DISCLAIMER: Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions (perdoem qualquer omissão).

Nota: não, eu não sou dona dos personagens. Mas isso não me impede de amá-los...

Di: obrigada por ser minha "leitora fiel". Cursos e viagens, e o fanfiction bixado, me impediram de publicar o capítulo 11 antes, mas aqui está. Ned arriscou a pele no capítulo anterior, porrada no lordão é perigoso (segundo a Si, "respeito é bom e preserva os dentes – da frente" he he he)! Beijão pra você!

Rosa: ai ai ai, meus sais! Você pagou sua dívida! Nem acredito! Ainda bem, porque senão durante o feriado em casa ia ter que fazer faxina... Claro que era um plano implícito, e como você se comportou bem não precisei nem fazer ameaças (he he he, até parece que você acredita, né?). As mãos amarradas dos moçoilos realmente são complicadas... Principalmente porque as regras no mundo real são bem diferentes das regras do mundo perdido... Mas, vamos torcer por eles, né? Beijão, já estou com SAUDADIX!

Si: eu não devia responder sua review, porque a que você deixou é do capítulo 5, e já estamos no 10... Mas no mínimo preciso responder pra poder te cobrar do restante... Senão, já viu, nada da fic nova pra você (assim você não terá desculpa de dizer que não vai deixar review porque já leu a fic com antecedência)... He he he... Essa não é uma fic de romance (nem N&V, nem R&M), embora, claro, o romance deles permeie um pouquinhozinho a estória... Mas N&V terão papéis decisivos, confira – e aproveite pra deixar review depois que conferir he he he... Beijos, saudades muitas de você! E, by the way, você continua na lista de devedoras... Só começou a pagar suas dívidas que vão durar anosssss nas galés!

Nessa: The next chapter is here, honey... But so many things are still to happen… This is a dramatic fic, you know, so, be prepared (by that I mean having a handkerchief available for continuing reading)… But I do believe that even when life (real or fiction) is dramatic, it is just a matter of keeping our beliefs to be able to surface any obstacle – hopefully that's what our adventurers will come up with! I miss you… XOXO

Clau: SIS! Eles estão realmente numa enrascada, e parece que a Lei de Murphy está agindo nessa fic... Mas, assim como você, eles também acreditam – e vão fazer de tudo para – resolver todas as encrencas e voltarem ao platô! Beijão!

Kakau, Maguinha, Aline, Jess: cadê vocês, meninas? Si: seu nome continua aparecendo aqui na lista dos inadimplentes, porque o pagamento da dívida nem começou a fazer coceguinhas...

Capítulo 11 – Soltando as amarras...

'Que bota bonita, moço...'

O soldado não pôde deixar de sorrir, vendo as duas crianças que caminhavam de mãos dadas do lado de fora da cerca, e tinham parado para observar seu uniforme. O menino se manifestara primeiro. Ele se empertigou mais.

'Vocês gostam?'

'Sim, é muito bonito! E esse lugar é tão grande! Só não entendemos porque num lugar bonito desses vocês prendem uma moça...' a menina perguntou.

'Uma moça?'

'É, uma moça, com... Como é que se chama mesmo? Ah, sim, algemas!' a menina continuou.

Imediatamente o soldado se deu conta que as crianças provavelmente tinham-no visto arrastando a prisioneira do oficial.

'Ah, sim, mas ela é uma bandida...'

O olhar das crianças pareceu assustado.

'Bandida? E o que vocês fazem com bandidos?' o menino indagou.

'Mandamos de navio para a Inglaterra.' O soldado não era muito criativo.

'Ah, então eles ficam longe de vocês?' foi a vez da menina perguntar.

'Isso mesmo, não queremos bandidos perigosos perto de nós.' O soldado respondeu, pacientemente.

'Bom, mas enquanto ela estiver aí dentro, nós não queremos nem chegar perto de bandidos. Adeus, moço!' a menina disse, puxando o irmão pela mão. Os dois ainda olharam para trás e acenaram para o guarda, antes de desaparecer na mata.


Roxton e Malone o esperavam a uma distância segura, e agora era a vez de Malone estar em apuros, agoniado por ter deixado os dois filhos sozinhos irem falar com os soldados... Ele só respirou aliviado quando viu Abi e Tom voltando juntos, de mãos dadas, correndo pela mata, até vê-lo.

'Papai, papai! Tio Roxton!' os dois gritaram, abraçando-os. Ambos tinham os olhos cheios de lágrimas.

'O que foi?' Roxton e Malone tinham-se abaixado e abraçavam as crianças, que tentavam recuperar o fôlego para contar-lhes algo, enquanto choravam mansinho.

'O soldado... Disse que tia Marguerite é uma bandida perigosa!' Tom disse, num soluço.

'E que eles mandam bandidos perigosos embora de navio, para a Inglaterra.' Abi completou, o lábio inferior trêmulo.

Os homens abraçaram as crianças, tentando acalmá-las, mas se entreolharam, sabendo da gravidade do que aquilo significava.

'Vamos, fiquem calmos. Tudo vai dar certo. Vamos voltar para a fazenda agora, sim?' Ned disse, com a cabeça de Abi enterrada na curva de seu ombro.

'Isso, vamos agora, sim, Tom?' Roxton respondeu, seu coração apertado, ainda mais pela visível preocupação do garoto, que apertava seu pescoço com força.

Os dois se ergueram, carregando as crianças consigo, e voltaram para a sede da fazenda.


'Como assim? Inglaterra?' Summerlee olhava, incrédulo para eles, o cachimbo apagado em seus lábios.

'Eu andei perguntando, e a base é mantida por militares americanos e ingleses, Arthur.' Ned explicou.

'Significa que ela pode ter sido reconhecida?' Challenger temia o que isso poderia significar.

'Creio que sim – muitos oficiais graduados hoje para responsabilidades além-mar tiveram algum tipo de contato com ela antes, provavelmente.' Roxton expressou suas suspeitas.

'E Marguerite não é exatamente uma mulher fácil de esquecer...' Verônica disse, preocupada.

'Como podemos tirá-la de lá?' Summerlee não conseguia ver uma saída...

'Não sei se podemos, Arthur.' Challenger respondeu, cuidadosamente, sem desviar o olhar de Roxton, que andava inquieto de um lado para outro.

'Como assim?' Verônica quis saber. Estava acostumada às aventuras do platô, onde se podia fazer tudo.

'Podemos tentar, mas não podemos invadir um navio militar, sem armas nem nada.' Ned ponderou.

'Precisamente. Mas vamos descobrir os horários de partidas de navio, para ver se temos alguma chance de libertá-la durante o transporte.' Challenger completou.


'Vamos, senhora, é hora de fazer uma viagem.'

Marguerite mal podia acreditar em seus ouvidos. Ontem o oficial a tinha mandado para a Inglaterra, e já hoje ela iria viajar? Seus amigos sequer teriam tido tempo de saber o que tinha acontecido ou de pensar num plano para resgatá-la.

'Vou ser libertada?'

'Não. Você ouviu o que o oficial disse ontem. Está sendo enviada para a Inglaterra.'

'Tão rápido?' ela nem precisava se fingir de espantada.

'Estamos em guerra, senhora. Há navios partindo daqui com grande frequência. E a senhora teve a sorte de haver um partindo hoje.'

Sorte? Ela pensou. Mas não manifestou seu pensamento. Precisava pensar e agir rápido, enquanto eles a levavam. Precisava escapar, de alguma forma.

Eles a ergueram e fizeram com que os acompanhasse. Ela fez o máximo para retardar seus passos – aliás, nem precisava de muito esforço, o corpo dolorido pelas acomodações ruins não colaborava realmente em acompanhar as passadas largas da marcha dos soldados que a escoltavam. Eles fizeram com que ela subisse num jipe, que percorreu os poucos quilômetros que os separavam do porto, sem sair de dentro do perímetro da própria base, onde um navio de guerra estava ancorado – ladeado de dois cruzadores e um contra-torpedeiro.

Fizeram com que ela descesse do jipe, já na área das docas, a poucas centenas de metros da rampa que levava ao navio. Havia uma rampa por onde oficiais e soldados circulavam, e uma outra rampa para a área de carga. Foi para lá que os soldados a escoltaram. Mas ela quase não viu isso. Olhava sorrateiramente para os lados, observando qualquer chance de escapar, mas todos os olhares estavam voltados para ela, afinal, num cais lotado de homens uniformizados, uma mulher, algemada, rapidamente se tornou o centro das atenções. O que não a impediu de perceber um olhar diferente, e quando virou-se viu o que temia: John estava ali, com Ned e Challenger, no meio de outros curiosos que tinham se aglomerado discretamente para ver a partida de um navio. Eles também pareciam espreitar qualquer chance de tirá-la dali – não tinham podido entrar na base, e esperavam ter alguma chance durante o embarque. Mas entre os quatro navios havia quase cinco mil homens ali. Não havia a menor chance deles a resgatarem naquelas condições. (1)

Ela olhou em torno, numa última esperança, mas mesmo ela tinha que admitir quando algo era impossível. Ela voltou a olhá-los, e John, que tinha ficado de pé, fez moção de aproximar-se. Ela apenas olhou intensamente para ele, e fez vigorosamente o sinal de não com a cabeça, instando-o para que não tentasse nenhuma loucura.

Os guardas não notaram seu movimento, e aos trancos e tropeções ela finalmente foi embarcada na grande barriga do navio, deixando para trás seus três amigos, que acompanhavam a tudo, desolados. Eles ainda tentaram se aproximar da ponte que ficava próxima aos navios, mas foram imediatamente barrados – apenas os oficiais e soldados podiam circular por ali. Voltaram para trás das linhas de barricadas, limite de onde podiam ficar, com os outros curiosos, e permaneceram ali até o navio zarpar.

'Nós encontraremos um jeito, Roxton.' Challenger disse, colocando a mão no ombro do amigo.

'Traremos Marguerite de volta.' Ned completou, num tom conciliador.

Mas Roxton não respondeu. Seus olhos estavam cheios de dor, assombrados, e seus maxilares apertados demonstravam toda a tensão que vivia. Ele se afastou a passos rápidos, caminhando a frente de seus amigos, sem dizer palavra.

Notas:

(1) O USS General Meigs (AP-116) partiu em 23/novembro/1944, e foi escoltado pelos cruzadores USS OMAHA (CL-4) e RIO GRANDE DO SUL e pelo contratorpedeiro MARCILIO DIAS, levando ao todo 4.976 combatentes para a guerra.

CONTINUA...

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