Seguindo do incidente com Bellatrix no ano passado, ele começou a desaparecer por longos períodos de tempo e evitando nos dizer onde ou porquê." Ela suspirou. "Sabe, se fosse qualquer pessoa além do Harry, daria para suspeitar de algum segredo suspeito."

Gina fechou o rosto, concentrada em pensamento. "Por favor", ela disse numa voz dolorosa. Afinal de contas, não havia motivo para ficar de cerimônias com Hermione. Elas haviam dividido segredos demais naquele verão, em seu quarto.

Hermione sorriu, cansada. "Mas É o Harry, e não há como imaginar que ele esteja saindo com alguma menina sem nos dizer." Ela bocejou de novo.

"Então nós estamos de volta à profecia, aquela que ninguém conhece e nem vai ouvir porque foi partida.", Gina disse, encarando os livros que cobriam a mesa, livros escritos sobre a vida e poucos momentos de Harry Potter.

Hermione balançou a cabeça. "Eu não acredito que não pensamos nisso antes", ela disse, soando aliviada. " Só porque ninguém pode ouvi-la agora, não quer dizer que ninguém já tenha ouvido."

"Eu diria que foi Dumbledore quem contou a Harry", Gina disse pensativamente. "É algo mais que está acontecendo desde Sirius, e Harry tem sido frio com ele. E você sabe como Harry odeia ter as coisas, bem..."

"Sim", disse Hermione, fechando o livro à sua frente. "Isso explicaria muito." Apoiou o queixo nas mãos. "Mas o que É a profecia?", ela se perguntou.

Gina endireitou-se no encosto de sua cadeira, dando uma olhada no relógio. Inferno sangrento, eram quatro da manhã. Logo as pessoas acordariam. Hermione estava folheando seu caderno, correndo a vista pelas anotações que Gina escrever ali.

"Você foi mesmo completa", sua amiga disse, estudando outra página antes de prosseguir.

Gina deu de ombros. "É, bem..."

Hermione suspirou. "É o inferno, não é", refletiu. "Estúpidos e idiotas que não merecem tudo que fazemos por eles."

"Eu ainda acho que você devia agarrar o Rony do nada para ver o que acontece", Gina disse, fechando os olhos. "Apenas não na minha frente. Eu poderia ficar com seqüelas eternas."

"Gina", Hermione disse distraidamente. "O que foi que Harry disse no jantar daquela noite?"

"Veja na última página", ela disse, sem abrir os olhos. Céus, ela estava mesmo cansada.

"Você é meu melhor amigo, Rony. Todos vocês. E vocês não podem ajudar, de qualquer forma." Hermione leu baixinho. "Não podemos ajudá-lo, ele disse. Não podemos..." a voz de Hermione falhou. Depois de quase um minuto de silêncio, Gina abriu os olhos e encarou a amiga.

"Bem?", ela exigiu. "É o que nos trouxe aqui, pesquisar a profecia, lembra-se?"

Hermione pareceu se sacudir, e olhou para Gina, os olhos brilhando. "E se for mais simples do que isso?", ela disse. "Como uma daquelas coisas que nós simplesmente nunca pensamos?"

"Como?", Gina perguntou, o coração começando a acelerar.

Hermione chegou mais perto, parecendo empolgada. "Ninguém pode ajudá-lo", ela disse de novo. "E se ESSA for a profecia?"

Gina encarou a monitora chefe, cujos olhos brilhavam forte, apesar das olheiras de cansaço. "Droga, você está certa", ela disse, recuperando o fôlego. "Ninguém pode ajudá-lo. Ele tem que fazer isso sozinho.", ela disse, pensando em voz alta. "Ninguém pode ajudá-lo... Ajudá-lo a quê?"

Elas encararam-se por um momento enquanto a realidade as atingia. "Merda", Hermione sussurrou; Gina nem se atreveu a piscar diante da palavra baixa, que nunca escapara de seus lábios. "Ninguém além dele... pode matar Voldemort."

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Harry estava assoviando conforme tomava o rumo do escritório da Prof.ª McGonagall. Capitão de quadribol, ele pensou com alegria. Como se ele tivesse pensado que o quadribol seria trabalho demais para ele, pensou com um sorriso. Idiota. Ninguém em sã consciência consideraria quadribol como trabalho.

Bateu à porta da sala da Diretora de sua Casa. Ele precisava decidir os horários e alugar o campo para os treinos...

A porta se abriu e a Prof.ª McGonagall olhou-o. Há. Ele era tão alto quanto ela, percebeu pela primeira vez. "Sim, Sr. Potter?", ela perguntou, erguendo uma sobrancelha.

Harry se sacudiu mentalmente e olhou para sua professora. "Eu preciso ver sobre os treinos de quadribol, senhora", disse.

"Ah, sim, de fato", McGonagall disse bruscamente, apressando-se até sua mesa e pegando o que parecia ser um calendário. "Você está sendo muito veloz com isso, fico satisfeita em ver." Ela lhe lançou um olhar do alto de seus óculos. "Suponho que eu não preciso dizer que eu detestaria ter o troféu tirado da minha mesa este ano?"

Harry sorriu em completo entendimento. "Não, senhora", ele disse. "Eu mesmo ficaria muito perturbado."

"Excelente", a professora disse, virando páginas. "Apenas a Lufa-Lufa já escolheu seus horários, de modo que você ainda tem ótimas escolhas."

Harry examinou o calendário quando ela o estendeu. Considerando, tentou imaginar quais seriam os melhores horários para treinar. Se ele pudesse evitar as manhãs a não ser em caso de emergência, certamente seu time ficaria agradecido...

Dez minutos depois, Harry estava devolvendo o calendário, seus horários magicamente repassados a todos os professores, de modo que eles soubesse que a Grifinória já tinha seus tempos. Cinco dias, três horas por vez, uma seção de Sábado à tarde de quatro... não era demais, era? Afinal de contas, ele voaria o dia inteiro se o deixassem.

"Sr. Potter", a Prof.ª McGonagall cortou seus pensamentos. Harry ergueu os olhos para ver que a professora de Transformações estava lhe lançando um olhar bem significativo. "Eu percebi uma clara mudança em suas aulas práticas desde o ano passado. Mais ainda, nesta última semana", ela disse, os olhos fixos nele. "Há algo que você gostaria de discutir, talvez?"

Harry resistiu ao impulso de fazer uma careta. Maldição. Mais cedo ou mais tarde, alguém perceberia a melhora em suas habilidades. Ele imaginara que seria Hermione. "Não, senhora", ele disse educadamente.

McGonagall estudou-o. "Há muito sobre os seus ombros, Potter", ela disse, a voz inesperadamente gentil. "Não existe vergonha nem fraqueza em deixar que os outros dividam o peso com você."

Harry suspirou, olhou para o chão, e de volta para ela. Ele não tinha certeza se ela sabia ou não da profecia, mas... "Talvez, mas há perigo nisso", ele disse calmamente. "E eu estou bem, professora."

Ela o observou por outro longo momento, e então suspirou. "Não, Sr. Potter, não acredito que esteja. Mas afinal, nenhum de nós está", ela disse. E gesticulou em direção à porta. "Pode se retirar." Harry apenas dera alguns passos antes que ela o chamasse de novo. "Ah, e Sr. Potter?" Ele se virou e olhou-a. A Prof.ª McGonagall sorriu. "Parabéns por ser capitão. Ninguém mereceu isso mais do que você."

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Harry descobriu depois do jantar que aparentemente seis dias de treino ERA demais. Naquele momento ele ouvia os gritos dos outros seis membros de seu time. "VOCÊ FICOU MALUCO?", Rony estava gritando, junto de todos os outros. "SERÁ QUE VOCÊ SABE QUANTO TEMPO ISSO É..."

Harry finalmente se cansou daquilo. "Chega!", ele gritou e para sua surpresa, todos se calaram. Claro, todos os fuzilavam com os olhos, mas ao menos estavam quietos. "Olhem", ele disse, desconfortável por um breve momento por ser o centro das atenções. "Eu sei o que são seis dias de treino, ok? Mas são apenas três horas no meio da semana, e mais uma tarde no final de semana. E" , ele ergueu uma mão para interromper o que Colin estava prestes a falar, "eu peguei todos os horários depois das aulas e antes do jantar. Sem manhãzinha, sem tarde da noite. Muito tempo de sobra para voltar, jantar e fazer as lições, ou de dormir no final de semana. Ora, não imagino que tenha tantos problemas assim, a não ser que alguém já tenha planos para o horário." Olhou para Rony então, buscando um olhar de aprovação, mas seu amigo estava muito ocupado fuzilando-o.

Harry estendeu as mãos, tentando apelar ao senso comum de seu time. E esperou. "Eu quero a taça, gente, eu realmente quero. Mas eu tentei dar um jeito disso sem arruinar completamente as suas vidas." Ele fez uma pausa e fez uma cara magoada. "E francamente, vamos encarar o fato. McGonagall precisa ver que estamos nos esforçando, e assim sou forçado a fazer vocês trabalharem dia e noite." Houve alguns sorrisos relutantes a isto. Graças a Deus. Ele estava ficando com medo de ser queimado em efígie.

"Certo.", Rony resmungou. "Mas você vai ter que avisar a Mione que ela terá que esperar até a noite para fazer os deveres comigo. Porque NÃO serei eu quem vai dar as boas novas." Houve um jorro de risos aliviados a isto, e a tensão relaxou.

"Que tal se mandarmos uma coruja para ela?", Harry sugeriu, sorrindo. "Aqui, pessoal, primeiro treino amanhã, certo? Cuidem-se e cheguem na hora, para começarmos logo com isso." Um barulho de cadeiras se arrastando denunciou a saída do time, incluindo Gina e Rony. "Ei, Rony, você tem um minuto?", Harry perguntou.

Seu amigo deu de ombros e se sentou de novo. "Claro. Talvez nós tenhamos sorte e Gina dê as notícias para Hermione". Harry sorriu um pouco distraidamente enquanto seus olhos seguiam a ruiva através da sala até onde sua outra amiga estava sentada. Ela o estivera observando naquele dia, com olhos sérios e solenes que pareciam procurar alguma coisa. Ele se recusou a entrar em suas mentes sem que elas soubessem.

Ele foi arrancado de seus pensamentos pelo cotovelo de Rony. "Algo que você queira me contar?", seu amigo disse com um certo brilho no olhar. Harry percebeu que ainda estava encarando Gina.

Fechou a cara e desviou a vista. "Não", disse.

Rony ergueu uma sobrancelha e se ajeitou de volta em sua cadeira. "Não?", ele disse. "Parece que você gasta muito tempo olhando para a minha irmã, para alguém que não tem nada que queira dizer."

Harry suspirou. Merlin, aquilo estava se tornando um de seus pesadelos. Aquele que terminava com seis Weasley o socando por ter pensamentos impuros envolvendo sua querida e pequena irmã. "Não", ele repetiu, e rapidamente virou o foco da conversa para algo seguro. "A não ser que tenha algo que VOCÊ queira falar..." , ele insinuou, com outro olhar através da sala.

Desta vez foi Rony quem olhou, enrubesceu e voltou a encarar o chão. "Nada", ele disse, desconfortável.

Harry sorriu afetado por um momento. Há. Segure essa... Então se forçou a focar outra vez sua atenção. "Olhe, eu estava pensando sobre como vamos precisar jogar...", ele começou, e Rony se inclinou para frente. "Você é o estrategista; acha que poderia criar alguma coisa? Algo novo, que aqueles idiotas escorregadios não conheçam."

"Você é o capitão, não quer fazer isso?", Rony perguntou atenciosamente, mas com aquele olhar voraz. Oh, ele queria fazer isso, ele pensou maliciosamente. Ele conhecia o homem.

"Um bom capitão sabe como delegar as tarefas", ele sorriu. "E vamos encarar isso. Tudo que eu normalmente faço é voar por aí procurando uma bolinha dourada. Você está lá, no meio de tudo. Além do mais você já chutou o meu traseiro no xadrez pelos últimos sete anos."

Rony sorriu e endireitou-se. "Eu poderia te dar algumas idéias", ele disse. "Como, que tal esta..." E eles caíram numa profunda discussão sobre fintas e passes.

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Gina estava arrumada em uma mesa com seu trabalho, tentando se concentrar em Feitiços e não no belo Sr. Potter, que ainda estava discutindo passes com seu irmão, quando o retrato girou e a Professora McGonagall entrou na sala comunal.

"Sr. Potter", a diretora de sua Casa chamou. "Uma palavra, por favor", disse.

Harry se levantou e atravessou a sala, de modo que os dois passaram de novo pelo retrato. Este se fechou e, nem por sua vida Gina conseguiria se concentrar em seu trabalho. Tudo que Harry fazia e dizia parecia de repente ter ganhado um novo e profundo significado. Quantas pessoas saberiam sobre a profecia, e sobre o que Harry teria que fazer um dia? Ela se perguntou.

O buraco se abriu de novo, e Harry entrou, parecendo rígido e furioso. "Ei, e o que ela disse?", Rony perguntou.

Harry murmurou algo muito baixo, que Gina não pode ouvir, mas as sobrancelhas de Rony se ergueram. "Snape? De novo? Depois do que aconteceu antes?", seu irmão perguntou antes que Harry sacudisse a cabeça e tomasse o rumo das escadas para o dormitório. Gina desviou o olhar do cabelo negro dele quando Rony se jogou perto dela, com a testa distraidamente franzida. Hermione ergueu os olhos de seu lugar do outro lado da mesa. "O que foi agora?", ela perguntou, preocupada.

Rony encarou o tampo da mesa. "Harry vai ter aulas de Oclumência com Snape de novo", ele disse. "Mesmo depois de toda aquela merda do quinto ano."

Hermione fez uma careta. "Ao menos Snape amadureceu um pouco com a Professora Stone, quero dizer, Snape. Talvez não seja tão ruim." Entretanto sua voz estava incerta, e Gina concordou para si mesma. Não conseguia imaginar aquilo como sendo qualquer coisa além de ruim, também.

Rony grunhiu qualquer coisa sob sua respiração, e olhou para as duas. "Ei, eu estava tentando perguntar, por que vocês duas estavam tão cansadas no café da manhã de hoje? Eu não consigo me lembrar de ver vocês duas tão exaustas antes."

Hermione olhou para Gina, seus olhares se encontraram. Elas já haviam discutido se deveriam contar a Rony, que nem sempre era o melhor com segredos nem com manter a calma. Gina finalmente assentiu, e Hermione se virou para um Monitor Chefe intrigado.

"Nós podemos ter descoberto o que Harry anda escondendo de nós", ela disse em voz muito baixa.