Primeiro agradeço as reviews que vocês me mandam. É o que me faz ter vontade de continuar a escrever. Segundo, leiam minha outra fic: Ahistória de amor de Inutaisho e Izaoy – Versão mineirinha. Terceiro e último, boa leitura!
Os cogumelos do amor e a 6ª noite!
Sesshie tentava pela milésima vez estudar os malditos pergaminhos que ele já nem sabia mais para o que servia. Parou novamente incomodado com o barulho. Olhou feio para Yuri, que logo tratou de se defender.
- O que foi? – perguntou ela – Eu estou quieta!
- Eu sei! – respondeu Sesshie – Mas eles não estão!
Apontou para o meio-irmão e o grupo dele que estavam sentados num canto da biblioteca jogando baralho.
- Eu não acredito que eles não ficaram sequer uma hora inteira dentro dos quartos e já vieram encher minha paciência – disse Sesshie irritado.
- Hei, Sesshie! – disse Inuyasha – Nós estamos incomodando?
- Claro que estão! – respondeu Sesshie.
- Você deveria ter nos dito que estávamos atrapalhando seus estudos – disse Miroku – Nós teríamos saído daqui!
- MAS EU DISSE! – gritou Sesshie – ASSIM QUE VOCÊS BATERAM NA PORTA! MAS VOCÊS ENTRARAM DO MESMO JEITO !
- Desculpe, Sesshie! – disse Kagome – É que estava muito chato ficar no quarto. Não tinha nada para fazer...
- E eu não fico mais sozinha num quarto com este monge pervertido nunca mais! – disse Sango – Ele só tem idéias indecentes.
- Realmente srta exterminadora – zombou Sesshie - Melhor evitar ficar perto do monge safado. Você corre o sério risco de engravidar dele. Ops, isto já aconteceu...
Sango fez uma cara feia com o comentário de Sesshie.
- Prometemos que jogaremos em silêncio a partir de agora, Sesshie! – disse Kagome pegando o baralho e se virando para os amigos – Hei, vocês querem aprender um jogo novo?
- Claro! – responderam os amigos juntos – Vamos lá!
Sesshie olhou para Yuri com uma cara feia de novo.
- O quê? – disse ela – Eu não estou fazendo nada!
- Humpf! – bufou Sesshie.
30 tortuosos minutos depois...
- TRUCO! – gritou Inuyasha.
- 6! – gritou Kagome.
- Humpf! – bufou Sesshie.
- ZAP! LADRÃO! - gritou Miroku.
- Esse jogo é muito bom! – disse Sango.
- Humpf! – bufou novamente Sesshie.
- Vamos jogar mais uma partida? – perguntou Kagome.
- NÃO! – gritou Sesshie – NINGUÉM VAI JOGAR MAIS NADA! EU QUERO SILÊNCIO E QUERO AGORA, ENTENDERAM? ANTES QUE EU TENHA QUE ARRANCAR A CABEÇA DE ALGUÉM!
- Está bem! – disse Inuyasha.
- Er, desculpe! – disse Kagome.
- Foi mal! – disse Miroku!
- Ai, eu não estou me sentindo bem! – disse Sango – Meu estomago está embrulhando...
- Nem ouse fazer isto aqui na minha biblioteca! – disse Sesshie - Vá para a varanda!
Sango correu para a varanda e tomou um ar, que a fez melhorar. Kagome guardou o baralho e ficou sentada em silêncio junto dos amigos, que não sabiam o que fazer para passar o tempo.
Mais 30 minutos...
- Então eu disse para ele: "Inuyasha, não seja bobo, o Houjo é apenas um amigo de escola meu!" – disse Kagome para Yuri – Ainda assim ele ficou morrendo de ciúmes do pobrezinho do Houjo!
- Ciúmes uma ova, Kagome! – retrucou Inuyasha – E nunca vi amigos andarem de mãos dadas o tempo todo!
- É um costume novo! – explicou Kagome – Mas como você é um ser praticamente pré-histórico eu sabia que não ia entender mesmo!
- Da próxima vez eu vou dar uma Ferida do Vento no meio da testa dele, você vai ver! – disse Inuyasha fazendo bico.
- Nossa, vocês se amam mesmo! – disse Yuri admirada.
- E o Sesshie? – perguntou Kagome para a princesa – Ele não sente ciúmes de você, Yuri?
- Humpf! – bufou Sesshie – Nós só nos conhecemos há poucos dias, e não somos namorados!
- É verdade! – disse Yuri – Eu e o Sesshie? Não sentimos nada um pelo outro. Nós só queremos ter um filho juntos, só!.
- Então se a srta quiser ter mais um filho depois, pode contar comigo! – disse Miroku aproveitando que Sango estava na varanda ainda.
Sesshie se levantou de sua cadeira calmamente, dirigiu-se até o monge e lhe deu um enorme croque na cabeça.
POW!
Depois voltou a se sentar e a estudar os pergaminhos.
- Ai! – reclamou Miroku com a dor – Imagine se ele gostasse da srta Yuri, então!
- E a srta já tem algum pretendente para quando voltar para suas terras, Yuri? – perguntou Kagome.
Sesshie fingia estar concentrado no pergaminho, mas suas orelhinhas pontudas logo trataram de se captar a resposta da princesa.
- Pretendente oficial, ainda não! – disse ela – Mas tem um rapazinho na aldeia, que, nossa, é uma coisa!
- Ele é bonito? – perguntou Sango voltando para a sala.
- Bonito? – respondeu Yuri – Não! Ele é simplesmente LINDO!
Sesshie parou com os estudos e olhou com uma cara feia para a princesa.
- E por que a srta não pediu para o lindão ter um filho com você? – disse Sesshie visivelmente irritado.
- Porque ele é humano! – respondeu Yuri – E eu preciso de um pai youkai para meu filho.
- Parece que tem gente que tem ciúmes, sim senhor! – disse Inuyasha baixo.
- Hanyou! – disse Sesshie – Não me faça acabar com você! E vamos acabar com esta conversa, eu tenho mais o que fazer!
- Está bem! – disse Kagome – Vamos falar sobre a surpresa para o aniversário da Rin.
- Boa idéia! – disse Yuri – Então o que vocês acham que devemos fazer?
- Que tal um bolo? – sugeriu Kagome?
- Bolo? – perguntou todos os outros ao mesmo tempo.
- Sim, um bolo! – respondeu Kagome – É um costume do meu tempo as pessoas fazerem um bolo para o aniversariante.
- E de onde raios nós vamos tirar um bolo? – perguntou Inuyasha.
- É mesmo! – disse Kagome – Eu tinha me esquecido que aqui não tem como fazer um. E demoraria muito para ir até o poço come-ossos, voltar para minha era e comprar um!
- Que tal um presente? – sugeriu Miroku.
- Isso mesmo! – disse Sango – Um brinquedo bem bonito.
- Tudo menos boneca! – disse Yuri – Ela já tem um monte em seu quarto.
- Está bem, um brinquedo! – disse Kagome – Isto podemos achar neste vilarejo que tem próximo daqui. Mas temos que arranjar um jeito especial de entregar o brinquedo para a Rin.
- Que tal deixar ao lado dela na cama? – disse Inuyasha – Assim quando ela acordar vai achar o presente.
- Que tal colocar um embrulho bem bonito e depois colocar no pescoço do Aruru para ele entregar? – disse Miroku.
- Mantenham-se longe do Aruru! – disse Sesshie - Ele não gosta muito de gente estranha! E se ele resolver comer alguém eu não me responsabilizo!
- Gulp! – fez todos.
- A gente arranja outra coisa! – disse Kagome – Agora temos que ir atrás do brinquedo. Inuyasha, me leve até o vilarejo!
- Sabia que ia sobrar para mim! – disse Inuyasha – Por que você não vai com o Miroku e a Sango?
- Porque eles não podem me carregar nas costas! – respondeu Kagome. – Só falta uma coisa!
Ela chegou perto de Sesshie, que estava entretido vendo os pergaminhos (N/A: Não agüento mais escrever pergaminhos!) e esticou a mão. Ele a olhou desconfiado.
- O quê? – disse Sesshie – O que você quer?
- Dinheiro! – respondeu Kagome – Como você acha que eu vou arranjar um brinquedo para a Rin? Roubando?
- O simples fato de você levar o Inuyasha já pode fazer com que você ganhe algumas moedas – disse Sesshie – Podem pensar que ele faz parte de algum circo ou coisa assim!
- Hei, olha como fala! – resmungou Inuyasha – É mais fácil acharem que a Kagome é de um circo, vestida com esta roupa esquisita!
- Inuyasha... – disse Kagome - ... SENTA!
POW!
- Vai logo, Sesshie! – disse Yuri – Dê logo o que ela precisa! Já está ficando tarde e logo vai escurecer!
- Está bem! – disse Sesshie se levantando e indo em direção a uma caixa de madeira num canto da biblioteca – Espero que isto dê para comprar algo bom!
Ele abriu a caixa que estava repleta de jóias e moedas de ouro e pegou um diamante de uns 5cm de circunferência e entregou na mão de Kagome, que ficou olhando boquiaberta para a pedra.
- Meu paizinho! – disse Kagome babando – E eu fui encontrar primeiro justamente o irmão pobretão da família! Que azar!
- Deixe de bobagem, Kagome! – disse Inuyasha – Eu posso lhe dar coisa muito melhor!
- Como o quê? – disse Kagome colocando a pedra no dedo e imaginando como seria um anel de noivado com um diamante daqueles – Você não tem dinheiro nem para comprar um cata-vento para mim...
- Credo, Kagome! – disse Inuyasha – Eu estava falando de amor! Aposto que isto o Sesshie nem sabe o que é?
- Como se isto importasse! – disse Sango bem baixinho - Um homem lindo desses e cheio das jóias nem precisa amar ninguém...
- Você disse alguma coisa, Sangozinha? – perguntou Miroku desconfiado.
- Não, nada não! – respondeu a exterminadora.
- Vão logo! – disse Sesshie – E demorem bastante!
Kagome e Inuyasha saíram da biblioteca deixando Miroku e Sango olhando com cara de palhaços para Sesshie.
- E vocês dois? – perguntou Sesshie.
- O que tem a gente? – disse Miroku.
- Vão ficar aqui? – disse o youkai entediado.
- Se o sr não se importar...- disse Sango.
- SUMAM! – ordenou Sesshie.
Os dois acataram a ordem do youkai e correram da sala. Ele olhou para Yuri, que também tinha uma cara de bocó olhando para Sesshie.
- Você quer que eu saia também? – disse Yuri sorrindo.
- Não! – respondeu ele – Eu só estou olhando esta pintura toda que a humana do Inuyasha fez em você.
- Vai dizer que está tão ruim assim? – disse Yuri ainda sentindo o gloss na boca – Este negócio faz a boca da gente grudar...
- Não está ruim! – disse Sesshie.
- Isso quer dizer que ficou bom? – disse ela sorrindo.
- Eu só disse que não ficou ruim! – respondeu ele – Vem aqui!
Ela se aproximou e ele a agarrou e deu um beijo na boca dela.
- Nossa! – disse ela surpresa – O que foi isto?
- É, realmente, este negócio faz a boca grudar! – disse ele se referindo ao gloss.
- Acho que eu vou subir e tomar um banho depois desta! – disse Yuri anda desconcertada com a atitude de Sesshie.
- Bom banho, srta Yuri! – disse Sesshie.
Assim que ela deixou a biblioteca Sesshie pôde voltar a estudar seus pergaminhos.
- Depois ainda dizem que eu sou um cara frio! – disse sorrindo.
Yuri passou primeiro no quarto de hóspedes para poder pegar uma roupa e depois ir para o quarto de Sesshie tomar um banho. Entrou e viu que pelo menos suas servas haviam guardado um pouco das roupas que estavam jogadas no chão.
- Pelo menos isso! – disse ela se dirigindo ao baú de roupas – O que é isto?
Ela pegou o saquinho que sua serva havia deixado em cima do baú e o abriu.
- Cogumelos? – disse ela – Parecem gostosos! Depois eu como um!
Ela colocou o saquinho de lado e tratou de pegar uma roupa e ir tomar seu banho. Ficou no quarto de Sesshie esperando Jaken trazer a água que ela havia pedido previamente. Logo o servo chegou e arrumou tudo para ela. Ele saiu e ela entrou na banheira, onde ficou mergulhada até começar a enrugar.
Sesshie saiu da biblioteca irritado depois de não conseguir entender nada dos pergaminhos que estava estudando. Subiu para o quarto e entrou direto, pegando Yuri se trocando.
- Ai! – gritou ela se enrolando nas roupas – Você não sabe bater na porta, não?
- Me desculpe! – disse ele de mau humor – Eu esqueci que este não é mais o MEU quarto!
Yuri correu para a sala de banho e se trocou lá. Sesshie estranhou a atitude, pois ele já havia visto tudo aquilo antes, mas resolveu deixar de lado, afinal as mulheres são esquisitas mesmo.
Deitou-se na cama e ficou pensativo olhando para o teto. Yuri sentou-se ao lado dele disposta a perturbar a meditação do youkai.
- Sesshie! – disse ela – Já está escuro e seu irmão ainda não voltou. O sr não fica preocupado?
- Não! – respondeu Sesshie – Quanto mais longe ele estiver de mim, mais sossegado eu fico!
- Eu quero ver o que eles compraram para a Rin! – disse ela – Tomara que eles achem algo maravilhoso.
Enquanto isso, no vilarejo vizinho...
Inuyasha e Kagome estavam em uma cabana escolhendo algumas coisinhas para comprar.
- Eu quero este kimono azul e aquele outro amarelo ali! – disse Kagome apontando uma prateleira para a dona da cabana – Eles vão combinar com estes colares que eu escolhi.
- Hei, Kagome! – disse Inuyasha preocupado – Você acha certo mesmo nós comprarmos tudo isto? Afinal o Sesshie deu o diamante para comprarmos um presente para a Rin!
- Sossega, Inuyasha! – disse Kagome – Já escolhemos um ótimo presente para a Rin! E ainda assim dá para comprar mais um monte de coisas com o valor deste diamante. E o Sesshie não pediu para levar o troco! Vamos aproveitar um pouquinho. Pense que de certa forma a fortuna dele também pertence a você!
- É verdade! – riu Inuyasha – Eu acho que vou comprar uma bainha nova para aTessaiga, hihihi!
De volta ao palácio...
- CHEGUEI! – gritou Kagome entrando no salão principal carregada de embrulhos – Comprei uma coisa maravilhosa!
Yuri desceu correndo e fez sinal para ela falar baixo, pois Rin estava na biblioteca brincando com Shippou.
- Vamos para o meu quarto – disse Yuri.
- O seu mesmo ou o do Sesshie? – disse Kagome.
- O meu mesmo! – disse ajudando a carregar os embrulhos escada acima – Vamos chamar a Sango e depois vamos para lá!
- Está bem! – disse Kagome.
- Onde está o Inuyasha? – estranhou Yuri por Kagome estar sozinha.
- Ah, ele foi tratar do fator "surpresa"! – respondeu Yuri – Ele disse que teve uma idéia maravilhosa sobre quem poderia entregar o presente para a Rin, mas não quis me contar.
- Certo! – disse Yuri – O que você comprou afinal de contas? Tem tanto embrulho aqui!
- Umas coisinhas básicas! – disse Kagome – Aliás, eu trouxe um presente para você também. Um lindo kimono lilás que eu vi. E para você também, Sango! – disse para a amiga que acabava de chegar.
- Nossa! Presente? – disse Sango – Cortesia do Sesshie?
- Exatamente! – disse Kagome rindo – Mas isso é segredo!
As três riram e entraram no quarto de Yuri. Desembrulharam tudo até encontrarem o presente de Rin.
- Nossa! – disse Yuri – É linda!
- Muito linda! – disse Sango – Ela vai adorar!
As três ficaram em silêncio observando o presente, até que Yuri resolveu falar.
- Mas eu não disse que poderia ser tudo, menos uma boneca? – disse Yuri pegando a boneca de louça com cuidado – Ela já tem um monte!
- Eu sei! – disse Kagome – Mas não existe nada bom nesta era para se dar à uma garotinha! Se fosse um menino ainda teria a opção de dar uma katana, ou um joguinho de peão, mas para uma menina só tem boneca mesmo.
- Você daria uma katana para uma criança, Kagome? – disse Sango surpresa.
- Se esta criança andasse com o Sesshie eu daria, e acharia até normal! – respondeu Kagome – Isto se ele já não tivesse dado uma antes, não é?
- Pensando bem, faz sentido! – disse Sango.
- Vamos embrulhar a boneca de novo e esperar pelo Inuyasha com a surpresa dele – disse Yuri.
Elas arrumaram tudo e vestiram também as roupas novas e saíram do quarto. Yuri voltou poucos segundos depois e pegou o saquinho de cogumelos que as servas haviam deixado.
- Vou levar isto comigo! – disse ela – Vou ver se as meninas querem um pouquinho!
Ela desceu e viu que as garotas estavam conversando com Sesshie e Miroku no salão principal.
- Me diga, Sango! – dizia Miroku desconfiado – Que roupa é esta? Eu nunca vi você vestida com ela.
- Ai, Miroku! – disse Sango tentando disfarçar – Eu ganhei!
- Ganhou de quem? – continuou o monge – Quem anda dando roupas para você, hein?
- Eu! – respondeu Yuri salvando as duas amigas de serem descobertas – E dei a da Kagome também!
- Ah, bom! – disse Miroku – Já estava ficando preocupado que algum outro homem estivesse te dando presentes!
As três riram com a frase de Miroku.
Sesshie olhava a tudo entediado, de mau humor e com o saco cheio. Ainda eram 8 da noite e não havia nada para se fazer, além de ouvir a conversa estúpida dos humanos à sua volta. Bocejou, coçou a orelha, ajeitou a roupa e bocejou de novo.
"Tédio! Tédio! Tédio!" pensou.
Olhou para os lados, pigarreou, bateu o pé no chão nervosamente e suspirou sem saber o que fazer.
"Não acredito que eles estão falando sobre gatinhos! Gatinhos mimosos, gatinhos peludos! Ai, socorro!".
- Eu vou dormir! – disse Sesshie por fim.
- Espere, eu vou com você! – disse Yuri deixando os cogumelos em uma mesinha e indo atrás dele.
- Boa noite para os pombinhos! – zombou Sango – Durmam bem!
- Imagine, Sango! – disse Kagome – Você acha que eles vão dormir!
- Por favor, não façam muito barulho! – disse Miroku – Meu sono é muito leve!
Os três ficaram rindo até a hora em que Sesshie virou-se com aquele típico olhar assassino para eles.
- Er, boa noite! – disse Miroku – Eu já vou me recolher também. Você vem, Sango?
- Daqui há alguns minutinhos, Miroku! – disse Sango depois falando baixo para Kagome – Eu vou ver esperar dar o tempo dele dormir primeiro, ele está muito assanhado ultimamente!
- E eu que vou ter que ficar sem meu Inuzinho! – disse Kagome – Tomara que ele encontre algo bom para a surpresa da Rin.
- O que é isto? – perguntou Sango achando o saquinho de cogumelos na mesinha – Cogumelos?
- Parecem bons! – disse Kagome – Deixa eu ver direito.
As duas olharam o saquinho, mas logo deixaram-no de lado e subiram para seus quartos.
No quarto de Sesshie...
O youkai arrancou toda a roupa e se deitou. Yuri ficou olhando para ele sem saber o que fazer.
- Deite-se, srta Yuri! – disse ele – E durma!
- Mas, e o nosso... – disse ela sendo interrompida.
- Acordo? – disse ele – Hoje pode esquecer! Eu estou num mau humor danado por causa daqueles malditos pergaminhos que eu não consigo decifrar!
- Mas... – disse ela.
- Mas nada! – disse ele – Durma!
Ela fez um bico e sentou na cama.
- Eu não estou com sono! – disse Yuri.
- Então leia um livro, faça um trabalho manual, qualquer coisa! – disse Sesshie – Só não fique conversando comigo!
- Credo, Sesshie! – disse ela se levantando – Eu vou dormir no meu quarto, hoje! Você está muito chato!
- Ótimo! – disse ele – Tchau!
Ela saiu emburrada do quarto e bateu a porta bem forte para ele ficar com raiva.
- Droga, eu não estou com sono! – disse ela – Eu vou lá embaixo ver se acho alguma coisa para fazer – disse descendo as escadas.
No quarto de Miroku e Sango...
- Sangozinha! – disse o monge deitado na cama só com o lençol jogado por cima das partes intimas – Vem aqui, vem!
- O que você quer, Miroku? – perguntou Sango se olhando de lado num espelho – Eu devo ter engordado uma arroba no último mês!
- Imagine, Sangozinha! – disse Miroku com uma voz sensual – Você está igualzinha ao que era antes de engravidar.
- Você quer dizer que eu já era gorda assim antes, então? – disse ela com um olhar furioso para ele.
- Não! Eu não disse isto! – respondeu o monge – "Por que as mulheres só entendem as coisas da forma errada?".
- Eu vou descer e ver se eu arranjo alguma coisa para comer – disse ela abrindo a porta do quarto – Embora você tenha dito que eu estou obesa!
- Ai ai! – disse Miroku – Minha noite já foi pro beleléu!
Sango cruzou nas escadas com Yuri, que estava subindo.
- Yuri! – disse Sango – Já deixou o Sesshie?
- Nem aconteceu nada! – disse Yuri – Ele está num mau humor bravo! Boa noite!
- Boa noite! – disse Sango descendo e indo para a cozinha – Vamos ver o que eu acho!
Ela vasculhou tudo e só achou a sopa da Rin.
- Ah, isto eu não quero! – disse saindo da cozinha – Será que aqueles cogumelos ainda estão lá?
Foi até a mesinha e achou o saquinho.
No quarto de Kagome...
- Ai, eu não acredito que vai me dar cólica agora! – disse ela passando a mão na barriga – Era só o que faltava!
Ela se deitou de barriga para cima na cama, mas não adiantou. Contorceu-se, mas a dor começava a aumentar. Olhou em sua mochila para ver se achava algum remédio.
- Não acredito que o Inuyasha comeu meus comprimidos para dor pensando que eram balas! – disse ela segurando a cartela vazia - Eu vou descer e ver se eu acho pelo menos uma erva medicinal para fazer um chá.
Saiu do quarto e encontrou Sango subindo as escadas.
- Não consegue dormir, Kagome? – disse a amiga.
- Não! Eu estou com cólica! – disse Kagome – Vou ver se eu acho algo para fazer um chá.
- Quer ajuda? – disse Sango.
- Obrigada, amiga! – disse ela – Pode ir dormir sossegada.
As duas se despediram e Kagome começou a vasculhar a cozinha em busca de ervas.
- Só tem ingredientes da sopa da Rin – disse ela saindo da cozinha – Será que aqueles cogumelos ainda estão lá? Pode ser que eles sejam medicinais!
Ela olhou a mesinha e viu o saquinho.
No quarto de Jaken...
RONC! ROONNNNNNNCCCC!
Jaken acordou assustado e olhou para o lado.
- Credo! – disse ele – Este youkaizinho raposa ronca mais que um adulto! Eu vou sair daqui!
Ele saiu do quarto em busca de outro cômodo em que pudesse dormir em paz. Ao passar pela sala sentiu um cheiro estranho no ar.
- Este cheiro – disse ele fungando – Parece o cheiro dos cogumelos afrodisíacos que são usados pelos youkais na época de reprodução!
Ele achou o saquinho em cima da mesa e o abriu. Só havia farelinhos dos cogumelos.
- Pelo cheiro, com certeza este saco estava cheio de cogumelos – disse ele – Mas comeram tudo. Não deixaram nadinha para mim! Se bem que, qual seria a utilidade para um sapo feio como eu comer um negócio destes? Eu não tenho ninguém, buáááá!
Jaken se dirigiu para a biblioteca chorando por ser sozinho.
- Bom, quem quer que seja que tenha comido os cogumelos começará a sentir o efeito dentro de uma meia hora. – disse Jaken – O que me dá tempo de dormir e não ter que ficar ouvindo a felicidade alheia!
Ele se arrumou no chão e dormiu.
Meia hora depois, no quarto de Kagome...
- Ufa! Que calor! – disse Kagome passando a mão na testa – Onde está o Inuyasha na hora em que eu mais preciso dele?
Olhou para os lados pensando em uma solução para a falta do namorado.
- Eu preciso de algum homem! – disse já sentindo uma falta de ar com o calor que lhe subia ao rosto.
Levantou-se da cama e pensou em quem chamaria.
- Miroku? – disse ela – Não, ele não! Ele está com a Sango! Já sei, o Sesshie! Não, ele também está ocupado a estas horas, com a Yuri!
Pensou mais um pouco e então sorriu.
- Já sei! – disse e saiu do quarto.
Na biblioteca...
Jaken estava dormindo de barriga para cima, todo largado no chão e quase se engasgando com a própria baba. Então a porta foi aberta com uma enorme violência e um vulto feminino parou na porta.
- Jaken –disse a pessoa – Eu preciso urgente de você!
- Srta Kagome? – disse ele vendo a jovem só de camisola parada na porta – Que cara é essa?
Kagome caminhou rápido até ele e se ajoelhou na frente do sapo.
- Jaken, você é o único macho disponível nesta casa neste momento – disse Kagome – Você vai ter que servir...
- O quê? – disse ele assustado com a cara da jovem.
- Eu quero que você... – disse Kagome esticando a mão para ele - ... abra este vidro de remédio para mim! Por favor!
Ela esticou o vidro lacrado de analgésico para Jaken, quase o matando de infarto.
- Faz um tempão que eu estou tentando abrir isto – disse Kagome – Eu encontrei este remédio escondido nas minhas coisas, e acho que o Inuyasha só não comeu porque ele não sabe como se abre! Abre isto logo! Eu já estou com um calor horrível por causa da dor que eu estou sentindo.
Jaken seguiu as instruções de Kagome e então abriu o vidro e entregou para a moça. Ela virou dois comprimidos garganta abaixo e se levantou.
- Obrigada, Jaken! – disse ela – Ainda bem que eu encontrei este remédio. Fui procurar na cozinha e não tinha nada para fazer um chá para dor. Pensei em usar uns cogumelos que estavam no salão, mas já não tinha mais nenhum.
- A srta está falando dos cogumelos afrodisíacos que estavam num saquinho?- disse Jaken.
- Afrodisíacos? – repetiu a jovem – Credo, e eu ia comer eles! Sem o Inuyasha por perto...
- Quem será que comeu? – disse o sapo.
- Eu só vi a Sango no salão principal... – disse Kagome dando um sorriso – O Miroku vai tirar a barriga da miséria...
No quarto de Miroku e Sango...
Miroku estava deitado, calado, sem se mover, tudo para não irritar Sango de novo. Ela tinha se enfiado na sala de banho desde que voltara da sua busca por comida. A exterminadora estava tentando se encaixar numa camisola que Kagome havia lhe dado de presente um tempo atrás, mas o traje estava apertado. Parou, começando a sentir algo estranho.
Miroku estava apenas olhando para cortina que separava os cômodos a espera da amada. De repente Sango abre a cortina com tudo, assustando o monge. Vestida com a camisola apertada, a exterminadora olhava estranhamente para o namorado na cama.
- Sango, aconteceu alguma coisa? – perguntou ele com medo do olhar dela.
- Miroku! – disse ela ofegante – Eu preciso de uma coisa, que só você pode fazer comigo!
- Hã? – disse ele sem entender quando ela subiu na cama e o agarrou – O que é?
Ela o abraçou e disse o que queria dele.
- Miroku! – disse ela – Por favor... Me ajuda a tirar esta camisola! Ela está me sufocando! Buuuuááááá...
- Ai ai! – disse Miroku.- Está bem!
- Eu estou redonda! – disse Sango ainda chorando – Eu nunca mais vou comer!
- Calma, Sangozinha! – disse Miroku já pensando em arranjar uma faca para cortar a camisola que não queria sair de jeito nenhum.
- Ainda bem que eu não encontrei nada para comer lá embaixo! – resmungou Sango – Eu ia explodir se comesse alguma coisa! Ainda bem que aqueles cogumelos já tinham acabado. Era capaz de eu comê-los e eles estufarem na minha barriga me deixando mais gorda ainda! Buuuáááá!
- Ai ai ai! – disse o monge – Você não está gorda, meu amor! Mas será que dava para você tentar murchar um pouco a barriga para eu conseguir tirar sua camisola?
- BUUUUÁÁÁÁÁ! – continuou a chorar Sango.
Uma vez que Sango e Kagome não comeram os cogumelos, só restava uma única opção...
No quarto de Yuri, o dela mesmo...
Yuri terminou de engolir o último dos 10 cogumelos que tinham no saquinho e foi até a varanda tomar um ventinho, pois estava um mormaço dentro do quarto. Se debruçou na mureta e deu uma olhada na varanda do quarto de Sesshie.
- Ele já deve estar dormindo faz tempo – disse baixo – Aquele chato, não vai cumprir o acordo comigo hoje!
Saiu da varanda e voltou para dentro do quarto.
- Onde eu vou dormir? – disse ao ver a cama sem colchão.
De repente começou a sentir-se estranha. Era como se o calor do quarto aumentasse.
- Parece que eu estou perto de uma fogueira, que estranho! – disse ela.
Tentou se abanar, mas o calor estava ficando insuportável. Fechou as pernas com força e caiu sentada no chão quando o calor se alastrou por suas partes intimas.
- O que está acontecendo? – perguntou assustada.
Então um pensamento estranho veio à sua mente, deixando-a corada.
- O que é isto? – perguntou-se mais uma vez – Eu estou com uma vontade enorme de...
Quando deu por si, estava com a mão entre as pernas e pensando em Sesshie. Arrancou a mão assustada e se levantou.
- Eu estava me tocando e pensando naquele chato, grosseirão, maravilhoso, gostoso, másculo e ... ai, meus deuses! – disse ela já não se agüentando – Eu preciso ir ao quarto do Sesshie...
Levantou-se e saiu correndo do quarto. Desceu as escadas pulando de três em três degraus e correu ainda mais pelo corredor que dava acesso ao quarto do youkai. Parou na frente da porta e respirou fundo. Ajeitou os cabelos e o kimono de tecido leve que usava para dormir e sorriu maliciosamente.
Abriu a porta com tudo e entrou. Sesshie, que dormia de bruços acordou assustado.
- O que está acontecendo? – perguntou ele abrindo os olhos e vendo Yuri encostada na porta – Você enlouqueceu?
- Sesshie! – disse ela com uma voz sensual – O nosso acordo...
- Srta Yuri eu já não disse que hoje eu estou de mau humor! – disse ele se virando de barriga para cima e fechando os olhos novamente – Você não pode esperar até amanhã?
- Não! – disse ela caminhando até a cama e subindo nela. Ficou em pé em cima de Sesshie, dando a ele uma visão privilegiada - Eu preciso de você agora!
Sesshie puxou o lençol até o pescoço estranhando a atitude da garota.
- Você está bem, srta Yuri? – perguntou ele.
- Não! Eu não estou bem! – disse ela – Eu estou precisando de uma coisa. E é algo que só você pode me dar...
- Srta Yuri, eu... – disse ele sendo interrompido por ela, que puxou o lençol dele e o jogou longe.
Ela o olhou nu na cama e sorriu, depois mordeu o lábio inferior.
- E se o sr não me der de boa vontade – disse ela – eu vou ser obrigada a usar de força para arrancar de você...
- Yuri, eu não sei o que está acontecendo, mas... – disse ele.
Ela se sentou em cima dele causando um gemido no surpreso youkai.
- Ah, meus deuses! – disse ele – O que você vai fazer?
- Cale-se! – ordenou ela – Use sua boquinha só para me beijar!
Dito isto ela o beijou de forma ardente e selvagem, por uns cinco minutos. Então soltou seus lábios e deu um sorriso.
- Pelo que eu posso sentir aqui em baixo, você já não está de tão mau humor assim, não é? – disse ela soltando o laço da roupa e a tirando – Vamos ver o quanto eu posso fazê-lo ficar de bom humor agora...
Ela beijou o pescoço de Sesshie, passou a língua na pontinha da orelha dele, o deixando enlouquecido.
- Ai, Yuri, assim você vai acabar comigo! – sussurrou ele.
- Psssiuuu! – fez ela – Quem te deu ordem para falar? Hoje você vai ser meu escravo, e eu vou fazer tudinho o que eu quiser com você!
Ela se encaixou em cima dele e começou a fazer amor com ele de uma forma e com uma voracidade que ele nunca tinha visto em mulher nenhuma. Nem youkai, nem humana nenhuma em toda sua vida o tinham levado ao paraíso como ela estava fazendo naquele momento. Tentou abafar um pouco dos gemidos, mas não conseguia. Resolveu se liberar de vez e aproveitar o momento ao máximo. Puxou a cabeça dela e a beijou rapidamente, depois chegou seus lábios próximos à orelha dela.
- Srta Yuri! – sussurrou – Eu vou me casar com você...
Dito isto a deitou na cama e continuou a possuí-la apaixonadamente, por horas e horas. Chegando juntos ao prazer várias vezes, até o amanhecer, quando deixaram os corpos caírem na cama, exaustos e suados, e dormiram como dois anjos recém caídos do céu.
Nossa! Gostaram? Espero que sim! E mandem reviews, ok? E no próximo capítulo, o aniversário surpresa de Rin. O que será que o Inuyasha planejou para a nossa querida Rin, hein? Não percam nem uma linha desta história, que pelo jeito vai render mais do que um filho só para o Sesshie e a Yuri. Ai, ai, que inveja dela...
