Capítulo 2: O Desespero

Marin respirou fundo e continuou sua caminhada, já conseguia avistar a casa de leão. Não demorou muito para que cruzasse a porta principal que levava ao interior da moradia. Parou perplexa no centro da sala ao ouvir gemidos de prazer de seu namorado e também de uma mulher, seus olhos se encheram de lágrimas, não acreditando no que ouvia.

– Ahhhhhhh! Que bom, você é o máximo, aaaaaaaahhhh, não pára meu garanhão – A loira gritava.

– Você é muito gostosa – Rosnou maravilhado.

– Sou melhor de cama que sua namorada? – Perguntou a amazona curiosa.

– Sim, você faz coisas que ela nunca fez comigo, você a supera – O cavaleiro sorriu e imediatamente beijou sua parceira.

Tomada pela fúria a ruiva abriu a porta enraivecida e deu um susto no casal, que na hora ficou sem ação, pois não esperavam que fossem descobertos.

– Seu desgraçado! Eu pensei que você me amava – Começou a chorar copiosamente.

– Mas Marin, eu sinto muito – O rapaz se levantou da cama atordoado e colocou um calção.

– Aioria, não adianta se explicar, eu vi e ouvi tudo que você disse – A guerreira se aproximou de seu ex-companheiro e lhe deu um tapa na cara, que o fez cair no chão.

– Eu sei que errei, porém eu segui meu desejo – Tentou explicar.

– Então agora fique com ela, já que você a considera melhor de cama do que eu – Sussurrou perigosamente.

– Eu sinto muito por nossa relação ter terminado desse jeito – Aioria sentou-se na cama.

– Eu lhe odeio! – A jovem de cabelos avermelhados saiu correndo do dormitório de seu desafeto, não conseguia parar de chorar, não sabia o que fazer, a única idéia que teve foi voltar a festa. Sem hesitar rumou em direção a casa de aquário, onde pretendia encher a cara para tentar esquecer aquela decepção, mesmo achando que aquele tipo de reação não adiantaria nada.

Minutos após o flagrante, a ruiva adentrou novamente no interior da casa do francês, estava tão transtornada que custou a perceber que a maioria dos convidados já tinha ido embora. Apenas restavam o anfitrião da festa, Shura, Saori e Mú, esses ao verem o estado da amazona ficaram preocupados, estranharam os olhos inchados e vermelhos dela, como também algumas lágrimas que rolavam pela face desta. Athena vendo o estado lamentável de sua amiga foi na direção em que ela se encontrava.

– Marin, você está bem? – A deusa indagou num misto de preocupação e curiosidade.

– Estou sim – A amazona respondeu se aproximando da geladeira, aonde pegou uma garrafinha de cerveja.

– Então, por que está chorando? – Saori colocou a mão no ombro da amazona.

– Porque eu estou com dor de cabeça – A dama tentou disfarçar.

– Tudo bem, me procure quando decidir contar o que aconteceu – A jovem de madeixas roxas murmurou apreensiva.

– Saori, já é hora de irmos – O cavaleiro de áries interrompeu a conversa tentando quebrar o clima pesado que sentia.

– Então vamos meu amor – A deusa abraçou seu esposo.

– Tenham uma boa noite – (Pelo menos vocês são felizes) – Sorriu tristemente.

– Eu acho que também vou indo – Shura se despediu de todos.

E assim, os convidados foram embora, deixando apenas a amazona de águia e o cavaleiro de aquário a sós.

– Kamus, eu já lhe disse que você é lindo – Marin sorriu e passou a mão no tórax do aquariano.

– Eu acho que você deveria parar de beber – O rapaz com longa cabeleira azul a repreendeu.

– Eu só queria lhe agradecer por ter me contado onde estava o meu namorado, graças a você, eu descobri que ele me traía. Peguei aquele desgraçado no flagrante com uma outra amazona – A ruiva aproximou-se ainda mais e abraçou o francês.

Nesse momento, a guerreira desceu uma de suas mãos até a virilha do cavaleiro e começou a acariciar o ponto intimo dele com delicadeza e com a outra afagava o cabelo macio descendo até a nuca. Uma sensação de prazer invadiu o corpo do aquariano, que gemia baixinho aos toques da garota, já não conseguia mais controlar sua ereção, as mordidas sensuais em sua orelha, o deixavam fora de controle. Marin ao sentir o volume nas calças de sua presa, sorriu travessa, sentia-se bem por ser desejada por ele. De repente sem mais hesitar, Kamus tomou os lábios da jovem em um longo e sensual beijo e logo a seguir a arrastou até a mesa mais próxima e a jogou em cima, após ter arremessado os pratos, talheres e copos no chão, sem se importar com o barulho. Impulsionado pelo instinto, o cavaleiro rasgou a saia de sua amada a deixando somente de calcinha, essa murmurava palavras indecifráveis ao ser tocada delicadamente por ele, mas repentinamente o guerreiro pára o que estava pretendendo fazer, chacoalha a cabeça negativamente se afastando.

– Eu não quero me aproveitar de você – Falou em seu tom frio habitual.

– Eu quero ser sua, me possua – A ruiva desceu da mesa suplicante.

– Acho que é melhor você descansar – Kamus cruzou os braços num tom de preocupação.

– Eu não tenho para onde ir – A jovem confessou tristemente.

– Você pode ficar no meu quarto de hóspedes.

– Muito obrigada, Kamus e me desculpe por tudo.

– Me acompanhe – (Ela tem umas pernas tão bonitas).

Durante a trajetória até o dormitório em que o guerreiro hospedava os visitantes, a garota foi observando o bom gosto que o francês tinha, em relação à decoração. Tapetes persas cobriam o chão do corredor e quadros do estilo renascentista pendurados nas paredes.

Ao entrar na suíte que o anfitrião a oferecia, ficou maravilhada com a cama cercada de babados em tom azulado e tapetes verdes decorados com pequenos detalhes de flores, antes de fechar a porta, agradeceu a hospitalidade e foi dormir.

Na manhã seguinte, a bela amazona é acordada por Kamus, que bateu na porta, antes de adentrar no recinto.

– Dormiu bem? – Inquiriu o guardião da casa de aquário.

– Dormi, porém estou muito triste – A ex-namorada de Aioria se levantou da cama.

– Eu entendo, também vocês já namoravam há quase três anos.

– Sim, eu ainda não acredito que tudo terminou daquele jeito.

– Se você quiser, eu lhe acompanho até a casa de leão para você pegar as suas coisas – Ofereceu sua ajuda sério.

– Obrigado, Kamus, eu ficaria feliz se você me acompanhasse – Comentou com as bochechas ligeiramente avermelhadas.

Continua...

Nota: Muito obrigada a todas as pessoas que me deixaram comentário, me desculpem a demora para postar esse capítulo! Beijos!

Nota2: Muito obrigada, Ana, por revisar esse capítulo para mim!