DISCLAIMER: Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions (perdoem qualquer omissão).
Nota: não, eu não sou dona dos personagens. Mas isso não me impede de amá-los...
Super obrigada a Rafinha, Nessa, Kakau, Di e Emanuela pelas reviews... Rosa, Claudia, Aline, Jess, cade voces, meninas? Eu estou aqui, publicando a distancia, e vou ficar esperando pelas reviews... BEIJOS!
Capítulo 6 – Caminho de volta ou caminho sem volta?
Chegaram algumas horas depois à Casa da Árvore.
Estavam exaustos, pois não tinham se dado ao direito de parar uma única vez para descansar.
Sabiam finalmente do perigo que tanto eles quanto seus amigos corriam.
Verônica e Malone não os estavam esperando tão cedo, embora os preparativos que podiam ser feitos já estivessem todos prontos, e procuraram não fazer muito alarde, pois as crianças estavam dormindo a sesta depois do almoço, e seria uma oportunidade de juntos eles avaliarem o perigo que corriam sem alertar Tom e Abigail.
'Eles levaram os zangas.' Marguerite disse, antes mesmo de recuperar o fôlego.
'Eles quem, Marguerite?' Verônica perguntou, preocupada, enquanto os ajudava até o sofá.
'Não sabemos. Guerreiros, vestidos com peles. Passaram por nós de madrugada. Levavam todos, guerreiros, idosos, mulheres e crianças.' A voz de Marguerite sumiu.
'Jarl e Assai?' Challenger, que acabara de subir com Summerlee, conseguiu perguntar, temendo a resposta.
'Também estavam com eles. Mas todos pareciam bem, pelo menos não estavam feridos, e os guerreiros não os estavam maltratando.' John respondeu.
'Quantos eram, Roxton?' O lado prático de Ned começava a se manifestar.
'Mais de cinqüenta guerreiros armados.'
'Acha que temos alguma chance contra eles?' Verônica inquiriu.
'Em luta, não. Mesmo com armas de fogo, não teríamos munição suficiente – não importa quanta munição vocês tenham produzido nos últimos dois dias. Teremos que vencer pela astúcia, um plano ou algo assim.' Marguerite disse.
'Como faremos? Vocês têm um plano?' Summerlee questionou.
'Eu sugiro que sigamos as trilhas deles, até encontrar onde estão acampados, para avaliar melhor a situação. Só então poderemos traçar alguma estratégia para libertá-los.' Marguerite começou.
'O problema é que não podemos nos dividir. Em seis adultos já somos poucos. Mas também não podemos levar as crianças. E deixá-los para trás sozinhos seria temeroso.' Ned respondeu.
Estavam num beco sem saída.
Não podiam abandonar os zangas à própria sorte, mas também não podiam arriscar as crianças numa empreitada perigosa como aquela, nem deixá-los sozinhos na Casa da Árvore.
'Está tudo pronto para a viagem?' Roxton questionou.
'Sim. Produzimos munição, arrumamos o que precisamos levar. Mas agora, sem os zangas, para onde iremos?' Verônica respondeu.
'Não sei ainda, mas com certeza não podemos ficar aqui, Verônica.' Foi a afirmação veemente de Marguerite.
'Por que não, Marguerite? Nós aumentamos várias coisas na proteção da Casa da Árvore nesses últimos dois dias.' Ned interviu, pois tinham trabalhado duro para colocar em prática todas as coisas que Verônica tinha sugerido depois de olhar criticamente as vulnerabilidades de segurança que os cercavam.
Roxton ia começar a responder, mas Marguerite o interrompeu:
'Ned, eles são muitos, e eles dominaram os zangas facilmente, pelo que vimos. Não acho que nós seis, e mais as crianças, seríamos presas tão mais difíceis que os próprios zangas, independentemente de qualquer melhoria que tenhamos feito na casa.'
'Ela tem razão, Ned, eles parecem ser tão evoluídos quanto os zangas e quanto nós no que se refere à estratégia e ao ataque. Podem não ter armas como as nossas, mas dominaram uma tribo grande como a dos zangas com facilidade.' Roxton complementou.
'Você acha que eles conseguiriam invadir a Casa da Árvore?' Ned estava incrédulo.
'Se eles forem espertos, Ned, não precisam invadir. Há inúmeras maneiras de nos fazer descer. Lembre-se que já tivemos ataques inteligentes, lembra-se?' Verônica complementou, entendo a observação de Marguerite. O que a deixara tensa quando estava com Ned observando a casa e anotando as sugestões tinha sido exatamente o fato de ver que algumas das vulnerabilidades eram inerentes àquela Casa da Árvore, e que não podiam ser simplesmente consertadas.
Ned assentiu, em silêncio. Ele se lembrava, claro, tinha estado sozinho com Verônica defendendo a Casa da Árvore quando algumas flechas tinham passado incólumes pela cerca elétrica, ultrapassado facilmente a altura da casa, e atingido o interior. Não era uma lembrança agradável. Mas mesmo assim era uma situação possível, ainda mais se aqueles guerreiros que tinham capturado os zangas fossem realmente de alguma raça tão evoluída quanto os próprios zangas.
'Onde estão as crianças?' Marguerite questionou.
'Dormindo a sesta. Vocês devem estar com fome também, não estão?'
'Um pouco, Verônica, desde ontem que não comemos nada, hoje pela manhã começamos a andar tão logo o sol raiou, e não paramos para nada, nem para comer.'
'Venham, temos ainda um pouco do que comemos no almoço, pelo menos servirá para enganar a fome, enquanto continuamos conversando.'
Todos levantaram-se do sofá, e enquanto Verônica arrumava a mesa para dois, Marguerite e Roxton passaram em seu quarto apenas para se livrarem da poeira e do suor da caminhada e para colocarem roupas limpas. Ambos estavam cansados, mas sabiam que agora não era hora para pararem para relaxar.
Subiram rapidamente e encontraram a mesa posta, Verônica tinha-lhes servido um pouco de carne de raptor assada, além de pão e frutas. Se sentaram todos juntos. Marguerite e Roxton comeram pouco e em silêncio.
'E então? O que faremos?' Verônica estava ansiosa. Estava preocupada com Assai, Jarl e os zangas, e também estava preocupada com sua própria família: Ned, as crianças, Marguerite e Roxton, Challenger e Summerlee.
'Continuamos na mesma: não podemos nos dividir. E não podemos levar as crianças.' Ned respondeu.
Marguerite e Roxton se entreolharam, pois também não tinham uma solução para o impasse.
'Bom, talvez possamos fazer o seguinte: eu e John podemos seguir o rastro deles novamente, e avaliar a situação da aldeia.' Marguerite tentou.
'Nem pensar, Marguerite. Seria muito perigoso, apenas em dois, chegar tão perto do acampamento deles. Vocês estariam muito vulneráveis. E nós com as crianças também estaríamos.' Verônica negou, com vigor.
'Não podemos ficar, não temos como ir, eu realmente não vejo muitas alternativas.' Marguerite estava ficando impaciente. Em seus tempos de guerra e espionagem, nunca se preocupara muito consigo mesma, não era de sua natureza deixar de fazer algo certo simplesmente porque representava algum risco para a vida dela. Mas, agora, sua vida não era apenas sua. Havia John. Havia Verônica e Ned. E havia as crianças, tão inocentes, tão jovens, e tão vulneráveis. Havia Challenger e Summerlee, que já não eram tão rápidos.
'Vocês poderiam ir... Eu e Challenger ficaríamos com as crianças.' Summerlee ofereceu timidamente, depois de ter trocado um olhar de compreensão com Challenger.
Mas os outros sequer tiveram tempo de considerar essa proposta, pois, em breve, um tropel ensurdecedor vindo do nível do chão os interrompeu, e o que aconteceu em seguida fez com que rapidamente traçassem seu plano...
Nem precisaram se aproximar do balcão para identificar a origem dos ruídos, pois flechas incendiárias já podiam ser vistas dentro da Casa da Árvore.
'Ned e Challenger, às armas. Marguerite, Verônica, Summerlee, tentem conter o fogo.' Roxton ordenou, rapidamente se posicionando com seu rifle junto ao balcão.
Os tiros ressoavam repetidamente, com os homens atirando como loucos do balcão da casa da árvore, tentando acertar e derrubar o maior número possível de seus atacantes.
Mas as flechas incendiárias eram muitas, e logo várias partes da Casa da Árvore estavam em chamas.
Depois de uma artilharia tão pesada quanto era possível com três atiradores bem treinados e bem posicionados, Roxton, Challenger e Malone conseguiram matar a maior parte deles, e os outros fugiram.
Pelo menos agora eles poderiam descer e fugir do incêndio, já que não conseguiam controlá-lo, ainda mais numa casa com teto de folhas e estrutura de madeira.
As crianças acordaram assustadas, mas Marguerite e Verônica foram rápidas, pegando as mochilas de cada uma das crianças, além de trazerem as mochilas dos adultos para a sala. Coletaram ainda alguma comida que poderiam carregar, e toda a munição que já tinham produzido, e desceram para o solo.
Em poucos minutos viram a casa onde tinham morado arder em chamas. Roxton fez com que todos ficassem próximos, formando um círculo em torno das crianças, para evitar que se tornassem alvos de seus atacantes.
Mas parecia que realmente os tiros e todos os mortos tinham sido o suficiente para espantar os guerreiros por algum tempo.
Verônica estava calada, seus lábios fechados em uma linha dura, lutando contra as lágrimas. Não poderia expressar sua raiva ou seu pesar em ver todas as suas memórias reduzidas a cinzas. Era difícil para todos eles, mas para ela era ainda mais. Ned a abraçou, mas não sabia o que dizer para consolá-la.
As crianças estavam chorando, assustadas e com medo. Ned, que tinha se afastado de Verônica, se ajoelhou junto ao lugar onde Tom e Abigail tinham se sentado, desconsolados, e abraçou os dois, consolando-os: 'Está tudo bem, crianças. Veja, estamos todos aqui, nenhum de nós está ferido, isso é o que importa agora. Estamos juntos, e vamos continuar juntos. Mas vocês precisam se comportar e obedecer direitinho.' Ele sabia que sem a proteção da Casa da Árvore e da cerca elétrica a vida deles se tornava repentinamente arriscada.
Ned voltou para perto de Verônica, que continuava imóvel, as lágrimas correndo por seu rosto, e deixou as crianças com Marguerite, que se aproximara.
'Verônica, eles precisam de você.' Ned falou, calma mas docemente. Não era preciso conhecer Verônica para ver o quanto ela estava sofrendo. E Ned a conhecia muito bem.
'Eu sei, Ned. Dê-me apenas alguns minutos.' Foi a resposta curta e em voz grave de Verônica, ainda estrangulada pelas mãos implacáveis das lágrimas que invadiam seus olhos.
Ned entendia. O que havia sido queimado era apenas a parte material do lar deles, mas para Verônica eram todas as memórias de uma vida toda.
'Verônica, o que está queimado é físico, pode ser reconstruído. O seu lar está aqui. Eu, as crianças. Marguerite e Roxton. Challenger e Summerlee. Estamos juntos, ficaremos juntos.'
Verônica entendeu a mensagem. Abraçou Ned e se permitiu chorar por alguns minutos, aliviando um pouco a dor que sentia.
Então, se afastou de Ned, depois de trocarem um olhar de compreensão, para ficar com seus filhos. Depois de consolá-los um pouco, ela se levantou. As crianças pareciam um pouco mais calmas, mas assustadas. Ned viera para junto delas.
Verônica se afastou, para se recompor, lutando contra novas lágrimas quando seus olhos divisaram as ruínas do que fora sua casa. Marguerite se aproximou, tocando o braço dela, num apoio mudo.
Verônica falou: 'Eu pressenti isso.'
Marguerite a afastou apenas o suficiente para olhá-la nos olhos, preocupada: 'Quando?'
'Ontem, quando estávamos arrumando as mochilas, arrumando os armários. Disse a Ned que tinha o pressentimento que não voltaria à Casa da Árvore. Podia nos ver no platô, mas não na Casa da Árvore. Então era isso...' ela disse, em voz baixa e entrecortada.
'Shh, está tudo bem, Verônica, vai ficar tudo bem.' Marguerite disse, abraçando-a.
Enxugando o rosto, Verônica saiu do abraço de Marguerite e foi para perto de Ned e seus filhos, que pareciam ainda muito confusos com o que tinha acontecido.
Marguerite ficou parada ali, vigiando a selva. Sabia que John estava fazendo o mesmo, do outro lado. Por que tinham sido atacados? Por que de forma tão brutal? Mas pelo menos nenhum dos atacantes deles estava à vista.
'Você está bem?' John perguntou a seu lado – ela estava tão compenetrada na selva ao redor da cerca elétrica que nem tinha sentido que ele tinha se aproximado.
'Estou bem, John, um pouco assustada apenas. Não se preocupe comigo. Como estão Challenger e Summerlee?' Ela tentou sorrir para ele, mas ele a conhecia muito bem.
'Estão tão bem quanto nós. Sei no que você está pensando. Temos que sair daqui o mais depressa possível, pois eles podem voltar. E teremos que ser rápidos e cuidadosos, pois estaremos mais lentos em função das crianças – e dos nossos amigos cientistas também.'
'Minha questão, John, é: para onde iremos?'
'É nisso que estava pensando antes de vir falar com você... Talvez irmos para a aldeia zanga não seja má idéia, pois não creio que os guerreiros vão voltar a procurar lá agora que capturaram toda a tribo deles.'
'Não sei, John, mas pelo menos é uma opção. Isso pode resolver nossa situação por agora, mas não resolve resgatar os zangas. O que faremos?'
'Um problema de cada vez, Marguerite. Nesse momento, temos que proteger nossas vidas, nossa família. Depois, veremos o que fazer com os zangas. Seremos inúteis se estivermos mortos ou feridos, ou se cairmos prisioneiros.'
Viraram-se então para chamar seus amigos. Ned e Verônica entenderam a um olhar. Challenger e Summerlee também. Precisavam sair dali. Agora.
Não havia tempo a perder. Com as crianças mais calmas, puseram-se a caminhar rumo ao desconhecido que os esperava do lado de fora da cerca elétrica.
Eles caminharam por algum tempo. John ia na frente. Depois, Marguerite e Summerlee, seguidos por Verônica e Challenger, ladeavam as crianças. E Ned vinha atrás, fechando o grupo. Era o melhor que conseguiam fazer, para evitar expor as crianças a um perigo maior, e tentando manter o ritmo da caminhada. Com isso, tinham John e Marguerite na frente, puxando o ritmo, e Verônica e Ned atrás, para atender às crianças e fechar a retaguarda. Challenger e Summerlee podiam colaborar também, e nessa formação estavam próximos para serem atendidos por um dos mais jovens, ou para ajudar em caso de luta.
Caminharam na direção oposta às trilhas confusas dos guerreiros que tinham conseguido fugir, na esperança de ganharem algum tempo sobre seus atacantes.
Tentavam ficar em silêncio, mas manter duas crianças ativas em silêncio era algo muito difícil.
Na primeira hora, as crianças estavam muito assustadas, e tinham realmente ficado quietas enquanto caminhavam, acompanhando as passadas rápidas de seus pais e tios, mas o ritmo foi diminuindo porque seus avôs não conseguiam mais manter uma marcha tão pesada continuamente.
Mas depois, a curiosidade os tinha vencido, e eles tinham começado a fazer perguntas.
Pararam por um instante, e Verônica e Marguerite se acercaram dos dois, falando baixo, enquanto Ned e Roxton mantinham guarda, auxiliados por Summerlee e Challenger.
'Escutem, meus amores. Esses homens que nos atacaram são definitivamente maus, e querem fazer guerra.' Verônica tentou explicar-lhes.
'Por que?' Tom era a curiosidade em pessoa.
'Lembra-se quando discutimos antes de ontem sobre a guerra, Tom? Eles acham que temos mais poder que eles, e querem nos subjugar.' Marguerite tentou lembrá-lo.
'Porque não podemos falar com eles, tia?' Foi a pergunta de Abigail.
'Vocês viram que eles nem tentaram falar conosco, Tom, simplesmente nos atacaram. Essa é a parte difícil de uma guerra.' Marguerite disse, suspirando.
'E agora, precisamos ficar bem quietinhos.' Verônica queria convencê-los logo, para retomarem a caminhada. Sabia que era perigoso ficarem parados ali.
'Eles vão vir atrás de nós?' A voz de Tom estava assustada agora. Ele não tinha pensado nisso.
'Eles podem tentar nos seguir sim, crianças. É por isso que precisamos ficar quietinhos e andar bem depressa. Só assim eu, Tio John, seu avôs, sua mãe e seu pai podemos ouvir se eles chegarem perto demais.' Marguerite disse, tentando tranqüilizá-lo.
As crianças pareceram entender, e eles voltaram a caminhar.
Após quase duas horas de caminhada, viram a sua frente o tremeluzir que tinham enfrentado há sete anos... Essa não! Um plano de realidade perdido por ali. Antes que tivessem tempo de reagir, foram tragados por ele. Aparentemente, continuavam no platô, mas tinham entrado numa zona rochosa, que não conheciam. Olhando para os lados, viram que estavam pelo menos todos juntos.
Mas depois de mais algum tempo de caminhada, foram surpreendidos pelos guerreiros que tinham restado, novamente. Eles também tinham entrado naquele plano de realidade.
Marguerite ouviu o ruído atrás dela, à esquerda. Ned, que vinha atrás, viu o movimento vindo pelo flanco esquerdo deles, e alertou o grupo todo, mas antes de poder fazer qualquer coisa eles sentiram uma chuva de flechas incendiárias passarem por eles.
'Verônica, abaixe-se com as crianças, cubram-se com as mochilas!' John gritou, sentindo o arranhão de flechas em sua pele e vendo um ferimento no braço de Marguerite.
Ned, Challenger e John e Marguerite se posicionaram em um círculo, de costas para Verônica que estava com as crianças e com Summerlee, no chão, as mochilas precariamente servindo de proteção. Em alguns segundos seus atacantes voltaram a atirar, mas agora vendo de onde as flechas provinham eles usaram seus rifles e revólveres para atirar à vontade.
'Eles são muitos, nossa munição não será suficiente.' John gritou para os dois.
'O que faremos?' Ned perguntou.
Marguerite olhou ao redor, e disse 'Talvez se formos para uma dessas cavernas na rocha...'
Primeiro John achou que ela estivesse delirando, mas olhando melhor notou algumas cavernas naquele trecho desconhecido de platô em que estavam, devido ao plano de realidade diferente.
'Marguerite tem razão, vamos para lá.' Challenger concordou. Qualquer coisa era melhor que aquele fogo aberto.
John, Challenger, Ned e Marguerite formaram um escudo humano, enquanto Verônica e Summerlee iam à frente com as crianças, em direção à rocha. Os guerreiros pareceram perceber a movimentação, e começaram a se aproximar, suas flechas zunindo mais perto.
Eles começaram a correr também, mas sem dar as costas para seus atacantes. Finalmente alcançaram a caverna, e ouviram Verônica gritar: 'Por aqui, à direita.'
Ela tinha escolhido um caminho ao acaso, pois a caverna parecia um labirinto tantas eram as entradas. Todos seguiram para onde ela estava, mas sabiam que precisavam continuar, no maior silêncio possível, pois os guerreiros iriam segui-los, provavelmente.
Verônica estava parada ao final do túnel, abraçada às duas crianças, Summerlee protetivamente postado a seu lado. Várias entradas abriam-se a sua frente, quando Ned a alcançou, com Challenger, John e Marguerite.
'Tio, tia, vocês estão machucados...' as crianças tentaram.
'Não podemos cuidar disso agora, Abigail, mas são apenas arranhões. Vá com sua mãe, agora.' Roxton cortou.
Ned, Verônica e as crianças corriam na frente, seguidos por Challenger e Summerlee, e John e Marguerite ficaram para trás, dando cobertura a eles.
John estava ao lado de Marguerite, com os perseguidores cada vez mais perto. Ambos tinham recebido flechadas de raspão, e felizmente nenhuma tinha realmente acertado o alvo. Mas ambos tinham o agravante de estarem exaustos pela longa caminhada de ida e volta na viagem de exploração.
Eles podiam ouvir as vozes de seus atacantes na entrada do túnel, e sabiam que estavam realmente sendo seguidos. Felizmente, Ned, Verônica, os cientistas e as crianças tinham aberto algumas dezenas de metros de vantagem a sua frente, o que era um pouco mais seguro do que estarem todos juntos.
De repente, ouviram as vozes dos outros e das crianças, numa confusão de "Nããããããããããããoooooooo"s a sua frente. Ele e Marguerite se entreolharam, os olhos preocupados dele percorrendo o rosto pálido dela. O que teria acontecido aos seus amigos?
Correram mais rápido na direção de onde tinham vindo os gritos, mas apenas para perceber que de repente aquele túnel desembocava numa grande escarpa de rocha, muito inclinada e escorregadia, na qual eles caíram em uma velocidade vertiginosa. E depois a rocha acabou, e eles estavam em queda livre, e então tudo escureceu.
CONTINUA...
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