Perdão
Milo... Por quê? Por que me traiu? Por que tinha que ir até a casa de Saga? Por que eu não paro de pensar nisso? Por que ele me machucou? Por que eu o machuquei? Por que errei? Por que erramos? Por que eu sou um idiota sem noção, inconseqüente e apaixonado? Ou por que sou humano? Por qualquer razão eu preferia não ter sentido aquilo... Preferia não ter errado, não ter visto, não ter tomado conhecimento... Preferia não ter me apaixonado.
E agora? Agora eu devo continuar como? Sem seu amor não dá... Não vou conseguir viver. Eu devo ser mesmo um estúpido apaixonado! Meu jogo se virou contra mim, reconheço... E agora eu perdi o amor da minha vida.
É... Vendo assim parece até que estou fazendo drama... Mas ninguém sabe o que está dentro de mim... O que me corroe por dentro, tirando minha vontade de viver.
Depois do incidente na casa de Saga eu passei quatro longos dias na cama. Me levantava para tomar banho ou buscar chocolate na cozinha, mas não fazia mais nada. Não falava com ninguém, não atendia meu celular ou o telefone. Um dia vi que Milo fora em casa buscar algumas coisas, ele tentou falar comigo, mas eu mal conseguia ficar de pé, que dirá falar com ele. Acabei me trancando no banheiro e não o respondi. Depois de um tempo ele se foi.
Então eu fiquei sozinho. Passou uma semana. Eu provavelmente tinha sido despedido do meu emprego e nem meus amigos deviam ter esperanças de que eu estivesse vivo. Na verdade nem eu sabia se estava vivo. Preferia que não estivesse, doeria menos. Mas meu corpo agüentava firme e se recusava a me deixar morrer.
Eu já não sabia se chorava, se comia chocolate, se dormia ou se tentava me atirar da janela. Nada mais fazia sentido! Por que ele não estava comigo? O que estava acontecendo? Eu começava a ter medo de mim mesmo e havia momentos que eu não sabia se estava dormindo ou se estava acordado... Foi a pior época da minha vida.
oOoOo
O incidente na casa de Saga fora lamentável. Eu não consegui dormir naquela noite, fiquei pensando sobre tudo que tinha feito de errado e em como poderia pedir perdão. No dia seguinte liguei para casa, mas Kamus não atendeu... Resolvi então dar um tempo para ele. Mas todo dia eu ligava.
Depois de quatro dias de insistência comecei a ficar preocupado e resolvi ir em casa ver se estava tudo bem. Kamus não atendia ao telefone e não ia mais trabalhar. Mas quando cheguei ele estava trancado no banheiro. Pelo menos estava vivo. Eu tentei falar com ele, pedi que abrisse a porta, fiquei um bom tempo esperando... Mas ele não queria me ver. Sendo assim eu fui embora.
Mais três dias e eu comecei a me preocupar com o estado de saúde dele. Kamus não podia ficar para sempre em casa. Além do mais eu queria me redimir, pedir perdão e tentar qualquer coisa para tê-lo de volta. Eu amava demais aquele francês idiota para deixá-lo escapar daquela forma.
Tirei uns dias de férias... Deixei Saga incumbido da tarefa de achar a segunda pessoa. Talvez o jogo estivesse terminado, mas eu não iria arriscar, não com Kamus. Me dava até arrepios pensar que eu poderia perdê-lo.
Fui ao supermercado e comprei coisas básicas, apenas para não morrer de fome. Depois fui até o apartamento que morava com Kamus. Já estava entardecendo quando eu cheguei, a sala estava escura, nem preciso dizer o estado do quarto. O edredom estava jogado no chão, junto com alguns papeis de chocolate... Por Zeus, ele devia estar muito deprimido, ele não era de comer chocolate daquele jeito. Em cima da cama a visão mais horripilante que eu já tive dele...
"Kamus..." Eu sussurrei com a mão na boca. Corri até a cama e o virei de frente, constatando seu rosto pálido. Ele parecia dormir, mas estava tenso com alguma coisa. "Kamus!" Eu chamei mais alto.
A falta de reação dele me assustava. Ele não me parecia nada saudável, considerando que ele não devia estar comendo nada além de chocolate nos últimos sete dias... Bem, eu precisava agir. Afastei os cabelos ruivos de seu rosto e abri a camisa do pijama que ele usava, estava muito pálido e quente.
"Kamus, por Zeus, acorde..." Eu fui até o banheiro, enchendo nossa enorme banheira com água morna, depois busquei ele no quarto, já sem o pijama e levei-o até a banheira. "Kamus... acorda meu anjo..."
Foi desesperador achar que ele poderia não acordar nunca mais. Eu não queria imaginar uma vida sem ele. Jamais iria em frente sem aquele corpo quente me esquentando toda noite. Ele era tudo pra mim e agora eu entendia isso... Agora sim eu entendia tudo que ele pensava, entendia seu mundo. Como pudera ser tão cego?
"Kamus... Me perdoa..." eu sussurrei enquanto lavava ele com cuidado. Lavei seu cabelo, sempre tão brilhoso e macio... Depois a pele alva que se avermelhava com facilidade sob meus dedos... "Anjo... Acorda..." Por que ele ainda dormia? "Kamus..."
Ele não se moveu. Não gemeu... Nada. Eu continuei até o fim, limpando a depressão do corpo dele. Eu queria ter o poder de reanimá-lo... Queria ter o poder de fazê-lo esquecer. Mas não podia, ele teria que me perdoar.
Assim que ele estava limpo eu deixei a água escoar e o sequei, deixei-o embrulhado na toalha e troquei rapidamente o lençol da cama. Coloquei-o na cama e o cobri com o lençol... Depois vestiria algo nele... Agora precisava arrumar algo que ele pudesse comer.
E enquanto eu divagava sobre meus problemas e pensava em como poderia me perdoar o telefone tocou. Levei o celular até a cozinha, falando com Saga enquanto fazia uma sopa. A segunda pessoa estava achada. Restava que Kamus acordasse.
Quando tudo ficou pronto eu voltei ao quarto, levando a sopa em uma badeja. Ele dormia como um anjo, suspirando levemente... Já tinha cor nas faces, ao menos isso. Me sentei ao seu lado, mal ousando tocá-lo. Estava tão lindo e perfeito que seria um pecado acordá-lo, mas ele estava com tanta fome que o simples cheiro da comida o despertou.
"Kamus... Está me ouvindo?" Eu perguntei num sussurro para não assustá-lo. Ele abriu os olhos, dois profundos poços de frieza e paixão que me encararam com surpresa. Ele olhou em volta e tentou se mexer com dificuldade. "Fique deitado, você não está bem."
Ele me olhou como se eu dissesse um absurdo e tentou sentar-se. Mas estava um pouco fraco e eu tive que ajudá-lo, colocando um travesseiro para apóia-lo. Eu não sabia mais como agir. Ele ainda estava zangado e magoado... Eu deveria mesmo estar ali? Mas não era hora de indagar isso.
"Está com fome?" Eu nem esperei resposta, busquei a bandeja na cabeceira da cama e apoiei em meu colo. Ele me olhou com mágoa nos olhos e aquilo me doeu, mas eu superei isso e fiquei firme, sem desviar o olhar. "Me perdoa... Eu te amo... Se quiser que eu vá, eu vou... Mas coma isso ao menos." Acho que a fome era maior que qualquer coisa, porque ele não moveu um dedo, nem os olhos ele piscou.
Eu sorri e levei a colher até a boca dele. Nenhuma palavra foi dita enquanto eu o alimentava. Quando acabou eu apoiei a bandeja na cabeceira e esperei por qualquer reação, mas a única coisa que vi foi ele lutar para deixar os olhos abertos. Eu o cobri melhor e ajeitei os travesseiros.
"Durma..." Eu sussurrei beijando suas pálpebras.
Geralmente ele era um doce de pessoa comigo. Estava sempre a meu dispor e a meu favor para qualquer coisa. Ele era mesmo perfeito e eu nunca tinha reparado naquilo. Quando ele me fizera aquela proposta, algumas semanas atrás, eu achara que ele estava louco. Mas agora eu entendia que ele só queria ter certeza de que todo aquele amor que ele tinha era correspondido na mesma intensidade e nem eu sabia que era. Mas ele sabia, só queria ter a confirmação disso.
Então eu concordei com aquele jogo, mais por curtição e porque não queria perder do que por entender seus motivos. Foi bom com Aioros... Impossível com Kanon, senti um ciúmes e um remorso terríveis... Depois foi a vez de Saga. A vez de Saga provar a nós dois de uma vez por todas que éramos imaturos demais. Kamus saiu machucado e eu arrependido até o último fio de cabelo. Mas faria qualquer coisa para me redimir.
E enquanto meu anjinho dormia eu arrumei a bagunça que estava a casa e lavei a louça. Assim que tinha terminado tudo eu voltei ao quarto, vendo que Kamus suava e se debatia... O lençol quase no chão. Por Zeus, eu havia me esquecido da beleza daquele corpo...
"Kamus!" Eu segurei ele pelos ombros tentando acordá-lo. Ele falava coisas sem nexo, dentro das quais eu podia distinguir meu nome. Sacudi ele e o segurei, até que ele abriu os olhos, arfando e tremendo, algumas lágrimas chegavam a escorrer por seus olhos. E eu fiz algo que em geralmente não faria em uma situação como aquela... Eu o abracei. Apertei ele contra o meu peito e chorei junto com ele. "Me perdoa... Não quero te ver sofrendo..."
Senti ele se remexer e afrouxei o abraço, encarando seus olhos... Mágoa, paixão, dor, tristeza e saudade dançavam naqueles dois poços profundos que eu tanto desejava. Eu beijei uma de suas faces, colhendo uma lágrima que escorria, sob o olhar atento dele.
"Meu anjo... Você esta bem?" Ele estava mudo, me olhava como se fosse a primeira vez e eu continuava a beijar seu rosto. Queria sentir cada pedaço daquela pessoa que tanto amava. "Me perdoa... Eu errei. Mas eu te amo mais que tudo."
Ele continuava me encarando, parecia me analisar. Kamus sempre fazia isso... Eu me sentia completamente exposto a ele quando me olhava daquela forma. Parecia conseguir olhar dentro da minha alma e a compreender com um simples piscar de olhos. Ele tinha esse poder sobre mim e eu não me incomodava de me submeter a isso, pelo contrário, me sentia de certo modo protegido.
"Não chore mais, por favor..." Eu queria dizer tanta coisa, mas nada além de lágrimas eram possíveis. Perdão, amor... Eu queria falar, queria implorar, mas só conseguia chorar e beijar seu rosto.
"Milo..." Sua voz era quase inaudível. Ele ergueu a mão tocando meu rosto. E eu senti como se fosse a primeira vez que ele me tocava. Aquela mão frágil e quente, pelo estado febril de seu corpo, limpou minhas poucas lágrimas e depois afastou meu cabelo da frente dos meus olhos.
"Kamus... Me perdoa. Eu te amo muito, não quero te ver chorando... Não quero te ver sofrendo..." Eu ia continuar se ele não tivesse recomeçado a chorar. Eu nunca via Kamus chorando.
"Me perdoe..." Ele sussurrou caindo num choro compulsivo, que o fazia soluçar e tremer. Acabei abraçando-o novamente deixando que chorasse.
"Perdoar pelo que, meu anjo?" Não havia o que perdoar...
"Eu... Tentei acabar... Com a minha... Vida..." Ele falava pausadamente por causa dos soluços e eu mal podia acreditar naquelas palavras. Ele tinha mesmo tentado se suicidar?
"Não diga isso. Você está bem agora, passou." Eu limpei suas lágrimas e as minhas, tentando sorrir. "Promete que nunca mais faz isso?"
"Prometo..." Ele respondeu, não achei que ele diria isso. Na verdade eu não me achava no direito nem de tocá-lo, quanto mais de exigir uma promessa daquelas.
"Eu te amo muito..." Eu sussurrei o encarando com olhos de quem pede perdão. Ele esboçou um sorriso doce e fechou os olhos, deixando mais lágrimas escorrerem.
"Eu também te amo." Ele raramente dizia aquilo, apesar de eu saber que quando dizia era sincero.
Eu me deitei ao seu lado, abraçado àquele corpo quente e macio, sentindo o cheirinho bom que ele exalava. Acabei adormecendo, me sentindo estranhamente bem de estar com ele.
oOoOo
Já era noite quando acordei. Milo estava abraçado a mim, dormindo tranqüilamente. Eu sorri e beijei sua testa, me afastando dele. Senti meu corpo dolorido, porém eu me sentia muito melhor que antes. Me levantei com um pouco de dificuldade e caminhei até a cozinha. Estava morrendo de fome.
"Será que tem comida?" Milo tinha comprado algumas coisas. Eu comi e trouxe pro quarto alguma coisa pra ele também. Deixei tudo na cabeceira da cama e me sentei ao seu lado. "Milo?"
Ele ainda dormia, parecia tão cansado. Mas a gente precisava conversar. Precisávamos resolver aquela questão pendente... Ele se remexeu, parecia não querer acordar. Mas eu insisti, beijei seus lábios, sussurrei seu nome, até que ele abrisse os olhos.
"Milo, precisamos conversar..."
"Que horas são?" Ele colocou as mãos na frente dos olhos por causa da luz, mas logo sentou-se na cama.
"Sete horas." Eu respondi.
"Kamus eu... Me desculpe por..."
"Está tudo bem. Eu tive muito tempo pra pensar sobre tudo isso..." Eu baixei o olhar e suspirei, estava sendo difícil. "Talvez você não me ame como eu te amo, mas talvez tenha sido um deslize... Eu não sei."
"Kamus... É claro que eu te amo... Eu confesso ter me assustado quando descobri que te amava tanto e não quero dar desculpas por ter ido até a casa de Saga, eu errei... Eu sei disso. Eu acho que estava confuso... Não sei direito."
"Você tem todo o direito de estar... Afinal eu te enganei..."
"Não. Você não faria isso... O Saga me explicou tudo no dia seguinte. Ele me disse também que você estava inclinado a desistir de tudo."
"É... Bem, mas eu concordei com a idéia dele e enganei você. Me fiz passar por ele." Eu sabia que Saga contaria tudo a Milo, não me surpreendia isso. Mas isso não tirava minha culpa.
"Kamus... Não me importo. Talvez eu não seja mesmo digno da sua confiança..."
"Não diga isso. Eu... Confio em você." Eu sempre confiei... Talvez porque eu fosse inocente demais.
"Tenho que admitir que foi um plano perfeito." Eu levantei os olhos e escondi o riso, mas concordei com ele... Saga era ótimo manipulador. "Mas, meu anjo... Eu não quero que você continue comigo se não conseguir me perdoar... Eu não quero te machucar nunca mais."
"Não vai." Eu sorri e beijei ele, depois me afastei e afirmei com a cabeça. "Eu te perdôo..."
"Talvez agora eu consiga me perdoar." Eu fia ele abrir as pernas e sentei entre elas, com as costas apoiadas em seu peito.
"Eu não quero passar por isso de novo, Milo."
"Não vai. Não precisa mais duvidar que eu te amo..." Eu confirmei com a cabeça e beijei a palma de sua mão. "Mas ainda há uma coisa que me incomoda."
"O que é?"
"O seu objetivo era uma prova de amor... E eu não te dei prova alguma."
"Meu objetivo era entender o que a gente tinha. Não importava o resultado, desde que eu entendesse. E eu entendi que temos nossas fraquezas, mas isso não impede a gente de se amar."
"Hum... Isso é verdade." Eu virei o rosto para cima sorrindo.
"Então está tudo resolvido."
"Vamos parar com o jogo? Sem um vencedor?"
"Vencedor? Milo, o jogo não é pra isso!"
"Mas... Ainda tem três pessoas faltando."
"Você quer ficar com outra pessoa?" Eu me desencostei dele e o encarei desconfiado. Agora que eu finalmente tinha me livrado daquela porcaria de jogo ele queria mais?
"Não... Mas eu quero te ver com pelo menos mais um."
"Pra quê?"
"Pra me provar que sou capaz de confiar inteiramente em você."
Então ele também tinha suas dúvidas? Bem, eu não tinha nada a perder... Minha consciência estava limpa quanto a isso. Eu amava ele totalmente e nada nem ninguém poderia mudar isso. Nem mesmo ficando com outras pessoas eu deixaria de amá-lo.
"Está bem. Só mais um."
Chamem-me de louco, mas eu não duvidava de que Milo estivesse adquirindo um novo fetiche ao invés de querer realmente satisfazer sua dúvida. Mas quem era eu para interferir nas fantasias do meu namorado?
oOoOo
A última pessoa: alguém parecido com Kamus. E eu já o tinha nas mãos!
Era um belo dia quente e ensolarado. Lá estava eu no parque, caminhando calmamente quando uma figura loira veio em minha direção. Ele não falou muito. Nós apenas nos cumprimentamos e combinamos coisas pendentes.
E lá fui eu para o trabalho. Conversei com Saga pelo telefone, explicando que já estava tudo bem. Sim, ele se preocupava, era estranho eu sei. Mas acontece que a noite não estava tão longe quanto eu imaginava.
"Mais rápido, anjo..." Eu o apressei para sairmos logo de seu escritório. Era incrível como Kamus nunca conseguia deixar os empregados dele sozinhos... Achava que alguém explodiria algo...
"Estou indo! Pra que a pressa?"
"Você já vai saber..."
É claro que eu tivera uma ajudazinha de Saga e Kanon, mas não tirava meu mérito. Levei Kamus até o motel mais luxuoso de Athenas. Os empregados super discretos nos levaram até uma suíte enorme, com direito a banheira de hidromassagem.
"Milo...?"
"Vem comigo..." Eu encaminhei meu francês até a varanda do quarto, onde o mesmo loiro que eu encontrara de manhã estava sentado em uma cadeira, olhando o horizonte avermelhado. "Boa noite, Shaka."
Ele virou o rosto para nos encarar e sorriu. Levantou-se e veio em nossa direção. Primeiro ele olhou friamente para Kamus, depois nos cumprimentou com um meneio de cabeça.
"Shaka?" Kamus perguntou me encarando.
"Sim, ele mesmo." Eu sorri malicioso. "Por quê?"
"De onde vocês se conhecem?" Ele não tinha gostado? Mas como assim? O Saga ia me pagar!
"Saga nos apresentou... por quê?"
"Você nem ao menos perguntou quem ele era, Milo?"
"Não..." Eu pisquei confuso e encarei Shaka, que sorria friamente para Kamus.
"Ele foi meu ex. Uma longa história..." Ex! Saga, seu maldito!
"Eu achei muito estranho quando o Saga me ligou, mas achei mais ainda quando ele me contou o motivo. Eu só vim porque isso é realmente engraçado." E aquele loiro não tinha me dito nada?
Pensando bem, se eu queria saber se podia confiar em Kamus... Um ex era uma boa. Mas Saga podia ter me contado antes! Fiz papel de bobo.
"Milo, o quão ingênuo você pode ser? Ainda não aprendeu que não deve se meter com o Saga a não ser que esteja no controle da situação?"
"Mas... Ele queria ajudar! Eu achei que..."
"Tadinho. Você não conhece bem o Saga, não é?" Quem aquele loiro achava que era?
"Milucho... Deixa eu te explicar... Quando eu era mais novo e Saga era meu professor particular... Bem, ele dava aula a mim e a Shaka. Foi assim que nós nos conhecemos... E o resto você sabe."
"Na verdade eu não sei. Você nunca falou do Saga pra mim." Agora eu sabia como ele tinha conhecido os gêmeos! Kamus nunca foi de falar muito, menos ainda quando se tratava de suas antigas relações.
"Ahn... Bem, é que..."
Ele ficava tão bonitinho quando estava assim sem graça. Shaka parecia concordar porque riu simpático. Eu puxei Kamus pelo braço dizendo ao loiro que esperasse ali.
"Anjo... Então... Depois você vai me explicar cada canto dessa história do Saga, mas por enquanto... Vamos ao plano inicial."
"Você quer que eu fique com meu ex?"
"Sim."
Continua...
oOoOo
N/A: Nhai... Até que enfim eu terminei! Esse capítulo não tem lemon! Mas ele tem revelações, né!
Ta aí, o Saga foi professor particular do Kamus e do Shaka no passado. Mas eles tiveram alguma coisa, né! Vocês querem ver o Kamus contando tudo ao Milo no próximo ou eu pulo essa parte e escrevo só um lemon entre Kamus e Shaka? Por favor, quem não conseguir mandar review, pode me mandar e-mail? É importante pra mim receber opiniões, eu quero saber o que vocês preferem pro próximo capítulo!
Bom, não deu tempo de receber mt review, até pq esse site é um safado! Mas vejamos...
Não defendam o Milo! Ele traiu o Kamus sim! O Saga jamais chamaria ele por um motivo banal e ele mesmo confessa que foi lá porque estava confuso. Ele não fazia idéia de que era o Kamus que estava com ele e não o Saga... Outra coisa... O Saga era amigo do Kamus, nunca foi mt com a cara do Milo, além de ser tarado e sádico! Outro motivo pro Milo não aceitar convites... Depois vou explicar melhor o tipo de relação que ele tinha com o Kamus e com o Shaka... ok? Bem, é isso... mandem as opiniões de vocês pra mim, por favor.
Bju grande!
