Mares em Revolta

Capítulo Dezenove – Testando as águas

O jantar foi algo muito interessante. Hermione pulara o café da manhã, por alguma razão não explicada, e Rony passara toda a manhã em Poções lançando olhares cautelosos para ela por cima do ombro, melindrado por toda a história das margaridas. Francamente, foi um pequeno milagre que ele não tivesse destruído seu caldeirão. Harry imaginou que aquilo provava que o Monitor Chefe não era tão burro quanto dizia ser.

Então Hermione sumira do almoço, pegando apenas um sanduíche e rumando para a biblioteca a fim de se enterrar em livros e nos feitiços que Harry dera a ela. Teve que comer e ficar ouvindo Rony engasgar com a comida, ao invés de assistir outro episódio daquela saga em andamento que eram Rony e Hermione. O almoço foi seguido de Adivinhação, sempre uma piada, e então um belo treino de quadribol que incluíra Rony derrubando a goles dentro dos aros uma meia dúzia de vezes. Seu amigo até caíra da vassoura uma vez, para grande diversão do resto do time. De alguma forma a história das margaridas se espalhara, provavelmente graças a Cara/Gina.

Finalmente, Harry desistiu e pôs fim ao treino, sugerindo com cautela que Rony se atirasse no chuveiro, porque ele estava realmente uma porcaria de um goleiro naquele dia e era melhor que cuidasse de seus problemas com garotas. Rony respondera jogando a goles da cabeça de Harry, para depois liderar uma corrida pelo campo de quadribol, saindo apenas com algumas feridas. Gina finalmente pusera um fim na confusão toda, parecendo levemente assustada quando Harry se virara para ela com um nariz meio esmagado que começava a sangrar. Ela tirou água de sua varinha, encharcando os dois e lhes dizendo para crescerem e mudarem.

Os dois foram embora, murmurando e se encarando, e terminaram com uma bela luta envolvendo barras de sabão voadoras. Harry vencera, graças às suas capacidades elevadas de levitação. Rony chamara isso de sorte idiota depois que uma barra o acertou em cheio na boca, distraindo-o o suficiente para que não atirasse o golpe mortal nas costas de Harry com uma barra enorme de sabão.

Gina estivera esperando pelos dois, parecendo bastante aborrecida, e depois foi de mãos dadas com Harry até o Salão Principal. Isso deu uma sensação morna de segurança, mesmo que ele não soubesse por quê, por entrar no Salão Principal com os dedos entrelaçados nos dela. Mesmo podendo sentir um conjunto de olhares antipáticos vindos da mesa da Sonserina, ele não ficou tenso, não entrou em pânico. Bem, até que ele encontrasse o olhar de Gui na mesa dos professores.

Gina se inclinou sobre ele quando se sentaram e se serviram de bife e batatas. "Não se preocupe com Gui. Acredite em mim, ele é a menor das suas preocupações.", ela murmurou.

Harry encarou-a afetado enquanto espetava um pedaço de carne. "Você está ajudando tanto", ele grunhiu.

Rony sorriu malicioso do outro lado da mesa. "Eu te avisei, cara", ele disse. "Você deve ter medo." Ele juntou as sobrancelhas. "MUITO medo. Gui vai apenas escrever o seu epitáfio. Cada lamentação."

Gina deixou escapar um suspiro. "Puxa vida", ela disse, parecendo aflita. "Suponho que eu mesma terei que escrever tudo."

"Isso realmente os pararia?", Harry perguntou sob a respiração.

Gina crispou os lábios e se ajeitou na cadeira. "Quando você descobrir quanta chantagem de família eu sou capaz de fazer, sim", ela disse.

Harry sorriu, sentindo-se um pouco aliviado, enquanto Rony parecia simplesmente decepcionado. "Eu ainda não acho que seja sensato ficar tão tranqüilo assim", ele disse, de boca cheia.

Gina deu uma leve mordida. "Desculpe, Rony, mas você não pode dizer nada sobre tranqüilidade", ela disse docemente. "Ah, e sobre aquela vez em que você acordou de um pesadelo no meio da noite..."

"Chega", Rony disse rispidamente enquanto Harry sorria. "Já entendi."

"Bom", falou Gina com satisfação.

Logo em seguida, Hermione chegou inesperadamente, uma pena empurrada atrás de sua orelha como se ela estivesse esquecida ali, seu cabelo parecendo um pouco mais maluco do que o usual, com um brilho nos olhos que dizia que ela estava tendo o momento da sua vida.

"Céus, Harry, você não pode imaginar o que são alguns desses feitiços", ela disse, se jogando na cadeira sem cerimônia e começando imediatamente a encher um prato. "Quero dizer, eu estou apenas tentando encontrar a origem de algumas partes, sabe, então eu posso começar a ver se há modos de rebatê-los, e eu estive na Seção Restrita pelo menos umas doze vezes esta tarde, cada vez atrás de um livro diferente. Madame Pince está começando a ficar bem chata." Ela pôs na boca um pedaço de carne assada, mastigou e engoliu. "Até agora, eu apenas consegui diferenciar as caligrafias, tentando juntá-las para ver se têm alguma semelhança. Eu comecei com um grupo, acho que são de Lucius Malfoy, a letra se parece um pouco com a daquele jornal que você me mostrou..."

"Hermione", Harry interrompeu-a, vendo que Rony estava afundando cada vez mais fundo em seu prato de comida, parecendo completamente desolado. "Respire um pouco". Hermione abriu a boca mas manteve-se calada, comendo mais um pouco.

"Então, Hermione", Gina disse, depois de um minuto ou dois de refeição, "teve uma boa noite ontem?". Havia um brilho bem malvado em seus olhos, Harry percebeu. Ela estava simplesmente se matando para fazer a noite de Rony mais miserável do que já estava. Estava adorando aquilo.

Hermione engoliu e lançou-a um olhar confuso. "Por quê, eu fiz um ensaio de Feitiços, e ajudei alguns terceiranistas da Lufa-Lufa com História da Magia", ela disse, soando bastante vaga. "Suponho que tenha sido uma boa noite."

Harry olhou-a, um pouco confuso. Com certeza ela diria alguma coisa sobre as flores... Então ele encontrou o leve sorriso afetado que estava enterrado bem no fundo dos olhos dela. Ooohh garoto, Rony tinha um caminho terrível pela frente, ele pensou, comemorando profundamente por não estar na pele de seu amigo. Fez uma anotação mental para dizer aquilo para Rony depois. Talvez ele pudesse persuadir o Monitor Chefe e tirar todos eles daquela miséria e beijar logo a garota em questão.

Enquanto isso, Rony parara de comer e estava mexendo muito distraidamente em sua comida, com um olhar sombrio. Harry deu uma boa olhada nele e depois franziu o cenho. Ok. Talvez ele não fosse fazer isso com Rony. Seu amigo estava meio que inseguro demais sobre a coisa toda. Lançou um olhar bem significativo para Hermione, que estava no meio de uma porção de batatas. Ela olhou-o confusa, e ele mirou Rony e ela de novo.

Hermione apenas piscou inocentemente e sorriu. "Sim, Harry?", ela perguntou.

Harry resistiu ao impulso de dar com a cabeça na mesa. Ela estava deliberadamente obtusa. "Nada", ele murmurou. E cutucou sua própria comida.

E sentiu-se melhor ao ouvir Gina suspirar. "Hermione, você podia me ajudar com Feitiços depois?", ela perguntou, cutucando Harry. Ele relaxou. Ah, que bom, Gina daria uma boa sacudida na Monitora Chefe depois. Ele esperava.

"Claro", Hermione disse a ela, e então a conversa vagou entre dever de casa e em como diabos Flitwick fazia para encontrar vestes do seu tamanho. Enquanto isso Rony desistiu de sua comida e afastou o prato.

"Vou subir", ele murmurou, se levantando. Harry encarou-o mas ele apenas deu de ombros, saindo do Salão Principal com as mãos nos bolsos.

Harry fechou o rosto e voltou-se de novo para Hermione. "Isso foi muito cruel", ele disse, interrompendo Gina e ela.

Hermione parou e virou-se para olhá-lo, endireitando-se e fitando-se de cima de seu orgulho. "Com licença?", ela perguntou. Um pouco assustadora.

Mas Harry continuou. "Ele realmente não tem certeza sobre essa coisa toda, você sabe. Rony está nervoso com tudo. Inferno, você sabe disso." E lançou-a um olhar confuso. "Por que você está sendo cruel a respeito das flores?"

Hermione apenas fitou-o, e então balançou a cabeça muito lentamente. "Harry", ela disse calmamente. "Você tem ALGUM conceito do que é amar alguém por anos, ANOS, Harry, e nem mesmo ser notada esse tempo todo?"

Harry ficou de repente muito consciente de Gina sentada ao lado dele. "Er, não?", ele tentou, suspeitando que fosse uma daquelas vezes em que ele não devia responder.

"Está certo. Você não sabe", ela disse, os olhos se estreitando em seu rosto. "Eu sei, contudo. Gina poderia te explicar muito bem o que está havendo, se quiser ser tão legal assim com você." Hermione se inclinou na mesa, a voz baixa e fazendo Harry começar a suar. Garotas, especialmente aquelas que ele conhecia, eram apavorantes. "Eu passei os últimos quatro anos esperando que Rony acordasse e percebesse que eu estava parada bem aqui. Eu o vi babando em cima de veelas e de corvinais com peitos grandes e qualquer que fosse o nome daquela cantora. Eu fiquei sentada assistindo discussões sobre quadribol e jogos de xadrez sem fim, até que eu estivesse pronta para gritar. Eu chorei noite atrás de noite atrás de noite porque nós tínhamos brigado e isso era mais importante para mim do que para ele por estar bravo comigo." Seus olhos brilharam. "Então você pode ter uma boa certeza de que vou ter certeza de que posso ter um pouco de retribuição agora."

Harry tinha plena certeza de que queria voltar para o dormitório, exatamente como Rony. Mas ele era estúpido demais. "É", ele disse. "Mas aí está o problema, Hermione. Rony nunca pensou que ele fosse tão bom quanto você." Ele ergueu uma mão, torcendo para que ela não o azarasse. Conhecendo Hermione, seria um feitiço que ele não conhecia e que teria que vender a alma para se livrar. "Não, de verdade. Desde que nós conhecemos você, ele se sente como se você fosse mais esperta e melhor e qualquer coisa mais que ele. Lembra-se do primeiro ano, antes do trasgo? E agora..." Ele deu de ombros um pouco. "Agora ele está absolutamente convencido de que vai simplesmente rejeitá-lo porque ele não é bom o bastante para você."

Hermione estava encarando-o, e como não havia brotado nenhum furúnculo extra nele, Harry decidiu que era hora de fazer sua saída. "Hum, não esqueça de aparecer na sala, hoje às oito horas", ele murmurou, e fez uma girada brusca. Não olhou para trás, apenas foi em linha reta até a porta. E não tinha certeza se ganhara duas garotas perplexas e furiosas atrás dele.

Fora do salão, ele soltou um suspiro de alívio, e torceu para que Gina não estivesse muito brava com ele. Porque ele próprio ainda estava um pouco incerto, e se ela decidisse ficar louca com ele, certamente seria intimidador.

Harry afastou os pensamentos, voltando-se para os dormitórios. Ele tinha mais ou menos uma hora para que chamassem os membros da AD para participar, e ele precisava de Rony. Afinal de contas, se ele teria que recomeçar toda aquela coisa, seu melhor amigo com certeza iria sofrer com ele.

Ele teve um momento de escuridão, pensando mais uma vez em todas as vidas que arruinaria ligando-as à sua própria feia existência, antes que ele também afastasse essas idéias. Rony dissera. Eles estariam todos lá, de qualquer jeito. Ele estava apenas tentando mantê-los vivos.

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Gina estava se sentindo muito... contemplativa ao se aproximar da Sala Precisa junto de Cara naquela noite. Harry a surpreendera no jantar, quando ele de fato dissera a Hermione como Rony estava nervoso. Francamente, considerando que emoções nunca tinham sido seu ponto forte, e com o fato que ele reconhecera os de Rony e o fizera falar sobre eles... bem, aquilo a impressionara. E pensou que o mesmo ocorrera com Hermione, já que a Monitora Chefe estivera muda e imóvel pelo resto da refeição.

A porta se abriu com um mero crack, e as duas entraram na sala. Gina supôs que o sigilo não fosse tão grande quanto a preocupação desta vez, ao dar uma olhada na sala. Não estavam ali apenas os velhos membros da AD, eles tinham trazido amigos. Todos pareciam nervosos e até sérios. Harry e Rony estavam em um canto, conversando com as cabeças juntas.

Harry ergueu os olhos quando ela entrou na sala, quase como se soubesse que era ela. Quando seus olhos encontraram os dela ela percebeu que ele sabia que era ela mesma, e se impressionou um pouco. Depois deixou pra lá. Havia outras coisas para se preocupar naquele momento. Ela deu a ele um pequeno sorriso, apenas o suficiente para que ele soubesse que ela não estava fula com ele por mais cedo, e viu-o relaxar com isso. Merlin, ela amava aqueles olhos, ela pensou ao se virar para Rony. Simplesmente havia algo naquele tom de verde, a cor da grama que enchia todo o quintal d'A Toca...

A porta se abriu e se fechou mais algumas vezes depois que Cara e ela procuraram um lugar para ficar. A sala se parecia bastante com como fora antes, embora agora estivesse bem maior. Aquela era uma sala para treinamento. Não para diversão.

Harry se voltou e limpou a garganta, puxando a varinha e apontando-a para si mesmo, murmurando. "Certo então, todos", ele disse, a voz amplificada ecoando. Gina o observou. Claro que ele estava usando a varinha, não ia querer que todos os outros soubessem do que ele era capaz.

"Vocês todos estão aqui porque nós vamos recomeçar as reuniões da AD", Harry começou. A sala ficou em silêncio enquanto ele falava, cem pares de olhos nele, escutando e esperando e julgando. Hermione escorregou para se sentar ao lado de Gina, apertando sua mão em cumprimento. "Desta vez, não é para estudar." Ele fez uma pausa, como se não quisesse continuar. "Desta vez, é porque vamos ter uma guerra. Logo, logo mesmo. E as pessoas precisam saber se manter vivas."

Uma mão se ergueu lá pelo meio da Sala. "Harry, como você sabe que ela virá?", alguém perguntou. Padma, Gina pensou que era.

Harry ficou parado, tão alto e bonito que fez seu coração doer. Apenas agora que ela o tinha, podia vê-lo como quisesse. "Eu sei", ele disse simplesmente, com as mãos nos bolsos. Não havia um som na Sala. Ele se virou e olhou pela sala de novo. "Eu sei", ele repetiu soberbamente. "Está vindo. E não haverá espaço para meio termo, para um lugar seguro. Se você não estiver do lado do Escuro, Voldemort virá atrás de você. Não importa quem ou o quê ou onde. Ele não se importa."

Rony deu um passo à frente neste momento, e Gina não pode deixar de sentir orgulho pelo Monitor Chefe que ele era. Seu irmão. "Vejam só", ele disse, parado como Harry, alto com as mãos nos bolsos, "Vocês podem acreditar ou não, isso é por conta de vocês. O que nós vamos tentar fazer é nos dar uma chance de lutar. Eu não sei quanto a vocês, mas eu estou nessa coisa querendo ou não. Mesmo que eu não fosse o guarda costas do Garoto Maravilha", ele disse indicando Harry com a cabeça, conseguindo alguns risos nervosos. "Eu estaria nessa coisa. Minha família está nisso. E além do mais, simplesmente não seria certo."

Houve um silêncio, silêncio mortal. Todos os olhos em Harry, ou em Rony. Harry limpou a garganta. "De qualquer forma. Se vocês não quiserem participar, agora é o momento de dizer." O silêncio perdurou. "Se vocês não acreditam em mim, ou se não querem trabalhar... porque é o que nós vamos fazer. Vocês terão que aprender como lutar, como lutar de verdade. E talvez isso não se encaixe a todos aqui."

Nenhuma viva alma na sala se moveu. Finalmente Simas falou, em qualquer lugar atrás de Gina. "Harry, eu não acreditei em você na última vez. E eu seria um perfeito idiota se cometesse esse erro de novo." Houve um murmúrio de concordância. "Então o que quer que precise fazer, eu vou fazer."

Gina pensou que ouvir aquele tipo de apoio talvez fizesse Harry se sentir melhor sobre tudo, mas ao invés disso ela o viu mais tenso. Maldito garoto, ele se sentia tão responsável por tudo e por todos...

"Certo", ele disse, assentindo para Simas. "Então é assim que vai funcionar. Duas noites por semana. Venham sempre que puderem. Quando vocês estiverem aqui, provavelmente poderão tomar uma boa surra." Assentiu na direção de Rony. "Rony vai me ajudar a tocar as coisas. Então teremos muito treino mesmo." Seus olhos se moveram para o fundo da sala, e ela pensou ter visto um flash de bom humor. "Eu ensinarei vocês, e Draco Malfoy ensinará vocês."

Quase cem cabeças viraram-se, engasgando e murmurando enquanto encaravam o loiro sonserino apoiado contra o batente com certo desdém. Ele apenas bufou. "Harry, o que diabos ele..." começou alguém, talvez Simas de novo, Gina pensou.

Malfoy o interrompeu. "Você tem alguma idéia do que é enfrentar um Comensal da Morte e sobreviver, Finningan?", Draco resmungou. Ele examinou as pessoas da sala brevemente. "Potter tem. Possivelmente alguns poucos mais. O resto de vocês", ele riu desdenhosamente. "Vocês nem podem imaginar. Desculpas patéticas de bruxos que estariam mortos antes que se virassem são inúteis."

Houve murmúrios raivosos, mas Harry cortou-os. "Pare com isso", ele disse severamente, e cabeças se viraram de novo ao perceber que ele NÃO estava falando com Malfoy. "Você não tem nenhuma idéia de como vai ser. Eu tenho. Ele também", ele disse, gesticulando para o fundo da sala de novo. "Você não tem que gostar dele. Mas se você ficar, terá que ouvi-lo. Porque Malfoy vai nos ajudar a continuar vivos."

Tudo ficou quieto de novo. Gina olhou para trás para ver Malfoy erguer uma sobrancelha. "Quanta gente arrependida", ele cheio de desdém. "Eles realmente podem aprender tudo, Potter?"

"Certo então", veio a voz de Dino, áspera na sala cheia. "Você é um maldito idiota, Malfoy, mas Harry te trouxe pra dentro. E se Harry diz que você não está do lado de Você-Sabe-Quem, então é suficiente para mim. Como ele disse, eu não tenho que gostar de você. Mas eu vou ouvir."

Lentamente os outros assentiram, e Gina sentiu uma onda de alívio por ninguém ter saído. Aquilo seria difícil, sem dúvida alguma. Ela escorregou a mão para dentro do bolso e apertou a varinha. Mas ela e todos os outros estavam prontos. Eles estavam colocando sua confiança no garoto parado rígido e altivo diante deles, e se ele dissesse que pulassem, ela acreditaria que ele pegaria todos eles.

"Bom", Harry disse. "Então todos tirem os sapatos e os suéteres, e vamos começar." Ele olhou de novo para Malfoy. "Você quer começar?"

Um sorriso frio e até cruel deu o ar da graça no rosto de Malfoy. "Sem dúvida". A multidão de dividiu em suas enquanto ele se adiantava na direção de onde Harry estava. "Vamos começar com uma exibição."

E Harry sorriu, realmente sorriu. Um sorriso malvado de quem estava se divertindo. "Sem dúvida."

N/T: Desculpem a demora! Sabem como é... Outros projetos... Outras vidas... Outras provas!

Miri: Hum, o Draco vai se divertir à beça nessa AD, menina, nem quero ver. Sim sim eu ando estranhando muito esse Harry. Ele está tão sério... Mais ainda do que ele é. Não fale assim do Rony! Ele está com medo, oras, veja ainda como a Mione está colaborando! Ai, eles são um problema. Mas tudo bem... Obrigada!

Akiko: HAAA que maldade a sua fazer isso comigo. Só porque eu moro numa cidade minúscula onde não vem ninguém... Eu sei, os capítulos andam assim, ultimamente. É que agora faltam uns onze capítulos para o final Amanda se descabela Parece que eu nunca vou terminar isso. Mas enfim, as coisas ainda melhoram. Que coisa esse seu depoimento da Espanha, está arquivado aqui e não esqueço, palavra. Obrigada!