Tinham passado duas semanas desde que eu e o cara de cachorro tínhamos oficialmente entrado em guerra. A gente deve ter se falado no máximo duas vezes nesse tempo, e lógico que tinha acabado em briga, então o clima não andava os melhores, principalmente porque o imbecil tinha resolvido andar com a gente (leia-se Miroku e Sango), ou seja, alem de eu ter que ver o cara roubar meus amigos, eu tinha que agüentar as merdas que saiam da boca dele o dia inteiro! Mas, nesse dia as coisas iam mudar um pouco...
Pisei na bituca do cigarro, pra apagar, um pouco antes de entrar no colégio. Era meu espírito ecológico falando mais alto. Quer dizer, mesmo que odiasse estudar, eu não queria ver o lugar pegando fogo nem nada. Parei um pouco onde eu estava, pra dar uma boa olhada no sol nascendo... Cara, aquilo era lindo! Depois de uns dez minutos resolvi entrar, com o meu disk-man no último volume, ouvindo um Linkin Park pra animar as coisas logo de manhã. A Sango, o Miroku e o "sem nome" já estavam lá, sentados no nosso canto de sempre, conversando. Abaixei o volume e dei um "oi" geral.
- Ta ouvindo o que? – a Sango perguntou, com um ar não tão interessado.
- Linkin Park – respondi meio grossa. Eu fico meio assim quando to morrendo de sono. O cara de cachorro deu uma risada que acho que era pra ser meio debochada, mas na real saiu um ronco daqueles de motor de carro. Ignorei e a Sango continuou o papo.
- Isso me lembra... To com o seu cd do No Doubt.
- É verdade – respondi vendo o idiota revirar os olhos como se aquilo fosse a coisa mais ridícula que ele já tinha ouvido. Meu sangue ferveu, mas eu resolvi ignorar de novo – Traz pra mim amanhã..
- Eu to com o teu do Simple Plan – o Miroku falou e a voz dele saiu abafada. Ele estava com a cabeça na carteira, com os braços em volta, tentando achar uma posição boa pro seu famoso cochilo da primeira aula.
- Caramba! – o ridículo não podia calar a boca, claro – Não dá pra ignorar todo esse lixo! Só falta você me dizer agora que gosta de Offspring!
Estreitei os olhos daquele jeito que só eu sabia fazer e levantei uma sobrancelha, fazendo uma cara de desprezo. Mas na real a única coisa que eu pensava é que aquele idiota devia amar brigar comigo. Só comigo também, por que com a Sango ele conseguia falar que nem gente!
- Gosto, porque? Não to vendo onde isso te coloca no papo, só se você também estiver com um cd meu...
Vi a Sango e o Miroku trocarem um olhar de "de novo isso...". Vi o cachorro abrir a boca pra falar alguma coisa e senti meu rosto esquentando... ele não estava com a expressão brava de sempre... estava com uma cara de sabe-tudo e aquilo me irritava mais ainda.
- Por mais que eu não te suporte chaminé, não dá pra ouvir tanta banda ruim de uma só vez e calar a boca! Até vai um pouquinho de Linkin Park, mas Simple Plan? Offspring? Qual é o nome da outra mesmo?
- No Doubt! – a Sango respondeu e eu enfiei uma faca nela com os olhos.
- É, essa aí... Qual é, vai ouvir musica de verdade!
- Ah é? – foi a minha vez de fazer cara de sabe-tudo, pronta pra mandar bala nas bandas dele também – E o que é banda de verdade pra você?
Só que ele não fez aquela cara de dar medo e começou a falar alto, olhando pro nada de sempre. Só continuou me olhando com a cara de sabe-tudo.
- Preste atenção por que não é todo mundo que tem o privilégio de aprender comigo! Pra começar, chaminé, eu vou te falar as bandas básicas: Sex Pistols, Ramones, Black Sabbath, The Clash, The Doors... – até aí, mesmo ficando vermelha de raiva, eu não podia falar nada. Era tudo muito bom – Daí vai depender do estilo que você gosta. Como as bandas que você falou são tudo ska da pior qualidade, tirando Linkin Park, que é um new-metalzinho de segunda, agora eu vou te falar dos ska de primeira! Tipo, No Use For A Name, Face to Face, Finch, The Ataris...
- Ataris é emo... – interrompi, me sentindo com as orelhas vermelhas.
- Claro que não... Só tem umas duas musicas deles que são emo e...
- Olha, da pros dois pararem? – a Sango interrompeu – essa conversa já ta irritando, que se dane se Aratis é emo...
- Ataris – eu e ele corrigimos na mesma hora.
- Que seja, ninguém aqui quer saber! Dá pra vocês pararem?
Cruzei os braços e virei pra frente. Não dava pra discutir com ele sobre música, isso eu tinha percebido. Era mesma coisa do que falar sobre natação com a Sango. Até o Miroku tinha levantado a cabeça pra escutar quando o cachorro tava falando. Ele ficou me olhando com aquela cara de "não-vai-dizer-nada?" e comecei a ouvir o que o professor falava.
- ...as duplas serão escolhidas por mim, na ordem de chamada. O primeiro com o ultimo, o segundo com o penúltimo e assim por diante – ele segurava a lista com a chama na mão – Então, Ayumi e Yoshiyuki...
Parei de prestar atenção. Ainda faltava bastante pro meu nome, que era no meio da chamada. O professor continuou, pondo a Sango com a Eri e o Miroku com o Houjou.
- InuYasha e... – o professor olhou a lista de novo e mandou – Kagome.
Dei um pulo na cadeira. Eu só podia ter ouvido errado. Não tinha como! Não era o primeiro e o ultimo da lista? Aí eu entendi. Eu e o InuYasha estávamos no meio da chamada. Nós íamos ser duplas mesmo se fosse na ordem normal ou se fosse do jeito que o professor tinha feito. Era muito azar pra uma pessoa só. O Miroku não colaborava em nada, rolando de rir do meu lado.
- Como é? – perguntei com voz esganiçada.
- Eu e a chaminé? – o hanyou gritou e todo mundo riu, repetindo o apelido pro amigo do lado "ótimo! Era tudo o que eu precisava! A turma inteira rindo da minha cara e fazer dupla com aquele... aquele..."
- Não, professor, deixa eu trocar de dupla com o Miroku, por favor!
- É, eu vou morrer de câncer no pulmão só de ficar do lado dela! – de novo, todo mundo riu. Uma raiva subiu na minha cabeça e eu não segurei:
- Acho que qualquer um aqui ia preferir morrer de câncer no pulmão do que fazer dupla com uma aberração como você.
A sala inteira calou a boca em um segundo quando eu disse isso. O Miroku parou de rir e me olhou com uma cara de que não acreditava no que ouvia. Quer dizer, eu geralmente não abria a boca na sala e de repente começava a meter a boca num cara, é claro que todo mundo achou que a aberração era eu. O cachorro me encarou como se eu tivesse dado um tapa na cara dele. Eu sabia que tinha ido longe demais e eu odiava quando fazia isso, mas já era tarde demais.
- Ah, então você é uma preconceituosa ridícula que tem nojo de fazer trabalho com um cara que nem eu? – ele perguntou, acho que só pra ter o que dizer mesmo.
- Não, eu tenho nojo de fazer trabalho com um imbecil que acha que sabe tudo da minha vida e é arrogante a ponto de me dizer o que eu preciso ouvir ou não e ser grosso comigo quando eu vou pedir desculpas!
- Se você não fosse tão idiota, eu não seria grosso com você! Por que será que eu não discuto com a Sango?
- Porque... – comecei. A essa altura nem me lembrava que tinha uma sala de umas 40 pessoas assistindo meu rosto inteiro ficar vermelho e a minha voz ficar cada vez mais fina e irritante. Antes que eu pudesse dizer o "por que", a voz de trovão do professor interrompeu. Só nessa hora eu vi que eu estava de pé.
- Já chega! Os dois, pra diretoria!
- Mas... – comecei.
- Nem uma palavra, Higurashi! – ele levantou o dedo pra eu calar a boca. Obedeci. Joguei a mala no ombro, vendo o idiota fazer a mesma coisa e me seguir até a porta.
- Pelo menos podemos trocar as duplas? – ouvi ele perguntar quando passamos pelo professor.
- Não! – ele respondeu secamente, fechando a porta na nossa cara.
Sentei num banco ali perto e enterrei a cabeça nas mãos suspirando. O cachorro de pé na minha frente.
- É impressionante... Quando eu estou perto de você, eu só me ferro.
- Isso é porque você é muito estressada – ele respondeu na maior calma. Olhei bem dentro dos olhos dele e mandei:
- Nada a ver! – e não tinha nada a ver mesmo. Ele era a única, a única, pessoa que me tirava do sério, de tanta raiva, só por dizer "A" – Que dizer, eu sei que é o que parece, mas não sei porque com você eu não consigo ser eu mesma...
Ta bom, cena MUITO estranha. Não tem nada a ver comigo e com o InuYasha até agora. Por isso que foi melhor escrever, acho que talvez ela "marque" alguma coisa. Enfim, lá estava eu, abrindo meu coração para um cara que não suportava. Mas é que, sei lá, por algum motivo eu sabia que ele entenderia o que eu falava. Talvez porque ele era diferente dos outros, de todas as maneiras possíveis. Se bem que eu demorei pra descobrir isso... Só sei que eu NUNCA botaria fé que ia ouvir o que ele diria agora:
- Talvez... – ele suspirou fundo – talvez eu não te dei a chance pra você ser você mesma...
Arregalei os olhos de surpresa. Realmente, essa era uma cena MUITO estranha. Não era uma coisa que eu esperava ouvir, principalmente dele.
- Foi mal... Ter te chamado de aberração – disse baixinho – é que eu estava puta.
- Relaxa... – ele disse olhando pro outro lado e coçando a nuca – Eu sei que você não quis dizer aquilo.
Abaixei a cabeça e sorri. Quem sabe eu também não tivesse dado a chance do InuYasha mostrar que ele era legal.
- Então, vamos? – ele perguntou com outro suspiro. Estranhei.
- Aonde? Na diretoria?
- Não, ta loca? Lógico que não! – ele respondeu rindo de mim. E pela primeira vez eu não fiquei com raiva – Dar o fora daqui. Já foi um custo levantar da minha cama e vir pra cá, agora que eles me expulsam nem a pau que eu volto!
- Então onde você quer ir? – levantei e comecei a sentir a excitação tomar conta.
- Sei lá... Nem me importa, só vamos vazar! – e fez um sinal com a cabeça pra eu ir com ele.
Depois de um quinze minutos pra convencer o porteiro Myouga a liberar a gente, nós estávamos andando na direção da Shikon, conversando calmamente, mas ainda discutindo um pouquinho. Acho que ele, que nem eu, tava meio que se controlando pra não ser sacana, daí manter a conversa num nível decente.
- Então... qual o assunto desse trabalho? – ele me perguntou enquanto acendia o cigarro dele com a ponta do meu.
- A gente tem que falar sobre uma pessoa que a gente admira e por que. Tipo, fazer uma biografia, eu acho...
- Que inútil – ele falou rindo – Vão avaliar o que? Nosso gosto musical?
- É que a gente tem q fazer um trabalho escrito e oral... – daí percebi que isso não respondia a pergunta dele. Tentei lembrar da parte da aula q eu tinha prestado atenção – Sei lá... Só sei que a gente tem até semana que vem pra fazer...
- A gente até pode fazer hoje, mas nem a pau que a gente ouve os teus cds! – ele disse rindo e eu ri também, fazendo que não com a cabeça.
- Vou sair com o meu namorado...
- Ah, então o Papai Noel existe mesmo? – ele perguntou fazendo uma cara de surpresa muito ridícula. Claro que ele tava tirando uma com a minha cara.
- Cala a boca, cachorrinho – respondi meio irritada com o comentário infeliz. Terminei o cigarro e entrei na Shikon, mas o InuYasha ficou parado na porta.
- Não pode fumar aí, lembra? – ele falou me olhando com uma cara de "eu ainda não esqueci aquele dia" e meteu a mão no bolso – Vai entrando, vou terminar aqui...
Fiz que sim com a cabeça e entrei, sentando no meu lugar de sempre. Cumprimentei o cara que tava cuidando do balcão com um aceno. Um pouco depois, uma velha baixinha, cabelos compridões e grisalhos veio vindo até onde eu tava, com aquele sorriso bondoso de sempre.
- Kagome! O que você esta fazendo aqui? Você devia estar na aula – ela disse com a voz cansada e meio melancólica de sempre, me olhando com a testa franzida. Dei risada e mandei:
- Oi vovó! É que me mandaram pra fora, então resolvi tirar o resto do dia...
- Sozinha? – ela perguntou com uma sobrancelha levantada, como ela faz quando já sabe a resposta da pergunta.
- Não, com o cach... Com o InuYasha – se eu queria me dar bem com ele, eu tinha que me acostumar com o nome dele... tentei fazer uma voz meio indiferente quando falei, mas não tinha dado muito certo. Claro que a vovó Kaede percebeu, e não conseguia mentir pra ela.
- Ele é seu...?
- Ele não é nada meu! – respondi coma voz fina demais, que chegou a arder nos ouvidos – ele é só um idiota arrogante, eu odeio ele!
- Então porque esta matando aula com ele? – ela perguntou rindo do meu nervosismo. Devo ter ficado uns dois minutos abrindo e fechando a boca antes de conseguir responder.
- Eu só resolvi dar uma chance pra ele, só isso! – acabei falando, com aquele ar de criancinha emburrada. A Vovó continuou rindo e olhou por cima do meu ombro.
- Bom dia InuYasha – ela cumprimentou.
- E aí, velhota? – olhei pra ele meio indignada e ia falar pra ele trata a vovó com mais respeito, mas desisti. Cheguei a conclusão de que o InuYasha era grosso com todo mundo mesmo. E tinha até demorado um pouco pra eu me ligar.
- Vai querer o de sempre? – ela perguntou sem se abalar com o "apelido carinhoso". Ei! Pera aí! Para tudo! "O de sempre"? Como assim?
- Agora não – ele respondeu sentando do meu lado e afastando a franja dos olhos com a mão. Nessa hora ele me olhou com aquela cara de "ta olhando o que?" Se ele tivesse perguntado, eu não saberia responder se era por que ele vinha na Shikon mais do que eu pensava ou se era por que, por mais insuportável que ele pudesse ser, ele era lindo com aquela cara de mau. Tudo bem que eu tinha umas quedas por caras com um ar de malvado no rosto, tipo o Kouga...
- Eu almoço aqui todo o dia se é isso que você ta morrendo de vontade de perguntar – ele falou distraído, riscando o balcão com um palitinho de dente. Parecia estar escrevendo alguma coisa ou sei lá.
- Não, eu não tava pensando nada! – respondi rápido, e acho que fiquei vermelha, porque senti minhas orelhas ficarem quentes. Ele e encarou com a sobrancelha levantada e eu parei de mentir. Não ia adiantar nada mesmo – Por que?
- Porque ninguém faz comida lá em casa... Eu janto lá no bar. – ele respondeu meio grosso meio seco sei lá. Agora que paro pra pensar nisso devia ser meio difícil pra ele – Aquele lugar é nojento não sei como o Sesshomaru vivia naquele chiqueiro antes de eu aparecer.
Comecei a me perguntar por que o InuYasha tinha vindo morar pra cá. Claro, a Sango me falou que o pai dele mandou ele vazar quando a mãe dele morreu... Mas porque? Será que o pai do InuYasha culpava ele por isso? Eu não tinha coragem de perguntar...
- Sabe, não é tão ruim quanto eu imaginava – ele disse jogando o palitinho num canto qualquer e se esticando. Eu fiz uma cara de quem não entendia e ele continuou – Morar por aqui, quero dizer. As pessoas são legais, tirando uns caras que querem me acertar porque eu vinha aqui quebrar a cara deles quando era rico. Ah, e as minas deles também, claro. E uma certa chaminé também.
- Então porque está aqui comigo, cara de cachorro? – perguntei fingindo que estava de cara.
Ele riu e olhou bem dentro dos meus olhos. Chegou bem perto do meu rosto e eu encarei aqueles olhos douradíssimos com inveja.
- Por que eu resolvi te dar uma chance – eu senti o hálito dele quando ele disse isso. Minhas orelhas ficaram quentes e eu estava quase cedendo ao impulso de chegar mais perto. Ele continuou – Não era isso que você queria quando foi me pedir desculpas aquele dia?
As palavras dele era um sussurro e o meu ouvido parecia que estava sendo amaciado. Na hora, me veio uma imagem na cabeça: Kouga! Virei o rosto na hora, tentando acabar com aquele clima que tinha rolado, mas já era tarde demais. O meu coração batia numa velocidade incrível.
- Então... é... – comecei a procurar assunto e lembrei por que estávamos ali – Sobre quem vamos falar nesse trabalho?
- Hmm – ele colocou a mão no queixo e fez uma cara de concentrado - Jim Morrison?
- Quem?
- Vocalista do The Doors!
- Não... – respondi The Doors não era uma banda que eu curtia muito – Robert Frost!
- Han?
- O poeta! – eu amava aquele cara.
- Ah, cala a boca! Até parece que eu vou lá na frente da turma inteira fala de um poeta...
- Então vamos fala do Kurt Cobain.
- Não! – ele falo meio alto e falo qualquer outro nome que eu não lembro. Acabamos passando o resto da manhã ali, pensando em alguém legal pra gente falar. Despoi de um tempo, olhei no relógio da parede e dei um pulo.
- Droga! To atrasada! Tenho que pegar meu irmão na escola!
Joguei a mochila no ombro e deixei o dinheiro do suco que tinha tomado em cima do balcão.
- Pera aí. Eu vou com você – InuYasha disse terminando a cerveja dele com um só gole. Não sei como ele conseguia beber antes do almoço.
- Vamos logo então – falei saindo com pressa e ouvindo ele me seguir.
- Já sei! – ele berrou no meio da rua enquanto andávamos meio correndo. Levei um susto e olhei pra cara meio contente dele – Sid Vicious!
- Que? – perguntei confusa enquanto virava na esquina do colégio
- O trabalho! Vamos falar sobre o Sid Vicious!
Parei de andar e olhei pra ele meio sorrindo. Sid Vicious, eu amava esse cara, amava o Sex Pistols... Era...
- Perfeito! – respondi sorrindo pra ele. Por um segundo ele me olhou com uma cara de bobo. Achei meio normal, eu nunca tinha sorrido pra ele, só falado como ele era um cara muito irritante. Voltei a andar com pressa, e não falamos mais nada.
Chegamos na escola do Souta. Faltava uns 5 minutos pra bater o sinal e ficamos esperando ele sair, fumando e dando risada. Até que...
- Kagome? – uma voz que conhecia me chamou. Me virei e lá estava o Kouga, com dois amigos me olhando com uma cara desconfiada.
- Oi Kouga! – respondi meio nervosa, indo até ele e dando um selinho, coisa que ele nem se ligou. Encarava o InuYasha com um brilho esquisito nos olhos.
- Eu conheço você – ele disse me soltando e chegando mais perto do InuYasha, que tinha acendido um cigarro – Você é um daqueles merdas podres de ricos que deu um cacete no Ginta.
Olhei pro Ginta do meu lado. Ele estava branco feito um fantasma olhando fixamente pro InuYasha.
- Pois é... – O InuYasha respondeu – E agora vou catar a tua namorada também.
O Kouga nem respondeu. Só pulou em cima do InuYasha e começou a socar ele feito um louco, fazendo as criancinhas que tavam saindo arregalarem os olhos de medo. Eu e os amigos do Kouga seguramos ele enquanto um segurança da escola catou o InuYasha pelos ombros.
- Pára Kouga! – eu gritei segurando ele pelo peito – Pára!
- Você vai deixar ele falar essas coisas de você? – o Kouga gritou comigo apontando pro InuYasha que também tentava se soltar.
- E fazer o cara sangrar até morrer na frente do meu irmão vai adiantar alguma coisa? – berrei de volta, apontando pro Souta, que estava com os olhos feito os de uma coruja, olhando assombrado. O Kouga parou de se debater quando viu ele e eu fui falar com o InuYasha.
- Que merda foi essa? – perguntei ofegante de raiva.
- Calma... – ele disse indiferente – eu não tava falando serio, só queria emputecer o cara.
Olhei pra ele com desprezo. Todo aquele ódio que eu sentia tinha voltado e a simpatia e amizade pareciam evaporar. Virei as costas e peguei o Souta pela mão. Ele me olhou com medo. Encarei o InuYasha de novo e mandei:
- A pior parte de tudo isso, é que eu estava curtindo o dia com você. Até agora...
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Oi pessoal! Voltei! Então, antes de qq agradecimento, qq coisa eu quero deixar bem claro que eu não quis ofender os gostos musicais de ngm! Eu usei as minhas próprias opiniões pra definir o q o InuYasha gosta! Ok?
A fic ta entrando num outro caminho agora, acho que vai puxar bem mais pro drama, e daki a alguns capítulos, pro romance... axo q vcs taum sentindo falta disso... / mas eu vou dar um jeito daki a alguns capítulos
Bjoes e comentem!
Outra coisa... eu recebi varias reviews comentando o fato da Kagome fumar, que era pra eu tirar isso. Desculpa gente, mas por enquanto esse fato não pode ser tirado da historia / POR ENQUANTO! Continuem lendo pra ver Quem sabe vocês não lançam a campanha "não fume, Kagome!"?
Agradecimentos:
Tami – Bom, eu não atualizei rápido como vc pediu / as vzs falta motivação... desculpa! Mais prometo tenta colocar isso mais rápido! Comenta hein? Bjao!
Nathália – Bom, não sei se você vai continuar comentando, mais vou responder as suas perguntas! Primeiro: a Kagome fumar é uma característica normal que qualquer personagem nessa historia pode ter, como o Miroku e o próprio Inu... e por enquanto eu não posso tirar esse fato, que nem eu disse ali em cima. A Kagome xinga o InuYasha, por que, diferente de outras fics, ela realmente não gosta dele, pelo menos agora. Segundo: a Kagome fuma MUITO, daí o apelido chaminé. Eu tenho um amigo com esse apelido e foi daí que surgiu a idéia, mesmo assim são os amigos fumantes que apelidaram ele assim. O Sesshy vai aparecer sim, mas o papel dele não vai ser muito grande. O InuTaisho ter expulsado o InuYasha de casa foi pelas coisas que aconteceram que vão ser explicadas mais pra frente. Ele fez a mesma coisa com o Sesshy, então não tem relação com o InuYasha ser um hanyou. E eu concordo com você, foi uma grande sujeira, mas essas coisas acontecem! Brigada pela review, foi bom pra esclarecer coisas na minha cabeça também!
Kayra Hiyana – bom, só posso dizer que fiquei muito feliz com a sua review e que fikei mais feliz ainda com o fato de que agora o ffnet voltou a permitir que a gnt responda! Não voltei com tanto gás assim pra fic, mas a gnt tenta neh? bjoes e comenta!
CyberTamis – A idéia foi fazer uma fic totalmente universo alternativo mesmo! Por que varias das minhas se assemelhavam com o anime então... O InuYasha pode até dar chance mais pode ter ctza que ele eh como qq outro cara... sempre consegue estragar tudo P bjoes!
Nandykboo - Nandy! Minha amiga do (L)! hauhauhaua brigado pela sua review menina sempre me empolgo com elas! Continua aqui viu? Se você parar de comentar daí eh q não posto mais! Te amo mto moça! Seja FODA! Shauishaui bjoes
Li Morgan – Oi moça! Brigada pelo apoio. É bom saber que pelo menos um pouco do meu talento ainda me resta! E pode ter ctza que essa implicância do Inu com a Kagome vai loooooonge. Beijoes e comente!
Bellynha – Pois é, a Kagome devia parar de fumar! Quem sabe ela não larga o vicio? Hauhauha brigado pela review e continua comentando! E eh melhor você não bater no Inu se ele xamar a Kagome de chaminé de novo, isso ainda vai longe! Bjoes
Riitsu – Brigada pelos elogios! Essa fic eh mais "humana" digamos, ela vai tratar de uns assuntos mais próximos da gnt... desigualdade social por ex... espero outros comentários seus ok? Bjoes
Taty w – Brigada pela review! Estimulou bastante! Eu mudei um pouco o estilo do personagem mas tentei deixar a personalidade! Será que eu consegui? To tentando não parar de escrever, de verdade, pq nem sempre é fácil e estimulante / e por isso vc tbm deveria continuar escrevendo, tenhu ctza q as suas fics não são ruins! São no Maximo diferentes! Ainda vou la dar uma olhada ok? Bjoes!
Giolu – Bom, como eu explikei em cima, a Kagome vai ter que continuar fumando por um tempo... faz parte da personalidade e do desenvolvimento da historia. Mas quem sabe isso não muda? Bjoes e comente!
Fiuniole – Que nem eu disse em cima, o fato da Kagome fumar vai continuar assim, pelo menos por enquanto! Brigada pelos elogios e continua comentado ta? Bjoes!
Samy Higurashi – Quanto tempo hein menina? Como vc ta? Brigada pela sua review, ela eh beeeeemmm importante pra mim! E estudar faz parte da vida neh? Se bem que não entra mto na minha não, hehehe! Bjoes e comente!
HisteriC Angel – Oi! É muito bom saber que você tem fics minhas no seu favorito! Isso estimula qualquer autor! Desculpa a demora pra atualizar, falto um pouco de motivação / mas prometo tentar continuar sem demora! Quanto a "nada que é dourado fica" essa é uma fic difícil de dizer quando volta... / continua comentado ta? Bjoes!
Kk-Chan – Filha! Hauhaua faz tempo isso neh? Bom, brigada pelo comentário, e kero continuar vendo teu nome aqui! Prometo que não vou desistir da fic, só demorar pra atualizar talvez, hehehe... Adoro você, mesmo que a gnt fike eras sem se falar! Beijões! Ah eh, brigada pelo aviso das regras do site!
Lua – Oi! Então, a Kagome fumando já foi dito la em cima, não vai mudar por enqto... / massss... quem sabe? Huahauhua adoro fazer suspense! Continua comentaod ta bom? Bjoes!
É isso então gente! O capitulo 6 vai ser bem comprido já vou avisando desde já... comentem por favor!
Beijoessss
