Olá pessoal! Mais um capítulo para o deleite de vocês! E esse não é o último, não! Ainda tem mais uns dois ou três para postar. Eu disse que se vocês não mandassem reviews eu ia postar até o penúltimo cap. e o último eu não ia postar, mas era só brincadeira, viu! Agradeço as reviews e espero que mandem mais! Boa leitura para todos!
A idiotice canina de Sesshie!
Depois de apenas quinze minutos caminhando pelo jardim, Inuyasha, Kagome, Sango e Miroku entram correndo pelo salão principal e fecham a porta com tudo.
- Essa foi por pouco! – disse Inuyasha esbaforido.
- Por pouco não é o nosso fim! – disse Sango prestes a chorar.
- Acalmem-se! – disse Miroku – Está tudo bem agora!
- Isso tudo é culpa do Inuyasha! – disse Kagome com raiva.
- Minha culpa por quê? – retrucou o hanyou.
- Eu te disse que tentar montar no Aruru não era uma boa idéia! – disse Kagome – Ainda mais nós quatro ao mesmo tempo!
- Mas ele estava aceitando isso muito bem! – disse Inu – Até que o Miroku foi dar a estúpida idéia de cutucar ele com a Tessaiga para ele andar mais rápido!
- Idéia estúpida, mas você aceitou, não é? – resmungou Miroku.
- Só aceitei porque a Kagome me deu um tapa na cabeça!- disse Inuyasha – Ela me disse que eu era mesmo um burro por não ter pensado nisso antes!
- NÃO ME CULPE PELA SUA BURRICE! – gritou Kagome.
- CALEM A BOCA! – gritou Shippou chegando no salão – Vocês não podem se comportar como gente na casa dos outros, não? Vocês me envergonham! Eu e a Rin estávamos brincando num canto e quase morremos de susto com esta gritaria toda! Juntando vocês quatro não dá a metade da educação que eu tenho!
Os quatro ficaram ouvindo o sermão de Shippou com os olhos arregalados.
- Kagome, você acha que seria muita maldade dar uma "Ferida do Vento" no Shippou? – perguntou Inuyasha baixo – Eu prometo que não usarei o poder máximo!
- Você ficou louco? – disse Kagome – Se você fizer isso aqui dentro, o Sesshie vai matar a gente pela bagunça!
- E lá no quintal, pode? – sugeriu Inu.
- É mais recomendável que seja mais para o meio da floresta! – disse Sango.
- É mesmo! - apoiou Miroku – Aí é só jogar ele em um buraco qualquer!
- Está certo! – disse Inu colocando a mão na Tessaiga e olhando para o pequeno youkai raposa que ainda estava dando o seu sermão – Hei, Shippou! Vamos lá na floresta comigo buscar uma coisa que eu esqueci lá?
- Deve ter sido a sua educação que você esqueceu lá! – disse Shippou – Engano meu, você nunca teve educação! Você não pode esquecer algo que não existe!
-ORAS SEU... – gritou Inu sacando a espada – EU VOU TE DAR UMA FERIDA DO VENTO AQUI MESMO! O SESSHIE VAI ME PERDOAR PELA BAGUNÇA!
- Não, não vou! – disse Sesshie chegando com uma cara feia na sala.
- Sesshie! – disse Inu disfarçando e guardando a espada – Imagina que eu iria bagunçar sua linda casa. Eu posso ir lá fora mesmo para fazer o que eu ia fazer. Vamos Shippou!
- Você enlouqueceu? – disse Shippou – Eu não vou lá fora para você me dar uma ferida do vento no meio da cara! Seu retardado!
- ORAS SEU... – gritou Inu novamente sacando a Tessaiga.
- VAMOS PARAR COM ESSA BAGUNÇA! – gritou Sesshie – Vocês não conseguem ficar quietos por meia hora? Ou melhor, pelo resto da vida?
- Eu estou com fome! – disse Sango – Não tem nada para comer aí não, Sesshie?
- Eu já ouvi essa frase antes! – disse Sesshie – E da última vez que eu respondi que sim, vocês ficaram aqui para dormir! Tenho medo de que minha resposta agora faça com que vocês passem a morar aqui!
- Eu não quero morar aqui! – disse Kagome – Eu já tenho uma ótima casa na minha era. E minha mãe sentiria muito a minha falta!
- Nem se você passasse quinze anos fora sua mãe ia sentir sua falta! – disse Inu – Eu aposto que tem vezes que ela nem sabia que você tinha vindo para essa era!
- Cale a boca, Inuyasha! – disse Kagome – Nem mãe você tem!
- Mas posso apostar que minha mãe morta é mais esperta que a sua! – retrucou Inu.
- EU QUERO QUE VOCÊS CALEM A BOCA! – gritou novamente Sesshie – Vão almoçar e façam silêncio para que eu possa estudar os pergaminhos!
- É isso aí! – disse Shippou – Seu bando de selvagens!
- E você vai brincar com a Rin! – ordenou Sesshie para a raposa – Antes que eu te amarre numa árvore para esse hanyou idiota te dar uma ferida do vento!
- Tchauzinho! – disse Shippou sumindo.
- O Jaken vai preparar algo para vocês comerem! – disse Sesshie – E onde está a srta Yuri? Ela também tem que comer!
- A sua ex-futura esposa está no quarto – respondeu Kagome – Ela está um pouquinho aborrecida!
- O que vocês fizeram desta vez? – disse Sesshie com raiva.
- Eu não fiz nada! – defendeu-se Inuyasha – Já a Kagome...
- O que você fez, humana do meu meio-irmao? – perguntou Sesshie.
- Eu não fiz nada! – disse ela – Eu só perguntei se ela amava você!
Sesshie ergueu uma sobrancelha, ficando assim por alguns minutos, até o meio-irmão estalar os dedos em sua frente.
- Sesshie! – chamou Inu – Você está vivo?
- Claro que está vivo! – disse Kagome – Se ele tivesse morrido não estaria de pé! Ele só está em estado de choque! Um tapa no rosto resolve!
- Opa, primeirão da fila! – disse Inuyasha erguendo a manga da roupa.
- Se você fizer isso – disse Sesshie acordando – Eu juro que vou fazer você engolir a Tessaiga! Mesmo que isso ofenda o nosso pai no outro mundo!
- Que bom que você melhorou! – disse Sango – Não quer saber se a srta Yuri ama você ou não?
- Claro que quero! – disse Sesshie.
- Nós também! – disse Sango – Ela não respondeu nada!
- O quê? – disse Sesshie irritado – Então por que perguntou se eu queria saber?
- Por quê? Você não quer? – disse Sango.
Sesshie passou a mão no rosto sem acreditar na idiotice da exterminadora.
- Eu vou voltar para a biblioteca – disse Sesshie – Eu preciso me distanciar de vocês. Eu estou começando a sentir vontade de comer gente de novo! E desta vez não vai ser só mulheres de cabelos pretos compridos e olhos negros!
- Isso é uma ameaça? – perguntou Inu baixo para Miroku.
- Receio que sim! – disse o monge – Mas não se preocupe, Inuyasha! Ele disse "gente"!
Sesshie saiu do salão e os quatro amigos decidiram ir encher o saco de Yuri no quarto, perguntando para ela de novo se ela amava Sesshie. Encontraram a princesa emburrada na varanda do quarto.
- Yuri! – chamou Kagome – A gente bateu na porta, mas ninguém respondeu, então nós entramos!
- Eu gritei que não queria ver ninguém pelo menos umas quinze vezes! – disse Yuri – E acho impossível que vocês não tenham escutado! Ainda mais depois do Inuyasha dizer "Essa voz da Yuri parece o grito de um youkai morrendo!".
- He he! – ficou sem graça Inuyasha – Eu falava de outra Yuri!
- Nós só queremos saber porque a srta ficou tão irritada com a nossa pergunta! – disse Kagome.- Não há mal nenhum em amar o Sesshie. Talvez não seja muito recomendável para pessoas cardíacas, pois quando ele fica bravo, sai de perto. Mas a srta é saudável, não tem esse problema!
- Tem problema, sim! – respondeu Yuri – Por que não deveria ser assim. Eu deveria cumprir com minha obrigação com meu reino, e não me apaixonar! Agora nem vontade de voltar para casa eu tenho mais!
- Então você ama o Sesshie? – perguntou Inuysha.
- Inuyasha, faça um favor para nós! – disse Miroku – Alimente-se menos de capim e volte a ser um hanyou cachorro!
- Hã? – disse Inu sem entender nada.
- Ela já disse que está apaixonada pelo Sesshie! – disse Sango – Só que você é muito burro e não entendeu!
- E por que você não fala para o Sesshie que o ama? – perguntou Kagome.
- Porque não! – respondeu Yuri – Eu já decidi não prolongar meu sofrimento. Eu vou embora amanhã e em uns 7, 8 meses eu já terei esquecido dele!
- Aí seu filho nasce e você se lembra de novo, não é? – disse Sango.
- Eu vou fingir que não há nenhuma relação do meu filho com Sesshie! – disse Yuri – Eu posso fingir que é filho de outra pessoa!
- Claro! – disse Inu – Ele nem vai lembrar o Sesshie mesmo! Só de rosto, mas aí você joga um cobertorzinho na cara dele e fica tudo bem!
- Eu não posso contar para o Sesshie que gosto dele – disse Yuri triste – Ele vai achar que eu quero dar o golpe do baú nele! Embora essa idéia tenha me passado pela cabeça quando eu cheguei aqui e vi o quanto ele era rico!
- Essa idéia é normal! – disse Kagome.
- Como assim, Kagome? – perguntou Inu desconfiado – Essa idéia já passou pela sua cabeça?
- Imagine! – disse Kagome cínicamente para o hanyou – Eu jamais te trocaria pelo seu irmão só porque ele é rico! Só se você morresse...
- Ah, bom! – disse Inu – Como você vai morrer antes de mim, não preciso me preocupar!
- Não precisa mesmo! – disse Kagome com uma cara de viúva-negra para o namorado – Você ainda vai viver muito tempo, meu amor!
- Já está tudo resolvido! – disse Yuri – Eu vou embora. Ele não vai nem se lembrar que tem um filho por aí, e todos viverão felizes para sempre! Aliás, eu nem sei se eu vou ter mesmo um filho ou não! Vai que isso não dá certo? Aí eu vou ter que me casar com o primo do meu falecido padrasto!
- Pelo menos ele é bonitinho? – perguntou Sango.
- Se você não levar em conta a pele escamosa e verde, a cauda enorme e a língua partida, até que é aproveitável! – disse Yuri se conformando.
- O QUÊ? – gritaram todos.
- Ele é um youkai lagarto – explicou Yuri.
- Credo! – disse Kagome – Você não pode casar com um lagarto! Seria uma crueldade se vocês tivessem um filho. Já imaginou como ele seria feio?
- Já imaginei! – disse Yuri – Eu fico arrepiada só de lembrar!
- Então fale para o Sesshie que o ama! – disse Sango – Aposto que ele também ama a srta!
- Não sei! – disse Yuri – Talvez eu faça isso antes de ir embora!
- AGORA! – ordenou Inuyasha.
- Credo! – assustou-se Yuri – Está bem, eu vou conversar com ele.
Yuri saiu do quarto disposta a ir mesmo abrir seu coraçãozinho para o youkai, deixando Kagome, Sango e Miroku, que ficaram olhando surpresos para Inuyasha.
- O que foi isso? – perguntou Kagome para o hanyou.
- Sempre funciona quando você grita comigo dessa maneira! – respondeu Inu – E agora eu vejo que funciona com os outros também! He he!
- Você quase nos mata de susto e ainda acha engraçado? – disse Miroku – Fora o fato de que quando o Sesshie descobrir que você gritou com a ex-futura esposa dele, com certeza sua cabeça vai ser pendurada na biblioteca dele. Isso sem contar a possibilidade dela estar esperando um filho dele, o que no mínimo dobraria o ódio dele pela sua pessoa!
- O Sesshie já me odeia por completo! – disse Inuyasha – Seria impossível dobrar o ódio dele! E no mais, se ele vier reclamar eu grito com ele também!
Alguém abriu a porta do quarto e Inuyasha pensando que fosse Sesshie pulou no colo de Miroku.
- Eu não fiz nada! Eu não fiz nada! – disse Inu desesperado – Foi a Kagome! Eu juro!
Todos (gota).
- Eu só vim avisar que o almoço está servido! – disse Jaken na porta sem entender nada.
Inuyasha desceu do colo do monge totalmente sem graça. Kagome olhava para ele com uma expressão de quem compreende a reação de pavor do ser amado.
- Kagome, er, eu... – tentou se explicar Inu.
- Tudo bem, Inuyasha! – disse ela dando um tapinha no ombro dele – Vamos descer para comer!
O hanyou respirou aliviado enquanto Sango e Miroku ficaram surpresos por Kagome não ter feito nada.
- Vai na frente, Inuyasha! – disse Kagome – Afinal de contas você está morrendo de fome.
Mais que depressa o hanyou saiu pelo corredor e Kagome só ficou olhando da porta do quarto. Quando ele chegou nas escadas, um enorme sorriso diabólico se formou no rosto da jovem.
- SENTA! SENTA! SENTA! SENTA! SENTA! – gritou com vontade, entrando de novo no quarto.
- Pelo barulho de pratos quebrados, me parece que ele rolou até a sala de refeições! – disse Sango.
- Verdade! – disse Miroku – Vamos esperar antes de descer! Assim o Jaken arruma tudo de novo!
Os três se sentaram na cama conversando sem nem ao menos se preocupar se Inuyasha tinha sobrevivido.
Na sala de refeições, embaixo de uma pilha de louça quebrada, Inuyasha resmungava de dor.
- Maldição! – disse o hanyou – Acho que dessa vez eu quebrei minha perna!
- O QUE ESTÁ ACONTECENDO AÍ? – gritou Sesshie da porta da biblioteca.
Inuyasha se levantou mais que depressa, constatando que não havia quebrado a perna, e se escondeu atrás de um pilar. Sesshie só bufou e entrou de novo na biblioteca.
- Você se machucou? – perguntou uma voz atrás do hanyou.
- Não, eu caí do alto da escada, mas não me machuquei não! – respondeu irritado Inu – Afinal de contas eu faço isso para me divertir! SRTA YURI!
Quando viu que era a princesa que estava atrás de si, Inuyasha tratou de se desculpar de uma forma educada.
- Nunca mais faça isso! – disse ele – Se você tivesse feito essa pergunta ao Sesshie, com certeza ele teria virado e cortado sua cabeça antes de ver quem era!
- Desculpe! – disse Yuri.
- E você não ia falar com o Sesshie? – perguntou Inu arrancando os cacos de louça dos cabelos – Perdeu a coragem, é?
- Não, eu... – disse Yuri.
- Se você quiser eu posso gritar de novo com a srta! –sugeriu Inu.
- Não, muito obrigada! – disse Yuri – Meus ouvidos ainda estão sensíveis por causa do último grito!
- Mas quando precisar, disponha! – disse Inu – Agora, respire fundo e vá falar com aquele idiota do meu meio-irmão!
- Está bem! – disse Yuri indo até a biblioteca. Bateu na porta até o youkai abri-la irritado.
- Por que você não morre... – disse com raiva até notar que era Yuri – PRINCESA?
- Eu não posso morrer antes de dar um herdeiro ao meu reino! – disse ela emburrada e entrando na biblioteca – Depois quem sabe eu te dê este gostinho!
- Eu não me referia a srta! – disse Sesshie fechando a porta – Eu pensei que fosse aquele hanyou imprestável!
- Sei! – desconfiou ela – Eu vim aqui porque eu tenho algo muito importante a falar com você!
- Sente-se! – disse ele apontando a cadeira enquanto ela se sentava na mesa – Só tome cuidado com os pergaminhos! O que você quer falar comigo?
- Eu vim aqui para falar de uma só vez uma coisa que eu julgo importante para nós dois! – disse ela – Sesshie, eu...
- Espere! – disse ele indo para a varanda – Eu sinto a presença do mensageiro do conselho!
- O quê? – disse ela irritada – e daí?
- Daí que ele quando ele aparece sem eu chamar é alguma coisa muito importante! – disse Sesshie já avistando o mensageiro.
O grande youkai coruja pousou na mureta da varanda e entregou uma carta para Sesshie, depois levantou novamente vôo e foi embora.
- O que é? – perguntou Yuri curiosa.
Sesshie leu a carta e deu uma risada.
- Isso sim é irônico! – disse ele estendendo a carta para Yuri.
Ela leu e ao contrário do youkai, não demonstrou nenhum sorriso.
- Isso realmente é irônico! – disse Yuri deixando a carta cair no chão – Minhas servas vão se casar com os conselheiros do seu reino, Sesshie!
- Tem louco para tudo, não é? – disse ele rindo.
- Minha vida acabou! – disse Yuri triste.
- Nossa! – estranhou Sesshie – Tanta tristeza só porque perdeu três servas? Você arranjará outras bem melhores!
- Não é isso! – disse Yuri – Eu estou falando da superstição!
- Superstição? – estranhou ainda mais Sesshie.
- A superstição que diz que se uma serva se casar antes de sua senhora, significa que essa senhora nunca vai se casar! – disse Yuri.
- Isso não é uma superstição, Yuri! – disse Sesshie – Isso se chama o "óbvio"! Para a serva casar antes da própria senhora, significa que essa senhora ou é muito feia, ou muito chata! Ela não casaria nem que não tivesse mais servos no mundo!
Sesshie então pôde notar o olhar desconsolado de Yuri e se tocou que havia falado besteira.
- Mas esse não é o seu caso, srta Yuri! – disse ele tentando desfazer o clima – A srta só teve um pouquinho de azar, só isso! Eu tenho certeza...que a srta vai se casar!
- Duvido! – disse ela triste.
- E espero que seja com alguém que a srta ama muito! – continuou Sesshie.
- Agora eu duvido mais ainda! – disse Yuri ainda mais triste.
- E tenho certeza que essa pessoa também te ama muito! – disse Sesshie pegando as mãos da princesa.
- Eu não vou me casar com aquele lagarto idiota! – resmungou Yuri.
- Que lagarto? – estranhou Sesshie – Eu estava falando de...
- Eu vou subir para o meu quarto, ou melhor, o seu quarto! – disse Yuri saindo da mesa e indo para a porta – Essa notícia acabou com o meu dia!
Sesshie ficou olhando com uma cara de bobo para a princesa que saiu da sala sem ouvir de novo seu pedido de casamento.
- E depois não é para eu acreditar que seja o destino me dizendo que eu não devo me casar com ela! – disse Sesshie voltando a se sentar.
Ao passar pelo salão principal cruzou com Inuyasha juntando os cacos do chão junto de Jaken, e o resto da turma sentada na escada esperando a mesa do almoço ser arrumada de novo. Eles notaram o bico de Yuri, então resolveram perguntar o que tinha acontecido.
- Então, srta Yuri, vai ter casamento? – perguntou Inuyasha.
- Vai! – respondeu irritada.
- E você não ficou feliz? – disse Kagome.
- Não! – respondeu Yuri seca.
- Por que não? – perguntaram todos exceto Jaken.
- Porque não é comigo que vão se casar! – respondeu Yuri subindo de vez para o quarto.
Todos no salão ficaram boquiabertos com a revelação, menos Jaken, que deu um sorriso feliz ao saber que Yuri não ia se casar com seu adorável mestre. Os amigos fizeram uma roda e começaram a conversar sobre o acontecido. Jaken tentou ouvir a conversa, mas Miroku deu uma bica nele que o fez voar até a cozinha. Depois de alguns minutos, os amigos fizeram que sim com a cabeça e caminharam em direção a biblioteca. Já chegaram abrindo a porta com tudo, derrubando um quadro da parede e com Inuyasha chutando um vaso caríssimo que estava no canto da sala.
- Desde que eu vi esse vaso pela primeira vez eu o achei ridículo! Explicou-se Inu para Sesshie que não tinha gostado nada do espetáculo.
- O que está acontecendo aqui? – disse Sesshie furioso.
- CALE-SE! – gritou Kagome – Como você tem coragem de se casar com outra pessoa?
- Até essa manhã você queria se casar com a Yuri! – disse Sango.
- Que tipo de idiotice canina se passa nessa sua cabeça, Sesshie? – disse Inu – Deixar a Yuri de lado só por causa de um orgulho idiota! Nosso pai deve estar envergonhado dessa sua atitude!
- Eu ia dizer para você agir como um homem – disse Miroku – Mas acho que depois disso que o Inuyasha falou, você já deve estar irritado o suficiente!
- Idiotice Canina? – repetiu Sesshie – Você enlouqueceu, Inuyasha?
- Não mude de assunto! – disse Inu já com medo do meio-irmão.
- E o valor desse vaso que você quebrou vai sair da sua parte na herança do nosso pai! – disse Sesshie.
- Eu tenho direito a uma parte na herança? – disse Inu ficando feliz.
- Tinha! – respondeu Sesshie – E esse vaso custou exatamente o 1 por centoa que você tinha direito!
- Droga! – disse Inu e Kagome juntos.
- E o que deu em vocês para entrarem aqui dessa maneira? – disse Sesshie – E que história é essa de que eu vou me casar com outra pessoa?
- A Yuri nos contou que vai ter um casamento – disse Kagome – Só que ela não vai ser a noiva!
- Não mesmo! – disse Sesshie – As noivas são as servas fugitivas dela!
- Você vai se casar com as servas da srta Yuri? – disse Sango – Como o sr consegue ser tão cruel com alguém que carrega seu filho na barriga?
- Não sou eu quem vai se casar com as servas dela! – explicou Sesshie irritado – São os meus conselheiros!
- Ahhh! – disseram todos – Agora entendemos!
- Aí ela ficou triste porque acha que nunca vai se casar! – disse Sesshie.
- E por que você não aproveitou e a pediu em casamento de uma vez? – disse Inu.
- Eu ia fazer isso! – disse Sesshie – Mas ela saiu da biblioteca antes que eu terminasse a frase! E eu já me convenci que o destino não quer que eu me case com a Yuri!
- O QUÊ? – gritaram todos.
- Exatamente! – disse Sesshie – Deixe como está e ninguém mais ninguém vai se ferir!
- Você não pode desistir assim! – disse Inu – Vocês foram feitos um para o outro!
- Eu e a Yuri só nos conhecemos há 10 dias – disse Sesshie – Como você pode dizer que somos feitos um para o outro?
- O simples fato dela ter aturado o seu jeito de ser por 10 dias já demonstra que ela nasceu para viver ao seu lado! – disse Inu - Sinceramente, eu acho que qualquer mulher normal fugiria desse palácio em menos de duas horas!
- Não quero mais falar sobre isso! – disse Sesshie – Amanhã ela vai embora e em uns 7,8 dias eu esqueço dela.
- Nossa! – disse Kagome – Pelo menos a Yuri disse que só te esqueceria em uns 8 meses!
- Ela disse que gosta de mim? – perguntou Sesshie.
Todos fizeram que sim com a cabeça. Sesshie deu um suspiro com a resposta.
- Mas isso não importa agora! – disse Sesshie visivelmente entristecido – Nunca ia dar certo. Eu sou um youkai e ela é uma humana! E o passado mostra que histórias desse tipo nunca acabam em final feliz!
- Não pense assim! – disse Kagome – Só porque seu pai morreu ao tentar salvar a mãe do Inuyasha, e porque aquela barrenta miserável lacrou o seu irmão numa árvore por 50 anos, não quer dizer que não exista a chance de você e a Yuri darem certo!
Sesshie se levantou e foi até a varanda.
- Eu não vou pedi-la em casamento! – disse Sesshie – Não vou perder o meu tempo com algo que não vai dar certo nunca!
Todos baixaram a cabeça ao ouvir a decisão errônea de Sesshie. Yuri, que estava na varanda do quarto de Sesshie, que por um acaso do destino fica em cima da biblioteca, também ouviu as palavras de Sesshie e suspirou entristecida.
"Foi bom enquanto durou!" pensou saindo da varanda e entrando no quarto "Amanhã eu irei embora e tentarei esquecê-lo o mais rápido possível!".
- Mesmo que eu saiba que ela é a mulher da minha vida! – concluiu Sesshie – E admitir isso me fez derrubar muitos preconceitos e acabar com o orgulho que eu sentia de nunca me misturar com humanos!
Todos na sala ficaram com suas caras de "excremento" enquanto viam o amor mais uma vez perder para a idiotice. Mas o destino poderia agir da forma certa e fazer com que tudo mudasse mais uma vez. Era só questão de convencer o destino, mas isso era uma missão praticamente, impossível! Ou não?
Pessoal, eu juro que vai ter a festa surpresa da Rin no próximo capítulo, ok! É que eu achei que se colocasse a festa já nesse cap. ia ficar muito comprido, e conseqüentemente, chato de se ler. Mas o próximo capítulo sai logo, em um ou dois dias, aguardem! Beijos!
