Aqui está um novo capítulo! Este foi rapidinho, não? Neste morrem mais 6…

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

O dia seguinte amanheceu chuvoso e os garotos só saíram pra comer. Os rapazes com aparência cadavérica passavam uma hora ou outra pelo camping. O mais estranho era o mais velho, Aiacos, e o do meio, Radamanthys, parecia seguir os passos do irmão e era o porta-voz dos três. Minos era o que menos falava. Miro notou que Kamus estava meio tenso, olhando para o lago.

-Parece que não é só o Shido quem está estranho aqui.

-Miro? É que eu estava olhando para o lago. Tive uma sensação horrível quando caí na água ontem. Não quero entrar lá novamente.

-E você não vai. Quero ver meu melhor amigo bem.

Kamus deu um abraço no grego.

-Você é demais, Miro!

-Eu sei…

Shaka era um dos mais nervosos.

-Já foram cinco! Não vai demorar até acabarem com todos nós!

-Shaka, fique quieto! Está assustando os outros!- Dizia Mu.

-Mas é a mais pura verdade!

-Ei, Mu!- Gritou Aioria do outro lado do salão. –Deixe o Shaka! Ele tá doidinho!

-Nosso amigo não é doido!- Disse Saga. –Acho que é melhor ouvirmos algumas coisas que ele diz. Tenho o estranho pressentimento de que são verdade.

Kanon olhou para o irmão como se ele fosse doido e continuou com seu almoço. À tarde, a chuva parou e eles não quiseram mais ficar dentro dos chalés, apesar da insistência de Shaka. Acabou que ele ficou sozinho com Mu dentro do chalé 1. Lá fora, Mime e Fenrir chegavam perto da mata.

-Ei, acho que a gente não devia chegar muito perto da mata, Fenrir.

-Ah, Mime, deixa de ser covarde! Vem, vamos entrar aqui.

-Eu não quero!

-Não quer o quê?

Era Alberich quem chegava.

-Não quero entrar na mata e o Fenrir quer. Eu to falando que não quero porque não acho seguro! Lembra do que os caras falaram? É perigoso!

-Sim, eu me lembro. E também acho melhor você não entrar, Fenrir.

-Ah, não vem me encher o saco você também, Alberich! Eu vou entrar e ninguém vai me impedir!

Fenrir ignora os avisos dos colegas e entra na mata. Mime e Alberich ficaram meio apreensivos e levaram um susto quando Fenrir apareceu de repente e disse:

-Vocês vêm?

Os dois foram atrás do amigo, para se assegurar de que ele não fosse muito longe ou se metesse em encrencas. A mata era densa e não havia uma trilha, então eles tiveram que ir abrindo caminho entre o matagal. Depois de andar um pouco, encontraram uma trilha. Alberich foi investigar.

-Me falaram que não haviam trilhas aqui. O que esta trilha está fazendo aqui?

-Não sei.- Disse Fenrir. -Talvez sejam aqueles coisa daqueles três esquisitos…

-Vejam isto!- Gritou Mime.

Os outros foram ver o que era e acharam um rastro de sangue. Alberich ficou pálido.

-Vamos sair daqui! Deve ter algo perigoso por aqui!

-Calma Albie!- Disse Mime -Deve ser só um rastro. O que fez isso já deve estar longe. Aonde você vai, Fenrir?

O garoto seguia a trilha, sem ligar para o rastro de sangue.

-Vou investigar isso.

-Não! Vamos embora!

-Se você quer ir, pode ir, Alberich. Eu não estou te obrigando a me seguir, só vou investigar mais um pouco.

Mime também estava tenso.

-Fenrir, volte!

Ele ignorou os avisos dos amigos e seguiu em frente. Mime e Alberich observaram enquanto ele desaparecia na mata densa.

-Mime, não podemos deixá-lo sozinho! Não depois do que já aconteceu neste camping maluco!

-Concordo com você, mas o que vamos fazer se ficarmos perdidos?

-Não sei… Ei, você ouviu isso?

-Ouvi o quê?

-Um barulho estranho. É melhor chamarmos o Fenrir.

-Tem razão. Fenrir!

-Fenrir, volte!

Não ouviram nenhuma resposta.

-Fenrir! Ah, meu deus, Albie…

-Fenrir! Pelamordedeus, responde!

-Peraí, fica quieto! Estou ouvindo alguma coisa…

Eles começaram a ouvir a voz de Fenrir. Parecia que ele estava perdido. Eles ouviam a voz como se tivesse longe.

-Mime! Alberich! Onde vocês estão!

Mime começou a gritar:

-Fenrir! Estamos aqui! Estamos aqui!

-Mime!- Ele respondeu.

Fenrir andava de um lado para o outro, sem saber para onde ir. Havia encontrado mais rastros de sangue e queria sair daquela mata o mais rápido possível, mas a trilha desaparecera e ele não conseguira encontrar nenhum caminho de volta. Se assustou com um barulho estranho e, quando se virou para ver o que era, deu de cara com uma cobra imensa.

-Ai meu deus… O que eu faço agora…

Nisso, viu uma pessoa se aproximando. Pensou em pedir ajuda.

-Ei! Aqui! Me ajude!

A pessoa se aproximou e Fenrir pôde ver quem era.

-Ufa, é você! Me ajude, estou desesperado!

O ser olhou para a cobra, que pareceu intimidada por ele e se afastou.

-Puxa, obrigado…

-Não precisa se preocupar. Nada mais acontecerá com você.

Ele olhava para Fenrir com um olhar estranho e deu um assobio. Um lobo apareceu ao seu lado e o garoto ficou apreensivo. A pessoa deu um soco na cabeça do garoto, que caiu desacordado, depois se virou para o animal.

-Você quer? É seu.

O animal atacou o garoto.

-Muito bem, mano.

Virou as costas e saiu, andando normalmente. Mime e Alberich, que ainda procuravam o amigo, perceberam que estavam perdidos e começaram a gritar por socorro. Os garotos no camping escutaram e foram atrás deles. Logo, todos estavam na floresta procurando pelos desaparecidos. Mime e Alberich ainda procuravam um caminho de volta quando tropeçaram em alguma coisa.

-AH! Albie, me ajuda aqui, por favor?

-O que é isto?

-Não sei, parece…

Quando olhou o que era, começou a berrar e Alberich, vendo o que o amigo tinha visto, teve a mesma reação.

-Fenrir!

-O que aconteceu com ele, Albie! O que aconteceu com ele!

-Mime…

Mime pulou no pescoço do amigo.

-Albie! Estou com medo!

Nisso, Siegfried irrompeu da mata ao encontro dos dois.

-Alberich! Mime! Vocês estão bem? O que estão fazendo?

-Nada, nada… Ainda bem que você apareceu, Siegfried!- Disse Alberich, aliviado.

-Certo… Agora vamos sair daqui!

Os três saíram por um lado e, do outro lado da mata, Ikki ajudava na busca. Uma hora, olhou pra baixo e viu uma corda em círculo. A última coisa que sentiu foi a corda subir e prender seu pescoço. Não muito longe dali, Afrodite também estava perdido.

-Tem alguém aí! Estou perdido!

-Afrodite!

-Ângelo! Estou aqui!

-Dite, você está bem?

-Acho que sim… Quero sair daqui…

-Vem comigo!

Afrodite pegou a mão de Máscara da Morte e os dois saíram correndo.

-Ângelo, acho que estamos indo para o lado errado!

-Confie em mim, Dite, vamos sair daqui num instante.

Nisso, os dois escorregam e o sueco cai em um buraco. O italiano consegue se segurar em uma raiz.

-Afrodite! Afrodite, você está bem?

-Acho que quebrei minha perna… E minha mão está doendo…

-Eu vou buscar ajuda!

-Rápido, por favor!

Máscara da Morte saiu correndo e Afrodite ficou deitado no chão. Não demorou muito para que ouvisse sons estranhos do lado de fora do buraco.

-Ângelo? É você?

Nada de resposta. Ele ficou ainda mais assustado, sua perna e sua mão doíam. De repente, ele sentiu algo morno em sua mão, que agora ardia muito. Ele olhou para o lado e viu, horrorizado, que a hemorragia recomeçara e a mão estava completamente vermelha e uma pequena poça vermelha se formava abaixo dela. Ele gritou e apertou a mão machucada, mas o sangramento não parava. A poça vermelha aumentava de tamanho cada vez mais rápido e Afrodite já estava desesperado.

-Ângelo, cadê você… Por favor, volte logo…

Ele estava perdendo as forças no corpo, a perna quebrada já não doía tanto e a temperatura começou a baixar rapidamente. Sua visão foi ficando embaçada, as figuras iam ficando disformes. O sangue continuava a escorrer da mão. Quando não estava sentindo quase nada, ouviu passos se aproximando e a voz de Ângelo.

-Venham, por aqui! Ele está ali! Naquele buraco!

Ele trazia Shion, Dohko, Hagen, Aldebaran, Bian e Sorento. Eles se aproximam do buraco e Máscara chega mais perto.

-Afrodite! Você está bem?

-Ângelo…

Máscara da Morte notou a palidez do garoto e a enorme poça de sangue que havia se formado em volta dele. O lindo e sedoso cabelo do sueco estava banhado em sangue. Saíam lágrimas de seus olhos. Ele apenas olhou para o rosto de seu amigo.

-Ângelo…

Foi a última coisa que disse. Dohko pulou dentro do buraco e segurou o pulso dele. Em seguida, olhou para Shion, que disse:

-Ele está…

-Morto.- Completou Dohko. -Chegamos tarde demais.

Ele fechou os olhos molhados de Afrodite e o pegou no colo.

-Aldebaran, me ajude aqui!

O brasileiro ajudou o chinês a colocar o corpo do lado de fora do buraco.

-Tão lindo…- Disse Sorento. -E teve uma morte tão horrível…

Abaixou a cabeça e escondeu o rosto nas mãos. Pouca gente sabia, mas Sorento e Afrodite eram quase mais que amigos. Apesar de estudarem em escolas diferentes, se davam muito bem. Máscara da Morte era outro que tentava esconder a tristeza. Ele e o sueco eram grandes amigos, apenas se desentendiam por causa de um assunto: Afrodite gostava de homens e Máscara discordava totalmente disto. Ele se ajoelhou ao lado do amigo.

-Me desculpe por não ter chegado a tempo…

Shion pegou o corpo e foi andando, seguido por Sorento, Dohko, Aldebaran, Bian, Máscara e Hagen. Os dois últimos estavam mais atrás dos outros. Quando já tinham andado um bocado, Hagen fez um comentário do qual se arrependeu depois.

-Então, é verdade que você e aquele projeto de travesti tinham um caso, é?

Máscara da Morte se virou tão depressa que assustou o outro. Segurou-o pelo pescoço e levantou.

-Ele era como se fosse meu irmão! Essa é a última vez que você diz merda sobre mim! E sobre o Afrodite também!

Ele apertou o pescoço de Hagen com tanta força que o quebrou. O garoto despencou assim que o italiano o soltou.

-Agora você viu porque me chamam de Máscara da Morte! E Afrodite não era um "projeto de travesti"!

E saiu andando como se nada tivesse acontecido.

Não muito longe dali, Shun procurava pelo irmão mais velho.

-Ikki! Ikki, cadê você, irmão!

Não o encontrava em lugar nenhum.

-Ai, eu sabia que a gente não devia nem ter vindo. Aquele indiano tinha razão, era melhor ficarmos todos dentro dos chalés! Ikki!

De repente, Shun foi atacado por um enxame de abelhas. Começou a agitar os braços, tentando se proteger, mas ele era alérgico a insetos e eram muitos. Acabou caindo no chão, muito fraco. Olhou para frente e viu uma figura estranha que conseguiu reconhecer após forçar um pouco a visão. Esperava que essa pessoa o ajudasse, mas ela fez sinal para que olhasse para cima. Ele se virou, com uma certa dificuldade e viu o que mais lhe aterrorizou: o corpo de seu irmão pendurado pelo pescoço em um galho de árvore logo acima de seus olhos. Foi a última coisa que viu.

Uma hora depois, todos se encontraram do lado de fora da floresta. Shion, que colocara o corpo de Afrodite no chalé 6, verificava.

-Meu deus, está faltando um bocado de gente!

Nisso, chega Máscara da Morte.

-Não se preocupem com o Hagen. Ele caiu e quebrou o pescoço.

Hyoga também chegou correndo.

-Encontrei Ikki e Shun! Também estão mortos!

Mime, Siegfried e Alberich também chegavam.

-Fenrir também está morto. Parece que foi dilacerado por um animal!

Logo, os corpos foram encontrados e levados para o chalé 6. Saga estava contando os garotos quando notou que faltavam dois.

-Onde estão Misty e Asterion?

Dentro da mata, Misty e Asterion estavam perdidos e andavam pra todos os lados, procurando um meio de sair da floresta.

-Asterion, eu to com medo!

-Fica quieto, Misty! Já, já a gente sai daqui!

-Tem razão! Estou vendo algo ali na frente!

-Então vamos até lá!

Estavam indo naquela direção quando Misty tropeça e cai de cara no chão.

-Você está bem?

-Mais ou menos, me ajude aqui…

De repente, algo puxou as pernas do francês na direção da mata fechada.

-O que é isso, Asterion!

-Não sei!

-Me segure!

Asterion segurou as mãos do amigo. O que quer que fosse, puxava fortemente.

-Minhas pernas estão doendo! Não me solte!

-Estou tentando!

Nisso, Asterion ouviu o ruído de ossos se partindo e Misty berrou de dor. Suas duas pernas estavam quebradas agora, mas ele não fora solto.

-Me segura, Asterion!- Pedia ele, chorando. -Não me solte!

Asterion já não agüentava mais segurar. Estava sendo puxado com muita força e logo ele seria arrastado também. Mas não desistiu de tentar salvar a vida do amigo, que gritava muito. Suas mãos começaram a escorregar. Asterion estava decidido a não se entregar e abraçou o amigo para que não escorregasse. De repente, além do som das costelas de Misty se partindo, ele ouviu a carne sendo rasgada.

-Misty! Misty!

O garoto já não respondia mais. Quando Asterion viu a causa de sua morte, jurou que aquela foi a pior cena que já vira em toda a sua existência. As pernas de Misty haviam sido arrancadas e desapareceram.

-AAAAAAAAHHHHHHHH! MISTY! MISTY, NÃO!

Ele soltou o que restava do corpo do amigo e saiu correndo. Não prestava atenção no que poderia aparecer na sua frente, na sua mente apenas se via aquela horrível cena. Acabou tropeçando, caindo em algumas plantas e teve seus olhos perfurados por espinhos. Cego e ainda com aquela cena na cabeça, gritava pedindo ajuda. Num momento, sentiu uma mão em seu ombro e ficou aliviado. No momento seguinte, a mesma mão lhe cortava a garganta com uma faca. Os corpos de Asterion e Misty (o que restou) foram encontrados uma hora depois.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Então, gostaram desse capítulo? Eu já tinha planejado a morte do Afrodite desde o início da história… Espero que essa história de terror esteja boa… Agora apareceu uma pessoa misteriosa, que só irá se revelar no final… Valeu Deni Chan e Diltia! Mandem reviews! Faço o possível para responder!

Até a próxima!