Bom , mais um capítulo para o deleite dos que gostam dessa fic. Espero que esteja do agrado de vocês! E quero agradecer a todos que mandam reviews, do fundo do coração, mas em especial quero agradecer, e pedir desculpas, para a Sosofifiazinha. Sô (desculpa encurtar o nome), peço desculpas mesmo por ter esquecido de agradecê-la pela tentativa de colocar 40 reviews, e quero dizer que você quase me mata do coraçao de tanta alegria naquele dia em que abri o e-mail e vi 24 mensagens. Se eu não coloquei seu nome, é porque eu sou uma cabeça oca e me esqueci, está bem? Mas espero que não delete minha fic da sua vida por causa disso, ok? Então, novamente gracias aos que lêem e mandam reviews, e digo que a fic não parou, e que meu MSN ta no perfil, se alguém quiser me adicionar, ta bem? No mais, boa leitura!
Yakissoba de morcego, greve e a beleza do amor!
Depois de quase vinte e quatro horas regada a sexo selvagem, muita "cidra cereser" e um vocabulário tão chulo quanto os de filmes pornôs de quinta categoria, ela acordou... Ops, história errada! Isso foi o capítulo de ontem da novela das oito! Hehe! Voltando ao mundo surreal da minha fic...
Yuri desceu as escadas do salão principal e foi direto para a cozinha do palácio, onde estranhamente encontrou Sango revirando a dispensa.
- Bom dia! – disse Yuri para a exterminadora que se virou com um pedaço de carne pendurado na boca.
- "Fom Fia"? – respondeu Sango tirando a carne da boca – Bom dia nada, já está quase anoitecendo de novo!
- Quer dizer que eu e o Sesshie passamos o dia inteiro no quarto? – disse Yuri surpresa.
- Sim, senhora! – respondeu Sango observando algo no pescoço de Yuri – Hei, o que é esse calombo vermelho no seu pescoço?
- Nada! – disse Yuri tapando a marca – Apenas a marca de casamento do Sesshie!
- Nossa... – disse Sango chamando a atenção da princesa.
- Tá tão ruim assim? – desesperou-se Yuri – Eu vou arrebentar a cara do Sesshie!
- Não, imagina! – disfarçou Sango – Não dá nem para perceber! "Mentira, essa marca é visível há uns mil passos de distância!".
- Que bom! – disse Yuri tirando a mão do pescoço e indo procurar algo também na dispensa.
- O que você está procurando? – perguntou Sango como se fosse a dona da casa.
- Ingredientes para se fazer um yakissoba – respondeu Yuri.
- Que delicia! – disse Sango passando a língua nos beiços – Você vai fazer um yakissoba para nós?
- Para nós uma perereca! – disse Yuri – Para o Sesshie. Mas eu deixarei um pouco para você, afinal não quero que seu filho nasça com cara de morcego!
- Morcego? – estranhou Sango – Por que com cara de morcego?
- Por que o yakissoba que eu vou fazer é de morcego! – respondeu Yuri como se isso fosse um prato comido habitualmente.
- Hã? – fez Sango deixando a carne cair da mão – Com licença, eu preciso ir ao banheiro... Meu estômago não está muito bom hoje!
- Tudo bem! – disse Yuri – Quando eu terminar o yakissoba eu levo um pouquinho para você, está bem?
- He he! – fez Sango – Não tem necessidade! Eu nem tô com muita fome hoje...
A exterminadora saiu correndo da cozinha, deixando Yuri sem entender o motivo pelo qual ela gritava pelo noivo, pedindo para irem embora dali o mais rápido possível.
A princesa continuou a revirar a dispensa, encontrando alguns dos ingredientes básicos do prato favorito de Sesshie, mas ainda faltava algo.
- Onde raios eu vou arranjar morcegos? – perguntou-se irritada – JAKEN!
O servo, que mostrava sinais de que estava morrendo de dor de cabeça pela bebedeira do dia anterior, logo apareceu na porta da cozinha.
- Sim, srta Yuri... – disse o sapo olhando para ela – O QUE É ISSO NO SEU PESCOÇO?
- Maldição! – disse Yuri tapando de novo a marca – É a marca do Sesshie!
- Coisa linda a marca do meu amo Sr Sesshie! – disfarçou o servo.
- Onde eu posso arranjar morcegos? – perguntou Yuri.
- Acredito eu que não dentro da dispensa! – disse petulantemente o servo.
- Continue respondendo assim... – disse Yuri rindo falsamente - ... Eu terei um prazer imenso em falar isso para o MEU MARIDO SESSHIE!
- Perdão, minha amada senhora! – disse o servo colocando-se aos pés de Yuri – Perdoe esse servo...
- Cale-se! – disse a princesa – E diga onde eu posso arranjar morcegos!
- Na floresta – disse Jaken beijando os pés da princesa.
- Ótimo! – disse ela dando uma bica no sapo – Eu vou até lá buscar alguns!
Ela saiu da cozinha, passando pelo salão principal, abrindo a porta e saindo para a floresta, deixando Jaken sem entender nada.
- Espero que ela saiba que não é tão fácil assim pegar morcegos – disse o servo.
Meia hora depois...
- SOCORRO! – entrou gritando no palácio Yuri - ALGUÉM ME AJUDE, POR FAVOR!
A princesa se contorcia toda, chacoalhando os cabelos, e depois rolou pelo chão, desesperada. Quando seu ataque acabou, ela olhou para os lados e viu Kagome, Sango e Miroku olhando para ela espantados.
- VOCES ESTAVAM AÍ ME OLHANDO E NÃO PRESTARAM NEM PARA ME AJUDAR? – gritou ela envergonhada e com raiva – EU SENDO ATACADA POR MORCEGOS E VOCÊS APENAS OBSERVANDO COMO BOBOS ALEGRES?
- O que aconteceu? – perguntou Kagome.
- EU FUI ATACADA POR MORCEGOS, NÃO ACABEI DE DIZER? – gritou Yuri.
- Não é sobre isso que eu estou falando – disse Kagome apontando para ela – é sobre essa coisa horrível no seu pescoço...
- HÁÁÁÁÁÁ! – gritou furiosa Yuri – EU VOU MATAR O SESSHIE!
Mais meia hora depois...
Após ser segurada por todos no salão principal, Yuri desistiu de matar Sesshie e guardou a faca que ela tinha ido pegar na cozinha. Agora, estavam todos mais calmos, apenas ouvindo ela dizer que precisava fazer um yakissoba de morcego, o que causou um embrulho no estômago de todos os presentes.
- Mas eu não consegui pegar nenhum morcego! – disse Yuri triste – E eu quero muito fazer esse yakissoba.
- Eu posso ajudá-la! – ofereceu-se Miroku.
- Mas nem... – disse Sango olhando furiosamente para o monge sem vergonha – Eu vou!
- Você está grávida, Sangozinha! – disse Miroku – Eu sou homem, estou acostumado a lidar com o perigo e...
- Quem vê pensa que você faz coisa melhor do que só gritar "Buraco do Vento"! – zombou Sango – Fora isso, é de uma inutilidade só!
- Não diga isso, minha Sangozinha! – disse o monge todo meigo – Essa criança na sua barriguinha mostra que eu tenho outra boa utilidade!
- Ai, meu Buda! – disse a exterminadora morrendo de vergonha – Eu mereço!
- Então quem vai comigo? – disse Yuri – Você, Kagome?
- Nem morta! – disse Kagome – Eu tenho medo de ratos, o que dirá desses bichos nojentos que parecem ratos voadores...
- Então eu vou ter que voltar lá sozinha? – disse Yuri – Ou com o Jaken, o que é a mesma coisa que estar sozinha!
- Humpf! – bufou o servo parado próximo a porta da cozinha.
- Leva o Inuyasha! – sugeriu Kagome.
- E onde ele está? – perguntou Yuri.
- Ele está no quarto – disse Kagome – Espere um pouco que eu vou chamá-lo!
Kagome saiu levando Sango junto. No corredor do quarto de hóspedes, Sango resolveu conversar baixinho com a amiga.
- Mas, Kagome – disse a exterminadora – Você não disse que o Inuyasha está passando mal?
- E está! – disse a amiga – Ele está com uma dor de barriga miserável. Por isso mesmo eu preciso mandá-lo para bem longe do palácio, senão eu não vou conseguir entrar naquele quarto nunca!
- Não vai poder entrar no quarto? – disse Sango – Não entendo...
Sango entendeu o que a amiga quis dizer quando ela abriu a porta do quarto e uma nuvem negra coberta com símbolos de caveiras com dois ossos cruzados em baixo saiu do aposento.
- Meus deuses! – disse Sango quase desmaiando – Parece que tem alguém morto há um bom tempo escondido aí!
- Agora você entende o motivo de eu mandá-lo junto com a Yuri! – disse Kagome.
- Mas, coitada da princesa – disse Sango – Ela não merece sofrer tanto!
- Ela não sofrerá – disse Kagome colocando um pano sobre o nariz – Acredito que em um ambiente aberto como a floresta, esse cheiro desapareça mais rápido.
- Kagome? – chamou uma voz fraca vinda do meio da fumaça tóxica – Me ajude, pelo amor do meu paizinho...
- Inuyasha – disse Kagome – Você precisa acompanhar a srta Yuri até a floresta.
- O QUÊ? – gritou o hanyou – Você não notou ainda que eu estou morrendo?
- Não me interessa – disse Kagome – Você vai e pronto!
- Não vou!
- Vai!
- Ah, não vou!
- Ah, vai sim!
- Não, não vou!
- Vai, vai sim!
- Não vou e ponto fin...
- SENTA! SENTA! SENTA! SENTA!
POW! CRASH! RASG! PUFF!
- Está bem, eu vou! – disse Inu tentando descobrir onde um de seus dentes havia ido parar.
Pouco depois, no salão principal...
- Eis seu acompanhante! – disse Kagome mostrando Inuyasha descendo as escadas.
- Mas ele me parece um pouco... – disse Yuri sem encontrar as palavras certas – Ele está um farrapo!
- Imagine! – disse Kagome – Ele está ótimo!
Inuyasha não desceu os últimos cinco degraus, simplesmente os rolou abaixo, caindo aos pés de Yuri.
- Servo Inuyasha ao seu dispor! – disse o hanyou quase sem voz.
- Está bem! – disse Yuri – Vamos!
Ela saiu pela porta, sendo seguida pelo meio-irmão de Sesshie e logo (leia-se duas horas depois, pela lerdeza de Inuyasha) alcançaram o meio da floresta.
- Foi aqui que eu os vi – disse Yuri – Nesse exato lugar!
À frente deles, uma pequena e escura caverna, com barulhos estranhos e cheiro pior ainda.
- Desculpa, foi mal! – disse Inuyasha se afastando da princesa.
- Vamos entrar! – disse Yuri.
Os dois caminharam pela escuridão, a procura dos benditos morcegos, que já os observava do teto da caverna com um sorriso no rosto.
- krikriikrikkkririrkkriii! – disse um dos morcegos. (tradução: Olha lá embaixo! Não é aquela imbecil de novo?)
- kriiikrikri! – disse outro morcego – krikriiikrikrikriii! (tradução: É ela mesmo! E agora trouxe mais um idiota junto!).
Yuri olhou para o alto, enquanto esperava que Inuyasha tomasse alguma decisão sobre o que fazer. Mas o hanyou parecia mais preocupado com o rebuliço em sua barriga.
- Aiii! – gemeu ele sentindo algo fermentar dentro da barriga – Aiii ai!
- Como você pretende matá-los? – perguntou Yuri sem se importar com a gemeção do cunhado – Mas já vou avisando que preciso deles inteiros, então nem pense em usar essa sua espada para...
PUSSSSSSS!
- Desculpe! Desculpe! – disse Inuyasha envergonhado pela flatulência.
Yuri apenas ficou olhando assustada para o hanyou, enquanto os morcegos começavam a cair mortinhos do teto da caverna.
- Até que serviu para alguma coisa... – disse ele olhando para os animais mortos aos seus pés – Não é princesa Yuri?
CATAPLOFT!
- Princesa Yuri? – disse ele vendo a princesa caída ao chão desmaiada – Hehe...
Mais duas horas depois, de volta ao palácio...
Inuyasha entra no salão principal carregando em uma mão quatro morcegos mortinhos da silva, e no ombro Yuri, desmaiadinha da silva.
- O que aconteceu? – perguntou Kagome surpresa.
- Nada, não! – disse o hanyou corando – Onde eu deixo essa tralha?
- Você está chamando a srta Yuri de tralha? – disse Rin que chegava no salão.
- NÃO! CLARO QUE NÃO! – gritou Inuyasha com medo de que Sesshie ouvisse isso e achasse que ele estava ofendendo sua esposa – Eu estou falando dos morcegos! DOS MORCEGOS, OUVIU?
- Leva para a cozinha – disse Kagome morrendo de medo dos morcegos – Como você os matou?
- Segredo de profissional! – disse Inu com um sorrisinho sem-graça no rosto.
Ele levou os morcegos para a cozinha, depois voltou para o salão principal, ainda carregando Yuri nos ombros.
- E o que eu faço com ela? – disse o hanyou – Deixo no quarto do Sesshie?
- Claro! – disse Miroku – Se você quer morrer, é só fazer isso. Ele vai adorar ver o meio-irmão dele, que ele ama tanto, carregando a mulher dele no ombro!
- Glup! – fez Inu deixando Yuri na escada mesmo, colocando-a de forma a parecer que estava sentada descansando – É melhor deixá-la aqui... E irmos para algum outro lugar... tipo... o jardim!
- A gente não pode deixar a srta Yuri aqui jogada – disse Sango – Ainda mais sabendo de quem ela é mulher agora...
- A Sango tem razão – disse Kagome – Vai que ela rola pela escada, bate a cabeça no chão e morre. A gente ia ter que correr muito para fugir do Sesshie depois que ele a revivesse com a Tenseiga.
- Então vamos ficar aqui com ela – disse Inuyasha – Logo ela acorda!
Uma hora e meia depois...
- Pronto! – desesperou-se Inuyasha – Eu não agüento mais! Vamos jogar um balde de água nela!
- Acalme-se, Inuzinho! – disse Kagome roendo as unhas – Acredito que uns tapas bem fortes seriam o suficiente para acordá-la.
- Nada disso, minha gente! – disse Miroku aproveitando-se da situação – Deixe-me fazer respiração boca a boca nela. Isso dará certo!
POW!
- Ai ai! – gemeu o monge tarado depois do soco de Sango.
- Vamos apenas gritar todos juntos na orelha dela – sugeriu a exterminadora – Tenho certeza que vai funcionar.
- Maldição! – disse Inu – Ninguém fica tanto tempo desmaiado assim só por causa de um pe...
Inuyasha calou-se antes de terminar sua confissão. Todos o olharam esperando a conclusão das palavras.
- O que ia dizer, Inuzinho? – disse Kagome – Por causa de quê ela desmaiou?
- Aposto que foi algo que você fez de errado! – disse Shippou se intrometendo na conversa – Vou contar para o Sesshie!
- Se você abrir a boca para contar que eu peidei na caverna e a srta Yuri desmaiou eu vou te matar! – disse o hanyou com raiva e idiotamente confessando seu crime.
- O QUÊ? – gritaram todos.
Inuyasha ficou vermelho, depois roxo, depois azul-grená, depois um misto de cor de rosa com marrom, tudo isso de vergonha. Ele notou as boquinhas dos amigos tremendo, na ânsia de gargalharem dele.
- Podem rir! – disse ele já sabendo que seria zoado pelo resto da vida.
HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ!
A risada coletiva deve ter durado pelo menos uma meia hora, até que eles ouviram Yuri começar a resmungar.
- Ela está acordando! – disse Kagome.
- É mesmo! – disse Sango.
Todos rodearam a princesa, esperando que ela abrisse os olhos e dissesse se estava bem.
- Ai, que horror! – disse ela voltando a si – Nunca senti um cheiro tão ruim...
- Também não é para tanto! – disse Inu cruzando os braços irritado.
- Onde estou? – disse Yuri.
- Está em casa – disse Kagome – Ou melhor, na casa do Sesshie, ou melhor, na sua casa também, ah sei lá!
- Nossa – disse ela olhando para Inuyasha – Se você tinha a intenção de me matar eu preferia que fosse usando essa espada aí. Seria bem menos torturante.
- Feh! – reclamou Inu.
- E os morcegos? – lembrou-se a princesa – Você os trouxe?
- Sim – respondeu Inu - Estão na cozinha!
- Ótimo! – disse ela se levantando feliz e sorridente – Eu vou lá fazer o yakissoba!
Ela se dirigiu à cozinha, parando perto da porta para fazer uma pergunta importante.
- Ah! Será que depois que ficar pronto eu posso chamá-los para experimentar um pouquinho? Só para que vejam se ficou bom...
- Me lembrei de uma coisa importante! – disse Kagome – Tenho que ir até minha era comprar pão para minha mãe! Pobrezinha, eu tinha prometido comprar assim que eu saí de casa pela manhã...
- Isso foi há quinze dias atrás, Kagome! – disse Inuyasha tonto como sempre.
- Viu? Ela deve estar pensando que eu me esqueci – disse Kagome agarrando o hanyou pela orelha e correndo para a porta de entrada do palácio – Por isso é bom eu me apressar!
- E vocês? – perguntou Yuri para o monge e a exterminadora.
- Nós? – disse Sango – Bem, o Miroku havia prometido me levar para ver a cachoeira!
- Mas a cachoeira mais próxima fica há uns dois dias de viagem daqui, Sangozinha! – disse o monge mostrando ser tão estúpido quanto o amigo hanyou.
- Por isso mesmo é bom a gente partir agora – disse Sango pegando a mão de Miroku e apertando até que ele gritasse – Senão não vamos chegar a tempo de ver a revoada anual de pardais! Tchau!
Yuri deu um sorriso ao notar que todos fugiram de seu yakissoba.
- Pelo menos eles não vão atrapalhar meu jantar com o Sesshie – disse ela indo para a cozinha – Agora, vejamos! Primeiro passo: Despelar e desossar os morcegos...
Mais de duas horas e meia depois, já tarde da noite...
Sesshie estava tendo outro sonho esquisito com seus oito filhos, dos quais os nomes ele já estava até passando a gostar, quando sentiu ao longe, um maravilhoso cheiro de comida. No sonho, ele entrava em seu palácio e corria até a cozinha, para descobrir o que cheirava tão bem. Ao olhar para o grande prato em cima de uma mesa gigante, ele notou surpreso o que estava sendo servido.
- Yuri? – disse ele olhando para a esposa amarrada numa bandeja, com uma enorme maçã na boca – O que é isso?
Em volta da mesa, apareceram vários youkais lagartos, e um deles se intitulando primo de Yuri segurava uma faca na mão.
- Ela é minha! – disse o vulgo primo lagarto – Eu vou comê-la!
- Não! – gritou ele no sonho pulando em cima da mesa e protegendo Yuri – Ela me pertence! Só eu tenho o direito de comê-la! Não! Não! Não...
- NÃO! – gritou ele assustando Yuri que estava ao seu lado na cama.
- O QUE FOI? – gritou ela assustada.
- Eu tive um pesadelo! – disse ele – Com você!
- Ah, que legal de sua parte ter pesadelos comigo – disse Yuri chateada – Eu me esforço para fazer algo do seu agrado e você me recompensa tendo um pesadelo comigo! Obrigada!
- Eu sonhei que havia um lagarto enorme querendo comê-la – disse ele – E que eu queria protegê-la!
- Ai, que lindo! – disse ela desfazendo o bico – Como você é lindo!
- E o que você fez para me agradar? – perguntou ele sentando-se na cama.
Ela apontou para o canto do quarto, e ele viu uma mesa, toda arrumada e com o jantar que ela acabara de preparar.
- Isso não é o que eu estou pensando, é? – disse Sesshie todo feliz.
- Yakissoba de morcego! – disse ela sorrindo – Especialmente para você!
Ele saltou da cama como um menininho que acaba de ganhar uma bola. Ou como um cachorrinho que acaba de ganhar um osso, melhor falando. Correu até a mesa e olhou, com os olhinhos brilhando, o yakissoba que Yuri havia feito. Mais que depressa, passou a comê-lo, como se aquilo fosse a coisa mais gostosa do mundo.
"Ainda bem que ele não convidou para comer com ele!" suspirou aliviada Yuri "Coisa mais nojenta!".
- Yuri, meu amor! – disse Sesshie todo meigo – Sente-se aqui no meu colo. E coma um pouquinho dessa maravilha comigo!
- Glup! – fez ela quase caindo da cama.
Enquanto isso, no meio da floresta...
- Quanto tempo nós teremos que esperar aqui? – perguntou Sango sentada numa pedra.
- Acho que seria melhor se ficássemos aqui até o amanhecer – disse Kagome – Para ter certeza de que quando nós voltarmos ao palácio o tal yakissoba de morcego já tenha acabado.
- É verdade – disse Miroku "fritando peixe e olhando para o gato", ou seja, um olho na fogueira que haviam acendido e outro na bunda de Sango – Não queremos correr o risco de ter que experimentar tal medonhice da culinária.
- Feh! – bufou Inuyasha – A gente podia ir embora de vez! Vamos voltar para o vilarejo da velha Kaede.
- Você enlouqueceu?- disse Kagome – Imagina o festão que a gente vai perder se formos embora! O casamento do Sesshie não deve ser apenas uma festinha sem graça.
- Exato! – concordou Sango – Além do mais, Inuyasha, você pode conhecer alguns parentes seus. Vai que existe algum primo, prima, tio ou até mesmo outro irmão seu perdido por aí...
- É mesmo, Sango! – disse Inu num tom de descontentamento – É sempre bom conhecer mais algum youkai completo da família para poder me humilhar. Já não basta o Sesshie!
- Deixa de bobagens, Inuzinho – disse Kagome dando um abraço no hanyou – Eles adorarão você!
Inuyasha achou que a namorada falava sério, mas nem imaginava os sorrisinhos que ela dava para os outros dois amigos pelas costas dele.
- Está bem! – disse Inu – Nós vamos esperar pelo casamento do Sesshie. Assim eu posso vê-lo se casar com uma humana, depois de tudo o que ela já me xingou, dizendo que eu fui me apaixonar por uma humana imprestável... Se bem que a srta Yuri não é que nem você, não é Kagome? Que fica só gritando atrás de mim "Inuyasha, Inuyasha!" ...
- Inu... – disse Kagome soltando-o do abraço e se afastando lentamente - ... você está dizendo que eu sou uma imprestável?
O hanyou olhou para ela sem saber o que responder.
- Sim? – disse ele já sabendo que a punição seria a mesma qualquer que fosse sua resposta.
- Senta... – disse Kagome sem elevar a voz.
CATAPLOFT!
De volta ao palácio, para ser mais exata, ao quarto de Sesshie...
- Só mais esse! – disse Sesshie pegando um punhado de yakissoba para levar a boca de Yuri.
- Eu já estou cheia – disse ela tentando se livrar da vigésima porção da comida que Sesshie lhe dava – Eu vou explodir!
- Exploda depois desse último pouquinho! – disse Sesshie – Mas vá para o jardim antes de explodir de vez!
Yuri engoliu a última porção, já sentindo que teria que devolvê-lo ao ar livre em poucos minutos. Sesshie olhou satisfeito para ela, e até achou bonitinha o rosto verde e suado dela.
- Não falei que era bom? – disse ele – E se te deixa mais feliz, saiba que o seu yakissoba de morcego é bem melhor do que o da Ajina!
Yuri deu um meio sorriso, tentando mostrar o quanto saber daquilo a deixava feliz, mas se abrisse um pouco mais a boca era capaz de sujar tanto Sesshie quanto o chão de mármore caríssimo dele.
Ela fez sinal de que ia para a cama, e ele concordou. Yuri tentou se arrastar até o móvel, mas caiu de cara no chão antes de chegar nele.
"Ai, meu estomago!" pensou ela "Esse yakissoba me matou!".
Sentiu as mãos do youkai envolverem sua cintura e a puxar para cima.
- Eu a colocarei na cama! – disse Sesshie – Se bem que me parece que você estava gostando de ficar no chão.
Ele a jogou na cama e se deitou ao lado dela. Yuri agradeceria se não estivesse sentindo que até mesmo sua língua estava dormente por culpa daquela comida estranha.
- Nos casaremos oficialmente amanhã – disse Sesshie – A não ser que tenha algo contra. Você tem?
Yuri resmungou alguma coisa e Sesshie tomou aquilo como um não.
- Teremos uma festa maravilhosa – continuou ele – Eu já tomei a liberdade de mandar meu mensageiro buscar os nobres de seu reino, está bem?
Outro resmungo de Yuri foi tomado como um sim.
- Eu convidei alguns conhecidos meus – disse ele dessa vez num tom mais pausado – Alguns amigos e...
Ele olhou para Yuri, que estava com a cabeça afundada no travesseiro.
- ... e algumas amigas...
- Amigas? – disse ela levantando a cabeça e o encarando – Que amigas?
- Algumas amigas, apenas isso – disse Sesshie.
- Por um acaso, uma dessas amigas não é aquela youkai borboleta piranhenta, é? – disse Yuri se lembrando da figura que estava no aniversário dele.
- Talvez...
- Eu não a quero no meu casamento! – disse Yuri se sentando na cama e cruzando os braços emburrada.
- E por que não? – disse Sesshie – Ela é apenas uma amiga!
- Você mesmo já disse que havia dividido sua cama com ela na penúltima festa que teve aqui! E ela gosta de você!
- Isso é verdade! – disse ele sorrindo maliciosamente – Eu e ela...
- Não quero saber! – disse Yuri – O que vocês fizeram não é do meu interesse! Eu não a quero no meu casamento!
- Ah, vai querer sim! – disse Sesshie sentando na cama – Ela é uma amiga de longa data!
- Visto a idade que vocês youkais podem chegar eu acredito que seja de "longa data" mesmo! – disse Yuri.
- Você está chamando ela de velha só porque está com ciúmes! – riu Sesshie – Além do mais ela é bem nova, comparada a outras que eu conheço. Ela só tem 238 anos!
- Ela é uma youkai borboleta piranhenta e velha! Isso sim! – disse Yuri – Mas tudo bem. Eu permito que ela venha ao nosso casamento. Quero mostrar a ela o que ela está perdendo!
- Ótimo! – disse Sesshie – Então amanhã nos casaremos oficialmente!
- Sim! – disse Yuri com os olhinhos brilhando com a felicidade de saber que não viraria uma solteirona da vida – Nos casaremos e logo teremos um filho, que reinará absoluto no reino dos youkais lagartos...
- Falando nisso... – disse Sesshie lembrando-se de algo – Não haverá mais o reino dos youkais lagartos!
- O QUÊ? – gritou Yuri sem saber do que ele falava.
- Uma vez que eu tiver um herdeiro, tomarei posse das terras do centro-oeste, e me tornarei senhor absoluto das terras que antes pertenciam aos youkais lagartos!
- Quê? – perguntou a princesa ainda abobada – E os youkais lagartos?
- Eu os tomarei como servos! – respondeu Sesshie com um sorrisinho vitorioso nos lábios.
- Nem pensar! – disse Yuri ficando de pé na cama – Eu só aceitei sair como uma louca por aí implorando para ter um filho com algum youkai para assegurar a liberdade do meu povo. E agora você vem dizer que transformará todos em servos?
- E o que você quer que eu faça? – perguntou Sesshie também ficando de pé na cama – Ou eu tomo posse de suas terras ou você volta para lá carregando meu filho e reina enquanto ele não cresce!
- Era exatamente isso que eu ia fazer! – disse Yuri – Voltar com meu filho para lá!
- E onde raios eu me encaixo nessa história? – disse ele cruzando os braços – Afinal, eu sou seu marido, lembra-se?
- Você vai comigo, oras! – disse Yuri – Moraremos lá!
- Você enlouqueceu? – riu ele da idéia – Eu não vou me mudar para os cafundós do centro oeste!
- E você acha que eu vou ficar morando aqui nesse fim de mundo do oeste? – disse Yuri.
- E quem disse que se você voltar para suas terras eu deixarei que leve meu filho junto? – disse Sesshie irritado.
- E quem disse que você pode exigir que eu o deixe aqui? – disse Yuri.
- O fato de ser meu filho já diz claramente que ele me pertence! – disse Sesshie – E ele ficará aqui até que complete uns trinta anos, no mínimo!
- Ele é meu filho também! – disse Yuri – Aliás, é mais meu filho que seu, já que ele vai viver durante um bom tempo dentro da minha barriga! Logo, eu tenho mais direito sobre ele do que você!
- Até parece! – disse Sesshie rindo ironicamente – Ele só pertencerá a você enquanto estiver mesmo dentro da sua barriga. Após o nascimento ele será todinho meu!
- NÃO SERÁ! – gritou Yuri.
- SERÁ SIM! – gritou Sesshie.
- NÃO!
- SIM!
- NÃO!
- SIM!
- NÃO!
- SIM! E NÃO SE FALA MAIS NISSO!
- NÃO! E EU VOU EMBORA, CARREGANDO MEU FILHO! SE BEM QUE EU NEM SEI SE HÁ ALGUM FILHO...
Yuri desceu da cama e saiu do quarto, deixando Sesshie furioso em cima da cama.
- EU NÃO VOU CORRER ATRÁS DE VOCÊ DESSA VEZ! – gritou ele – ATÉ PORQUE VOCÊ JÁ TEM MINHA MARCA MESMO, ENTÃO TODOS JÁ SABEM A QUEM VOCÊ PERTENCE!
A porta batida com força foi a única resposta de Yuri. Sesshie ficou lá parado, em cima da cama, apenas olhando e esperando que a princesa voltasse minutos depois.
90 minutos depois...
- Eu acho que ela não vai voltar para o quarto! – notou inteligentemente Sesshie, que ainda estava em pé em cima da cama – Mas vou esperar mais alguns minutinhos...
Enquanto isso, no quarto de hóspedes de Yuri...
Yuri juntou todas suas tralhas dentro do baú e preparou-se para mais uma vez ir embora do palácio. Ouviu baterem na porta e resmungou um "entra" num tom nada amistoso, já imaginando ser Sesshie. Mas era Kagome e Sango, que finalmente haviam voltado da floresta.
- Srta Yuri, o que está fazendo? – perguntou Kagome.
- Arrumando minhas coisas para ir embora – disse Yuri.
- Ir embora? – estranhou Sango – Mas como assim? Você não vai ficar para o casamento amanhã?
- Não! – respondeu Yuri seca.
- A srta não se esqueceu de um detalhe importante, não? – disse Kagome – A srta sabe que é a noiva, não é?
- Claro que eu sei que sou a noiva! – disse Yuri – Quer dizer, era noiva, pois o Sesshie já me marcou como esposa dele... Mas no momento, eu sou a ex-esposa que seria a noiva amanhã!
- Não entendi nada! – disse a exterminadora coçando a cabeça – Mas ainda assim, por que a srta vai embora?
- Porque o Sesshie é um animal irracional! – disse Yuri com raiva.
- Mas isso todos os cachorros são! – riu Kagome tentando quebrar a seriedade do ar à volta, mas não conseguindo.
- Ele quer que eu more aqui! – disse Yuri – E que o deixe tomar posse das terras dos youkais lagartos! E quer transformar todos os lagartos em seus servos!
- E? – disseram Kagome e Sango juntas.
- E ele ainda disse que meu filho, que eu nem sei ainda se existe um, será propriedade exclusiva dele! – completou Yuri para espanto das outras jovens.
- ISSO É UM ABSURDO! – gritou Kagome – ELE NÃO PODE DIZER UMA COISA DESSAS!
- É VERDADE! – gritou Sango em seguida – QUEM ELE PENSA QUE É? NÓS, MULHERES, PASSAMOS NOVE MESES GERANDO UMA CRIANÇA, SENTINDO DORES NAS PERNAS, DORES NAS COSTAS, ENJOOS, E ESSES HOMENS MISERÁVEIS PENSAM QUE PODEM TOMAR NOSSOS FILHOS?
- É ISSO AÍ, SANGO! – gritou Kagome em apoio – VAMOS FAZER VALER NOSSOS DIREITOS COMO MULHERES!
- SOFREMOS NO PARTO DURANTE HORAS E HORAS COM DORES HORRIVEIS, E AINDA AGUENTAMOS AS MALDITAS HEMORRÓIDAS QUE APARECEM PARA ACABAR DE VEZ COM A NOSSA PAZ E...
- Já está bom, Sango! – disse Kagome – Suas descrições sobre uma gravidez estão deixando a srta Yuri assustada.
As duas olharam para o canto e viram Yuri agachada e tapando os ouvidos, enquanto sua cara exprimia o mais puro medo.
- Mas mesmo assim! – disse Sango – Vamos nos unir contra esses homens machistas, possessivos e tarados!
- Tarados? – perguntaram Yuri e Kagome.
- Nesse caso eu me refiro apenas ao Miroku – disse Sango.
- É isso mesmo! – disse Kagome – Temos que tomar medidas drásticas para que os homens respeitem nosso direito sobre nossas proles!
- O que podemos fazer em relação a isso? – perguntou Yuri saindo do canto e se juntando as meninas.
- Já sei! – disse Kagome dando um sorriso diabólico – Vamos até meu quarto...
minutos depois, no quarto do Sesshie...
- É, acho que ela não volta para o quarto mesmo! – disse Sesshie ainda em cima da cama – Acho que é melhor eu sair daqui...
De repente os ouvidos caninos de Sesshie captam um estranho barulho vindo do salão principal.
- O que está acontecendo? – disse ele vestindo uma roupa e saindo do quarto (vejam que belo, ele ficou esse tempo todo em cima da cama peladão. Oh, maravilha!).
Atravessou o corredor sem entender o que eram as estranhas palavras que com certeza eram gritadas por Yuri, a humana do meio-irmão e a exterminadora louca.
- Que raios significa essa palavra... – disse ele -... "greve"?
Já no salão principal...
- O que está acontecendo aqui? – perguntou Sesshie deparando-se com uma estranha, mas não menos ridícula cena.
Yuri, Kagome e Sango estavam carregando algumas plaquinhas onde se lia a palavra "GREVE" em letras garrafais vermelhas.
- Srta Yuri! – chamou Sesshie – O que está acontecendo?
- Estamos em greve! – disse ela – Embora eu não tenha a mínima idéia do que seja isso!
- Estamos reivindicando os nossos direitos como mulheres! – disse Kagome.
- Que direitos? – perguntou Sesshie sem querer parecer machista, mas é que ele não entendia mesmo do que se tratava.
- Direito a tudo! – disse Sango – Inclusive o direito de praticarmos algo que na era da Kagome é chamado "castração"! Mas nessa era nós chamamos mesmo é de "capar o danado"!
- GLUP! – fez Sesshie colocando instintivamente a mão em seus paises baixos. – E onde estão o Inuyasha e o monge tarado?
- Eles estão em outro lugar – disse Kagome – Depois que eles riram de nossas reivindicações, nós os colocamos num lugar tranqüilo para que eles pudessem pensar sobre suas atitudes!
Nesse momento, no minúsculo aposento com um buraco no chão chamado de banheiro...
Inuyasha e Miroku se contorciam tentando se livrar das cordas que os amarravam.
"Como aquelas miseráveis conseguiram nos amarrar?" perguntou Inu em pensamento.
"Acho que as meninas estavam mentindo quando disseram que só iam nos amarrar para fazer uma brincadeirinha sensual!" pensou Miroku respondendo sem saber a pergunta do hanyou.
Os dois ficaram tentando se soltar e batendo na porta do banheiro com suas cabeças.
- Fiquem quietos aí! – gritou Rin do outro lado da porta – A srta Kagome falou que nesse tal jogo do "girl power" os homens tem que ficar caladinhos para não irem para a panela!
- É isso mesmo, seus imbecis! – gritou Shippou aproveitando a revolta do mulherio para poder pôr em pratica sua vingança contra o Inuyasha por todas as maldades que ele já sofrera nas mãos do hanyou.
De volta ao salão principal...
- O QUÊ? – gritou Sesshie ao ouvir a descrição do que as garotas haviam feito com seu meio-irmão imbecil e com o monge sem vergonha – Não me importa que vocês matem aqueles dois inúteis, mas tornar a Rin uma rebelde prematura me deixa irritado!
- Não gostou da nossa idéia? – disse Kagome – Quer se juntar aos homens na "sala da reflexão"?
- Até parece que vocês conseguiriam amarrar e prender a mim naquele banheiro! – disse Sesshie – E vamos acabar com essa bagunça no salão do meu palácio! Eu tenho muito que preparar para o meu casamento amanhã!
- Casamento? – disse Yuri – Que casamento? Não haverá nenhuma noiva!
- Como não! – disse Sesshie.
- Eu não vou ficar para o casamento amanhã! – respondeu Yuri – E eu sou a noiva, esqueceu?
- Não, não esqueci! – disse Sesshie sorrindo irônico – Mas o fato da srta ir embora não quer dizer que eu não vá me casar amanhã!
- E com quem você vai se casar, se eu não vou estar aqui? – disse a princesa.
- A srta não é a única noiva disponível sabia? – disse o Lorde – Há muitas mulheres, youkais ou humanas que querem se casar comigo!
- E onde elas estão no momento? – riu Yuri – Não vejo nenhuma fila na porta desse palácio!
- É porque a elegância delas não permite que elas fiquem implorando por um marido ou pai para os filhos delas! – disse Sesshie – Como algumas pessoas que eu conheço por aí!
- Oras, seu...
PLÉIMMMM! Bateu Kagome com sua plaqueta de greve num vaso de metal no canto da sala.
- Fim do primeiro round! – disse ela – Cada um para o seu córner!
- O QUÊ? – perguntou Sesshie e Yuri sem entender.
- Brincadeirinha! – disse Kagome – Vamos resolver essa situação da melhor maneira possível.
Cinco
minutos depois, na sala de reuniões do palácio...
- Então, estamos aqui reunidos para tratar do litígio de Sesshie e Yuri – disse Kagome – Quais os problemas que afligem o tão novo casal?
- Em primeiro lugar – disse Sesshie – se você não começar a usar palavras que qualquer um de nós aqui possa entender, eu vou quebrar todos os seus dentes e fazer um colar para você! Entendeu?
- Sim, sr Sesshie! – disse Kagome com um meio sorriso sem graça – Me desculpe...
- Em segundo lugar – continuou Sesshie – Eu não tenho problema nenhum! Se alguém os tem é a srta Yuri!
- É sempre assim! – irritou-se Kagome – Os homens sempre botam as culpas nas mulheres! É só a gente estacionar há três metros da guia que eles reclamam. Só porque gastamos mais da metade do orçamento familiar em produtos de beleza, eles reclamam. Só porque queremos que eles deixem de assistir a final da copa do mundo na tv para nos levar a casa da mamãe, eles reclamam...
- Do que ela está falando? – perguntou Yuri para Sesshie.
- Não tenho a mínima idéia! – respondeu Sesshie para Yuri.
- Hei, Kagome! – chamou a atenção Sango – Ninguém está preocupada com a história da
sua vida...
- Hã? O quê? Como? – disse Kagome voltando à realidade – Ah, desculpem! Mas voltando ao assunto, srta Yuri, quer nos contar o motivo de sua raiva momentânea para com o seu esposo, Lorde Sesshie?
- Ele quer meu filho para ele! – disse Yuri – Se é que vai ter algum filho...
- Eu não o quero para mim! – defendeu-se Sesshie – Se eu sou o pai, ele já é meu filho! Se é que a srta vai ter um filho...
- Ainda assim – disse Yuri – Mesmo que você seja o pai, não quer dizer que pode ficar com ele para você! Eu o levarei comigo para o centro oeste!
- Você pode voltar para o centro oeste – disse Sesshie – Mas sem o meu filho!
- Esperem aí! – disse Kagome – Vocês estão discutindo o destino de uma criança que talvez nem tenha sido gerada ainda? Por que vocês não esperam até que essa gravidez se confirme para poderem brigar direito?
- Eu não vou ficar aqui esperando até descobrir se estou grávida ou não! – disse Yuri emburrada – Eu vou embora agora mesmo!
- Então vá embora! – disse Sesshie – Mas assim que souber que está grávida volte para cá e fique aqui até que meu filho nasça! Depois você pode ir embora de novo!
- Há há! – riu Yuri irônica – Até parece que se eu sair por aquela porta eu vou voltar um dia!
- Então eu a buscarei! – disse Sesshie – Ou melhor, buscarei o meu filho!
- Eu declararei guerra ao senhor se tentar entrar nas minhas terras! - disse a princesa.
- Então declare! – disse Sesshie – Assim eu vou tomar suas terras de uma forma mais honesta, na base da luta!
- VOCÊ E QUE EXÉRCITO? - gritou Yuri se levantando.
- EU SOZINHO! – gritou Sesshie também se levantando - E AINDA ASSIM VAI SER UMA COVARDIA CONTRA AQUELES LAGARTOS FRACOTES DO SEU REINO!
- CALEM-SE! – gritou Sango – Respeitem a única grávida confirmada nessa sala! Minha cabeça está doendo de tanto ouvir suas vozes!
- Quê? – disse Sesshie e Yuri surpresos com a reação da exterminadora.
- Vamos para o quarto, meu lindo bebezinho! – disse ela se levantando e conversando com a própria barriga – Vamos para um lugar muito mais calmo!
Sango saiu da sala deixando todos os outros boquiabertos. Kagome logo correu atrás dela.
- O que foi aquilo, Sango? – perguntou a amiga.
- Eu só fiz aquilo para que eles se lembrassem que era de um ser vivo e indefeso que eles estavam falando – disse Sango – Quem sabe vendo o modo como eu trato meu próprio filho que nem nasceu ainda eles não aprendam alguma noção de amor paterno!
- Grande idéia, Sango! – disse Kagome – Então vou deixá-los a sós para que possam conversar sossegados.
- Você acha que devemos ir soltar os rapazes? – perguntou Sango.
- Não! – disse Kagome - Deixa eles lá pensando mais um pouco! Há há!
De volta à sala de reuniões...
- O que foi aquilo? – perguntou Yuri.
- Não sei! – respondeu Sesshie – Aquela exterminadora é um pouco louca!
- Um pouco? – riu Yuri – Ela e todos os outros são completamente loucos!
- Então, srta Yuri – disse Sesshie – Como resolveremos nossas questões?
- O que acha que devemos fazer? – devolveu a pergunta Yuri.
- Não sei! – disse Sesshie aproximando-se de Yuri.
- Eu também não sei! – disse Yuri aproximando-se de Sesshie.
- Você acha que eu devo desmarcar a festa do casamento? – disse ele.
- Não! – disse Yuri – Afinal, você disse que mesmo que eu não esteja presente haverá um casamento!
- Eu posso aproveitar a festa e a presença da youkai borboleta piranhenta – disse Sesshie – Aposto que se eu pedir ela se casa comigo na hora!
- Aposto que você ia adorar isso, não é? – disse Yuri séria.
Um silêncio tomou conta da sala, enquanto eles fingiam pensar no assunto.
- Mas tenho que confessar algo, Yuri – disse Sesshie.
- O quê? – perguntou ela.
- Mesmo que ainda tenha festa...
- Sim...
- Vai ter algo muito importante faltando...
- ?
- Você!
Yuri olhou para ele com um bico enorme. Mas lentamente foi mudando para um enorme sorriso.
- Vamos para o quarto? – disse Sesshie – Afinal, já está de noite, e eu estou morrendo de sono... – concluiu fingindo bocejar.
- Sabe de uma coisa? – disse Yuri também fingindo um bocejo – Eu também estou morrendo de sono...
Ele pegou na mão de Yuri e saiu levando-a pelo palácio, até chegarem ao quarto. Os dois se beijaram apaixonadamente e depois se jogaram na cama, que já não era arrumada há um bom tempo.
- Yuri – chamou Sesshie.
- Sim?
- Esqueça o que eu falei sobre tomar seu reino...
- Sério?
- Sério! Nós governaremos os dois reinos juntos, mesmo que tenhamos que construir um palácio na metade do caminho entre nossas terras!
- Sesshie...
- Sim?
- Eu amo você!
- Eu sei!
- Convencido!
- Yuri...
- Sim?
- Eu amo você também!
- Eu sei!
- Convencida!
Quase duas horas depois...
Todos no palácio, exceto Sesshie e Yuri que faziam coisa muito melhor no momento, acordaram com os gritos desesperados de Miroku que pedia ajuda. Quando correram até o banheiro, encontraram o monge quase morrendo com a nuvem venenosa que encobria o pequeno cômodo.
- EU DISSE A VOCES QUE MINHA DOR DE BARRIGA NÃO HAVIA PASSADO! – gritava Inuyasha – AGORA EU VOU SENTIR A CULPA DE TIRAR A VIDA DE UM MONGE, QUE MESMO SENDO DEPRAVADO AINDA ERA MEU AMIGO!
- Ai ai! – disse Kagome coçando os cabelos e bocejando – Vai ser uma longa noite!
Há há! Acabou mais um capítulo inútil da incrível saga que é a minha fic! Espero que tenham gostado! E no próximo cap., a incrível festa de casamento de Sesshie e Yuri! Mas peraí! Vai faltar alguém nessa festa! E com certeza não é a youkai borboleta piranhenta! Aguardem o próximo cap para descobrir quem é! E mandem reviews, senão eu vou matar o Sesshie afogado e picar o Inuyasha na faca no final da fic! Hehe!
