Como será que Hermione encara sua vida de adolescente? Amores platônicos, micos, professores chatos, amigas falsas, verdadeiras... Enfim, divirtam-se...
Sinopse: Hermione é uma adolescente normal de 16 anos, gosta de Harry, um de seus melhores amigos, a quem sempre ajudou e apoiou. O problema é que parece que ele não enxerga isso e, tanto ele como seu outro amigo, Rony, parecem que nunca a enxergaram como uma garota...
Vida de Adolescente1-Festa de Aniversário
Hermione Granger, uma típica adolescente de 16 anos que estuda, lê revistas de jovens, que é louca para saber o que seu signo prevê para si, que faz testes do tipo "Você é uma boa aluna?", "Ele sabe que você existe?" ou "Quão próximos vocês são?". Assim como toda jovem que escolhe uma alternativa, temerosa de dar o resultado que não espera. Que chora aos "nãos" que recebe do amor da vida! Uma adolescente que se vê diante do espelho e diz "Como estou feia!" ou "Nossa como estou gorda!. Ela é como qualquer jovem que sonha em encontrar o amor de sua vida, casar-se e ter muitos filhos... Mas antes um emprego. Poderia até ser casar e ter mil filhos, mas antes teria que ser uma profissional de caráter! Do que adiantava sustentar um homem e tantas crianças, se antes não pudesse ter uma boa fonte de renda? Ficar para lavar cueca suja e ver sua enorme barriga (tanto de gordura, como de gravidez) esquentando no fogão é que ela não queria! Queria ser a melhor no que sonhava em fazer... Esta típica adolescente estava, no momento, desesperada porque no fim da semana seria a festa de aniversário de seu melhor amigo e ainda não tinha comprado o presente. Sem contar que não sabia com que roupa iria, também reclamava que suas cutículas estavam grandes, seu esmalte gasto e que precisava urgentemente de uma manicure. Não que fosse tão vaidosa, definitivamente esta não era a palavra para definir Hermione Granger, mas pôxa queria ir mais arrumada ao aniversário do amigo, um pouquinho mais produzida. Não que fosse fazer diferença, já que seus amigos achavam que ela sempre seria a garota de cabelos volumosos, cdf e metida do primeiro ano.
- Mãe, você já marcou mão e pé para mim? – perguntou a garota entrando na cozinha, onde Sra. Granger fazia o almoço.
- Já sim. – confirmou a mãe sem tirar a atenção do que fazia, a filha respirou aliviada.
- Eu ainda não sei com que roupa vou. O que sugere? – perguntou na esperança da mãe salvar-lhe do sofrimento que vinha tendo á algum tempo. A mãe lhe deu um sorriso divertido.
- Não se preocupe querida, depois que comermos iremos ao shopping. – respondeu ela. Hermione sentiu seus olhos molhados de tanta emoção. "Realmente, mãe sabe como fazer um filho se sentir bem!", pensou. – Já comprou o presente dele?
- Ainda não, depois tenho que ir ao Beco Diagonal ver se encontro algo. – respondeu a jovem num suspiro. A mãe lhe olhou feio.
- Mas você também deixa tudo para a ultima hora! – brigou e Hermione teve que escutar quinze minutos de sermão.
Depois do almoço, Hermione e a mãe se dirigiram para o shopping. Elas olharam em todas as lojas, mas nada agradava Hermione.
- Mas puxa Mione, será que você não fica feliz com nada! – falou Sra. Granger com voz de cansada.
- É que eu já tenho uma roupa em mente. – respondeu a filha distraidamente.
- Que roupa?
- Bem... Aquela ali! – apontou Hermione animadamente para uma vitrine. Lá tinha um vestido muito bonito preto, de couro, manga única no braço esquerdo, cinto também preto. Os olhos de Hermione até brilhavam ao contemplar o vestido.
- Vamos l�! – falou a mãe a puxando para dentro da loja.
- Posso ajudar? – perguntou gentilmente uma atendente que estava na porta.
- Sim, gostaríamos de ver este vestido preto da vitrine. – falou Hermione.
- Claro – respondeu a atendente em um sorriso. Ela foi em direção ao balcão. – Qual número?
- Quarenta – falou Sra. Granger. Hermione engoliu seco, tinha medo que não coubesse. Ultimamente ela tinha comido muito, pensava ela. A moça deu um modelo a Hermione e esta foi em direção ao provador. Se despiu e se contemplou um pouco no espelho, antes de colocar.
- Nossa! Como estou gorda... – lamentou baixinho. Ela colocou o vestido só que ele não descia, por estar apertado. "Essa não...", pensou triste. A mãe dela apareceu no provador.
- Serviu?
- Não, será que ela tem 42? – ela orava mentalmente para que o quarenta e dois, pelo menos, servisse.
- Vou ver... – assim a mãe desapareceu e um tempo depois apareceu com o outro número. – Ela disse que só tem até 44!
"Oras, mas que coisa! Isso é uma ofensa para quem tem uns quilinhos a mais!", pensou irritada. Ela pegou o vestido e colocou. O vestido tinha servido, mas ainda estava meio apertado.
- Traz o 44 para ver como fica... – falou Hermione escondendo o desapontamento na voz. A mãe bufou e foi até lá e logo voltava com o outro número. Hermione vestiu e coube certinho. O problema é que sobrava e ficava estranho, com uma parte franzida na região das costas. – Vou ficar com 42, mesmo! – falou meio chateada e entregou os outros números a atendente que a mediu da cabeça aos pés.
"Que foi? Nunca viu uma garota gorda? Idiota!", pensou Hermione devolvendo um olhar fuzilador para a vendedora.
Depois de ter pagado o vestido, as duas saíram de dentro da loja.
- Droga, eu estou gorda! – desabafou Hermione para a mãe.
- Querida, você não está gorda, só está no sobrepeso... Um regimezinho acabaria com isso – falou Sra. Granger numa voz conciliadora.
"Ah, claro! A velha história do sobrepeso! Ela confirmou indiretamente que estou gorda! Retiro o que disse de que mãe sabe como fazer um filho se sentir bem!",pensou zangada.
"Mas bem que você podia diminuir um pouco essa sua banha!", se manifestou o subconsciente.
"NÃO SE META!"
- E sapato? – perguntou a mãe lhe tirando de seus pensamentos.
- Ali deve ter. – respondeu ela apontando para uma enorme loja de sapatos. As duas entraram e Hermione correu seus olhos para as botas. Uma lhe chamou a atenção. Uma maravilhosa de cano alto, três centímetros acima do joelho, de couro com detalhes em cadarços (também de couro) em volta e um zíper discreto do lado.
- Esta aqui! – falou ela empolgada.
- Tem certeza Hermione? Não vai machucar seu pé? – perguntou a mãe
- Que nada! – respondeu empolgada e entrando na loja.
- Pois não! – falou um belo vendedor de cabelos loiros e bagunçados, olhos maravilhosamente azuis. Hermione tinha vontade de mergulhar nos olhos dele.
- Gostaria de provar um 37/38 daquela bota de cano alto da vitrine. – respondeu a garota admirando a beleza do jovem.
- Claro. – disse ele com um belo sorriso para ela. Ela se acomodou na cadeira, enquanto a mãe ficava na vitrine namorando as sandálias. Logo em seguida ele voltava com uma enorme caixa. E ela tirou seu sapato.
- Você tem belos pés – falou o jovem com um sorriso sedutor. Hermione corou.
- Obrigada – agradeceu envergonhada. Ela pôs a bota e foi até o espelho. Definitivamente era perfeito, e com o vestido então... O problema é que o chão estava encerado e o salto era um pouco fino, acabou por... escorregar e cair direto com a bunda no chão. A loja toda se vira para ela e o jovem vendedor que a atendia ficou chocado e correu para ajuda-la.
- Você está bem? Se machucou? – perguntou preocupado.
- E-estou... – respondeu ela extremamente vermelha e sem coragem de levantar a cara. Ela olhou de lado e viu que havia dois lindos rapazes rindo baixinho.
"Ótimo, era só o que me faltava! Um gato desse me dá bola e ainda tenho que cometer uma gafe! Aaaii, que mico! Nunca mais apareço por aqui! Bem que podia ter um buraco aqui, assim eu me enfiava e nunca mais aparecia!", pensou ainda mais vermelha, quase roxa.
"Quem manda você ser uma retardada que não sabe controlar seu próprio corpo. Vai ver que foi o peso da sua gordura!", falou a segunda voz novamente.
"Mas será que você poderia parar de me encher o saco!".
- Você teria uma bota de salto que não fosse de agulha? – perguntou quase num sussurro.
- Claro! – falou ele gentilmente. Hermione não podia acreditar, ele ainda estava sendo legal com ela. Bem, de duas uma: ou é gay ou ele é o cara perfeito difícil de se encontrar. Neste momento a mãe chegou.
- Nossa, o que aconteceu? De repente todos estavam olhando aqui para dentro... – perguntou a mãe inocentemente. Hermione se indignou.
- Fui eu que caí... mãe – falou ela ainda em sussurro. A mãe lhe olhou chocada.
- Você caiu? Mas será possível que você não sabe andar direito por aí? Por Deus Hermione você já tem quase 17 anos e ainda tem que ficar passando vergonha? E... – Hermione agora estava verde, porque além de ter caído ainda tinha que escutar sermão de mãe, agora toda loja mesmo estava olhando para a cara dela. Justamente no meio do sermão o rapaz aparece. Ele olha para Hermione e para a mãe e dá outro sorriso para ela.
- Sua mãe?
- Sim... – murmurou mais para si do que para ele. "Infelizmente...",pensou chateada. Ele lhe mostrou outro modelo de bota. Era um pouco abaixo do joelho, na verdade na altura, só que dois centímetros para baixo. Era igual à outra, a única diferença é que tinha duas fivelas (como um cinto) e o salto era alto, só que mais "seguro" de se andar. Foi quando ele abriu o zíper que ela pôde notar um anel de compromisso. "Droga! Bonito, gentil, doce e... comprometido! Garota sortuda! Sabia que estava perfeito demais...", pensou triste. A bota tinha lhe servido direitinho e era confortável, ela tirou e disse que seria aquele. Enquanto Sra. Granger pagava, Hermione, ao seu lado, acompanhou o rapaz com o olhar, quando ele levava a outra bota para o depósito. Mas ela viu algo que a chocou: um homem que estava lá dentro o beijou fervorosamente. "Credo! Correção: bonito, gentil, doce, comprometido e... gay! Nada contra, mas puxa...!". Hermione não tinha nada contra eles, pelo contrário, os achava muito legal. São muito mais amigos do que qualquer garota ou garoto por aí, como pensava. Ele voltou e colocou a caixa dentro da sacola.
- Obrigado, e volte sempre! Quanto ao tombo, não se preocupe! Quem não cai em público uma ou duas vezes na vida, não é? – falou com um sorriso divertido.
- É... – respondeu simplesmente. "É porque não foi você!".
Elas ainda passaram numa loja de bijuterias onde tinha uma bonita gargantilha (coleira como preferirem...) preta com uma cruz e pedras azuis.
Depois de saírem do shopping a mãe parou o carro em frente ao velho bar que dava passagem para o Beco Diagonal.
- Vá e não se demore. – mandou ela e Hermione saiu do carro.
Ela já estava no Beco Diagonal e andava olhando as vitrines em procura de algo para dar á Harry. Ela primeiramente olhou para a livraria.
- Ah não! Acho que nesses últimos seis anos tenho dado muito livro para ele. Vou dar algo diferente! – disse para si mesma e continuou sua caminhada.
"Oh Deus! Obrigada por não ter acontecido mais nada até agora!", agradeceu ela mentalmente. Ela parou em frente à loja que vendia artigos de quadribol. Ela não gostava, mas ele sim e teria que ser algo dali, definitivamente.
- Oras, se não é a Granger sangue-ruim! – falou a voz de um jovem bonito, loiro, olhos quase prateados e um belo corpo. Draco Malfoy. Hermione olhou com raiva e viu que ele vinha com pacote completo: Pansy, Crabe e Goyle.
"Ai, estava bom demais para ser verdade! E ainda vem com os três puxa-sacos".
- Porque você não vai meter o seu nariz de rato sujo em outro lugar, Malfoy. Ah! Aproveita e leva os seus restos e me deixe em paz! – falou Hermione que já entrava na loja foi puxada brutalmente por Pansy.
- Olha aqui sua metida a saber de tudo. Eu não gosto de você e nem de seus amiguinhos insolentes! – falou a garota sonserina.
- Nossa, não entendi nada! Também com essa sua voz de buldogue sofrendo de cólicas, acho que terá que me mandar por extenso... Oh! Desculpe! Você tem patas e não dá para escrever! – disse Hermione sarcasticamente e fez uma careta para Pansy que fuzilava de raiva.
- Olha aqui Granger! Você não está em posição de bancar a corajosa! Saiba que não tem Potter idiota e nem Weasley pobre para te proteger! – se manifestou Draco.
- Oras Malfoy! Protegendo a namorada? Agora, sobre o que disse, saiba você que eu sei me defender muito bem e não preciso de ninguém para fazer isto por mim! Você, pelo contrário, depende de três idiotas para te defender porque não tem coragem suficiente para fazer isto sozinho! – falou a morena séria, Draco estava de queixo caído – Você só sabe falar, mas fazer que é bom não faz! Só sabe ficar se escondendo de baixo da saia da mamãe e depender do papai para fazer as suas vingancinhas infantis!
- Quem você pensa que é para dizer isto – falou Draco aparentemente bravo, mas tremia.
- Uma pessoa com certeza mil vezes melhor que você! Posso ser sangue-ruim, como sempre diz, mas pelo menos esta sangue-ruim aqui sabe de coisas que você com certeza não sabe e tenho muito mais dignidade do que qualquer um de vocês quatro! E também não estou afim de perder meu tempo com quatro panacas que nem ao menos amadureceram como pessoas! – Hermione virou as costas e entrou na loja, deixando os sonserinos indignados do lado de fora.
"Pelo menos essa!", pensou ela orgulhosa.
"É, até que não foi nada mal...", o subconsciente chato de novo.
"Cala a boca...".
Hermione olhava toda a loja, não sabia o que dar... Até que se lembrou de uma conversa boba que tiveram no final do sexto ano...
Harry, Rony e Hermione estavam na sala comunal jogando conversa fora. Rony polia sua vassoura, Hermione acariciava Bichento e Harry apenas fitava o fogo. Ele se virou para os dois:
- Se fossem para vocês comprarem algo no momento, o que seria?
- Bem, se eu pudesse compraria uma Firebolt! Não que eu não goste da minha Cleansweep, mas é que a Firebolt é bem mais legal... – falou Rony olhando para a vassoura.
- E você Mi? – perguntou Harry.
- Não sei! Acho que um livro que tem a história completa dos fundadores e de todos os diretores de Hogwarts... Mas é caríssimo! – respondeu ela com olhar distante – E você?
- Um pomo de ouro. – respondeu o moreno.
- Um pomo? Mas por quê? – perguntou Rony curioso.
- Bem, eu já tenho uma luva de apanhador, se tivesse um pomo poderia treinar minhas apanhadas, não acha? – respondeu sorrindo para os amigos.
Ela chegou até o balcão e perguntou a um velho vendedor:
- Será que eu poderia dar uma olhada nos pomos de ouro? – pediu ela. Ele não disse nada, apenas saiu do balcão e a guiou para a estante com pomos de ouro. – Qual a melhor?
- Este – respondeu ele com voz esganiçada e mostrou um pomo muito bonito. Parecia ser mais dourado da que tinha em Hogwarts e suas asas eram prateadas. – Ela pode alcançar cerca de 80 quilômetros por hora! – explicou ele.
- Vou levar – falou ela. Ela pagou oitenta sicles e setenta nuques por ele. Era caro, mas ela poderia fazer este esforço, já que ele já tinha lhe dado presentes em seus aniversários e natais que ela sabia que não eram baratos. Sem contar que a amizade dele valia muito mais do que qualquer dinheiro no mundo!
Saindo da loja não viu nem Malfoy e nenhum de seus capangas.
"Ainda bem! Não estava com paciência!", pensou aliviada.
- HERMIONE! – gritou uma voz. Hermione olhou para traz. Eram Gina, Rony, Fred e Jorge.
- Puxa, parece que combinei de encontrar quem eu conheço, né? – falou ela em um sorriso.
- Por que? Viu mais alguém? – Perguntou Rony levantando as sobrancelhas para ela.
- Sim, infelizmente o Malfoy, Parkinson, Crabe e Goyle! – respondeu com cara de desgosto. – E eles ainda me encheram o saco!
- Eles são uns chatos mesmo! – resmungou Gina.
- O que está fazendo por aqui, Mione? – perguntou Jorge. Hermione engoliu seco. Não queria dizer que tinha ido comprar o presente de Harry.
- Er... vim... comprar um livro! – mentiu e mostrou a sacola. Ela agradeceu intimamente pela caixa ter a forma de um livro.
- Sabia! Escuta Mione, se não der para o meu pai ir te pegar, o Gui vai, t�? – falou Rony. Hermione reparou melhor nele. Estava diferente desde a última vez que tinha o visto. Parecia que tinha desenvolvido mais músculos e o rosto estava mais quadrado. Gina estava com cintura e magra, o que a fez ter uma ponta de inveja. Fred e Jorge como já tinham seus 19 anos estavam com o corpo já definido.
- Tudo bem... Me respondam uma coisa, vocês tem praticado quadribol nestas férias?
- Sim. – respondeu Gina naturalmente.
- Por que? – perguntou Fred e Jorge em uníssono.
- Oras, por nada! Vocês ainda estão jogando no quadribol? – perguntou a Rony e Gina.
- Sim, finalmente me inscrevi para artilheira! – falou Gina entusiasmada.
- Pois é, agora com um novo capitão! – falou Rony.
- Quem? – perguntaram Hermione, Fred e Jorge.
- Oras, o Harry... Quem mais? – respondeu o ruivo como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. Hermione ficou de boca aberta, embora Fred e Jorge já esperavam por isso.
- Pois é. Não é só porque ele é amigo que ele vai ser bonzinho não! – falou Gina.
- Você ainda gosta dele Gina? – perguntou Fred. Hermione sentiu seu peito apertar "Meu Deus!", mas Gina permanecia com a mesma cara.
- Não! Nunca tive chances com ele e também nunca teria! No final das contas ele apenas me via como uma irmã, enquanto começava a botar os olhos na Cho Chang! Eu não era idiota a ponto de ficar sonhando com algo que sabia que nunca ia acontecer. – falou ela sinceramente.
- E por falar em Chang, alguém soube dela? – perguntou Jorge, mas seus irmãos balançaram a cabeça.
- Mas eu sei! – falou Hermione e os amigos a olharam. – Parece que ela foi contratada pelos Tornados e numa festa de times de quadribol, ela e o Vítor se reencontram e desde então começaram a se entenderem muito bem.
- Como você sabe? – perguntou Gina a amiga.
- Bem, o próprio me disse... – respondeu um pouco corada e Rony a olhou feio.
- Você ainda se corresponde com ele?
- Ué! Qual o problema? Não posso ter outros amigos agora- retrucou Hermione mal-humorada. – Bem, a conversa está ótima, mas preciso ir, senão minha mãe me mata!
Ela se despediu dos amigos e voltou para o carro, onde uma nervosa Sra. Granger a esperava.
- Nossa, pensei que você estivesse comprando a avenida toda! – Hermione não respondeu e se deixou pensar por tudo que passou em Hogwarts.
O dia da festa havia chegado e Hermione estava nervosa porque iria rever o amigo que não via deste o último dia do sexto ano.
"Nossa, tanto tempo, né?", a bendita segunda voz.
"Ah! Nem tanto, mas eu sinto falta dele!", pensou Hermione.
"Que bonitinho...".
"Puxa, você é chata, hein?"
Seria á tarde e ela já tinha acabado de almoçar. Tratou de ir tomar banho um pouco mais cedo, assim ficaria um pouco a mais na banheira.
Ela olhou para os seus dedos, mas seu esmalte preto não tinha sinal de nenhum rachão ou unha quebrada. Ela entrou na banheira e suspirou com a água quente e a espuma. E começou a ter uma conversa com seu subconsciente bonzinho: (H- Hermione, CB – Consciência boa, CC – Consciência Chata)
"Ai! Espero que ele não me ache feia, horrorosa!" - H
"Por que ele acharia isso? Você é amiga dele e você é muito bonita. E não se esqueça que ele já te disse que não te acha feia..." – CB (OdF – Cap.26 – pág.467, caso queiram saber)
"Mas as opiniões das pessoas mudam tão rápido! Sem contar que na época eu até que era um pouquinho magra, agora uma rolha de poço!" – H.
"Falei que você tinha que diminuir essa barriga de chope!" – CC.
"Não se meta! Você não pode se desvalorizar tanto. Saiba que se ele for realmente seu amigo ele não vai enxergar isso. Você será especial sendo gorda ou magra, feia ou bonita. Você passa a imagem que você mesma tem de você. Se você se acha feia ou gorda, os outros irão enxergar a mesma coisa que você!" – CB.
"Entendo!" – H.
"Ah! Larga de bobagem!" – CC, só que H e CB o expulsa.
"Então entenda de uma vez por todas: você é bonita sim! A pessoa tem que gostar de você pelo que é, não se é gorda. Você gostou do Vítor, ele é bonito?" – CB.
"Sinceramente... não!" – H.
"Pois então, ele foi o que mais demonstrou te achar bonita e gostar de você... Seja feliz do jeito que você é. Quanto mais você sorrir e mostrar que é feliz consigo mesma, mais as pessoas vão enxergando que você é bonita, mais do que já é! Não ligue para o que dizem. Se alguém chegar em você te chamando de gorda, feia ou sangue-ruim, diga apenas: Tem gente que gosta!" – CB.
"Obrigada!" – H.
"Imagina, consciências servem pra isso, com exceção das outras!" – CB.
Hermione perdeu a noção do tempo e faltava apenas uma hora para virem lhe buscar. Ela saiu da banheira rapidamente e correu para o seu quarto para se arrumar. Ela colocou o vestido. Por mais que tivesse aquela conversa íntima consigo mesma, ainda queria ficar MAIS bonita. Ela ainda tinha uma certa insegurança com se achar bonita ou não, mas um dia aprenderia. Colocou a bota e as bijuterias. Como toque final o desodorante, perfume, um lápis nos olhos, brilho labial. Estava colocando seus brincos de argolas quando a mãe gritou lá de baixo:
- HERMIONE! CHEGARAM!
Ela olhou na janela e viu que fazia frio. Foi até o armário, pegou seu sobretudo preto favorito e antes de sair do quarto deu uma última olhada e desceu. Assim que desceu viu á porta Gui e Gina. Gui era um dos irmãos mais velhos de Rony e, particularmente para Hermione, um dos mais bonitos. Á quase dois anos tinha um relacionamento amoroso com Fleur Delacour.
- Olá Mione – falou os dois ruivos em coro. Ela retribuiu com um sorriso e se despediu dos pais.
- Mione! Você está linda! Essa roupa é demais! – exclamou Gina com os olhos brilhando.
- A sua também! – respondeu ela no mesmo tom. Gina estava com uma saia de prega cinza, bata (blusinha que está se usando agora) vermelha e bota cinza com cano médio.
- Gina, pegue no ombro dela. – mandou Gui e em um minuto eles estavam na porta da Toca. – Aqui estamos! – ele foi na frente.
- Ei Mione. Eu convidei o Neville e a Luna, provavelmente eles devem já estar aí. – cochichou ela para a amiga.
- Sim... E o Harry? Já chegou? – perguntou Hermione num tom baixo de voz.
- Acho que sim. Quando eu e Gui saímos para te pegar, já fazia um tempinho que papai e Rony tinham ido buscar ele. – respondeu a ruiva. – Rony falou que o Harry, pelas cartas, está meio diferente.
- Diferente? Bom, saberemos em breve. – falou Hermione com sua habitual cara de quem está desconfiada com algo.
As duas seguiram para dentro da casa. Estavam todos lá e, assim que ela entrou, todos a cumprimentaram. Não deu tempo nem de tirar seu sobretudo, quando Rony apareceu em sua frente.
- Mione! – exclamou ele contente e dando um beijo no rosto dela. Ele a olhou nos olhos e fez uma careta – O que é esse negócio preto nos seus olhos?
- Lápis de olho, animal! – retrucou Gina. Rony olhou feio para ela.
- Mione, você nunca colocou essas coisas. Você está muito estranha! – falou Rony com cara de "quem comeu e não gostou". Hermione e Gina se entreolharam e deram gargalhadas, deixando Rony com cara de bobo.
- Qualé, só porque eu me "arrumo" eu estou estranha? – falou Hermione irritada – Garotas fazem isso, sabia? Oh! Desculpe, eu não sou uma garota! Eu sou metida e CDF. Pois saiba... – Hermione não pôde terminar, pois uma pessoa a abraçou forte e por estar muito zangada não sabia quem era. Tudo indicava que era alto, não tanto quanto Rony, forte e parecia querer estoura-la de tanta força que o abraço tinha.
- Harry, quer matar a Hermione sufocada? – falou Jorge que se aproximava. Ao ouvir o nome a garota ruborizou. Quem estava lhe abraçando seria Harry? Não pode ser...
Ele finalmente a soltou e ela fechou os olhos para pegar fôlego.
- Foi mal Mione! – falou uma voz sem graça. Era grossa e sedutora. Por um momento Hermione ficou com medo de ver o dono dela, mas se não o fizesse achariam que ela estava louca.
Meio temerosa ela olhou e não podia acreditar no que via. Harry Potter não era mais aquele garoto que ela conhecia: magricela, com óculos maiores que a cara e face de quem sofre muito na vida, o que não era mentira. O Harry Potter que estava á sua frente estava mudado. Rosto desenvolvido, tórax definido, braços fortes. Mas os óculos e o brilho em seus olhos eram os mesmos. Hermione escondeu, á muito custo, um grito.
- Harry! Feliz Aniversário! – falou ela e deu tapinhas em seu ombro (forte). – Não posso te perguntar se você está se alimentando direito, porque isso com certeza est�! – falou Hermione tentando ser engraçada, mas Harry ficou vermelho. Ela percebeu o erro e abaixou a cabeça envergonhada. Para disfarçar ela entregou o presente. Ele abriu e não só ele, como todos que estavam presentes (Gina, Rony, Fred e Jorge... até Neville e Luna que estavam se aproximando agora), ficaram boquiabertos com o pomo de ouro (Que por sinal estava gravado: Harry Tiago Potter).
- Que foi? – perguntou Hermione sem entender as caras dos amigos. – É tão ruim assim?
- Ruim? – perguntou Rony incrédulo.
- Eu queria ganhar um presente "ruim" desses! – falou Fred sem tirar os olhos do pomo. Harry não tinha palavras.
- Sejam mais diretos. Eu ainda estou boiando. – pediu ela.
- Mi... Mio... Hermione... – começou Harry.
- Esse é o... o... – tentou continuar Gina.
- "O" o quê? – perguntou Hermione já perdendo a paciência.
- O melhor pomo de ouro que existe... – respondeu Harry tirando sua atenção do pomo para a amiga. Hermione entendeu e corou furiosamente. Não sabia que era o "melhor", já que não entendia nada de quadribol.
- Be-bem, eu só q-queria d-dar um
presente d-diferente. – gaguejou.
- Acredite, isso é realmente diferente! – falou Luna por sua vez.
"Pronto, era só o que faltava... Ainda passo essa vergonha por dar um 'melhor' pomo de ouro", pensou Hermione angustiada.
- Crianças, vamos comer algo? Desde que chegaram vocês não petiscaram nada. – falou a Sra. Weasley chamando-os para a cozinha. Os outros foram vencidos pelo estômago e foram correndo.
"Graças á Deus! Devo isso á Sra. Weasley!", pensou aliviada. Ela já ia acompanhar os outros quando uma mão a segurou. Era Harry e ele estava com uma cara que Hermione definitivamente não queria ver (na verdade queria, só que tinha vergonha).
"Ai! Tudo têm um preço, né?".
- Hermione – falou sério – Eu... eu...
- Harry, eu só queria dar um presente diferente de livros ou agendas para lembrar de compromissos – falou Hermione e Harry riu ao se lembrar da agenda que amiga lhe deu no quinto ano.
- Não Mione, eu só queria dizer que eu adorei o presente! Foi o melhor que já ganhei. – ele respondeu ainda sorrindo da cara vermelha da amiga. – E também lhe dizer que você está diferente!
- Por favor, Harry! Não me faça como o Rony que me vem e pergunta: "Que negócio preto é esse nos seus olhos?". – ela imitou a voz de Rony. Harry riu.
- Não ia dizer isso! Só ia lhe dizer que você...
- Os dois vão ficar aí parados? Vão ficar sem comer. – interrompeu Rony da porta da cozinha.
Hermione tratou de puxar Harry para a cozinha e acabar com aquela conversa constrangedora.
Depois de uma breve petisca, os jovens foram para a sala, onde Gina se virou para Hermione:
- Você trouxe os CDs, Mione? – perguntou empolgada. A amiga confirmou que sim, Rony, no entanto, parecia confuso.
- O que são DCs? – todos riram.
- CD Rony. É um disquinho com várias músicas. – explicou Harry.
- A Mione me falou tanto deles que tive vontade de escutar.- falou Gina com seus olhos brilhando
- Tem As Esquisitonas? – perguntou Rony olhando-os com curiosidade.
- Não Rony. São apenas bandas trouxas. – falou Hermione. Harry estava perto da pilha e viu um de seu interesse.
- Linkin Park! – exclamou ele animado.
- Como? – Rony e Gina estavam confusos.
- Você viu! Eu tenho o Hybrid Theory, o Reanimation, o Meteora e o Living In Texas! Estou doida para ter o com o Jay-Z! – falou Hermione feliz da vida.
- Nossa! Você já escutou o Numb com Encore?
- Sim e aquela One Points of Authority...
- Mas será que daria para vocês fazerem o favor de não nos deixarem boiando- falou Gina irritada com um Rony de orelhas vermelhas do lado. Harry e Hermione ficaram sem jeito.
- Colocarei a música para ouvirem. – disse Mione e transfigurou um rádio. Colocou o CD e tocou Pushing Me Away.
Eles escutaram Evanescence, Green Day e várias músicas black (estes eles tiveram que escutar longe da casa por que música ter letras que faria a Sra. Weasley ficar de cabelo em pé) que eram ótimas para dançar.
Estavam se divertindo quando Sr. Weasley apareceu dizendo que precisava levar Hermione de volta.
- Ah, que pena! – lamentou Gina.
- Bom Mione, nos veremos dia 1º de setembro – falou Rony dando um abraço nela.
- Mione... – chamou Harry e ele a puxou para um abraço – Obrigado por tudo – sussurrou ele em seu ouvido. Hermione sentiu os pelinhos da nuca se arrepiarem.
- Oras Harry... não foi nada. Nossa amizade vale mais que isso. – respondeu ela e ele fortaleceu o abraço. Era incrível como Hermione se sentia segura naqueles braços fortes.
- Você é muito especial – murmurou mais para si do que para ela.
E depois disso seria o primeiro dia do novo ano letivo em Hogwarts.
"Ainda bem que ele não tocou mais no assunto do pomo", pensou aliviada.
(CONTINUA...)
-
N/A: Bem, coloquei o Linkin Park como a banda que ela e o Harry gostassem porque (além de eu adorar) é uma das bandas que os jovens estão escutando hoje em dia... BEIJOS. Aí está a letra da música que eles escutaram.
Gente, me façam feliz... Me doem reviews!
Pushing Me Away – Tradução – Me repelindo
Linkin Park
I've lied to you
Menti para você
The same way that I always do
Do mesmo jeito que sempre faço
This is the last smile
Este é o último sorriso
That I'll fake for the sake of being with you
Que eu fingirei por estar com você
Pre chorus:
(Everything falls apart, even the people who never
frowneventually break down)
(Tudo se separa, até eventualmente as pessoas que nunca
resmungam)
The sacrifice of hiding in a lie
O sacrifício de esconder uma mentira
(Everything has to end, you'll soon find we're out of time
left to watch it all unwind)
(Tudo tem que terminar, você achará que estamos sem tempo para
ver tudo se desenrolar)
The sacrifice is never knowing
O sacrifício nunca é conhecido
Why I never walked away
Porque eu nunca caminhei estando longe
Why I played myself this way
Porque eu me entreguei deste modo
Now I see your testing me pushes me away
Agora eu vejo você me testando e me repelindo
I've tried, like you
Eu tentei gostar de você
To do everything you wanted too
Fazer tudo que você quis também
This is the last time
Esta é a última vez
I'll take the blame for the sake of being with you
Que eu levarei a culpa por estar com você
Pre chorus
Chorus (2x)
We're all out of time, this is how we find how it all unwinds
Estamos todos fora do tempo, isso é como se descobríssemos todos segredos
The sacrifice of hiding in a lie
O sacrifício nunca é conhecido na mentira
We're all out of time, this is how we find how it all unwinds
Estamos todos fora do tempo, isso é como se encontrássemos todos segredos
The sacrifice is never knowing
O sacrifício nunca é conhecido
Chorus (2x)
