DISCLAIMER: Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions (perdoem qualquer omissão).

Nota: não, eu não sou dona dos personagens. Mas isso não me impede de amá-los...

Vou tentar me redimir e colocar meus agradecimentos a todos pelas reviews deixadas nos outros capítulos... E minhas desculpas por possíveis confusões por acesso rápido à net – fazer as coisas com pressa significa fazer mal feito, infelizmente. Mas vou me redimir...

Que deixaram review no Capítulo 4: Rafinha, Maga, Di, Claudia, Rosa, Aline e Nessa...

Que deixaram review no Capítulo 5: Rafinha, Nessa, Kakau, Di, Emanuela, Maga, Aline, Rosa...

E, finalmente, respostas decentes para quem deixou review no capítulo 6... Mas, antes de mais nada, as inadimplentes: Jess Nobre (mocinha sumida), Clau (Sis, onde anda você? Assistindo sua segunda temporada do The Pretender?), Si TowandaBR, não pense que porque você viajou comigo você está isenta de ler e deixar reviews... Já to com saudade de você!

Di: obrigada pelas suas palavras sempre encorajadoras… Sobre eles não poderem ter filhos, teria que haver um milagre científico depois do que aconteceu em Sacrifício Doloroso, eu acho... Mas tenho certeza que eles exercitarão muito o conceito de pais com os filhotes de Verônica e Ned... Beijos!

Kakau: pois é, esse é um daqueles momentos que eu chamo de "Point of no return", onde as coisas estão tão ruins que parece que nada pode piorar... Continue lendo esse capítulo para saber dos próximos passos dos nossos exploradores... Beijão!

Maguinha: sombrio foi pouco, né? Foi meio deprê... Essa fic é meio triste sim, mas ela é algo que eu escrevi com muito cuidado, com muita pesquisa, e eu espero que vocês viajem com ela, assim como eu viajei... Beijão!

Aline: honey, que bom que você voltou... Mentalidade pecadora? Fala sério! Que bom que você está gostando... As cavernas do platô são que nem futebol no Brasil: "uma caixinha de surpresas". E para saber a surpresa dessa, tem que continuar lendo... Beijos saudosos... XOXO!

Lady RR: wow, usou até seu pseudônimo, e está com as dívidas em dia! Super obrigada por suas palavras sempre tão gentis sobre o meu texto... Vem muita coisa por aí ainda, você sabe, né? Beijos!

Nessa: quaaaaaase! Essa foi na trave, por pouco eu ia poder te cobrar em público de novo he he he. É, essa fic é um pouco triste sim... Mas acho que cada vez mais eles aprenderão que não é nada de material que os une, sabe? Enfim, aí vamos nós em mais um capítulo! Beijos saudosos... XOXO!

Capítulo 7 – Viagem no tempo

Roxton olhou em volta.

Estavam em uma praia, às margens de um rio, mas que definitivamente não era o seu conhecido Rio Summerlee.

Os corpos de todos estavam espalhados na areia – ele mesmo sentia como se tivesse areia em cada poro do seu rosto.

Levantou-se, dolorido, e se aproximou dos outros.

Verônica estava ao seu lado, com as crianças ainda segurando suas mãos. Levantou-a e logo ela e as crianças estavam tossindo, mas vivas. Ned também acordou nesse meio tempo e veio ajudá-la com as crianças.

Challenger ajudava Summerlee e ambos pareciam bem.

Ele só não conseguia ver Marguerite. Levantou-se, ainda desorientado, e então ele viu o que procurava, ou pelo menos um sinal dela: os longos cabelos escuros flutuando na água rasa da margem.

Correu desajeitadamente para ela, pois suas pernas pareciam não estar funcionando bem, e dragou-a para a margem, apoiando-a de bruços sobre sua perna. Logo também ela estava tossindo e tentando respirar. Os outros já tinham se juntado a eles.

'As crianças?' foi a primeira coisa que Marguerite perguntou, sua visão ainda borrada com toda a areia que tinha entrado em seus olhos.

'Estamos todos aqui, e todos estamos bem.' John disse, limpando seu rosto para que ela pudesse ver melhor.

'Precisamos cuidar dos machucados de vocês dois.' Summerlee insistiu.

Ned e Verônica, entendendo o que precisava ser feito, se afastaram um pouco, entretendo as crianças.

Challenger e Summerlee rapidamente cuidaram do ferimento de Marguerite, e em seguida cuidaram de Roxton.

'Tudo bem?' ele perguntou, preocupado, depois que tinham terminado.

'Acho que sim. Mas preciso de alguns minutos antes de continuarmos.' Marguerite respondeu, forçando um sorriso.

Ele podia entender porquê. Eles dois estavam exaustos. Fez com que ela bebesse um pouco de água e deixou que ela descansasse um pouco mais com as costas apoiadas contra o peito dele, até que a respiração dela voltasse ao normal.

Ned já tinha se aproximado com as crianças novamente.

'Onde estamos?' Abigail insistiu.

'Não sei, minha filha, mas já vamos descobrir.' Verônica apressou-se em tranquilizá-la.

John ajudou Marguerite a se levantar, e suportou-a por alguns segundos até que ela recuperasse o equilíbrio.

'Tudo bem?' ele voltou a perguntar.

'Tudo, John, apenas cansada. Já vai passar. Temos que continuar.'

'Vamos, então.' E ele ficou ao lado dela, ajudando-a durante o caminho. O cansaço começava a dar sinais neles dois.

Summerlee e Challenger também pareciam cansados, mas sabiam que era preciso continuar. Apoiando-se continuamente, eles também se prepararam para seguir.

Seguidos pelas crianças, e com Ned e Verônica fechando o grupo, começaram a caminhar, e seguiram por várias horas. Estava escurecendo, e logo eles teriam que acampar. Os dois caçadores instintivos do grupo, Verônica e Roxton, já vinham atentos em busca de um lugar apropriado e suficientemente seguro e protegido para acamparem, afinal, tinham as crianças e os cientistas para proteger.

Foi quando encontraram sinais de um povoado, e aproximaram-se cautelosamente, pois não sabiam onde estavam, nem se os habitantes eram amigos ou inimigos... Parecia-se com uma vila moderna, apesar de simples, e as pessoas falavam uma língua estranha. Mas quando todos viraram para Marguerite, estranharam encontrar um sorriso largo espalhado pelo rosto muito pálido dela: 'Estão falando português! São brasileiros. Nós saímos do platô!'

Todos se aproximaram daquelas pessoas. Felizmente, Tom e Abigail conseguiam se comunicar em português, de forma básica, graças a Marguerite, e junto com ela ajudaram os adultos a serem recebidos pelo líder do povoado, um homem de meia idade, com um rosto bondoso e marcado pelo tempo, chamado José.

'Vocês parecem ter tido algumas aventuras.' O homem comentou, tranqüilo, depois de olhar os curativos de John e Marguerite, e vendo Ned, Verônica, os cientistas e as crianças arranhados e ainda molhados pelo mergulho involuntário no rio.

Marguerite e as crianças traduziram para os adultos. John disse: 'Diga a ele que tivemos muitas aventuras, e que poderíamos contá-las para eles, mas no momento precisamos de um médico, e de um lugar para dormir.'

Ned completou: 'Pergunte a ele onde estamos. Diga que somos da expedição Challenger, e que somos amigos do Sr. Pereira da Pinta, e de Mr. Shortman, da British & Brazilian Trading Company.' (1) Ele se lembrava ainda das pessoas que os tinham ajudado quando tinham vindo ao platô. Challenger assentiu com a cabeça...

As crianças e Marguerite traduziram novamente, e os outros, embora não entendessem português, viram imediatamente a mudança de atitude de José diante da menção daqueles nomes e da companhia de comércio internacional.

'Vou fazer uma chamada pelo rádio, em alguns minutos vocês terão tudo o que precisam.' O homem disse, entrando em uma das casas, sendo seguido pelos viajantes.

Eles o viram chamar pelo rádio a fazenda do Sr. Pinta. Apesar da estática na linha, o homem foi imensamente solícito e pediu para que José os encaminhasse para o médico da vila, e que providenciasse abrigo para essa noite para os viajantes, pois no dia seguinte ele viria pessoalmente buscá-los.

'Venham por aqui, vamos procurar o Dr. Américo, ele vai poder cuidar de vocês.' José disse, fazendo sinal para que os seguissem.

Duas ruas depois, eles chegaram a uma casa avarandada e fresca. O homem bateu palmas, e logo foi atendido por uma senhora, que vendo o estado abatido e cansado de todos eles logo os fez entrar, chamando pelo Dr. Américo.

Um homem de pouco mais de quarenta anos veio de dentro da casa, vestido de branco, caminhando calmamente.

Quando as crianças e Marguerite começaram a traduzir, ele se dirigiu em inglês, diretamente a eles.

'Vejo que tiveram problemas na selva.' ele disse, levando-os para dentro da casa.

Ele acomodou todos eles sentados em seu consultório, da melhor forma possível. Primeiro examinou Marguerite, e Roxton, que tinham os curativos aparentes.

'Flechadas, não? Nada de mais grave. Venham agora.'

Ele examinou as crianças, Ned, Verônica, e os cientistas. Eles deram explicações rápidas sem mencionar o platô.

'E agora, estão todos bem?' o médico disse, dirigindo-se com voz calma a eles.

'Sim, doutor, obrigado. Apenas um pouco esfolados, cansados e com fome. Mas bem.' Ned disse, sorrindo.

'José, por favor, ajude Anastácia a preparar acomodações para que eles fiquem em minha casa hoje.' O médico disse.

E completou para os viajantes, em inglês: 'Por favor, espero que aceitem minha humilde hospitalidade. Essa é uma pequena vila, e minha casa é certamente a mais confortável que poderão encontrar para passar a noite hoje.'

Os viajantes agradeceram e seguiram com Anastácia e José, que foram lhe apontando os quartos, exceto John, que não tinha saído do lado de Marguerite, ainda sentada na cama.

'Ela é sua esposa, senhor?' o médico perguntou, sorrindo compreensivamente enquanto oferecia uma cadeira para que Roxton se sentasse novamente.

'Sim, doutor, é sim.' Roxton respondeu, sorrindo, mas o cansaço permeando sua voz grave.

'Ele sempre se preocupa demais, doutor.' Marguerite acrescentou, meio que ralhando carinhosamente com Roxton, passando a mão de leve nos cabelos dele.

'Tenho certeza que vocês todos vão estar novos em folha depois de comer um pouco e de descansar apropriadamente.' O médico disse, tranqüilizando-o. 'Venham comigo.'

Dizendo isso, o médico os guiou também. Meia hora depois, Roxton estava limpo, barbeado, e vestindo roupas do próprio médico, que tinha uma compleição física próxima da dele. Seus curativos tinham sido trocados e ele se sentia muito melhor.

No caminho, encontrou Verônica na porta. Ela estava usando um vestido simples, mas que como todas as roupas lhe caiam muito bem.

'Onde estão as crianças?'

'Com Ned, que estava esperando que eles terminassem de tomar banho para ter certeza que eles estariam apropriadamente vestidos.' Ela riu. 'Vou ajudá-lo agora.'

'Challenger e Summerlee?'

'Já estavam prontos e conversando na sala, quando os vi.'

'Já nos encontramos lá, então.' E, dizendo isso, ele entrou novamente no quarto onde Marguerite devia estar.

Ele sempre ficava encantado ao vê-la. Parecia um anjo, a expressão suave no rosto pálido emoldurado pela cascata de cachos negros e macios. Ele se sentou na cadeira ao lado da penteadeira à qual ela estava sentada, escovando com cuidado os cabelos longos, com um pouco de dificuldade graças ao curativo no braço. Ele se levantou, tomou a escova das mãos dela, e ficando de pé atrás dela, terminou a tarefa de pentear-lhe os cachos macios. Depois, agachou-se a seu lado, acariciando seu rosto e cabelos.

O médico bateu à porta algum tempo depois, encontrando-os ainda assim. 'Se tiverem a bondade de me acompanhar, estamos todos prontos para jantar.' Ele convidou, num tom amigável.

'Obrigado, doutor.' John se levantou, dando a mão cavalheirescamente para Marguerite e ajudando-a a levantar-se, enquanto o médico saía.

Roxton riu 'Nosso primeiro jantar juntos, fora do platô.' Ela sorriu de volta.

Os dois chegaram à sala de jantar, onde Ned, Verônica, os dois cientistas e as crianças já estavam sentados esperando por eles. Era estranho se verem todos reunidos em algum ambiente que não fosse o platô, a Casa da Árvore ou a aldeia zanga.

Comeram avidamente, em silêncio, seus paladares estranhando os sabores de algo que não fosse carne de raptors ou dos outros animais pré-históricos do platô. O cansaço estava estampado nos rostos dos adultos, principalmente, e Dr. Américo era bastante perspicaz para percebê-lo.

'Vejo que estão cansados. Anastácia já preparou seus quartos. Fiquem à vontade.' E ele mesmo se retirou, deixando-os realmente à vontade para se recolherem.

Depois de acomodarem as duas crianças, que adormeceram quase que imediatamente, os cientistas se retiraram. Finalmente, os dois casais se desejaram boas noites e foram para os quartos que lhes tinham sido reservados.

'Ainda acordada?' Roxton a conhecia bem e podia sentir que ela ainda não estava relaxada. Ele sorriu para ela, debruçando-se sobre ela e beijando-a de leve nos lábios... Quando ele se afastou para que ambos respirassem, ela disse:

'Não consigo dormir...'

'Está com dor?' ele disse, preocupado.

'Não, não está doendo.'

'Não está cansada?'

'Muito! Tudo o que eu quero agora é apenas uma boa noite de sono...' ela disse, bocejando.

'Então relaxe e durma, minha querida. Ambos precisamos descansar – acho que estamos ficando velhos...' Ele emendou, vendo o olhar fuzilante que ela lhe lançou 'Quer dizer, eu estou ficando velho... Mas pela primeira vez nos últimos dez anos temos certeza que nenhum raptor ou t-rex ou tribo hostil vai nos atacar. Sonhe com os anjos...' ele disse, aninhando-a ainda mais em seus braços.

'Só se for com um anjo caçador, da sua altura, com seus olhos e seu sorriso, milorde.' Ela falou, sua voz sumindo enquanto ela se aconchegava a ele para finalmente adormecer, no que foi logo seguida por ele, que sorriu, ajeitou as cobertas, e adormeceu também, agora com o coração mais leve. Tudo ficaria bem, afinal.

'As crianças ficarão bem?' Verônica perguntava pela décima vez. A voz dela estava empastada pelo sono, mas ela não se rendia ao merecido descanso..

Ned, os olhos pesados de sono, respondeu uma vez mais, puxando-a para aconchegar-se contra ele: 'Eles com certeza estão mais seguros do que jamais estiveram no platô, meu amor. Venha, vamos descansar, sim? Ambos estamos precisando...'

Enquanto isso, na fazenda do Sr. Pereira da Pinta, Júnior estava em alvoroço. Mal podia acreditar no que seus ouvidos tinham captado no rádio há poucas horas atrás. A Expedição Challenger! Seu pai, se ainda fosse vivo, estaria exultante. Ainda se lembrava do quanto o pai ansiara pela volta dos aventureiros. Mas caberia a ele, Júnior, recebê-los sozinho. Mas seu pai não se decepcionaria, com certeza não. Eles estavam próximo a Óbidos e ele iria buscá-los no dia seguinte... Mais de vinte anos. Vinte e cinco anos depois, para ser preciso...

Na manhã seguinte, descansados e depois de um farto café da manhã, e enquanto aguardavam que o Sr. Pereira da Pinta ou seu enviado os viessem buscar, eles finalmente puderam conversar.

'O mais estranho é que essa passagem de saída do platô não apenas nos trouxe para o mundo exterior.' Challenger falava, em voz baixa.

'Mas também nos trouxe para um tempo futuro. Não estamos em 1929, como seria de se esperar. Mas em 1944! É inacreditável!' Summerlee parecia fascinado e assustado com tudo aquilo.

'Precisamos voltar.' Verônica insistiu – pela terceira ou quarta vez desde que tinham começado a conversar.

'É verdade. Os zangas precisam de nossa ajuda.' Marguerite e Roxton sabiam o quanto.

'O problema é que não há como voltarmos pelo mesmo caminho que usamos para sair, Verônica.' Ned tentava, de todas as formas, tranqüilizá -la. 'Mas sempre podemos voltar da mesma forma como chegamos da primeira vez, de balão.'

'Mas para isso precisaremos de alguns recursos financeiros, e reorganizar alguns materiais.' Challenger ponderou.

'Por isso é importante aproveitar a ajuda do Sr. Pereira da Pinta – ou de quem quer que esteja no lugar dele agora – para organizar tudo isso. Precisaremos de dinheiro e equipamentos.' Summerlee continuou.

'Ao mesmo tempo, precisamos, dentro do possível, minimizar nosso impacto na história desse tempo – não devemos interferir na história atual.' Challenger complementou, preocupado. Sabia que não deviam estar ali.

'Então vamos, acima de tudo, manter nossa saída em segredo.' Marguerite disse, temerosa. John sabia pelo menos alguns dos motivos que ela tinha para temer a divulgação da saída deles, além dos que Challenger já citara.

'Não há muito porque divulgarmos nossa volta. Em 1944, provavelmente, quem poderia se interessar por nós já perdeu qualquer esperança de nos encontrar.' A situação toda era muito estranha, mas contar com o senso realista de Challenger ajudava bastante.

Interromperam a conversa quando as crianças que brincavam no jardim voltaram, alegres, anunciando a chegada de um veículo.

Notas:

(1) Sr. Pereira da Pinta, Mr. Shortman, British & Brazilian Trading Company, Manaus e Óbidos são citados no livro "The Lost World", de Arthur Conan Doyle, e tomei a liberdade de usá-los como referências na falta de outros nomes.

CONTINUA...

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