Sopra o Vento

Sopra o vento! Já é noite...

O rapaz olha os céus escuros

Não consegue ver mais as estrelas...

Há chuva e vento apenas

Como se a natureza chorasse

Se compadecendo da dor

Que oprime seu coração

Mãos sujas de lama...

Machucadas ...

Feridas ...

Mãos que cavaram a fria cova

Onde seu amor agora repousa

Ninguém ali para acompanha-lo em seu desalento

Ou ouvir seu grito incontido

De sua alma despedaçada.

Sopra o vento! De madrugada...

Chuva e ventania o castigam

Mas a imagem da donzela amada

Não abandona seus pensamentos

Não mais a verá sorrir

Não mais sentirá seu calor

Não mais sua doce voz falará do amor

Quem irá ouvi-lo agora?

Irmãos,

Deus...

Onde estavam que permitiram isso?

Palavras amargas saem de sua boca agora

Maldizendo tudo e a todos por sua desgraça.

Quando na verdade

É a si mesmo que amaldiçoa

Por permitir que fosse levada.

Deixando em seu coração

Dor, revolta, raiva e saudades.

Sopra o vento! Amanhece...

Junta à cruz solitária ele também abandona

A esperança e sua alma

Seu coração fechou-se em ira incontida.

Que todos saibam que a sua terrível sina

É de odiar e caminhar sozinho...

É a sina de quem ostenta o fardo

De ser conhecido

Como a Ave Imortal.

Sopra o vento! Não há mais chuva...

E antes de partir deste lugar

Para trás lança seu último olhar

Se despedindo de quem um dia lhe ensinou

O que era amar.

E suas últimas palavras pronunciou,

Encerrando a dolorosa despedida.

"Adeus, doce Esmeralda..."

Nota: Já falei que estou numa fase romântica? ¬¬ (A Culpada fui eu mesma, ao ter relido Noite na Taverna de novo...). E estou numa fase que tenho que falar dos casais que eu gosto, e no caso...Ikki e Esmeralda.