Mais um emocionante capítulo acaba de chegar! Festejem! Aliás, acabei de saber que ganhei o prêmio Nobel de Literatura por minha fic! A primeira no mundo a ganhar esse prêmio com uma fic! A própria Rumiko Takahashi veio me entregar o cheque! Que lindo! Obrigada, meus fãs!
- É aquela ali! – disse um enfermeiro entrando na sala.
- Vamos pegá-la! – disse o outro enfermeiro segurando uma camisa de força.
O Ministério da Saúde adverte: Criar fics pode levar ao vício e a loucura!
Deu tudo errado! A surpresa que foi uma caca!
Jaken terminava de arrumar a mesa do almoço pela terceira vez. Sim, terceira, pois após o acidente do Inuyasha, um outro pequeno acidente aconteceu.
Meia hora antes...
Shippou chega correndo no salão principal, seguido de Rin e todo feliz.
- Rin! Rin! – grita ele para a menina – Veja esse truque que eu sei!
Rin fica observando com um sorriso enquanto o youkai enfia a mão no bolso e retira um pequeno objeto.
- Uau! – diz Rin – Um peão! Jogue logo!
Shippou lança o peão, que magicamente aumenta umas cem vezes de tamanho e fica rodando pelo chão de mármore branquinho do salão, causando riscos e faíscas impressionantes.
- Legal! – diz Rin – Mas ele deveria estar indo para a sala de refeições?
CRASH! BOOM! BANG! POW! POFT! VRASH! CRÓINC!
Meia hora depois, também conhecido como momento atual...
- Prontinho! – diz Jaken colocando o último copo na mesa – PODEM VIR SE SENTAR!
O servo grita para todos que estavam sentados na escada do salão principal, já roxos de fome.
- Até que enfim! – reclama Inuyasha.
- Se demorasse um pouco mais eu morreria de fome! – disse Sango.
- Humpf! – bufou Sesshie.
- Primeirão na fila da carne! – disse Miroku.
- Espero que tenha algo além de carne semicrua! – reclamou Kagome.
- Humpf! – bufou de novo Sesshie.
- Espero que tenha saquê! – disse Yuri.
Imediatamente todos olharam para ela com um olhar condenatório.
- O que foi? – disse Yuri – Eu já tenho idade para beber! Desde os 12 anos!
Sesshie resmungou alguma coisa, que deve ter sido falada na língua dos elfos, porque ninguém entendeu bulhufas.
- O que você disse, Sesshie? – perguntou Yuri – Espero que não tenha sido sobre mim!
- Eu disse que a irresponsabilidade humana é um fator primordial na criação de uma linhagem de descendentes com tendência psicossomática ao apreço por bebidas! – repetiu Sesshie para o espanto de todos.
Em outras palavras, era melhor que tivesse sido na língua dos elfos.
- Você também leu tudo isso nos livros da Kagome? – perguntou Miroku.
- Humpf! – bufou Sesshie.
- Ele quis dizer, Yuri – explicou Kagome – Que você beber pode ser prejudicial ao bebê! Pode gerar um futuro alcoólatra!
- Tudo bem, eu não sei o que é um alcoólatra mesmo! – disse ela.
- Vamos logo para a mesa! – ordenou Inuyasha morrendo de fome.
Quando chegaram na sala de refeições, todos, exceto Kagome, ficaram olhando sem entender para a mesa. Sesshie sentou-se primeiro, seguido dos outros. O Lorde pegou um dos copos brancos ao lado do prato também branco, e sem aplicar nenhuma força, esmagou o objeto fazendo um "créc" estranho.
- Mas, o que é isso? – perguntou Sesshie surpreso – JAKEN!
O servo veio correndo atender seu amo. Sesshie apontou os copos e pratos exigindo uma explicação.
- Sabe o que é, Sr Sesshie – começou o sapo – Nós tivemos um pequeno problema com a louça fina da casa, e eu tive que improvisar!
- Problema? – perguntou Sesshie já olhando para Inuyasha – Nem vou perguntar quem causou o problema.
Inuyasha olhou para o teto assoviando como se não soubesse de nada.
- Aí, a srta Kagome disse que tinha uma solução – disse Jaken.
- Eu emprestei uns copos e pratos de plástico que eu carrego sempre na minha mochila – disse Kagome – Para quando eu for comer. O Inuyasha geralmente come o que jogarem no chão, mas eu não, eu uso pratos e talheres!
- Como um bom cachorro, não é, Inuyasha? – zombou Miroku.
- Hei, monge! – disse Inu – Fale isso para o Sesshie! Ele é 100 por cento cachorro, eu só sou metade!
- Vocês sabem o que dá o cruzamento de um cachorro e uma vaca? – disse Sesshie rindo sozinho – O Inuyasha! Há há há!
- Hei, não ofenda minha mãe! – disse Inuyasha irritado.
- Eu não ofendi sua mãe! – retrucou Sesshie – Eu ofendi a vaca!
- Ai ai! – disse Kagome – Meu irmão Souta tem mais maturidade que esses dois!
- CADE O SAQUÊ? – gritou Yuri para Jaken.
- Ninguém vai beber hoje! – disse Sesshie – Não quero ninguém bêbado na hora de entregar o presente da Rin!
- Até de noite o efeito da bebida já passou! – disse Yuri – E quem sabe eu já tenha me afogado no lago lá do jardim!
- Por que tanta amargura nesse coraçãozinho, princesa? – perguntou Miroku segurando a mão dela, que se encontrava à sua frente na mesa.
- E o que é esse buraco no lugar do seu coraçãozinho, monge? – perguntou Sesshie – Deve ser o estrago que eu vou fazer quando cravar minhas garras no seu peito!
- Deixa ele, Sesshie! – disse Inuyasha – Quem tem que se importar é o noivo dela! E eu não estou vendo ele em nenhum lugar por aqui!
- Infelizmente parece que o futuro noivo da srta Yuri mora lá nas terras dela! – disse Kagome – Mas tenho certeza que ele não se incomoda com a preocupação de Sesshie. Afinal, ele não oferece nenhum perigo à solteirice da princesa!
- Solteirice? – repetiu Yuri desconsolada – Todos já sabem que eu vou morrer solteira?
- Noivo nas terras dela? – perguntou Sesshie irritado – Que noivo é esse?
- O lagartão horrível que pretende tomá-la como esposa quando ela voltar – disse Sango – Não é, princesa?
- Considerando o medo que eu estou de ficar solteira para sempre – disse Yuri – Até que o lagartão não parece tão horrível assim...
- Eu não permitirei que uma lagartixa crescida cuide do meu filho! – disse Sesshie irritadíssimo.
- E o que você vai fazer? – perguntou Inuyasha – Vai se casar com ela antes?
Todos os olhares se voltaram para Sesshie. O nobre youkai engoliu seco e respondeu da forma que alguém de sua posição responderia.
- Não! – disse ele – Eu vou proibir a Yuri de se casar com o lagartão!
- O QUÊ? – gritou Yuri – Você não pode me proibir de casar! Pode ser a única chance da minha vida!
- Fique solteira! – disse Sesshie – Não há utilidade para o casamento!
- Bom, eu discordo – se intrometeu Miroku – Tem algo que dá para se fazer quando se é casado...
- Cale a boca, monge! – disse Sesshie.
- Ai ai! – disse Miroku.
- Por que eu não posso me casar com o lagartão? – disse Yuri – Você não é meu pai para me proibir!
- Ele já tem umas cinco vezes mais a idade de um pai normal! – zombou Sango.
- HÁÁÁ, CALEM-SE! – gritou Sesshie – VOCÊS NÃO NOTARAM AINDA QUE ESTÃO NA MINHA CASA? NÃO PODEM ME TRATAR COMO SE EU FOSSE UM LIXO QUALQUER COMO O INUYASHA!
- Sempre sobra para mim! – reclamou Inu – Isso é inveja!
- Inveja? – disse Sesshie rindo ironicamente – Realmente tenho que invejar essa sua vida miserável!
- Pelo menos eu tive coragem de pedir a Kagome em casamento! – latiu Inu para o meio-irmão.
- Cala a boca, Inuyasha! – intrometeu-se Kagome – Porque você retirou o pedido no mesmo dia!
- ÚÚúúúú! – fizeram todos na sala com a coisa feia que Inuyasha fez.
- JAKEN! – gritou de novo Yuri – CADÊ O SAQUÊ?
- Você não pode ficar bebendo, srta Yuri! – disse Sesshie – Não fará bem ao bebê!
- Você nem sabe se tem algum bebê ou não! – disse Yuri – Além do mais, eu preciso tirar esse gosto horrível de terra da minha boca!
Todos olharam para Sesshie com um olhar incriminador.
- O quê? – perguntou ele – Eu não fiz nada! Isso não é minha culpa!
- Eu acho que esse gosto é por causa dos cogumelos que eu comi ontem à noite! – disse Yuri com uma cara feia.
- Que cogumelos? – perguntou Sesshie.
- Uns que eu achei no meu quarto! – respondeu a princesa – Nem vem dizer que eram seus!
- Então foi você que comeu os cogumelos? – perguntou Kagome rindo – Não admira que você tenha atacado o Sesshie!
- Por quê? – estranhou Yuri.
- O Jaken me disse que aqueles cogumelos eram afrodisíacos – explicou Kagome – E que apenas um deles já causava um efeito devastador!
- Que cogumelos são esses? – perguntou Miroku curioso – Sabe, é sempre bom poder guardar alguns!
- Cogumelos afrodisíacos? – perguntou Sesshie – Quantos você comeu, srta Yuri?
- Uns 10 ou 11, não sei direito – respondeu ela – Por quê?
- Não é a toa que a srta não se lembra de nada do que aconteceu! – irritou-se Sesshie – Estava entupida de cogumelos tóxicos até o último fio de cabelo!
- Entupida de cogumelos tóxicos? – perguntou Kagome – Isso até parece filme dos anos 70!
- O quê? – perguntaram todos.
- Nada, não! – respondeu Kagome – É tão triste não poder dividir a sabedoria do século 20 com ninguém!
- E por que você está bravo? – perguntou Yuri – Você pelo menos se lembra do que aconteceu! Se alguém tinha que ficar com raiva aqui era eu!
- Vamos deixar essa história de cogumelos de lado! – disse Inuyasha – Eu estou com fome!
- Cale-se, Inuyasha! – disse Sesshie – Se estes pratos não fossem tão inofensivos eu os tacaria na sua cabeça!
- E que preocupação é essa com o "seu" filho! – disse Yuri – Que eu me lembre você não vai criar essa criança. Você só está contribuindo com o seu "suquinho da vida"!
- Eu acho que não vou querer tomar mais esse suco de melão – disse Kagome cuspindo tudo de volta no copo.
- Será que não dava para vocês discutirem de quem é o filho depois? – disse Sango – Eu estou morrendo de fome!
Sesshie e Yuri ficaram se encarando enquanto o restante do grupo almoçava.
- Coma, srta Yuri! – disse Sesshie.
- Eu não estou com fome! – disse Yuri – Eu só queria o saquê mesmo!
- NÃO! – gritou Sesshie .
- Então eu vou para o meu quarto! – disse Yuri se levantando – O meu mesmo, não o seu!
- Muito bem! – disse Sesshie – Então eu vou para o meu!
Os dois saíram da sala deixando os quatro amigos comendo sem nem se importarem com o ataque de frescurite dos dois.
- Alguém ainda vai querer filé? – perguntou Miroku.
Sesshie e Yuri subiram as escadas um ao lado do outro, mas sem se olharem, nem se falarem. Sesshie se dirigiu ao seu quarto e Yuri foi ao quarto dela, o dela mesmo. Bateram as portas e ficaram emburrados sentados na cama. Bem, Sesshie estava sentado na cama, Yuri se contentou com o chão mesmo.
Sesshie ficou apenas pensando no que tinha acontecido nos últimos dias. Tanta coisa que se passara, que até parecia que Yuri estava lá há mais de um mês. Logo alguém bateu na porta e acabou com seus pensamentos. Foi abrir com raiva, já imaginando ser Inuyasha.
- Por que você realmente não morre? – disse ao abrir a porta.
- Você pode esperar até nosso filho nascer? – disse Yuri entrando direto.
- Srta Yuri! – disse Sesshie – Eu pensei que fosse aquele hanyou sarnento.
- Sei! – disse ela .
- O que a srta deseja no "meu" quarto? – perguntou Sesshie.
- Eu vim buscar "minhas" coisas! – respondeu Yuri.
- Que coisas? – perguntou Sesshie olhando para os lados sem ver nada que fosse dela.
- Isso! – respondeu ela pegando algo minúsculo no chão.
Sesshie olhou para o objeto e fez uma cara de tédio.
- Um grampo de cabelo? – disse ele.
- É meu, eu quero de volta! – disse ela – Prontinho, era só isso!.
Ele ficou olhando enquanto ela se encaminhava para a porta com a mesma velocidade do Rubinho Barrichello tentando ultrapassar o alemão, ou seja, uma lesma conseguiria ser bem mais rápida.
- Algum problema, srta Yuri? – perguntou depois dos cinco minutos que ela levou para chegar até a porta.
- Não, nada! – disse ela pensativa – Se bem que...
- O QUE FOI? – gritou ele irritado.
- NÃO PRECISA GRITAR COMIGO! – gritou ela – Seu ignorante! Nem acredito que eu escolhi você para ser o pai do meu filho!
Sesshie contou até 10 em pensamento para se acalmar.
- O que foi, srta Yuri? – disse ele calmo – Há algo em que eu possa lhe ser útil?
- Bem – disse ela voltando para trás e se sentando na cama – É que eu gostaria de pedir um favor!
- Seus pedidos de favores geralmente vêm acompanhados de muitos problemas! – reclamou Sesshie – Mas pode falar!
- Sabe aquela hora em que você disse que ia me proibir de casar com o lagartão? – disse ela.
- Sim, o que tem? – disse ele.
- Você falou de verdade ou estava só querendo me irritar? – concluiu Yuri.
Sesshie já imaginou que fosse começar outra discussão se dissesse que estava falando sério.
- Imagine que eu a proibiria de se casar com o lagartão, srta Yuri! – disse ele cinicamente – A sua vida no seu reino não me diz respeito!
- Ah, que coisa...- disse ela.
- Você não me parece muito feliz com isso – disse Sesshie – Você gostaria que eu a proibisse?
- Sim! – respondeu Yuri sorrindo – Adoraria!
- Por quê? – estranhou Sesshie – Lá na sala de refeições você disse que eu não era seu pai para proibi-la de se casar com aquele ser.
- É que pensando melhor – disse ela – Eu prefiro mesmo morrer solteira a me casar com aquele nojento!
- Não se case! – disse Sesshie – Eu não tenho que proibi-la para que você se recuse a casar com ele.
- É que pelo menos com sua proibição – explicou ela – Eu vou pensar que existe alguém que realmente se importa com o meu futuro, mesmo que o senhor só diga isso de mentira.
- Mas... – disse Sesshie sinceramente - ... srta Yuri, eu me importo com seu futuro!
- É isso aí! – disse ela se levantando da cama com um enorme sorriso – Assim mesmo que eu queria! Muito obrigada pelo esforço!
- Esforço? – disse ele – Mas isso que eu falei foi de verdade...
- Isso aí! – disse ela – Já me convenceu! Eu poderei voltar tranqüila para o meu reino!
- Eu me importo mesmo com seu futuro, srta Yuri! – disse ele agarrando os ombros dela e dando uma chacoalhada – E com o dessa criança que você pode estar esperando!
- Nossa, já estava bom já! – disse ela – Não precisa me chacoalhar também!
- Srta Yuri! – irritou-se Sesshie – Não seja tapada! Eu estou falando a verdade! EU ME IMPORTO COM A SRTA! ALIÁS, EU QUERO ME CASAR COM VOCÊ!
Yuri olhou para ele surpresa. Depois sorriu suspirando.
- Se eu não tivesse escutado o que o sr falou na varanda há pouco, eu ia acreditar mesmo nisso! – disse ela indo para a porta – O sr é um ótimo ator! Deveria participar do Kabukki!
- O que você ouviu eu dizer na varanda? – perguntou ele.
- Que o sr jamais se casaria comigo – disse ela escondendo uma tristeza atrás de um sorriso forçado – Essas coisas de eu ser uma humana e você um youkai, sabe? Coisas básicas!
Ela abriu a porta e saiu, deixando Sesshie se sentindo um idiota por ela ter escutado o que ele falara para o meio-irmão e os amigos dele.
- Ah, Yuri! – disse ele sentando-se na cama – Se a srta soubesse o quanto eu realmente quero me casar com você!
Ele ficou no quarto pensando no que deveria fazer. Quase uma hora depois ele já havia se decidido em falar a verdade para Yuri, dizendo que a amava e queria se casar com ela. Alguém bateu na porta e ele correu todo feliz para abrir, imaginado ser a princesa.
- EU AMO VOCÊ! – gritou ele ao abrir a porta – VOCÊ?
- Eu sempre soube que no fundo você me amava, Sesshie! – disse Inuyasha com uma cara feliz – Mamãe me dizia que um dia meu irmão mais velho ia me aceitar mesmo eu sendo tão inferior à ele.
- Sua mãe acertou numa coisa – disse Sesshie – O fato de você ser tão inferior à mim! E eu pensei que fosse a srta Yuri, não você, hanyou sarnento!
- A Kagome também te contou da coceira? – perguntou Inu bancando de novo o idiota – Aquela miserável disse que isso ia ficar só entre nós dois! Humana inútil!
- Ai ai! – disse Sesshie – O papai deve estar rolando em seu túmulo com a idiotice do filho mais novo!
- Bom, isso depois eu resolvo com a Kagome! – disse Inu entrando sem pedir licença – Agora eu tenho que te avisar algo, o que era mesmo?
- FALA LOGO! – disse Sesshie irritado.
- Ah, é! Me lembrei! – disse Inu coçando a cabeça – A Kagome mandou você dispensar todos os seus serviçais!
- Por quê? – estranhou o Lorde.
- É porque a casa tem que ficar vazia na hora em que meu convidado especial vir trazer o presente da Rin! Para fazer um mistério, entende?
- O Jaken também vai ter que sair? – perguntou Sesshie.
- Claro! – respondeu Inu – Aliás ele, era preferível que você matasse logo de uma vez. Mas não sei por que você tem tanto gosto em manter aquela coisa por perto!
- E quem vai pegar água para mim se eu ficar com sede? – disse Sesshie fazendo bico.
- Larga de ser tonto! – disse Inu – É só dar um grito na Rin que com certeza ela vai correndo buscar!
- Tinha me esquecido! – disse Sesshie – Vocês já terminaram de almoçar?
- Já, por quê? – disse Inu agora coçando as costas.
- Para os serviçais arrumarem tudo para eu poder mandá-los embora!
- Eles já estão terminando a limpeza! – disse Inu coçando agora sua derrié (bunda) – Maldição, a Kagome disse que aquele remédio ia acabar com a coceira!
Sesshie (gota).
Na sala de refeições...
- Seria bom se o amo Sesshie tivesse apenas desses pratos e copos, não é? – disse uma das servas jogando tudo da mesa direto num lixo.
- Seria maravilhoso! Pouparia uma trabalheira limpando aquelas coisas finas dele – disse outra serva pegando alguns talheres de prata valiosíssimos – Isso aqui não me parece que pode jogar fora!
- Aquela menina com roupa esquisita disse que essas coisas poderiam ir diretamente para o lixo! Então, vamos jogar tudo no lixo! – disse a primeira serva.
- Está bem! – disse a segunda jogando todo a prataria fora .
Meia hora depois, no salão principal...
Sesshie reuniu todos os serviçais para poder mandá-los sair da casa.
- Escutem! – disse o Lorde – Eu vou precisar que vocês tirem o resto do dia de folga! Ou seja, SUMAM DAQUI E SÓ VOLTEM AMANHÃ PARA PREPARAR O DESJEJUM, ENTENDERAM?
Todos os serviçais fizeram que sim com a cabeça, assustados demais para responderem com a boca.
- Vocês ouviram o sr Sesshie! – disse Jaken tentando dispersar os empregados – Agora saíam daqui! Xô! Xô!
Sesshie ficou olhando para o youkai sapo verde anão com uma cara séria.
- Prontinho, sr Sesshie! – disse Jaken – Já foram todos embora!
- E o que você ainda está fazendo aqui? – perguntou Sesshie – SUMA VOCÊ TAMBÉM!
Jaken saiu correndo pela porta do salão principal, só parando quando chegou em meio a floresta (ou o que restou dela!).
- E agora? – disse Sesshie para Inu e sua turma.
- Agora vamos esperar anoitecer – disse Kagome – Aí, nós nos escondemos do lado de fora do palácio, e ficamos olhando escondidos pela janela. Nisso, o Inuyasha já vai ter ido buscar o convidado surpresa e o trará até a porta. O convidado baterá na porta, e a Rin, sozinha no palácio vai ter que ver quem é. Aí, SURPRESA!
Sesshie bocejou animado com a surpresa.
- E quem é esse convidado? – perguntou Yuri.
- É uma pessoa que vai alegrar muito a Rin! – respondeu Inu – Tenho certeza que ela vai adorar! E eu não vou dizer o nome porque vai ser uma surpresa para vocês também!
- Bom – disse Kagome olhando para seu relógio ultramoderno que emitia uma luz infravermelha para mostrar as horas no teto – São duas da tarde. O que faremos até o anoitecer?
Duas horas depois...
- Eu acho que já chega, não é pessoal? – disse Kagome com o braço dolorido de ficar levantado para mostrar as horas no teto – Vocês estão admirados com isso há duas horas, já! Daqui a pouco a bateria vai acabar!
Todos os outros olhavam com cara de bobos para o teto, abismados com os númerozinhos vermelhos que mudavam direto.
- Ai! – resmungou Kagome – E eu ri do meu professor de história que disse que se alguém acendesse um fósforo perto de um neanderntal ele morreria de susto! Isso é praticamente a mesma coisa!
Mais uma hora depois...
- Hei! – reclamaram todos – Cadê os numerozinhos?
- Acabou a bateria! – disse Kagome abaixando o braço com dificuldade – Acabou o show!
- O que vamos fazer agora? – perguntou Yuri – ainda falta muito para anoitecer!
- Podemos ir para nossos quartos! – sugeriu Miroku olhando para Sango – Eu acho que eu sei que pode se fazer numa tarde como essa!
- Mas está um dia tão lindo lá fora! – disse Sango – Olhem que sol!
CABRRRUUUMMMM...
- Credo! – disse a exterminadora com a tempestade que começava – Pelo jeito, eu vou ter que ir para o quarto mesmo!
Miroku riu de orelha a orelha e subiu acompanhado de Sango.
- Hei, Inuzinho! – chamou Kagome – Vamos para o quarto também! Eu tenho que te mostrar uma coisa...
- Espero que seja uma pomada melhor para minha coceira! – disse Inu se coçando todo e subindo atrás de Kagome.
Sesshie e Yuri ficaram no salão, olhando para os lados, fingindo que no fundo não queriam se convidar a irem ao quarto também para fazer alguma coisa que unisse o útil ao agradável.
- Você vai? – perguntou Yuri.
- Vou o quê? – perguntou Sesshie.
- Fazer o que todos esperam que faça? – concluiu Yuri.
- Ah, sim claro! – disse ele – Quer me acompanhar?
- Com prazer! – respondeu Yuri seguindo Sesshie.
Logo entraram na biblioteca para Sesshie poder examinar seus pergaminhos pala 2.345ª vez. Yuri sentou-se em uma cadeira, para espanto de Sesshie, que olhou para o céu para ver se o fim do mundo se aproximava. Quando abriu o rolo de pergaminhos, quase teve um infarto.
- POR TUDO QUE ME É MAIS VALIOSO NESSE MUNDO! – gritou desesperado.
- O QUÊ? O QUE FOI? – gritou Yuri caindo da cadeira com o susto.
Yuri olhou para os pergaminhos e mordeu os lábios preocupada com a reação do youkai. Alguém tinha desenhado um monte de casinhas, arvorezinhas, pessoazinhas, florezinhas e tudo mais de "zinhas" que puderem imaginar.
- Quem será que fez isso? – disse Yuri fingindo não ler no canto da folha, em letras tipicamente garrafais de crianças os nomes Rin e Shippou.
Sesshie começou a fungar, ficar roxo, aí seus olhos ficaram vermelhos, seus caninos ficaram maiores, uma luz tomou conta de seu corpo fazendo com que Yuri... bem, Yuri já estava bem longe da biblioteca nessa hora.
- O SESSHIE VAI SE TRANSFORMAR! – gritou ela subindo correndo as escadas – SALVEM-SE QUEM PUDER!
Uma hora depois...
Depois de Sesshie ter se transformado em sua forma verdadeira, ter destruído metade da biblioteca, comido os pergaminhos, quebrado alguns vasos de valor inestimável no salão principal e ter deixado sua baba venenosa por todos os cantos do palácio, Inuyasha finalmente conseguiu acalmá-lo prometendo lhe dar a Tessaiga se ele voltasse a forma humana, o que resolveu momentaneamente a situação. Momentaneamente porque quando Sesshie descobrir que isso era apenas uma mentira, o resto do palácio com certeza vai para o chão.
Claro que quem estragou os pergaminhos foi castigado, ou seja, Shippou tomou um enorme croque na cabeça, embora ele não soubesse escrever enquanto Rin estava tomando aulas com uma das servas de Sesshie.
Como os servos estavam dispensados, todos tiveram que limpar a bagunça causada pelos nervos sensíveis de Sesshie. Terminaram tudo pouco antes do sol se pôr.
- Nem pense em sentar para descansar, Inuyasha! – disse Kagome sentada no chão do salão principal – Vá lá buscar o convidado surpresa!
- Maldição! – reclamou Inu – Sempre sobra para mim!
- E não esqueça o presente! – disse Yuri – Isso se o Sesshie não o comeu também!
- Humpf! – bufou Sesshie.
Inuyasha pegou o embrulho e foi para a floresta, encontrar-se com o convidado surpresa. Disse que voltaria assim que estivesse totalmente escuro, e que era para deixarem Rin sozinha dentro do palácio.
- E o Shippou? – perguntou Sango – Ele não vai querer ficar escondido. Vai querer estragar a surpresa!
Kagome chamou o pequeno youkai prometendo lhe dar um pirulito. Mas o que ele ganhou mesmo foi um croque bem forte na cabeça, dado por Sesshie, então o amordaçaram, amarraram seus braços e pernas e...
- Não precisa jogar no lago, Sesshie! – disse Kagome para o Lorde que por pouco não se livra de vez da raposa – Até porque eu prometi ao Inuyasha que se um dia tivesse que matar o Shippou, a honra seria dele!
Esconderam ele no banheiro "social" do palácio, aquele cubículo de um metro quadrado com um buraco no chão.
Quando Rin perguntou onde estava o amiguinho, Sesshie somente respondeu que ele tinha ido buscar o irmãozinho dele para poderem brincar todos juntos.
- Mas ele não tem irmão! – disse Rin.
- Mas logo vai ter! – respondeu Sesshie – A mãe dele vai ter mais um bebê!
- Mas ele não tem mãe! – disse Rin.
- Mas logo vai ter! – disse Kagome – Ele foi para um orfanato e em menos de quinze anos ele terá uma nova mãe!
- Mas...
- Rin, vá para o quarto! – disse Sesshie com toda calma – Antes que me dê outro ataque daqueles de agora há pouco!
Mais do que depressa a menina já estava em seu quarto. A última coisa que queria ver era Sesshie transformado de novo. Até porque ele não gostou muito quando ela ingenuamente puxou seu rabo, e quase devorou a pobre garotinha.
Quando a noite chegou, com seus grilos cantando, os vaga-lumes piscando e os sapos coaxando.
- Jaken, fique quieto aí fora! – gritou Sesshie para o servo que resmungava fora do palácio.
Bem, enquanto tudo isso acontecia, no meio da floresta estava Inuyasha, sentado embaixo de uma árvore, resmungando e com coceira.
- Maldição! – resmungou Inu – Onde ele está?
Mais de uma hora depois do anoitece...
- Droga de Inuyasha! – reclamou Kagome – Fazer a gente ficar esperando que nem uns idiotas aqui fora!
Todos estavam espremidos para poder olhar pela única janela do salão principal cuja visão dava para a porta. Sesshie era o mais privilegiado na vista, pois além de ser o mais alto e ter o espaço liberado, ainda podia ver o decote do kimono de Yuri, o que lhe causou um pequeno ataque de sorrisinhos idiotas como se fosse um moleque de 12 anos lendo a playboy (lendo! Háhá!).
O palácio estava silencioso, com apenas as luminárias fracamente iluminando o local. Um bom lugar para o ataque de Jason Vorhees, mas como nos filmes Sexta-feira 13 ele sempre começa matando alguma adolescente virgem, ele com certeza não ia aparecer por ali.
De repente, ouvem-se três fortes batidas na porta. Todos que estavam espremidos na janela fazem o mais absoluto silêncio, ansiosos por ver quem era.
Mais três batidas e Rin não apareceu para abrir a porta. Mais alguns minutos de espera e mais três batidas na porta. Sesshie já estava quase gritando para a menina descer logo. Mas eis que ela aparece. No alto da escada, Rin com uma cara de quem tinha sido acordada, ouve mais três batidas na porta. Olha para os lados sem saber o que fazer.
- Sr Sesshie? – chama sem resposta.
- Princesa Yuri? – chama também sem resposta.
- O resto dos amigos inúteis do Inuyasha? – chama sem resposta.
Kagome olha feio para Sesshie.
- Não fui quem disse isso de vocês para ela! – diz Sesshie sem graça.
A garotinha resolve então agir. Desce as escadas, quase tropeçando em suas pantufinhas de Bob Esponja, presente de Kagome. O vento frio balança seus cabelos, jogando-os contra os seus olhos e impedindo a garotinha de ver direito as coisas a sua frente. Ela coloca a mão na maçaneta e abre a porta, que faz um ruído assustador.
- Lembrem-me de mandar o Jaken pôr óleo nessa porta – disse Sesshie baixo.
Continuando. Ela abre a porta e pára surpresa com a pessoa que vê. Todos se espremiam na janela tentando visualizar a pessoa que ainda estava fora do campo de visão.
- Você! – disse Rin abrindo um sorriso enorme.
- Eu vim trazer algo para você! – diz a pessoa com uma voz estranha – Algo que vai mudar sua vida para sempre!
Suspense! Tensão! Não não era uma Testemunha de Jeová querendo vender livrinhos de qualidade duvidosa. Quando todos na janela ouviram aquela voz, quase mecânica, descobriram logo quem era.
- KOHAKU? – disseram todos surpresos.
- Kohaku! – disse Rin feliz – O que você me trouxe?
Na janela, o pessoal pensava em como Inuyasha tinha conseguido achar o garoto para poder entregar o presente de Rin.
- O Inu é mesmo demais! – disse Kagome – Achou o Kohaku, e o trouxe até aqui!
- Que lindo da parte do Inuyasha! – disse Sango chorando – É uma surpresa para mim também, ver meu irmãozinho querido!
- Até que o Inuyasha não é tão inútil quanto eu pensava! – disse Miroku – Trazer o Kohaku foi uma idéia sensacional. A Rin adora ele.
- Aquele hanyou sarnento conseguiu superar minhas expectativas pelo menos uma vez na vida! – admitiu Sesshie – Mas ainda assim, não gosto desse moleque escravo do Naraku.
- Quem é esse menino? – perguntou Yuri.
Enquanto isso, no salão...
- Eu preciso te dar uma coisa! – disse Kohaku com uma cara de quem está sob o comando de algum terrível vilão – É um presente do...
Na janela...
Inuyasha chega e vê todos espremidos tentando olhar para o salão principal. Chega perto deles, tenta subir nas costas de Sesshie, depois empurra um pouco Kagome para poder se encaixar e ver o que estava acontecendo.
- Oi, Inu! – diz Kagome notando o hanyou ao seu lado – Muito lindo o que você fez!
- É isso mesmo! – disse Miroku – Meus parabéns!
- Parabéns! – disse Sango chorando e dando um abraço no hanyou – E muito obrigada!
- Até que enfim você fez algo digno de consideração da minha parte! – disse Sesshie – Parabéns!
- Quem é esse menino? – perguntou de novo Yuri.
- Do que vocês estão falando? – estranhou Inuyasha – Vocês comeram cogumelos tóxicos, é? Por que estão me agradecendo?
- Como assim, Inu? – disse Kagome – Foi linda a surpresa que você arranjou!
- A surpresa? – disse Inu – Mas eu não achei a pessoa na floresta!
- O quê? – perguntaram todos sem entender.
- Eu tinha pedido para aquele velho gagá do Tottousai entregar o presente para a Rin junto com sua vaca, mas ele não apareceu!
Todos arregalaram os olhos assustados.
- Hei, aquele não é o Kohaku? – disse Inu vendo a menino na porta – Quem o chamou aqui?
No salão...
- ...um presente do Naraku – disse Kohaku pegando algo de trás das costas.
- AAAAAIIIIII! SOOOCOOORROOOOOOO! – gritou Rin ao ver o moleque sacar a foice e sair correndo atrás dela.
Na janela...
- Acho então que aquilo que ele tirou das costas não é o presente da Rin, não é? – disse Kagome.
- MALDIÇÃO! – gritou Sesshie pulando a janela – EU VOU MATAR ESSE MOLEQUE!
- NÃO! – gritou Sango pulando logo atrás – NÃO ENCOSTE A MÃO NO KOHAKU! ELE ESTÁ SENDO MANIPULADO PELO NARAKU!
- DROGA! PORCARIA! – gritou Inuyasha sacando a Tessaiga e também pulando a janela – TENHO CERTEZA QUE VAO ME CULPAR POR ISSO!
- SANGOZINHA, MEU AMOR! – gritou Miroku pulando a janela e caindo de cabeça no chão – NÃO FIQUE NERVOSA! PENSE NO NOSSO FILHO! E DEIXE O SESSHIE ACABAR DE VEZ COM O SOFRIMENTO DO KOHAKU!
- HEI, ME ESPEREM! – gritou Kagome pulando a janela e pisando no monge – SE O SESSHIE VAI MATAR O KOHAKU DEIXEM EU PEGAR O FRAGMENTO DA JÓIA DE QUATRO ALMAS!
- DO QUE VOCES ESTÃO FALANDO? - gritou Yuri sem entender nada – QUEM É ESSE MENINO? AH, QUER SABER, EU VOU DAR A VOLTA E ENTRAR PELA PORTA!
Já dentro do salão, definitivamente...
Sesshie subiu correndo as escadas seguido de Sango, Inuyasha, Kagome e Miroku. Já Yuri ficou lá embaixo mesmo, porque afinal de contas ela não tinha nada haver com aquilo.
- Espera! – disse ela pensativa – Será que esse moleque quer matar a Rin?
- VOCÊ VAI MORRER, GAROTINHA! – gritou Kohaku no andar de cima.
- Acho que sim! – concluiu Yuri – EU VOU AJUDÁ-LOS! – gritou subindo em seguida.
Jaken, do lado de fora do palácio, só ouvia os barulhos de coisas sendo quebradas, e todos gritando de dor. Era óbvio que estava tendo uma luta sangrenta lá dentro, mas como tinha sido expulso da casa, ficou ouvindo tudo e rindo, esperando que todos morressem.
- Menos o sr Sesshie, é claro! – disse sozinho – Pelo menos dessa bagunça eu não vou ser culpado!
Uma hora e quarenta e cinco minutos depois...
Todos se sentaram no chão, cansados da luta que tiveram. Num canto do salão principal, estava Kohaku, amarrado e com seu olhar de peixe morto. No outro canto, o resto do grupo, todos arrebentados, mas não pela força de Kohaku.
- Inuyasha, seu imbecil! – disse Sesshie todo entrevado – Você acertou a ferida do vento bem nas minhas costas! Não dava para esperar eu sair da frente?
- Isso foi culpa dessa mula do Miroku! – disse Inu – Ele caiu em cima de mim! Ainda por cima quebrei meus dois caninos de cima quando bati a boca naquela mesa de mármore.
- Culpa da Kagome! – disse Miroku – Ela me deu uma cadeirada só porque eu esbarrei na bunda dela!
- Culpa da Sango! – disse Kagome – Se ela não tivesse virado esse osso voador na minha cara eu não tinha esbarrado nesse monge sem vergonha que se aproveitou disso para passar a mão na minha bunda.
- Isso tudo é culpa da Yuri! – disse Sango – Afinal de contas se ela não tivesse tido a idéia de dar um presente para a Rin, nós não estaríamos nessa situação!
- Isso, culpem a princesa dos lagartos! – disse Yuri – Eu tento fazer uma coisa bonita e no fim, quando vocês, bando de cabeça de abóbora, estragam tudo, a culpa é minha!
- Alguém viu a Rin? – perguntou Sesshie só então se lembrando da garotinha.
- Ela não está aqui? – perguntou Inuyasha.
- Você está vendo ela aqui? – perguntaram todos os outros.
- Vamos procurá-la! – disse Sesshie – Depois decidimos o que fazer com esse escravo do Naraku!
Saíram procurando pela menina pelo palácio inteiro, gritando seu nome e dizendo que estava tudo bem. Yuri ouviu a voz da menina dentro do quarto de hóspedes em que a princesa guardava suas coisas, já que dormir ela dormia no quarto de Sesshie.
- Rin? – chamou Yuri – Onde você está?
- Aqui, princesa! – respondeu a garotinha – Eu estou me escondendo!
Yuri olhou surpresa para seu baú de roupas, que até então nunca tinha falado. Abriu a tampa e lá estava Rin, encolhida, com os olhos vermelhos de tanto chorar. Yuri tirou a menina de lá, explicando o que havia acontecido, que tudo aquilo aconteceu por engano e que a intenção era dar um presente de aniversário para ela.
- Srta Yuri! – disse Rin no colo da princesa – Será que você poderia falar um negocio para o sr Sesshie para mim?
- Claro, Rin! – disse Yuri – O que é?
- Diga a ele que eu nunca mais quero fazer aniversário! – disse Rin – E as pessoas ainda dizem que é bom!
- Está bem, Rin! – disse Yuri – Eu tenho certeza que ele vai entender o motivo!
No salão principal...
Todos viram com alivio Yuri trazendo Rin no colo. Ela não tinha se machucado com toda a confusão, só estava mesmo assustada. Sentou-se junto aos outros no salão, esperando que pelo menos o restante da noite fosse sossegada.
- Hei, esperem um pouco! – disse Inuyasha – Eu vou buscar o presente dela que eu deixei lá fora!
Inuyasha correu até a porta, mas quando encostou a mão na maçaneta, foi atingido pela porta que saiu voando. Atrás da porta, correndo como louca, estava uma vaca de três olhos sendo seguida pelo seu dono, Tottousai.
- SEGUREM A VACA! – gritou o velho – ELA ESTÁ ENLOUQUECIDA!
Todos se desesperaram e partiram para a captura da vaca, que era bastante esperta e literalmente deu o "drible da vaca" em todos. Demoraram mais de meia hora correndo atrás do quadrúpede que tinha ficado assustada ao ver o Aruru no quintal do palácio.
- E o que você está fazendo aqui? – perguntou Inu para o velho – Era para me encontrar na floresta!
- E eu fui lá! – disse Tottousai – Esperei por cinco minutos e você não apareceu! Você é mesmo um tratante!
- Oras, seu... – disse Inu irritado e novamente sacando a Tessaiga.
- VAMOS PARAR JÁ COM ESSA BAGUNÇA! – gritou Sesshie – Já é tarde da noite, eu estou todo arrebentado e morrendo de cansaço! Eu quero dormir! Agora sumam todos daqui!
- Isso prova mesmo o quanto você está velho, Sesshie! – zombou Inuyasha.
De repente os olhos de Sesshie ficaram novamente vermelhos, seus caninos cresceram, uma luz tomou conta de seu corpo e...
- Pelo amor de tudo o que nosso pai tinha, Sesshie! – disse Inuyasha ajoelhado no chão – Não comece tudo de novo. Eu peço desculpas pelo que falei!
Sesshie se acalmou, estranhando a atitude do meio-irmão. Decidiram todos irem dormir, e chutaram Tottousai e sua vaca para fora do palácio, em busca de um pouco de paz.
Yuri entregou o presente de Rin antes de colocá-la na cama, e a menina ficou muito feliz com a boneca, jogando ela num canto já abarrotado de bonecas no seu quarto.
Todos foram se deitar, exceto Yuri e Sesshie, que ficaram vendo os estragos por um bom tempo ainda.
- Acho que não há mais nada a se fazer, não é? – perguntou Sesshie – Está tudo quebrado, é só jogar fora!
- Parece que estamos esquecendo de alguma coisa! – disse Yuri pensativa.
- Não tem nada, não! – disse Sesshie – Vamos para o quarto. O "meu" quarto. Eu ainda tenho a última parte do acordo para cumprir!
Yuri devolveu o sorriso malicioso que ele lhe mandou.
- Isso mesmo! – disse ela – Além do mais, amanhã eu tenho que arrumar minhas coisas para ir embora!
- Amanhã veremos isso! – disse Sesshie - Quem sabe não aconteça algo que te faça ficar!
Os dois subiram as escadas, deixando toda a bagunça para trás.
- Eu ainda acho que estamos esquecendo algo! – disse Yuri.
Sesshie puxou a princesa pela mão, disposto a chegar no quarto o mas rápido possível e cumprir com sua "obrigação". Nem se lembraram de ir até o banheiro para soltar o pequeno youkai raposa que já tinha até dormido depois de todo o tempo que ficou lá, e esquecendo também de Kohaku, que ficou amarrado no canto do salão principal.
- Sim, senhor Naraku... – repetia o garoto num mundo totalmente diferente.
Uhu! Será que Yuri irá embora e morrerá solteira em seu reino? Sesshoumaru vai abrir logo e jogo e pedi-la em casamento? Rin viverá eternamente com um trauma de aniversários? E qual o motivo do Kohaku ter aparecido sem ser convidado? Tudo isso e outras coisas sem importância nenhuma vocês descobriram no próximo capítulo! Isso se não ficaram cegos depois de ler tudo isso! Abraços! E agradeço as reviews!
