DISCLAIMER: Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions (perdoem qualquer omissão).
Nota: não, eu não sou dona dos personagens. Mas isso não me impede de amá-los...
Aline: é óbvio que sei quem é você, my dear... Bom, você sabe como a Marguerite é o meu xodó enquanto personagem, e muitas vezes o que ela diz é o que eu diria. E, venhamos e convenhamos, a vida não é justa mesmo, né? Que bom que você está gostando, pois uma nova reviravolta na estória começa nesse capítulo... Saudades... XOXO!
Di: puxa vida, muito, muito obrigada! É gentileza sua. Eu apenas gosto muito de escrever... Sobre ser roteirista, acho que não tenho essa capacidade. A Si é que tem a visão dos cortes cinematográficos na mente dela. Eu só consigo mesmo é falar de gente... Pois é, 10 anos ensinaram ao Roxton como lidar com Marguerite, principalmente para não dar a ela a chance de começar a reconstruir em torno dela aquelas muralhas de auto-defesa. Com isso, ele consegue pelo menos "se aproximar", como aconteceu no último capítulo. Beijão e espero que você continue lendo!
Kakau: eita, moça... Bom, eu disse no começo da fic que muita coisa vai acontecer, e acho que comentei que tudo nessa fic vai ser intenso. Grandes tristezas sim, mas também grandes amores, grandes emoções, e grandes aventuras. Aliás, uma delas começa nesse capítulo... Beijão e espero que continue apreciando!
Emanuela: que bom que você esteja gostando, moça, e espero que continue acompanhando a estória. Como eu disse, vem muita coisa pela frente... Sobre fic romântica, tudo depende de como as idéias vão surgindo... Vamos ver o que vai acontecer... Sobre traduzir, eu praticamente não tenho tempo para traduzir fics do inglês pro português, porque o tempo que tenho livre eu dedico a escrever novas fics minhas mesmo, desculpe... Bom, é isso aí! Beijão e até mais!
Rafinha: bem, digamos que quando se vive em família, não é só Marguerite quem vai ter que decidir, vai ser uma decisão em grupo... Mas, como toda decisão, essa também vai ter conseqüências... Continue lendo! Beijão!
Clau: Sis, com certeza Marguerite terá grandes provas de inclusão e de lealdade dessa família que o platô deu a ela. Sobre as perdas, é uma questão de apostar na vida: às vezes a gente ganha, às vezes a gente perde, mas o saldo final sempre é positivo, não é mesmo? Um beijo grande!
Às inadimplentes: Rosa, cadê você? Vai entrar no ciclo vicioso de dívidas de reviews nas fics? Ai ai ai... D. Si TowandaBR, e a senhorita? Olha só: nada mais de capítulos adiantados de "Terra dos Pilares do Céu" para sua prévia apreciação snif snif snif. Nessa: my dear pupil abandoned me! You don't love me anymore... But I still have hope... XOXO! Jess: vou atribuir sua ausência ao seu inferno astral, que espero que termine logo pra você voltar à ativa e deixar todas as reviews atrasadas em dia (santinha, eu, né? He he he). Beijos! Maguinha: até tu? Brincadeirinha, sei que a correria da faculdade às vezes pode fazer você acumular review... Às vezes (deu pra ver que eu posso entender você sumir às vezes, mas jamais "sempre", ok? Beijão!)
Capítulo 9 – A roda do tempo
Quanto voltavam à casa grande da fazenda, onde os outros estavam, Júnior veio ao encontro deles todos.
'Estava à procura de vocês – nessas longas conversas, acabei me esquecendo de oferecer-lhes uma chance de darem notícias às suas famílias. Peço desculpas por minha falta de jeito, mas acho que foi a surpresa inesperada de reencontrá-los. Vocês sabem como podemos localizá-los?'
Eles se entreolharam.
'Hummm, depois de tanto tempo é difícil precisar, rapaz. Deixe-nos pensar em como podemos localizá-los e então pediremos sua ajuda!' Challenger respondeu, como sempre, rápido em seu raciocínio.
'Claro. Apenas me avisem o que precisam, que trataremos de providenciar.' Ele disse, retirando-se.
'Precisamos conversar.' Roxton falou para todos.
Eles podiam notar a gravidade na voz do caçador, normalmente tão tranqüilo, assim como podiam notar a palidez de Marguerite.
'Vamos para o terreiro do paiol. As crianças foram ajudar a empregada a cuidar das galinhas – eles estão encantados com esses bichos que nunca viram.' Verônica comentou, ainda divertida com a reação dos filhos. Mas sabia, pelo tom de Roxton, que o que estava por vir não tinha nada de divertido. Quando todos começaram a caminhar, ela se aproximou de Marguerite, que ficara um pouco para trás, olhos baixos, e apertou de leve a mão daquela irmã que a vida lhe dera. Marguerite olhou para Verônica, que sorriu para ela, mas retribuiu apenas com um olhar, o que preocupou ainda mais Verônica.
Quando chegaram ao terreiro do paiol, todos se acomodaram.
'Júnior tocou num ponto importante hoje.' Challenger começou.
'George, acho que Roxton tem mais coisas a nos dizer.' Summerlee interrompeu, sentindo a tensão no ar.
'Na verdade, creio que quem tem algo a dizer a vocês sou eu.' Marguerite interrompeu. Queria dar a eles uma perspectiva racional antes que John pudesse se expressar.
Mas Roxton não permitiria isso. 'Challenger, por favor, nos fale das perspectivas históricas e do impacto que isso pode ter. Depois, eu e Marguerite falaremos.'
Ela tentou protestar, mas um olhar do caçador fez com que ela silenciasse.
Challenger pigarreou antes de começar, sentindo a importância da situação.
'Saímos num tempo muito posterior ao nosso. Sabemos que não deveríamos estar aqui. Em condições normais, aliás, provavelmente eu e Summerlee já teríamos morrido por essa época, e vocês estariam bastante mais velhos. Vivemos algo insólito, nesse momento, mas não podemos, de forma alguma, interferir nesse tempo atual – não fazemos parte dele. E a última vez que tentamos interferir com o tempo, sabemos o que aconteceu...' Challenger nunca se esqueceria que o terem tentado trazer Finn do futuro para o passado tinha quase desencadeado uma tragédia no platô.
'Algum de vocês gostaria de tentar contactar alguém?' Summerlee perguntou, condescendente.
'Creio que minha mãe já deva ter se juntado aos anjos, meu amigo. ' Roxton respondeu.
'O mesmo com minha Jessie.' Foi o comentário de Challenger. 'E você?'
'Meus filhos, netos e bisnetos devem andar por esse mundo, mas eu é que não deveria mais estar aqui. Não, não preciso entrar em contato com eles, creio. Ned?'
'Gostaria de ter notícias de minha mãe, mas não acho prudente. Isso poderia facilmente chegar ao jornal, e aí manter-nos longe da imprensa seria uma dificuldade.'
Marguerite deu um riso amargo: 'Eu não saberia nem quem contactar.'
'E precisamos voltar para o platô o quanto antes. Os zangas precisam da nossa ajuda.' Verônica argumentou. 'Além disso, eu sou a Protetora – ou vou vir a ser a Protetora – e preciso voltar.' Ela estava bastante preocupada desde que tinham deixado o platô.
'Só sabemos um caminho para chegar ao platô, que é usando um balão.' Ned adicionou.
'E o problema vai ser conseguir um balão, nesses tempos de guerra.'
'Posso tentar movimentar algum dinheiro de minha conta bancária em Londres.' Roxton argumentou.
'John, não sabemos o que foi feito da sua conta bancária depois de todo esse tempo. Como não sabemos se saímos do platô ou não, pode ser que você esteja a essa altura em Londres, mais velho, e não ia gostar nem um pouco de ver um gêmeo seu, mais jovem, movimentando sua conta.'
'Isso pode ter acontecido?' Marguerite se espantou.
'Não sabemos, Marguerite. A única certeza que temos é que até 1929 nós não saímos do platô. O restante é futuro. Embora não creio que tenhamos saído – lembram-se do piloto de helicóptero que no ano 2000 nunca tinha ouvido falar de nós?' Challenger conjecturou.
'É nessas horas que vocês deveriam não reclamar quando eu carregava um saquinho com pedras preciosas para onde fôssemos. Se eu não tivesse deixado esse hábito para trás há alguns anos, agora teríamos como obter o balão.' Marguerite comentou, e os outros não puderam deixar de rir.
'O fato é: não temos dinheiro, não temos a quem pedir esse dinheiro, não podemos usar a fama científica de Challenger, mas precisamos de um balão, e precisamos voltar o quanto antes para o platô.' Verônica insistiu.
'Precisamos também voltar ao nosso tempo. Afinal, os zangas precisam de nós em 1929...' Summerlee comentou.
'Podemos construir um balão...' Challenger começou.
'Nem pensar, George. Não estamos falando de um artefato artesanal que poderia nos matar a todos. Há duas crianças conosco agora.' Marguerite cortou.
'Eu poderia realmente investigar minha conta bancária em Londres. Se nós não saímos do platô, há uma chance de eu poder obter alguma quantia dali sem despertar grandes suspeitas.'
'Marguerite, o que você tinha a dizer?' Verônica não podia se livrar do estranho desconforto que notava em Marguerite.
'Eu... Bem... Estamos em guerra e, se vocês se lembrarem da história envolvendo Parsifal... Eu sou um alvo móvel tanto para aliados quanto para inimigos. E se qualquer dos lados perceber uma ligação minha com vocês, não há dúvidas que vocês se tornarão alvos de guerra.'
'Ou seja, não apenas não podemos aparecer em função de não alterar a história, como também não devemos aparecer para não colocar nenhum de nós em perigo por causa da guerra.' Summerlee comentou, olhando amorosamente para Marguerite.
'Na verdade, Arthur, eu não pretendo arriscar...' Marguerite hesitou por um instante.
'Como assim?' Verônica agora estava realmente apreensiva.
Mas John interrompeu: 'Marguerite estava cogitando desaparecer, nos deixar, e só voltar quando estivermos prontos para voltar ao platô. Ela acha que assim será uma ameaça menor para nós.'
'Nem pensar, Marguerite! Estamos juntos nesse barco. E assim continuaremos!' Challenger interveio.
'Exato. Somos uma família, e nenhum membro dessa família será deixado para trás.' Ned completou.
'Vocês não compreendem, não é? Estamos falando de seres humanos, e não de raptors! As pessoas podem ser extremamente cruéis em situações de guerra – principalmente diante de tudo pelo que eu fui responsável durante a primeira guerra.' Ela disse, pensativa. 'Eu sou um perigo imenso para vocês. Pense nas crianças, Verônica!' ela tentou apelar.
Mas mesmo Verônica estava irredutível. Podia entender o que estava se passando na cabeça de Marguerite. 'Marguerite, as crianças não são uma desculpa. Nós estamos juntos nisso. Sabemos que a segurança reside nos números, e que sozinhos somos muito mais vulneráveis! Vamos encerrar esse assunto, sim? Ou estamos os oito juntos, ou nada feito.'
Marguerite continuava contrariada. Por um lado ela sabia que a família que tinha conquistado nunca a deixaria só. Por outro lado, temia por eles, pois nenhum deles tinha idéia de tudo o que as ações de Parsifal tinham causado durante a primeira grande guerra...
'Todos aceitam essa condição?' Roxton sabia que Marguerite só aceitaria melhor a situação se visse o consentimento de todos.
'Sim.' Foi o que cada um deles respondeu. Ainda era estranho para eles terem que reafirmar algo que lhes soava tão natural – mas lembrar-se do que Marguerite já devia ter passado mostrava que sem aquele consentimento oficial, ela não estaria segura.
'Vocês são todos tão – ou mais – cabeças-dura que eu.' Marguerite não pôde deixar de sorrir, diante de seus amigos.
'Ótimo. Agora, aos planos. Vamos voltar e pedir a Júnior que consiga uma ligação internacional para nós. Veremos como está minha situação bancária.' Roxton finalizou a conversa.
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A ligação telefônica solicitada por Roxton foi prontamente completada, mas as notícias não eram auspiciosas. Parece que não havia mais conta alguma em seu nome no banco, o que seria realmente de se esperar depois de todo aquele tempo.
'Acho que vocês vão ter que reconsiderar minha construção de um balão...' Challenger começou...
Mas Marguerite o interrompeu, entrando na sala como um foguete:
'Talvez você esteja certo, George. Estava vendo alguns jornais do início desse ano de 1944 na biblioteca de Júnior, e vejam o que encontrei: eles moveram, no dia 03 de janeiro, um destacamento de dirigíveis para São Luiz ou Alcântara, no estado do Maranhão. Chequei nesse mapa...' e ela abriu um atlas na frente deles 'e essa cidade não é tão longe daqui... Aliás, a empresa de Júnior tem uma sede lá, pelo que consta dos papéis dele...' Ela tinha definitivamente feito um belo trabalho de investigação e espionagem nas coisas de Júnior... (1)
'Onde você está querendo chegar, Marguerite?' Ned perguntou, desconfiado.
'Digamos que podemos obter a matéria-prima de primeira qualidade, e deixar apenas a montagem do balão para Challenger... Isso seria bem menos arriscado e bem mais rápido que produzir o látex para as fibras do balão, não acham?' ela concluiu, com um sorriso malicioso.
'Ao que eu sei, isso se chama roubo, Marguerite.' Verônica interveio. Aquilo soava muito perigoso.
'Nós podemos entrar pela porta da frente e pedir a eles.' Marguerite disse, irônica.
'Você acha que eles nos atenderiam?' Summerlee indagou, inocente.
'Ela não estava falando sério, meu velho.' Challenger ponderou.
Roxton tinha permanecido em silêncio. 'O que você acha, John?' Marguerite perguntou, esperançosa.
'Eu não gosto da idéia.' Roxton ponderou. 'Mas sem dinheiro, não vejo muitas alternativas. Ou começamos a improvisar os materiais para que Challenger construa o balão, ou arriscamos conseguir algum material de segunda-mão nesse lugar que Marguerite falou.'
'Quanto tempo você levaria para fazer tudo, a partir do zero, Challenger?' Verônica questionou.
'Um ano, provavelmente. Não temos nada que usar como base, como no platô – lá tivemos apenas que remendar o balão original.'
'Um ano é muito tempo para os zangas nos esperarem.' Verônica teve que admitir.
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'Mas vocês podem perfeitamente ser meus hóspedes por quanto tempo desejarem...' Júnior insistiu.
'É que pode demorar algum tempo até que possamos voltar à Londres, em função da guerra.' Challenger explicou. Não queriam envolver o rapaz em seus planos, pois não pretendiam colocá-lo em perigo.
'Além disso, seremos provavelmente buscados em São Luiz, pela facilidade de acesso dos navios aliados.' Marguerite completou.
'Entendo... Vejamos... Se for assim, e em se tratando do Maranhão, creio que podemos arranjar. Em todas as cidades onde a British & Brazilian Trade Company tem sede, há também um rancho ou fazenda onde podemos arranjar acomodações para vocês. Essa de São Luiz, particularmente, está quase desativada, pois nosso comércio não é forte lá, principalmente em tempos de guerra. Então, não haveria nenhum problema em acomodá-los lá, se é o que desejam.'
'Seria o arranjo perfeito para nós, senhor, e ao mesmo tempo o livraria do incômodo de nos abrigar por tanto tempo.' Summerlee adicionou, polidamente.
'Não é incômodo algum, como eu disse, mas entendo que o desconforto de vocês. Providenciarei para que sejam levados para lá até o final dessa semana, dando tempo do caseiro limpar a casa grande e deixá-la preparada para recebê-los.'
'Muito obrigado!' Todos agradeceram, e foram preparar suas coisas... Mais uma aventura estava prestes a começar...
Notas:(1) No dia 03/Janeiro/1944, o destacamento de dirigíveis ZP-41 foi realmente transferido de Fortaleza (CE) para São Luiz (MA).
CONTINUA...
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