Djavan
Capítulo 2
Não estamos sozinhos!
- Não entendo! Ainda há pouco os elevadores estavam a funcionar lindamente! – Exclamou a Mariah.
O grupo da Mariah tinha estado a procurar o Tyson e a Hilary em todo o décimo-oitavo andar. E agora que queriam voltar para junto do grupo do Gary, as portas dos elevadores não se abriam.
- E agora? O que é que fazemos? – Perguntou o Kane.
- Podemos ir pelas escadas. Cansa, mas ao menos não ficamos preso aqui no décimo-oitavo andar para o resto da nossas vidas. – Sugeriu o rapaz de cabelos verdes, Joseph.
- Pois… já que não existe outra solução… - Lamentou a Mariah.
- Então vamos! Eu decorei o caminho para irmos ter às escadas! – Exclamou o Joseph.
E os três puseram-se a caminhar em direcção às escadas.
Entretanto, o grupo da Salima também parecia estar meio perdido no décimo-nono andar.
- Já disse que é muito perigoso arriscar! – Exclamou a Salima.
- Então queres que façamos o quê? – Perguntou o Dunga furioso. – Não vês que as escadas desapareceram?
- O melhor mesmo é irmos de elevador, Salima! – Disse o Ozuma.
Este pequeno grupo também estava com problemas. Eles os três já tinham estado a procurar o Tyson e a Hilary naquele andar e como não os viram por ali, decidiram voltar para junto dos outros. Só que quando eles chegaram ao sítio onde deveriam estar as escadas, estava uma rampa inclinada para cima feita de madeira envernizada. E como a Salima não queria arriscar e ir no elevador, não sabiam o que haviam de fazer.
- Olhem, desisto, eu vou voltar lá para cima! – Disse o Dunga carregando no botão que chamava o elevador. – Vens Ozuma?
- Se a Salima vier… - Respondeu o rapaz de olhos verdes.
- Eu já disse que não me arrisco a sair daqui por esse elevador! – Exclamou a rapariga de cabelos vermelhos.
- Ok. Eu fico! Sobe tu, Dunga. – Disse o Ozuma decidido. – Espera por nós com os outros lá em cima.
- Ok. Vocês é que sabem. – Depois de ter dito isto, o Dunga fechou a porta do elevador e começou a subir.
No vigésimo-primeiro e último andar, o estava o grupo do Gary que ainda estava paralisado a olhar para "aquilo".
- Achas que foram eles os dois? – Perguntou o Goki olhando para o Kai.
- Como conheço o Tyson, ele é capaz de tudo para convencer alguém a pregar uma partida bem maluca aos amigos! – Exclamou o Gary.
- Eu não tinha tanta certeza. – Disse o Kai. – O sangue que utilizaram para isto não é falso…
- Tu achas que o Tyson faria uma coisa dessas à Hilary? – Perguntou o Gary a olhar horrorizado para o cenário à sua frente.
- O Tyson à Hilary? Não. – Respondeu o Kai. – Mas a Hilary ao Tyson, já não posso responder com tantas certezas…
- A Hilary? – Perguntaram o Goki e o Gary ao mesmo tempo.
- Também concordo com vocês. A Hilary não era capaz de fazer uma coisa assim. – Concordou o Kai retirando da cabeça a sua ideia maluca de que a Hilary matara o Tyson para fazer "aquilo".
- Então temos mesmo alguém entre nós… - Disse o Goki.
- Infelizmente, parece que sim. – Respondeu o Kai.
No vigésimo andar, o grupo do Lee também estava completamente desesperado à procura de uma saída.
- O elevador desapareceu, as escadas estão com um líquido escorregadio em todas elas… - Disse o Jim.
- Sim, mas antes de encontrarmos uma saída temos de encontrar o Lee. – Respondeu o Ray.
Durante a busca que este grupo andava a fazer, o Lee teve vontade de ir fazer necessidades, por isso, foi a uma das casas de banho que os quartos tinham. Só que, de repente, o Ray e o Jim ouviram alguém gritar. Os dois apressaram-se e foram logo a correr para o sítio onde estava o Lee antes de desaparecer completamente.
- E aquele recado que nos deixaram não podemos ignorar… - Disse o Ray.
- Pois… - Concordou o Jim.
E para além de o Lee ter desaparecido, ainda deixaram um bilhete para o Ray e o Jim a dizer algo que mais parecia uma lengalenga.
- Um pião foi movido, mas o jogo continua renhido. Se me querem vencer, o tabuleiro do jogo vão ter de juntar. Mas caso isso não aconteça, serei eu a ganhar. – Leu o Ray.
- Não parece ser uma lengalenga muito difícil de decifrar… - Disse o Jim. – Quando a pessoa que escreveu isso escreveu: "Um pião foi movido", penso eu que se estaria a referir ao Lee.
- Bem visto, Jim. Por enquanto, essa pessoa vai deixando mais bilhetinhos e nós temos de os juntar a todos.
- Todos? Quais todos? – Perguntou o Jim que começava a ficar confuso. – Não entendi essa, Ray.
- Os outros também devem estar a receber uns bilhetinhos idênticos a este que nos deixaram. – Esclareceu o Ray. – Por isso, a nossa missão agora, não é encontrar nem o Tyson, nem a Hilary, nem o Lee. É conseguirmos chegar até aos outros, Jim.
- Já entendi! O nosso jogador rival é essa pessoa dos bilhetinhos e os bilhetes todos juntos formam o tabuleiro. É como um jogo de xadrez. E nós somos os outros jogadores! – Exclamou o Jim.
- Mas temos de ter muito cuidado, Jim… - Disse o Ray muito sério.
- Porquê? – Perguntou o Jim.
- Porque podemos passar de jogadores, a peças do jogo tal como o Lee, a Hilary e o Tyson… - Respondeu o Ray.
Entretanto, o grupo do Gary continuava a tentar descobrir quem teria feito uma coisa daquelas naquele quarto. Porque "aquilo" não era normal…
- Onde estão o Max, o Kenny e a Mariam? – Perguntou o Goki que parecia ter sentido a falta de alguma coisa. – Não os vi connosco quando estivemos a combinar onde iríamos procurar a Hilary e o Tyson.
- É verdade. Devem estar no quarto. – Disse o Kai que ainda estava a analisar "aquilo".
- Então é melhor eu ir chamá-los! – Disse o Goki.
- Ok! – Responderam o Gary e o Kai ao mesmo tempo.
O Goki foi em direcção ao quarto onde tinham estado antes de tudo aquilo começar a acontecer. Quando chegou lá, reparou que a porta estava fechada, mas não estava trancada. Lentamente, o Goki rodou a maçaneta da porta, logo em seguida abriu-a e depois entrou no pequeno compartimento.
- Estranho… - Disse ele a olhar para todo o quarto. – Pensava que a Mariam e os outros não tinham saído do quarto.
De repente, ele viu que estava alguma coisa a aparecer na parede. Alguma coisa estava a ser escrita na parede húmida. E parecia ser tinta vermelha, mas que lançava um cheiro extremamente forte. E a tinta não cheirava a tinta, mas sim a…
- Sangue! – Exclamou o Goki super assustado. – Mariam? Max? Kenny? Estão aí?
Não. Eles não estão aqui.
Alguém ou algo parecia querer comunicar com o Goki.
- Vá lá! Deixem-se de brincadeiras parvas! – Exclamou o Goki nervoso.
Isto não é nenhuma brincadeira.
O Goki, já muito assustado, correu até à porta, mas esta fechou-se antes que ele a pudesse atravessar.
- Quem-quem és tu? – Perguntou o Goki. – Que me queres?
Eu? De ti? Não quero nada de mais…
- Quem está aí, possas? – Perguntou o Goki que já chorava de tão nervoso e irritado que estava com toda esta situação.
O teu maior inimigo…
De repente, o Kai e o Gary ouviram um grito do Goki.
- Oh não! – Exclamou o Kai.
Rapidamente, eles foram até ao quarto onde o Goki tinha ido, abriram a porta e viram a coisa que mais receavam ver…
Continua…
N/A: Já cá está o segundo capítulo desta minha história. Já conteve um pouco mais de terror que o primeiro, não acham? Por falar no primeiro capítulo… já corrigi os erros ortográficos com que me deparei quando li o capítulo que havia postado.
FireKai:
Agradeço o comentário que deixaste na minha história. Fico muito feliz por ver que estás a gostar deste meu trabalho. E também tenho de te agradecer por me teres avisado em relação ao nome do Goki. Bem me parecia que não era Gordy! Mas como eu não me lembrava do nome, fiquei com a sensação de que seria Gordy ou algo parecido. Afinal era Goki! ) Obrigado de novo!
Kaena Zeho:
Olá. Obrigado pelo comentário. Ainda bem que estás a gostar da história que eu estou a escrever. Fico muito feliz por saber isso. Já postei o segundo capítulo e eu espero que ele seja do teu agrado. Obrigado de novo!
