Até que enfim o casamento sairá!

Demorou, mas nasceu! Não estou falando de um filho meu, e sim deste capítulo, que eu não tinha nenhuma idéia útil para utilizar. Desculpem a demora, ok? Aliás, eu fiquei muito feliz de saber que duas pessoas se lembraram de perguntar o que raios era o "shshshsh" que só a Ajina sabia fazer! Pensei que a fic ia acabar sem ninguém perguntar. Pois bem, a resposta estará no próximo capítulo, espero que isso satisfaça a curiosidade mórbida de vocês! Quanto ao fato de eu continuar minhas outras duas fics, eu digo que primeiro vou terminar a história dos pais do Inuyasha, até porque ela está escrita em um caderno já. A outra, como eu fiz na hora, preciso de paz absoluta na mente para continuar... Espero que gostem desse capitulo. Boa leitura!

Sesshie saiu correndo porta afora, palácio afora, floresta afora e quase atravessou metade do Japão feudal correndo até perceber que não estava indo para o lado onde se encontravam as terras dos youkais lagartos. Simplificando, ele deveria ir para o centro-oeste, mas ele estava indo para qualquer outra direção que a falta de uma bússola permitiu. Voltou correndo todo o caminho, o que demorou apenas 20 minutos em sua super velocidade de youkai. Quando estava se aproximando do palácio, notou uma pista que Yuri havia deixado.

- Não acredito que ela roubou o meu melhor saquê! – disse ele irritado ao encontrar uma vasilha do mais fino e caro saquê de sua "adega" – Eu vou matá-la...

- Você poderia fazer a gentileza de me soltar antes de me matar?

- Não, srta Yuri. Eu a matarei primeiro... Srta Yuri? – disse ele sem perceber onde ela se encontrava.

Olhou para cima e deu uma risada irônica com a cena. Yuri estava pendurada por um pé no alto de uma árvore; e como a repetição em uma fic de 20 e tantos capítulos é inevitável; o kimono dela estava caído sobre sua cabeça, revelando o fato de que a srta Yuri não conhecia ainda o termo "roupa intima".

- Ria mesmo! – disse Yuri – Você não se importa que eu possa estar grávida e nessa situação, não é? Eu poderia estar expelindo seu filho pela boca nesse momento...

- Não foi por aí que ele entrou – disse Sesshie ainda rindo – Isso se tiver algum filho. Então não seria por aí que ele sairia.

- ME TIRA DAQUI! – gritou ela demonstrando o quanto o humor dela estava bom.

- Você não conseguiu ver essa armadilha para youkais? – zombou ele.

- Geralmente não há um aviso escrito "Cuidado com a armadilha!", não é? – disse Yuri.

- Nessa armadilha tem sim! – disse Sesshie apontando para um enorme aviso com ideogramas pintados em vermelho na árvore – E antes que eu a solte, que história é essa de roubar o meu saquê? O que a srta pretendia fazer? Se embebedar até chegar nas suas terras?

- Eu acho que esse tanto de saquê só ia me manter bêbada até a metade do caminho – disse Yuri – E sim, eu o roubei! Quem mandou você deixar eu ir embora sem nem ao menos ter o cavalheirismo de me dar um belo presente? Você tem sorte que eu não levei uma das suas espadas. Não que eu não tenha tentado, mas as danadinhas parecem gostar bastante do sr, então depois de dez choques eu resolvi procurar outra lembrança...

- Quanta tolice! – disse o Lorde – Eu até lhe daria um presente se a srta tivesse saído do palácio de uma maneira normal!

- O que você considera normal? – disse ela – Eu dei tchau, não dei? Quer coisa mais normal do que isso?

- A srta fugiu do palácio, isso sim! – resmungou ele – Como se eu a tivesse mandado embora.

- Sr Sesshie! – chamou ela – Eu acho que é melhor você me tirar daqui...

- Como você ousa dar ordens a um youkai da minha categoria? – irritou-se Sesshie – Eu não tenho que atender seus caprichos...

- ME SOLTA, OU EU VOU VOMITAR BEM EM CIMA DE VOCÊ!

- Já estou soltando... – disse ele desamarrando a corda - ...nem ouse abrir essa boca nesse instante!

Ele a desceu delicadamente ao chão. Bem, foi delicado nos primeiros 20 metros, mas quando chegou há dois metros do solo, a corda arrebentou e Yuri teve um pouso forçado de cabeça no chão coberto de pedras pontiagudas.

- Até parece que eu ia deixá-la cair de cabeça no chão! – disse Sesshie para Yuri que caíra bem nos braços do youkai – Agora, pode parar de gritar!

- Ai, meu pai! – disse ela desesperada – Eu pensei que meu fim havia chegado!

Agora, já a salvo em terra firme, Yuri sentou-se um pouco para acalmar-se.

- Nada melhor do que um saquê para fazer a gente acalmar os nervos! – disse Yuri pegando o recipiente com a bebida do chão e a abrindo – Vou virar tudo de uma vez...

- Yuri! – brigou Sesshie dando um tapa no saquê, que voou e se arrebentou numa árvore há uns 5 metros de distância – Sua irresponsável! Quer que nosso filho seja um bêbado inveterado?

- Como o pai? – perguntou Yuri irônica – Desculpe, não precisa mostrar os caninos para mim! Aliás, nós nem sabemos se tem um filho ou não! E se não tiver, eu prefiro estar bêbada quando chegar nas minhas terras e encontrar o lagartão!

- Mas a srta não disse que esse saquê só daria até a metade do caminho?

- Exato! – disse ela – Por isso mesmo eu tenho mais duas vasilhas dentro da trouxa de roupa que eu estou levando embora!

Sesshie (gota).

O youkai se dirigiu até a trouxa de roupas, e com um lindo sorriso no rosto pisou, sapateou e pulou em cima dela, esmigalhando os sonhos da princesa de se embebedar antes de encarar seu triste destino, como qualquer pessoa sem noção como ela faria.

- Como você é mau... – disse ela – Minha roupa de guerreiro estava lá dentro. Você vai ter que pagar outra para mim!

- Graças aos deuses que eu destruí aquele traste! – disse Sesshie emburrado – Quem foi que disse que a srta fica bem naquilo?

- Hei, eu mesma fiz o modelo! – disse Yuri – Ah, deixa para lá! Eu não vou ficar ouvindo conselhos sobre roupas de um youkai que veste um traje branco com faixas azuis e amarelas! Coisa mais brega!

- Hei, esse traje é de família! – disse Sesshie – Se você não gosta das cores aconselho a srta a não entrar para os "Taisho das Terras do Oeste"!

- Esse é o sobrenome da sua família? – riu Yuri – Sesshoumaru Taisho das Terras do Oeste?

- Sim, é esse o meu nome, srta Yuri Tomoaki! – respondeu Sesshie.

- Ai, deixa eu ir embora! – disse ela pegando a trouxa de roupas do chão – Olha isso! Eu vou ter que voltar para as minhas terras sem me trocar pelo caminho. Tudo porque você destruiu todas as minhas roupas!

- Não exagere! – disse Sesshie – A srta deixou um baú cheio de roupas lá no palácio!

- E quem vai lá buscar? – disse Yuri cruzando os braços – Eu não vou, eu sou uma dama que pode estar grávida, então não posso ficar fazendo longas caminhadas!

- Como se a srta fosse voar até chegar ao seu reino! – disse Sesshie – Aliás, porque a srta dispensou aquele youkai gato de dois rabos da exterminadora?

- Eu descobri que ela tem muito em comum com o seu dragão de duas cabeças – disse Yuri – Eu acho que o Ururu andou "fazendo a minha caveira" para ela! (N/A: Fazer a caveira: falar mal). Então quando eu fui sentar nas costas dela, um rosnado me alertou para o fato de que ela poderia me matar e comer meus restos mortais pelo caminho! Eu preferi andar mesmo, entende?

- Nossa! – disse Sesshie – E eu pensei que o Jaken fosse o ser mais detestado por outros youkais que eu conheço!

- Você vai buscar minhas roupas? – perguntou Yuri fazendo beiço e com uma voz meiga – Vai, Sesshie-kun?

- Eu vou é arrancar sua língua fora se ousar me chamar dessa maneira de novo! – resmungou ele – Você vai voltar para o palácio!

- O QUÊ? – gritou ela – De jeito nenhum! Eu não andei tanto só para chegar aqui e ter que voltar para trás!

- Como você é exagerada! – disse ele – A srta nem andou muito. Veja! Daqui é possível enxergar até mesmo a porta de entrada do palácio!

- Não vou andar até lá! – disse Yuri fazendo birra – Não vou, não vou, não vou!

Um minuto depois...

- Mas você vê que eu não estou andando! – disse Yuri – O sr está me carregando nos ombros!

- Cale-se! – disse Sesshie com ela jogada no ombro direito – A srta parece pesar ainda mais quando está falando!

- O sr está insinuando que eu sou gorda? – irritou-se a princesa – Oras, seu...

Yuri deu um belo beliscão na bunda do youkai.

- AAAIII!

- Pensando bem – disse ela parando para avaliar a situação – Até que a cena que eu vejo daqui não é tão ruim...

Ela ficou sorrindo enquanto observava o traseiro rebolante do youkai.

- O que você está olhando? – perguntou Sesshie injuriado.

- As flores do chão, é claro! – disfarçou Yuri – São as mais belas e redondas flores que eu já vi em toda minha vida!

- Redondas? – estranhou Sesshie – Srta Yuri! Isso redondo aí não são flores, sua cabeçuda! São rochas!

- Tenho certeza que é uma rocha! – disse ela caindo na gargalhada – Tenho certeza...

Mais um minuto e meiodepois...

- Viu como a srta não tinha andado muito? – disse Sesshie colocando ela no chão – Já chegamos!

- Eu não quero entrar! – disse ela sentando-se na escada da frente – Todos vão achar que eu voltei para insistir que o sr se case comigo!

- Não seja imbecil, Yuri! – disse ele – Por que a srta insistiria em se casar comigo se todos já sabem que o farei de livre e espontânea vontade?

- Ah, então ta bom! – disse ela levantando-se com um sorriso – Vamos entrar!

- A srta não entendeu o que eu quis dizer, não é? – disse Sesshie.

- Não! – disse Yuri – Confesso que eu não entendo metade das coisas que o sr fala!

- Srta Yuri! – disse ele pegando as duas mãos dela e olhando sério – O que eu quis dizer é que eu me ca...

- VEJAM QUEM VOLTOU! – gritou Inuyasha abrindo a porta e interrompendo o momento dos pombinhos – A SRTA YURI E O MEU MEIO-IRMÃO IGNORANTE!

- O quê? – perguntou Sesshie irritado – Do que você me chamou?

- UHU! – disse Kagome aparecendo na porta também - CASALZINHO MUITO BONITO! IC! APOSTO QUE OS FILHOS DE VOCÊS SERÃO LINDOS! IC...

- Vocês estão... – disse Sesshie vendo o estado dos dois namorados.

- BÊBADOS! – gritou Miroku aparecendo junto dos outros usando a Tenseiga na cintura – E ESTAMOS BRINCANDO DE "MATE O MEIO YOUKAI".

- Miroku pegou a Tenseiga da cintura e quase rachou a cabeça do Inuyasha com ela.

- SEU MONGE DESGRAÇADO! – gritou Inu passando a mão no galo na cabeça – EU VOU ACABAR COM VOCÊ!

Inuyasha sacou a Tessaiga da bainha e a transformou, mas quase caiu com o peso da espada, que o fez cambalear.

- Não quero acreditar que a exterminadora também esteja... – disse Sesshie.

- Não! – respondeu ela aparecendo ao lado do monge bebum – Eu não estou bêbada! Eu estou grávida! Eu tenho responsabilidade!

- NÃO MINTA, SANGOZINHA! – gritou Miroku quase derrubando a todos com o bafo – VOCÊ VIROU DEZ DOSES DE SAQUÊ GOELA ABAIXO!

- HÁ HÁ! EU CONFESSO! – disse Sango deixando que a expressão de embriagada aparecesse – EU TÔ BEBADA COMO UM GAMBÁ!

Sesshie balançou a cabeça negativamente ao entrar no salão principal do palácio. Havia vasilhas de saquê vazias espalhadas pelo chão, até o Jaken estava caído bebaço em um canto, enquanto Rin, Kohaku e Shippou riscavam todos os móveis caríssimos com spray que a Kagome havia emprestado.

- As crianças também estão... – perguntou Sesshie tendo receio da resposta.

- NÃO, CLARO QUE NÃO! - gritou Inu na orelha do meio-irmão – VOCÊ ACHA QUE SOMOS TÃO IRRESPONSÁVEIS ASSIM?

- É! – resmungou Kagome – NÓS SÓ DEMOS UMA SUPER QUANTIDADE DE AÇUCAR PARA ELES, O QUE OS MANTERÁ ATIVO ATÉ O PRÓXIMO VERÃO!

- Eu vou para o meu quarto! – disse Sesshie desolado – Minha cabeça não agüenta tanta estupidez em tão pouco tempo!

Ele passou por todos e subiu as escadas, parando apenas para chamar Yuri.

- Princesa! – disse ele – Venha comigo para o meu quarto!

- UHUHUU! – fizeram os bêbados do local – A LUA DE MEL VAI COMEÇAR?

- CALEM-SE! – gritou Sesshie – Eu tenho um assunto importante a tratar com a srta Yuri!

- NA CAMA? – zombou Miroku – ASSUNTO BOM ESSE, NÃO?

- Eu poderia usar minha biblioteca – disse Sesshie calmo – MAS ELA ESTÁ DESTRUIDA! Venha Yuri!

Os dois subiram, sob o riso incontrolável dos bêbados no salão principal.

- Bando de idiotas! – disse Sesshie – E o pior é que um deles compartilha do mesmo sangue paterno que eu!

Sesshie trancou a porta do quarto, para que nenhum dos bêbados inconvenientes pudesse atrapalhar o assunto dele com Yuri.

- Precisa colocar essa cômoda na porta? – perguntou Yuri intrigada.

- Lógico! – disse Sesshie – Lá fora tem um hanyou sarnento com uma espada poderosíssima. Você acredita que uma simples tranca na porta vai impedi-lo de entrar aqui?

- E você teria uma cômoda do tamanho da varanda? – disse Yuri.

- O quê? – estranhou Sesshie olhando para a varanda – EU NÃO ACREDITO! SAIAM DAÍ AGORA MESMO!

Os bêbados inconvenientes desceram da varanda e deixaram o casal em paz para discutir os assuntos de extrema importância daquele momento.

- Quem vai levar o seu baú de roupas? – perguntou Sesshie – Eu não vou ceder nenhum servo "meu" para carregar aquele trambolho para o Centro-Oeste.

- Eu mandarei algum dos "meus" servos vir buscá-lo – respondeu Yuri – E não faça um drama como se meu baú ocupasse um espaço enorme!

- Ótimo! – disse Sesshie – Assim é melhor!

- Então certo! – disse Yuri.

Eles ficaram sem saber o que falar por alguns minutos. Sesshie estava tentando reunir coragem para fazer a pergunta que mudaria sua vida de uma vez por todas, enquanto Yuri tentava entender de onde raios o pessoal havia tirado aquelas outras vasilhas de saquê, se ela tinha pegado todas as que estavam na "adega" de Sesshie.

- Bom, era só isso? – disse ela por fim – Posso ir embora agora?

- Quieta, srta Yuri – brigou Sesshie concentrado nos pensamentos – Eu estou tentando decidir algo importante...

- Tudo bem! – disse ela indo para a porta – Eu já estou indo embora, certo? Outro dia nós nos falamos!

- Está bem! Adeus! – disse o youkai sem prestar atenção.

Yuri tentou empurrar a cômoda de frente da porta, mas não conseguiu e resolveu interromper os pensamentos de Sesshie de novo.

- Sr Sesshie – disse ela – Você pode abrir a porta para eu ir embora?

- Claro, um segundinho! – disse ele indo para a porta – Hei, onde você pensa que vai?

- Embora! – disse Yuri – Eu só vou pegar outras roupas para levar e depois... adeus!

- Engraçadinha! – disse ele - Eu tenho que falar algo muito sério para você!

- Diga! – disse ela olhando para a varanda – Mas não demore, afinal daqui a pouco já vai escurecer!

- Nós nem almoçamos ainda – disse Sesshie – Eu acredito que está um pouco longe do anoitecer.

- Diga logo!

- Está bem! – disse ele se aproximando de Yuri – Srta Yuri, eu estou te comunicando que nós iremos contrair um matrimônio!

- Uau! – disse ela surpresa – Contrair um matrimônio? Isso mata?

- Humpf!

- Deve ser uma doença mortal! – disse ela – Pela cara que o sr está fazendo!

- Yuri! – irritou-se ele – Contrair um matrimônio nada mais é do que "se casar"!

- Uau! – disse ela ainda mais surpresa – O sr quis dizer então que nós vamos nos casar?

- Exato! – disse ele com um sorriso idiota no rosto – O mais rápido possível!

Um longo silêncio se fez no quarto, e era possível ouvir as gralhas gralhando seus gralhares gralhosos em meio à floresta. Sesshie olhou para Yuri que não parecia muito animada com a notícia.

- O que foi? – perguntou ele – A srta não gostou de saber que nos casaremos?

- Não, imagina, eu adorei! – disse ela sem demonstrar nenhuma animação ainda.

- Então porque a srta está com essa cara de "PIIII"? – disse ele irritado.

- Eu estou com a única cara disponível para uma situação como essa! – disse ela – Com esse entusiasmo todo que o sr mostra, é impossível ficar com cara melhor!

- O QUE VOCÊ QUERIA? – gritou ele – QUE EU IMPLORASSE?

- Não, implorar não! – disse ela – Mas até que um pouco de romantismo não ia matar, não é?

- Roman... – disse ele espantado – Eu não vou ser romântico! Eu sou um youkai, um ser selvagem! Embora eu seja educado, gentil, nobre, bonito, com gosto por coisas finas e requintadas, ainda assim, EU NÃO VOU SER ROMÂNTICO!

- Então está bem! – disse ela - Então não seja romântico!

A cara da princesa continuou tão emocionada quanto a de alguém que acaba de assistir o final de qualquer novela das sete na rede Bobo de televisão. Mais alguns estranhos minutos se passaram, até que ela resolveu dar um meio sorriso forçado.

- Então, se nós nos casaremos – disse ela – Ou melhor, já que nós contrairemos um matrimônio, eu posso usar o seu youkai coruja mensageiro para avisar o meu reino sobre isso, não é?

- Claro que pode! – disse Sesshie – Escreva sua mensagem que eu o chamarei para levá-la!

Yuri pegou um pedaço de papel que Sesshie lhe deu e uma pena para escrever a sua mensagem. Escreveu tudo em uma linha e entregou ao Lorde que a leu.

- Só isso? – disse ele lendo em voz alta – "Vou me casar! Não façam festa, pois aqui não terá nenhuma! Ass: Princesa Yuri". Credo! A srta vai ficar assim só por causa do maldito romantismo?

- É, né!

Sesshie ficou irritado pela milésima vez apenas naquele dia, então saiu do quarto, disposto a dar uma de romântico para ver se a cara da princesa melhorava um pouco.

- Tonto! – disse dando um pulo na cama toda feliz de ouvir finalmente o que ela preferia chamar de "pedido de casamento ao estilo Sesshie" – Ele quer se casar comigo! Iupi!

Sesshie desceu as escadas bufando. Resolveu pedir ajuda as amigas humanas do meio-irmão sarnento para poder alegrar Yuri. Encontrou a turma toda jogada no chão, rolando de um lado para o outro como verdadeiros bêbados inconvenientes.

- Levantem-se e recomponham-se! – disse ele para os quatro pinguços – Eu preciso da ajuda de vocês!

- É pra já maninho do coração! – disse Inu mostrando que estava realmente a beira de um coma alcoólico.

- Hei, cunhadão! – disse Kagome – Já deu uns pega na patroa?

- Sangozinha! – disse Miroku passando sua mão na bunda de Sesshie e acreditando estar mexendo na exterminadora – Você tem se exercitado bastante, não é?

POW!

- Desculpe, Sango! – disse o monge achando que havia tomado um soco da exterminadora – Mas vejo que você realmente anda malhando...

- Não fui eu quem te bati! – disse Sango – Foi o Sesshie! Mas agora vai ser eu...POW!

- Ai ai! – reclamou Miroku – Há há há, essa doeu!

- Diga no que nós poderemos contribuir com a sua felicidade, meu adorado irmãozão! – disse Inu.

- Na verdade, eu só preciso da ajuda das duas mulheres humanas – disse Sesshie.

- ÊPA! PERAÍ! – gritou Miroku – VOCÊ QUER O QUE COM AS NOSSAS MULHERES HUMANAS? ELAS JÁ TÊM DONOS! NÃO DIGA QUE QUER SE CASAR COM ELAS TAMBÉM?

- Oba! – disseram Sango e Kagome.

- DEIXEM DE BESTEIRA! – gritou Sesshie – Eu só preciso de um conselho delas!

- Ah, que pena! – disse Inu – Dependendo do preço que você pagasse, eu deixava você ficar com a Kagome!

- Inuyasha, seu tolinho! – disse Kagome – Desde quando o Sesshie precisaria me pagar para casar com ele? Eu tenho é que ser paga por ter aturado você todo esse tempo, isso sim!

- Ainda bem que a Sango não pensa dessa maneira – disse Miroku – Não é Sango? Sango?

- Se você vai vender a Kagome, pode convencer o monge a me doar para o Sesshie! – disse Sango para o hanyou quase caindo de cara no chão ao tropeçar no Jaken.

- Ai ai! – disse o monge.

- Eu quero saber o que uma mulher humana considera romântico? – perguntou Sesshie deixando os homens de lado e dando atenção às damas.

- Puxa! Essa é difícil, hein! – disse Kagome – Não é tão fácil de dizer...

- É mesmo! – disse Sango – As mulheres são tão diferentes umas das outras...

- Então vocês não têm nenhuma sugestão? – disse o Lorde.

- Flores! – disse Sango.

- Um diamante! – disse Kagome.

- Um dos dois? – disse Sesshie – Se eu der um dos dois ela irá gostar?

- Nada disso! – disse Kagome – Os dois juntos! E também um jantar romântico a luz de velas, o que aqui não é tão surpreendente assim, e também uma bela noite de amor depois do jantar.

- E não se esqueça do desjejum servido na cama no dia seguinte – disse Sango – Isso depois de tê-la acordado com um maravilhoso beijo e um sincero "Eu te amo! Você é a mulher da minha vida!".

- E não esqueça de dizer a ela que a amará mesmo que ela engorde 40 quilos após o primeiro filho – disse Kagome – Afinal, não é muito fácil voltar à forma de antes da gravidez.

- E diga que o filho de vocês terá o nome que ela escolher! – sugeriu a exterminadora – E não a obrigue a limpar a casa, as mulheres odeiam isso!

- E jamais, ouça bem, essa regra é fundamental – disse Kagome apontando o dedo indicador na cara do youkai – Jamais compare ela a nenhuma de suas ex-namoradas, mesmo que seja a reencarnação dela!

- Só isso? – resmungou Sesshie – Vocês mulheres humanas são tão simples de se agradar, não é?

- Você acha? – disseram Kagome e Sango sorrindo.

- NÃO! – gritou Sesshie – EU ESTAVA SENDO IRÔNICO!

- Ah!

- Onde raios eu vou conseguir isso que vocês disseram? – disse Sesshie pensativo – Não me refiro ao diamante, flores, jantar romântico e noite de amor, mas sim ao fato de que eu não sei preparar um desjejum para servir a ela de manhã!

- Prepara um rámen para ela! – sugeriu Inuyasha – Aposto que ela vai achar super romântico!

- Ai! – disse Sesshie – Eu dou um jeito! Agora, veja se vocês desaparecem antes do anoitecer, para que eu possa pôr em prática tudo isso!

- Sim Mestre! – disseram todos abaixando a cabeça.

Sesshie foi até a biblioteca, onde em meio à destruição encontrou o seu baú de jóias. Escolheu um diamante que julgou ser o mais belo para se presentear Yuri e o guardou dentro do bolso escondido de sua roupa.

- Onde vocês acham que eu guardo meus documentos? – pergunta Sesshie olhando para todos que estão lendo esta fic.

Deu um grito na Rin e a mandou escolher as mais lindas flores do jardim do palácio. Não ficou muito satisfeito com a devassa que a garotinha fez nos canteiros de rosas, mas agradeceu a boa vontade dela assim mesmo.

- Diamante e flores! – disse ele riscando a lista mental que tinha feito – Agora, jantar romântico. O que eu escolherei para a noite?

Depois de pensar por meia hora, decidiu-se com uma comida que com certeza encantaria a princesa.

- Jaken! – gritou pelo servo – Quero que prepare um belo jantar. Faça filés mal passados e sirva com bastante saquê! "Mas ela não vai beber mais que um copo!" pensou satisfeito.

- Velas para o jantar? – disse ele – Acho que as lamparinas de sempre serão suficientes! Noite de amor? Acredito que para isso eu não precise de ajuda, eu me garanto! Desjejum na cama? Talvez eu aceite a sugestão daquele imbecil do Inuyasha. Dizer a ela que a amo, embora doa no meu orgulho youkai não será mentira. Que não me importo se ela engordar, mesmo que isso seja uma inverdade. Que os nossos filhos terão o nome que ela quiser escolher, desde que não seja Sesshie 1 e 2 e 3 e nem Sesshoumarina. Nunca obrigá-la a limpar o palácio, bom, para isso eu tenho os meus servos. E o mais importante, nunca compará-la a nenhuma ex-namorada... Hum, isso pode ser um pouco difícil, afinal da última vez que eu contei eu já tinha namorado um total de 3548 mulheres. Acho impossível que a Yuri não se pareça em nada com uma delas...Fora isso, está tudo certo! Agora é só esperar pela noite para poder ser romântico para a Yuri.

Sesshie resolveu ir para o quarto, para quem sabe arranjar algo de bom para fazer enquanto esperava pela noite. Encontrou Yuri dormindo de barriga para cima, roncando como um porco selvagem e começando a babar. Olhou para ela carinhosamente e não conteve o comentário.

- Com tantas mulheres que já passaram por minha vida, eu tive que me apaixonar justo pela única que ronca! – disse ele arrancando a roupa e se deitando ao lado dela – Espero que ela me deixe dormir!

Ele aconchegou-se na cama e deu um leve peteleco no nariz dela para que ela se virasse.

- Agora estamos quites! – disse ele.

Yuri se virou e o abraçou. Ele ouviu com um sorriso no rosto as frases que ela falava dormindo.

- Eu amo você! – sussurrou ela – Meu Sesshie-kun...

- Sesshie-kun?

Espero que tenham gostado! E postarei o próximo capitulo logo logo. Acho que em uns três anos! Mandem reviews, enalteçam meu ego! Agradeço a todos que mandaram reviews até hoje, já estou na casa das 100 reviews. Obrigada, agora eu quero as 1000 reviews. Cada um deverá mandar pelo menos 40 reviews cada um, ok? Gracias, arigatô, fille dunken, thank you!

Haki: Fico feliz que queira me adicionar ao seu Hotmail! Desculpe pela demora em responder. Abraços!