N/A: Agradecendo como sempre as reviews, e desejando uma boa leitura à todos!

O adeus da Princesa dos Lagartos!

Yuri olhou para o belo cavalheiro ao seu lado na cama, com o qual havia acabado de fazer er... bem... vocês sabem o que, e que roncava mais que um porco resfriado, e deu-lhe um belo peteleco no nariz, fazendo com que ele acordasse e virasse de lado, para que enfim, a princesa pudesse aproveitar o seu sono de beleza. Mas mais uma vez, o belo cavalheiro passava a roncar, forçando a pacifica princesa a tomar outra atitude drástica. Ela preparou-se para de novo acertá-lo no nariz, chegando a mão bem perto do rosto dele.

- Se a srta fizer isso de novo – disse Sesshie sem nem abrir os olhos – eu vou arrancar seus braços!

A amável princesa fez o que qualquer srta que tem o direito de reclamar do barulho faria numa situação como aquela. Deitou-se caladinha e voltou a dormir, com ronco e tudo, afinal ela não era louca de enfezar aquele youkai que já provara não ser muito gentil em sua forma verdadeira.

Na manhã seguinte...

Os pássaros cantarolavam, o sol brilhava, as águas do lago do jardim borbulhavam com cadáveres em decomposição e todos dormiam felizes no palácio do Lorde das Terras do Oeste. Quer dizer, quase todos dormiam, com exceção do Kohaku, que tinha ficado a noite inteira falando...

- Sim, senhor Naraku!

Eis que a turba enfurecida acorda e segue e direção à sala de refeições, em busca de seu desjejum. Logo, Jaken que tinha acabado de acordar por livre e espontânea pressão da parte de Inuyasha, que o ameaçou com a Tessaiga, estava preparando chás, bolinhos de arroz e até mesmo rámen, pois afinal o Inuyasha é considerado o primeiro ser da história mundial a se viciar em macarrão instantâneo. Inu, Kagome, Miroku e Sango comiam tranqüilamente, fingindo não ouvir o escravo do Naraku falando sozinho no salão principal e sem se lembrarem de Shippou, que ainda estava preso no banheiro.

- O Sesshie e a Yuri ainda não acordaram – reparou Sango – Será que eles se entenderam?

- Duvido! – disse Inuyasha – O Sesshie é muito burro para admitir que quer se casar com a srta Yuri.

- Quem você chamou de burro? – disse Sesshie aparecendo na porta.

- Claro que foi a Kagome! – disfarçou Inu – Essa humana estúpida não faz nada direito.

Inuyasha deu um sorriso para Kagome, tentando fazê-la entender que estava apenas se livrando de apanhar do irmão mais velho.

- Senta! – disse Kagome após engolir um bolinho de arroz – E admita que estava falando do seu irmão mesmo!

- Eu sabia! – disse Sesshie agarrando o irmão que estava com o focinho grudado no chão e dando um soco no olho dele.

- Obrigado, Kagome! – disse Inu se levantando do chão – Eu vou me lembrar disso quando o Naraku conseguir colocar a mão em você de novo. Venha pedir a minha ajuda!

- Por falar em Naraku – disse Sesshie – Eu pensei que vocês tinham conseguido acabar de vez com ele.

- É, pois é! – disse Miroku – Sabe como é, não é?

- Aprenda a calar a boca quando não tiver o que falar, monge imbecil! – disse Sesshie.

- Então tá, então! – desculpou-se o monge imbecil.

- O que aconteceu? – perguntou Sesshie de novo.

- Nós tivemos um pequeno problema – disse Kagome – É que ele fugiu, sabe?

- O QUÊ? – gritou Sesshie sem acreditar – VOCÊS DEIXARAM ELE FUGIR? DEPOIS DE EU TER CONSEGUIDO DEIXÁ-LO DESMAIADO, AMARRADO, PARALISADO E TODO ENFEITADO COM AS FLORES QUE A RIN COLHEU, VOCÊS DEIXARAM ELE ESCAPAR FACILMENTE?

- Sabe, é que ele usou de magias inacreditáveis, Sesshie! – disse Sango – Ele conseguiu fazer com que as algemas que a Kagome tinha te dado para prender os braços dele conseguissem se partir facilmente.

- Hei, Kagome! – disse Inu – Aquelas algemas não eram parte do kit de mágica que você ganhou do seu avô?

- É mesmo! – disse Kagome se lembrando – Elas já vinham com uma das correntes quebradas. Há há há! O Naraku é bom até como mágico!

Todos olharam para ela com cara de "Ai que ódio!".

- Desculpe! – disse Kagome quase se entupindo com um bolinho de arroz.

- Haja paciência! – reclamou Sesshie – Me contem direitinho o que aconteceu!

- Sim, senhor! – disse Inuyasha – Eu vou contar...

Flashback da última luta contra o Naraku...

Sesshoumaru olhou com alegria para a cena a sua frente. Naraku estava no chão, desmaiado, amarrado com uma corda, com as mãos presas com uma algema de aço e com a cabeça coroada com flores que Rin tinha obrigado o seu protetor a colocar no vilão.

- Pronto, Inuyasha! – disse Sesshie para o meio-irmão – Agora é só você usar a Tessaiga e acabar de vez com esse infeliz! Eu vou embora que eu tenho um jantar com uma belíssima youkai hoje à noite, logo preciso pentear meu fluffy!

- Deixa comigo, maninho! – disse Inu vasculhando a mochila de Kagome em busca de rámen – Mas primeiro eu vou comer alguma coisa. Já faz meia hora que eu não como rámen!

- Vê se não vai deixá-lo escapar, hein! – disse Sesshie levantando vôo.

- Como se eu fosse idiota o suficiente para deixar esse imbecil do Naraku fugir – reclamou Inu – É só olhar para ele e ver que não tem como ele fu... Maldição! Cadê o Naraku?

No chão, estavam as cordas, flores e as algemas quebradas.

- O Sesshie vai me matar! – desesperou-se Inu – A Kagome vai me matar, porque ela mandou pegar os fragmentos da jóia antes de acabar com aquele miserável e...

Inuyasha parou um pouco para pensar.

- Já que eu vou morrer de qualquer maneira, deixa eu comer meu rámen primeiro! – disse ele.

Mas Kagome apareceu antes que Inuyasha conseguisse comer seu rámen, cru mesmo, porque o imbecil não sabe preparar um.

- Inuyasha! – gritou Kagome – Onde está o Naraku?

- Hã? O quê? Do que está falando? – Inu se fez de tonto.

- Não se faça de tonto! – disse Kagome – Ou eu vou comprar um gravador e me gravar falando aquela palavra mágica e vou deixá-lo ligado 24 horas por dia!

- Embora eu não saiba o que é um gravador, eu acredito que não deve ser algo bom! – disse Inu – O Naraku fugiu!

- Ah, tá! – disse Kagome calma – Então foi só isso? COMO ASSIM ELE FUGIU?

- Ele quebrou as algemas – respondeu Inu.

- Como? – disse Kagome irritadíssima.

- Quebrando, oras! – disse Inu – Aliás, só você mesma para acreditar que aquele negócio ia segurar o Naraku.

- E você que queria matá-lo com essa faquinha de rocambole que eu guardo na mochila! – disse Kagome.

- Eu estava na minha forma humana, não poderia usar a Tessaiga! – explicou Inu irritado – Você não queria que eu pegasse um pedaço de madeira no chão, não é?

- Ai, meu pai! – disse Kagome – Eu mereço mesmo! Vamos atrás do Naraku, de novo!

- Onde estão o Miroku e a Sango? – disse Inu.

Eis que de repente surge o monge e a exterminadora saindo sorrateiramente de trás de uma moita.

- Aqui! – disse Miroku arrumando a roupa.

- Prontinho! – disse Sango prendendo os cabelos.

- O que vocês estavam fazendo aí, escondidos na moita? – perguntou ingenuamente Inuyasha.

- Sem-vergonhice, é claro! – disse Kagome – Não poderiam esperar pelo menos o Naraku estar realmente morto?

- Para que enrolar, não é? – disse Miroku – Afinal de contas, o Naraku não vai fugir para lugar nenh...CADÊ O NARAKU?

- O Inuyasha deixou ele fugir! – disse Kagome.

- Hei, eu não deixei ele fugir! – defendeu-se Inu – Ele conseguiu quebrar as algemas que a Kagome deu!

- Mas como você é burro, Inuyasha! – disse Sango dando um piti – Não é a toa que seu pai preferiu morrer antes de ver você crescer, sua mãe era uma deprimida e seu meio-irmão te odeia!

- Como se sua família fosse mais normal! – disse Inu – Srta irmã do menino "Sim, senhor Naraku!".

- Ai, calem-se! – disse Kagome – Temos que procurar o Naraku!

O grupo sai caminhando em busca do vilão, e estranhamente o encontram perto do poço come-ossos.

- KU KU KU! – ri Naraku – Eu os aguardava aqui! Sabia que vocês voltariam a esse lugar!

- Eu vou matá-lo! TESSAIGA! – grita Inu sacando sua espada.

- Você não cansa de tentar me matar com essa espada velha? – disse Naraku – Você é mesmo...

Kagome lança sua flecha bem na direção da testa de Naraku e o acerta, causando um buraco no youkai, que fica enfurecido, pois ainda pretendia continuar sua frase.

- Sua cópia mal feita de sacerdotisa! – disse Naraku furioso – Você desmanchou o meu penteado! Eu vou matá-la!

Naraku sai correndo atrás de Kagome, e os dois ficam dando voltas ao redor do poço come-ossos, enquanto Inuyasha está empunhando a Tessaiga já pronto para dar sua Ferida do Vento definitiva no vilão.

- MALDIÇAO, KAGOME! – grita Inu – EU NÃO CONSIGO MIRAR O NARAKU COM VOCÊ CORRENDO DELE DESSA FORMA!

- Desculpe, Inuyasha – disse Kagome esbaforida – Eu vou ficar parada, assim ele me pega e me mata, mas pelo menos você vai poder lançar seu ataque nele!

- Eu agradeço a sua colaboração! – disse Inu esperando Kagome parar – Vai logo!

- Inuyasha, você é um imbecil! – disse Kagome ainda correndo do vilão – Acerte logo o Naraku!

- Foi você quem mandou! – disse Inu apontando a Tessaiga, fechando os olhos e soltando a ferida do vento sem se importar em mirar no vilão antes.

Uma fumaceira tomou conta do lugar após a ferida do vento, e quando a visão ficou mais clara, Inuyasha conseguiu ver onde acertara seu golpe.

- Eu acertei no Naraku? – perguntou ele sem acreditar – Eu matei o Naraku? OBA, EU MATEI O NARAKU! EU SOU O MELHOR! QUERIA QUE AQUELE LOBO FEDIDO ESTIVESSE AQUI PARA VER A MINHA VITÓRIA! QUERIA QUE O SESSHIE TAMBEM VISSE QUE EU SOU MELHOR QUE ELE! VAMOS FESTEJAR, MIROKU, SANGO, KAGOME... KAGOME?

Inuyasha viu que Kagome tinha sido jogada pelo poder do golpe há pelo menos uns 10 metros de distância.

- KAGOME, VOCÊ ESTÁ BEM? – gritou Inu para a jovem que simplesmente levantou a mão mostrando o dedo médio para ele – FICO FELIZ QUE NÃO TENHA MORRIDO! Afinal quem ia trazer rámen para mim depois?

Kagome conseguiu se levantar e voltou até onde estavam os amigos.

- Eu matei o Naraku! – disse Inu – Vamos comemorar comendo um monte de rámen!

- Inuyasha, seu imbecil! – disse Kagome – Você não matou o Naraku!

- Como não? – perguntou surpreso o hanyou – Ele sumiu, não sumiu?

- Sumir, ele sumiu! – disse Kagome – Mas se ele tivesse morrido, as jóias estariam caídas no chão, não é?

- Ai! – disse Inu – Então, ele fugiu de novo?

- Infelizmente – disse Sango – De onde eu estava, eu vi claramente, que ele pulou dentro do poço come-ossos!

- O QUÊ?- gritaram Kagome e Inuyasha olhando para dentro do poço.

- Menos mal! – disse Miroku – Enquanto ele estiver na era da Kagome, ele não causará nenhum estrago aqui!

- VOCÊ ENLOUQUECEU, MONGE? – desesperou-se Kagome – COM ESSE LOUCO SOLTO NA MINHA ERA, O MUNDO VAI ACABAR EM MENOS DE UM MÊS! E SE ELE SE JUNTAR AO BIN LADEN? OU PIOR, SE ELE FOR TREINADO PELOS E.U.A? E SE ELE TENTAR SALVAR O SADDAM HUSSEIN E LEVÁ-LO PARA MORAR EM CUBA, ENQUANTO PLANEJAM JUNTO COM A CHINA E A CORÉIA ALGUM MODO DE DESTRUIR O MUNDO COM SUAS BOMBAS ATÔMICAS?

- Como eu disse, menos mal! – repetiu Miroku.

- Vamos até a sua era, Kagome! – disse Inuyasha – Assim se o encontrarmos, nós o mataremos de vez!

Os dois saltam dentro do poço, deixando Miroku e Sango livres para voltarem para o seu "moitel".

Na era da Kagome...

Inuyasha e Kagome saltam desesperados de dentro do poço, quase enfartando o avô da jovem, que varria o local.

- Vovô! – disse Kagome sem nem se importar com o velho caído no chão – Você viu algum homem de cabelos pretos compridos e com cara de mal passar por aqui?

- Não que eu me lembre! – disse o avô – Hei, quem é você?

- Vamos, Kagome! – disse Inu puxando a moça pelo braço – Seu avô mal consegue se lembrar quem é você!

- Eu me esqueci que ele já está gagá! – disse Kagome.

Os dois partem em busca de Souta e da mãe de Kagome, ou melhor, a Kagome foi fazer isso, já que o Inuyasha não conseguiu conter seu lado canino e correu atrás do gato gordo da mocinha.

- Mãe, Souta! – disse Kagome esbaforida entrando na cozinha – Vocês viram um homem de cabelos negros compridos e com cara de mal andando por aí?

- Não, eu não vi! – disse Souta – Onde está o seu amigo?

- Por aí! – respondeu Kagome.

- Eu também não vi ninguém assim! – disse a mãe de Kagome – Vocês vão ficar para o jantar?

Kagome saiu correndo da casa, procurando por Inuyasha, e encontrando o hanyou apenas com o rabo do gato para fora da boca.

- Larga o gato, Inuyasha! – disse Kagome – E vamos procurar algum rastro de destruição pela cidade!

Os dois saíram correndo como idiotas pelas ruas da cidade, causando congestionamentos, correrias e suicídios coletivos por onde passavam. Duas horas depois foram detidos pela policia, acusados de promover o caos e a desordem.

- Mas nós estamos tentando salvar o mundo! – disse Kagome algemada.

- Escute o que ela está dizendo! – disse Inu também algemado.

- Ah, claro! – disse o policial falando no rádio transmissor – Prendemos dois loucos que estavam gritando que o mundo ia acabar no meio das ruas, um deles está estranhamente vestido e usa uma peruca com cabelos brancos!

- Hei, isso não é uma peruca! – disse Inu.

- Ok! – disse o policial ainda falando no rádio – Vou levá-los diretamente para o manicômio central! Câmbio, desliga!

- GLUP! – fizeram os dois.

Fim do flashback, de volta ao palácio de Sesshie...

- E depois que nós conseguimos ser liberados, após um mês usando camisas-de-força, nós concluímos que o Naraku não estava na minha era! – completou a história Kagome.

- Eu nunca ouvi tanta besteira numa só história! – disse Sesshie surpreso – Até duvidaria que fosse verdade, se não tivesse acontecido com vocês!

- Eles sempre conseguem se superar, sr Sesshie! – disse Jaken que tinha parado para ouvir a conversa.

Sesshie olhou com aquele típico olhar assassino para o servo intrometido.

- Alguém pediu a sua opinião? – disse Sesshie – SUMA DAQUI!

- Pelo menos o Naraku sumiu – disse Miroku – Ele deve ter se perdido em algum mundo por aí!

- Espero que ele não cause estragos onde quer que esteja! – disse Kagome – Mas bem que eu queria saber onde ele está?

Flashback da chegada do Naraku em algum outro mundo...

Naraku pula para fora de um poço, assustando um garoto que tenta lhe bater com uma espada de bambu.

- Pare com isso, moleque! – disse Naraku – Eu vou fazer com você o mesmo que fiz com o Kohaku!

- KENSHIN, TEMOS UM INVASOR! – grita o moleque.

Logo aparecem um baixinho de cabelos vermelho e com uma cicatriz no rosto, um outro rapaz com cabelos espetados e uma mocinha carregando outra espada de bambu.

- Quem é você? – pergunta o baixinho de cabelos vermelhos – Não é educado invadir a propriedade da srta Kaoru dessa forma!

- Quem são "vocês"? – pergunta Naraku – Eu sou o maior vilão de todo o mundo, Naraku! Ku ku ku!

- Não é possível! – disse o rapaz de cabelos espetados – Acabamos de matar o Shishio Makoto, e agora aparece mais esse idiota para infernizar? Eu preciso de férias!

- Cale-se, Sanosuke! – disse a mocinha com espada de bambu – Se você não tem coragem de expulsá-lo daqui, eu mesma farei isso!

- Ai, eu não acredito! – disse Naraku – Já não bastasse ter que aturar as mulheres invocadas que andam com o Inuyasha, ainda encontro mais uma louca que acha que vai me derrotar com uma espadinha de bambu!

- Oras, seu... – disse a mocinha irritada.

- Kaoru! – disse o baixinho de cabelos vermelhos – Deixe que esse seu servo cuide desse assunto! Eu mostrarei a esse infeliz como se deve tratar uma dama!

- Ah, é? – disse Naraku irônico – E como você vai fazer isso?

O baixinho de cabelos vermelhos saca sua espada, e de repente a cor dos seus olhos mudam de um violeta fofinho para um dourado matador.

- ESCONDAM-SE! – grita a mocinha – ELE VOLTOU A SER O BATTOUSAY, O RETALHADOR!

Todos desaparecem, para surpresa do Naraku que fica sem entender nada.

- E daí que ele voltou a ser esse tal Battousay? – disse Naraku – Isso por um acaso é ruim?

Naraku ouve apenas o barulho do vento ao seu redor, depois que toda a cidade desapareceu de medo.

- GLUP! – fez Naraku ao ver o baixinho de cabelos vermelhos vindo em sua direção.

Fim do flashback do Naraku, localizado na era Meiji por enquanto...

De volta ao palácio...

- Bom dia! – disse Yuri chegando na sala de refeições – Acabei de passar por aquele garoto que só fala "Sim, senhor Naraku!", e ele tinha caído com a cadeira. Alguém vai lá ajudar ele?

Todos resmungaram alguma coisa, pouco se importando com Kohaku. Yuri sentou-se e pegou um bolinho de arroz para comer.

- Eu acho que seria melhor a srta comer algo mais nutritivo – disse Sesshie – Como a sopinha da Rin!

Yuri olhou assustada para Sesshie.

- Você enlouqueceu? – disse ela – Eu não comeria aquela gororoba nem que o sr me pagasse!

- E se eu te desse um diamante como aquele que eu dei para comprar o presente da Rin? – ofereceu Sesshie.

- Essa oferta é só para ela? – perguntou Kagome – Eu não me importaria de comer a goror, ops, sopa, se você me der um diamante!

- Credo, Kagome! – disse Sango – Não seja oferecida!

- Olha quem fala! – retrucou Kagome – E você que já está até sentada no colo do Sesshie?

- Hei, que história de sentar no colo do Sesshie, é essa? – disse Miroku que não tinha visto a cena porque estava olhando o traseiro de uma serva do Lorde.

- Obrigada, Sesshie! – disse Yuri – Mas eu já tenho diamantes o suficiente nas minhas terras.

- Todo mundo aqui é rico, menos o Inuyasha! – disse Kagome batendo a cabeça na mesa.

- O amor é o maior tesouro que se pode oferecer! – filosofou Inu.

- E esse tesouro você já ofereceu para a Kikyou na semana passada! – resmungou Kagome.

- Eu? – disse Inu como se estivesse sendo acusado injustamente – Nunca fiz isso! Eu juro pela morte do Sesshie!

Todos pararam para esperar que Sesshie caísse duro no chão.

- Fiquem esperando, bando de anormais! – disse Sesshie – Menos a srta, Yuri. Até parece que eu ia morrer só para fazer o gosto do Inuyasha!

- Vamos mudar de assunto! – disse Yuri – Minhas coisas estão arrumadas, e logo após o almoço eu irei embora!

Sesshie sentiu um pedaço do bolinho de arroz entalar em sua garganta com a notícia. Ele começou a fazer barulhos estranhos, chamando a atenção de todos.

- Droga, Sesshie! – disse Inuyasha irritado – Você não poderia esperar para morrer depois que nós fossemos embora? Agora a Kagome vai achar que eu disse mesmo para a Kikyou que a amava!

- Eu acho que ele não está bem! – disse Yuri.

- Por que você diz isso? – perguntou Kagome – Que experiência você tem em medicina?

- Experiência eu não tenho nenhuma – disse Yuri – Mas não acho muito normal a pessoa ficar roxa desse jeito!

Todos ainda ficaram olhando para Sesshie por alguns minutos, para comprovar ou não se ele estava mesmo engasgado.

- Já é o suficiente! – disse Miroku – Se os olhos virados desse jeito e a língua totalmente para fora não significa que ele está engasgado, eu corto meus dedos!

- Tem certeza, monge? – disse Inu pegando um facão.

- Ajudem ele! – disse Yuri desesperada – Eu não quero que o pai do meu filho morra! Ainda mais antes de saber se ele vai mesmo ser o pai do meu filho!

Inuyasha resolveu usar a Ferida do Vento nas costas do meio-irmão para poder desengasgá-lo.

- Isso não vai machucá-lo? – perguntou Yuri.

- Não! – disse Inu convencido – Se ontem ele não morreu, não vai ser hoje que eu vou ter essa sorte! FERIDA DO VENTO!

Com a ajuda de Inuyasha, Sesshie conseguiu se livrar do bolinho de arroz que estava em sua garganta, e quando conseguiu recuperar-se, jurou que ia matar o hanyou sarnento nem que isso fosse a última coisa que ele faria na vida.

- Devia ter deixado ele morrer! – resmungou Inu se escondendo embaixo da mesa.

Após o susto, Sesshie tratou de tentar convencer Yuri a ficar, usando desculpas estapafúrdias como...

- E se houver um ataque de youkais grilos gigantes nas suas terras? – disse Sesshie – Como você poderia se livrar da morte certa?

Seria bem mais fácil se ele a pedisse logo em casamento e acabasse de vez com sua bobeira.

- Eu já me decidi! – disse Yuri – Eu tenho muitas coisas a tratar por lá, não posso passar o resto da vida aqui!

- Quem disse para você ficar aqui o resto da vida? – disse Sesshie – Eu só sugeri que a srta fique até que nosso filho, se é que vai ter algum, tenha pelo menos uns 32 anos de idade! Não é uma vida inteira!

- Me dê um motivo bom o suficiente para não ir embora! – disse Yuri – Apenas um, mas que seja bom o suficiente!

Todos olharam para Sesshie esperando que ele largasse de ser um bocó e falasse logo.

- Eu, eu... – começou a pensar Sesshie.

- Sim? – esperou Yuri.

- eu, eu...

- Sim?

- eu...

- Sim?

- Eu acho que vai estar chovendo na hora que a srta pretende partir! – disse Sesshie derrubando todos de suas cadeiras.

- Nossa, esse é o seu melhor motivo? – disse Yuri chateada – Eu pensei que fosse algo muito melhor!

- Eu sei o quanto a srta detesta trovões! – disfarçou Sesshie – Eu me preocuparia bastante se a srta estivesse passando medo por aí afora!

- Agradeço a sua preocupação – disse a princesa – Mas eu tenho que ir! E depois mandarei um mensageiro para dizer se seu empenho em me ajudar deu certo!

- Empenho em te ajudar? – repetiu Sesshie – Até parece que eu fiz isso por obrigação!

- E fez! – disse Yuri – Temos um contrato, esqueceu?

- Ah, é verdade! – disse Sesshie – Assim sendo, eu espero que a srta engravide e tenha um reinado feliz em suas terras! Agora, com licença, eu vou me retirar para os meus aposentos!

Sesshie se levantou e deixou a sala de refeições, visivelmente triste pela partida da princesa. Yuri ficou olhando ele desaparecer na escada e depois se virou com cara de criança chorona para os outros.

- Eu queria que ele se casasse comigo! – disse ela – Mas ele nunca faria isso! Buuuuáááááá!

- Não chore, princesa! – disse Inuyasha – Eu conheço bem o meu meio-irmão, sei que ele fará a coisa certa!

- Mentira, Inuyasha! – disse Kagome – Você não sabe nem qual é a cor preferida dele!

- É mesmo! – disse Inu – Me desculpe por dizer isso, princesa, mas acredito que seu futuro marido vai ser mesmo o lagartão das suas terras!

Yuri chorou mais um pouco, depois tomou vergonha na cara e decidiu falar para o Lorde tudo o que ela desejava falar.

- Eu me nego a casar com aquele lagartão horrível! – disse Yuri se levantando – Eu vou ter uma conversa séria com o Sesshie!

Todos aplaudiram quando ela deixou a sala de refeições e subiu para o quarto de Sesshie.

Meia hora depois...

Yuri apareceu na sala de refeições, carregando uma trouxa com suas roupas, e avisando que já estava indo.

- O quê? – disse Kagome – Mas a srta não ia conversar com o Sesshie sobre o que sentia?

- Sim, eu conversei com ele! – disse Yuri abraçando um por um.

- E o que ele disse? – perguntou Inuyasha.

- Bom, eu vou contar... – disse Yuri se sentando.

Há meia hora atrás...

Yuri já chegou na frente da porta do quarto de Sesshie disposta a meter o pé nela e encarar o youkai. Até tentou fazer isso, mas a madeira da porta é das boas e quase quebrou o pé da princesa. Dentro do quarto, Sesshie ouviu um barulho na porta e depois alguém xingando alguma coisa que não pode ser escrita nessa fic por respeito aos que a lêem. Abriu a porta e encontrou Yuri caída no chão, segurando um dos pés.

- Deseja alguma coisa, srta Yuri? – disse Sesshie.

- Sim, que você me ajude a levantar! – disse Yuri sendo prontamente atendida por Sesshie.

- Fique sentada aí na cama! – disse ele – Eu vou buscar algo para o seu pé!

- Não precisa – disse ela – Eu já estou melhor! Eu quero mesmo é conversar seriamente com o senhor.

- Pode falar! – disse ele já ansioso.

- Eu queria... – começou a falar Yuri, bastante envergonhada - ...saber se o sr acredita que duas pessoas possam se amar, mesmo se conhecendo há pouco tempo?

Sesshie ficou surpreso com a pergunta, mas depois entendeu muito bem o que ela queria dizer.

- A srta quer saber se... – disse ele também encabulado – É claro que eu acredito que isso possa acontecer!

- Sério? – disse Yuri com um sorriso de orelha a orelha – Então, você não tem nada a me dizer?

Sesshie pensou mais um pouco, e logo descobriu qual a resposta que ela tanto aguardava.

- Claro que eu tenho algo a lhe dizer! – disse ele olhando-a nos olhos – Srta Yuri, eu espero que a srta seja muito feliz se casando com o lagartão. E tenho certeza, de que em poucos dias a srta se apaixonará por ele. Não fique preocupada, o amor vem com o tempo!

- O quê? – disse Yuri sem entender – O sr está desejando que eu seja feliz com o lagartão?

- Claro! – disse ele – Eu sou super civilizado! Se esse é o desejo da srta, pode ir em frente! Não se preocupe só porque vai ter um filho meu, se é que vai ter mesmo!

- Eu disse que queria me casar com ele? – perguntou Yuri – Foi isso que você entendeu?

- Você não veio me perguntar se conseguiria se apaixonar por ele em pouco tempo? – disse Sesshie confuso – Eu acredito que sim, até por experiência própria!

Yuri sentiu-se arrasada com a burrice de Sesshie. Saiu do quarto, disposta a pegar suas coisas e ir embora de vez, sem esperar pelo almoço.

- O que foi? – perguntou Sesshie após ela deixar o quarto – O que eu fiz?

De volta a sala de refeições...

- Então, foi isso que aconteceu! – disse Yuri – Agora, deixem-me ir embora antes que eu...

- Que você chore ainda mais de amor pelo Sesshie? – disse Kagome.

- Não! – respondeu Yuri – Antes que eu volte lá no quarto dele e arranque a cabeça dele com minhas próprias mãos!

- Depois vocês não acreditam quando eu falo que o Sesshie é burro! – disse Inuyasha.

- Quem é burro? – perguntou Sesshie novamente chegando na sala.

Inuyasha parou para pensar antes de responder. Olhou para Kagome, que lhe fuzilava com o olhar e olhou para Sesshie, que nunca teve um olhar dos mais amigáveis e se decidiu.

- A srta Yuri, é claro! – disse Inu – Imagine que ela vai embora agora, mesmo depois de você ter dito a ela que ia chover!

- Eu sou burra? – disse Yuri irritada – Oras, seu...

Yuri deu um "fatality" no hanyou para ele largar de ser otário.

- E admita que estava falando mesmo do Sesshie! – completou ela.

- Eu sabia! – disse Sesshie dando um "super-ultra-mega-combo" em seu meio-irmão – E que história é essa de que você vai embora agora, srta Yuri?

- Eu já estou indo mesmo! – disse Yuri – Eu já me despedi da Rin e de todos os outros – Só falta você! Adeus, Sesshie!

Ela deu um abraço seco nele e caminhou para a porta, saindo e deixando todos com a ligeira impressão de que ela voltaria para trás em poucos segundos.

Meia hora depois...

- Eu acho que ela foi mesmo embora! – disse Kagome.

- Vamos esperar mais um pouco – disse Sesshie – A srta Yuri gosta muito de brincar!

- Se ela não estiver brincando, ela já deve estar na metade do caminho para as terras dela! – disse Inu – Se a gente esperar mais um pouco, ela já vai ter chegado lá!

- Não diga bobagens, Inuyasha! – criticou Sesshie – Ela foi embora a pé. Ela é só uma humana, não pode ter chegado muito longe em meia hora!

- Ops! – fez Sango chamando a atenção de Sesshie.

- Ops, o quê, exterminadora? – disse Sesshie já desconfiado da besteira.

- Ela pediu a Kirara emprestada para mim! – respondeu Sango sem-graça – Eu disse que ela podia pegar!

- Maldição! – disse Sesshie – Agora ela já deve estar mesmo nas terras dela!

- E daí também? – disse Kagome – Você queria que ela ficasse aqui para quê? Você não vai pedi-la em casamento!

- Não nesse momento, mas amanhã, quem sabe! – disse Sesshie.

Sango olhou pela janela e viu Kirara estacionada no mesmo lugar de antes. ao lado de Aruru.

- Hei, vejam! – disse a exterminadora – Ela não foi com a Kirara!

- Não? – perguntou Sesshie – Então ainda há tempo de fazê-la voltar!

- Isso aí, Sesshie! – disse Inu – Embora você seja meu meio-irmão desprezível, eu torço para que você consiga achá-la! Vá lá buscar a sua princesa!

Sesshie se animou e resolveu fazer o que tinha que fazer. Deixou o local e correu para as escadas.

- Espera aí! – disse Miroku – A princesa foi para a floresta, não para o seu quarto!

- Caminho errado, Sesshie! – disse Inuyasha.

- Eu sei! – gritou ele do alto da escada – Primeiro eu tenho que me arrumar!

- O quê? – disseram todos sem acreditar.

- Eu só penteei meu cabelo 345 vezes hoje – disse Sesshie – Eu preciso escová-lo exatamente 500 vezes para que ele fique bom o suficiente para eu poder sair de casa! Já volto!

CAAABBBBRRUMMMM...

- Parece que realmente vai chover! – disse Kagome – SESSHIE, SE VOCÊ NÃO FOR BUSCAR A SRTA YURI AGORA, É CAPAZ DELA MORRER DE MEDO DOS TROVÕES NO MEIO DA FLORESTA! O SR MESMO DISSE QUE ELA MORRIA DE MEDO DE TROVÕES!

De repente, aparece Sesshie no alto da escada, segurando sua escova de ouro maciço em uma mão, e ouvindo atentamente os trovões.

- Nossa, eu estava brincando quando falei que ia chover! – disse Sesshie – Bem feito para a Yuri, eu tinha avisado!

- VAI LOGO! – disseram todos para o youkai.

Sesshie saiu correndo escada abaixo, largando escova, fios de cabelo e quase deixando a roupa também, que ficou presa em um dos corrimãos e deixou o palácio em busca de sua princesa encantada.

Mas o que aconteceu no final dessa história vocês só vão ficar sabendo no próximo e talvez último capítulo. Talvez, porque eu não sei se faço ela continuar, isso vai depender do que vocês quiserem. Mandem suas opiniões, enviar uma review não demora mais do que 2 horas, e faz um bem danado para mim! Abraços, até a próxima!