Agora que tenho apenas duas fics para terminar, essa aqui está andando à todo vapor! Mais mortes neste capítulo quando eles resolvem explorar além do lago…

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4. Além do Lago

-Bem, gente… A situação não está boa, vocês sabem, mas, mesmo assim, temos que manter a calma.- Disse Shion para o grupo reunido no refeitório.

Algol se levantou.

-Não é por nada não, mas agora eu estou sozinho, já que meus colegas de chalé foram assassinados. Não é seguro ficar sozinho numa hora dessas.

-Ele tem razão.- Disse Siegfried. -Se quiser, pode ficar conosco. Há o lugar de Fenrir.

-Obrigado, Siegfried.

Ficaram em silêncio. Realmente, o silêncio naquele lugar era macabro e nenhum deles agüentou ficar sem dizer ou ouvir nada por mais tempo. Todos se entreolhavam, sem saber o que dizer, até que Dohko, finalmente, quebrou o silêncio.

-A situação é crítica! Já foram 12 mortos! Vou procurar aqueles rapazes estranhos.

Shaka estremeceu.

-Que foi?- Perguntou Mu.

-Não gosto deles, parecem cadáveres… E me dão uma sensação esquisita.

O chinês foi até a casa escura e bateu na porta. Sem respostas. Tentou de novo. Nada. Voltou para junto dos outros.

-Parece que eles não estão em casa.

Julian Solo resolveu se manifestar.

-Vocês já notaram que eles sempre desaparecem misteriosamente? Não acham que tenha algo a ver com as mortes? Acho melhor desvendarmos esse mistério antes que acabem com todos nós!

Sorento se levantou.

-Eu concordo! Proponho pegarmos um barco e irmos até o outro lado do lago para investigar!

-Mas nos disseram para não ir lá!

-Eu sei, Bian, mas você não nota? Se disseram pra gente não ir, é porque tem alguma coisa lá que eles não querem que a gente saiba!

Seiya se encolheu no canto.

-Eu prefiro ficar aqui mesmo e esperar até que possamos ir embora… Acho que eu não sou o único que quer ir embora desse lugar macabro.

Shiryu e Jabu concordam com o amigo. Ignorando o comentário do garoto, Miro falou:

-Vamos agora pegar um barco e ir até o outro lado do lago! Quem vem comigo?

Máscara da Morte, Sorento, Julian Solo, Siegfried e Kamus se candidataram. Aldebaran e Thor pegaram um barco que cabiam seis pessoas e levaram para a margem do lago. Os garotos que se propuseram a ir entraram e o brasileiro empurrou o barco mais para dentro da água, alertando:

-Tomem cuidado. Se precisarem de algo, façam um sinal luminoso.

Entregou uma pistola para Miro e ficou observando os amigos partirem na direção da margem oposta do lago. Siegfried e Máscara da Morte remavam. Miro estava sentado do lado de Kamus.

-Por que você quis vir?

-Quê?

-Por que você quis vir, se não gosta de andar de barco?

-Eu quis vir porque… Bem, você é meu melhor amigo e eu queria te fazer companhia e te ajudar. Ia me sentir melhor do que se ficasse lá parado, me preocupando com você.

-Tudo bem, então. Mas fique perto de mim.

Kamus ia dizer que sabia se virar sozinho, mas resolveu não dispensar os cuidados do amigo. Chegando na outra margem, se depararam com uma densa neblina. Desceram do barco e foram andando, todos juntos. Miro segurou a mão de Kamus e seguiu em frente, logo atrás de Máscara da Morte, que ia na frente com uma lanterna.

-Não sabia que tinha trazido uma lanterna, afinal está de dia.

-Caso não tenha percebido, Sr. Solo, já são 5 horas da tarde e daqui a pouco vai escurecer. Mas se quiser ficar no escuro, não é problema meu.

Eles continuaram andando até chegarem numa casa. A neblina se dissipou um pouco e eles puderam ver que, na verdade, aquilo era uma mansão que parecia abandonada, pois as janelas e as portas estavam fechadas com tábuas. Sorento notou que as tábuas da porta da frente haviam sido arrancadas e a porta estava aberta.

-Então? Vamos entrar?- Perguntou Máscara da Morte.

Os outros não disseram nada, apenas acompanharam. Dentro da casa cheirava à cadáver e Julian e Kamus resolveram ficar do lado de fora, esperando pelos outros. Eles iam verificando cada cômodo, abrindo todas as portas que conseguiam. Algumas estavam trancadas, poucas abriram com os chutes de Siegfried. Decidiram explorar o andar de cima e, quando Siegfried abriu a primeira porta do segundo andar, eles tiveram uma visão não muito bonita. Dentro do quarto haviam vários cadáveres. Alguns já esqueletos, outros pareciam não ter muito tempo que tinham sido mortos.

-Vamos sair daqui!- Disse Miro.

Eles desceram correndo as escadas e saíram da casa o mais rápido possível. Os dois que aguardavam do lado de fora não entenderam nada, mas correram junto com os outros quatro. Foram para o barco, mas ao chegarem lá, perceberam que Sorento havia ficado para trás.

-Me esperem!

Nisso, Julian viu uma sombra aparecer na neblina atrás do garoto.

-Corre, Sorento! Corre!

Ele olhou para trás e se desesperou, mas continuou correndo. Estava quase na margem do lago quando tropeçou.

-Sorento!- Gritou Julian e foi ao encontro do amigo.

-Julian, volte!- Disse Kamus. -Pode ser perigoso!

Julian não ouviu o que o francês dizia e foi ajudar o amigo. Ele segurou as mãos de Sorento e ajudou-o a se levantar.

-Você está bem?

-Estou. JULIAN!

Julian Solo fora perfurado por uma lança e o outro apenas viu a ponta desta surgir no meio do corpo dele, que tombou no mesmo momento.

-JULIAN!

Miro gritou:

-Sai daí, Sorento!

Mas ele estava assustado demais para sair para algum lugar, apenas dava passos curtos para trás, sem saber se corria até Julian para buscá-lo ou se virava para o outro lado e corria para o lago. Não pensou muito, pois a mesma lança que atingira Julian Solo o atingira também.

-SORENTO!

Gritou Siegfried, que fez menção de sair do barco, mas foi impedido por Miro.

-Não Siegfried, não podemos fazer nada além de fugirmos para salvar nossas peles! Máscara! Vamos sair daqui, rápido!

Máscara da Morte jogou um remo para Siegfried e foram os dois remando. Kamus parecia estar assustado. Miro encostou em seu ombro e ele levou um susto.

-Kamus? O que houve?

-Não sei. Mau pressentimento.

Quando estava no meio do lago, onde já podiam ver a outra margem, Miro olhou para baixo e viu água no barco.

-Máscara e Siegfried, será que dá pra vocês remarem mais rápido?

-Já estamos indo rápido, Miro!- Chiou Máscara da Morte. -Se quiser ir mais rápido, arranje um motor!

-Mas, caso você não saiba, estamos com água no barco!

-Então ache o buraco e dê um jeito!

Kamus fez o erro de levantar o pé para Miro poder olhar. Ele era quem estava bloqueando a maior parte da água com o pé em cima do buraco.

-Não é possível! Não estava assim quando viemos!

-Eu sei, Miro, alguém deve ter feito isso enquanto estávamos naquela casa!- Disse Siegfried, ainda remando.

Máscara largou o remo e se levantou.

-Não vamos conseguir chegar do outro lado. A não ser que a gente vá nadando.

Kamus olhou para Miro, desaprovando a idéia. Não queria entrar naquela água.

-Kamus, não tem jeito. De um jeito ou de outro vamos ter que ir nadando, pois daqui a pouco esse barco vai estar submerso.

-Mas o que eu vou fazer, Miro?

-Pule na água. Não dá pra entrar devagar, senão o barco vira e todos nós caímos de uma vez. Você vai ter que pular.

-Mas…

-Kamus! Se afundar muito, empurre o chão com o pé que você sobe rapidinho.

-Tá… Tá bom…

Siegfried pulou primeiro, seguido de Máscara da Morte e Miro.

-Vem Kamus!- Chamou o grego.

O francês hesitou um pouco, mas pulou. Estava subindo quando alguma coisa prendeu seu pé e puxou. Ele já estava com a cabeça de fora da água e só teve tempo de gritar antes de afundar novamente.

-Miro!

Miro parou de nadar e olhou para trás. Como não viu o amigo, ficou preocupado.

-Kamus! Kamus!

Máscara e Siegfried também pararam.

-O que houve, Miro?- Perguntou Siegfried.

-O Kamus! Ele desapareceu!

Os dois foram até Miro para ajudar a procurar Kamus. O grego mergulhou e abriu os olhos no fundo, sentindo-os arderem por causa da água. Tinha os olhos um pouco sensíveis, portanto só nadava de óculos, mas desta vez não tinha óculos e não ia se entregar à frescuras e deixar seu melhor amigo para trás. Mergulhando um pouco mais fundo, Miro conseguiu encontrar o amigo. Ele estava com os olhos abertos e tentava se soltar de algo. Ao ver Miro, Kamus segurou a mão dele com um olhar suplicante, como se dissesse: "Me ajude, não me deixe aqui!". O escorpiano começou a puxar o outro, mas seus olhos começaram a arder demais e ele não conseguia ver o que estava prendendo Kamus. Não soltou o amigo em hipótese alguma, mas seu fôlego começou a acabar. Com um puxão, conseguiu soltar o outro e tentou nadar até a superfície. Estranhou que Kamus não se mexesse. Quando conseguiu sair da água, viu que seu amigo não respirava.

-Kamus! Máscara! Siegfried!

Os dois nadaram até Miro e o ajudaram a chegar à outra margem. Ao chegarem, Miro levou Kamus rapidamente até Shion e os mais velhos.

-Ele se afogou! Por favor, façam alguma coisa!

Shion tentou de tudo, até respiração boca-a-boca, mas Kamus não se reanimava. Miro começou a ficar desesperado e ficou ainda mais quando Saga se virou e disse:

-Não podemos fazer mais nada, Miro. Tentamos de tudo, mas…

Miro foi até o corpo do amigo e sacudiu.

-Não, isso não pode ter acontecido! Eu o trouxe! Consegui salvá-lo!

-Miro, você chegou tarde demais com ele aqui! Não teve mais jeito!- Disse Kanon

Miro saiu correndo.

-A culpa foi minha! Eu devia ter nadado mais rápido! Devia ter pulado junto com ele e trazido-o até aqui!

-Miro!

Ele se virou e viu Aioria, que vinha ao seu encontro.

-Miro, o que houve?

-Kamus morreu por minha culpa!

-Não foi sua culpa!

-Foi sim! Eu não deveria ter deixado ele pular sozinho na água, eu sabia que uma coisa dessas ia acontecer! E ele tinha me dito que só tinha ido até lá pra me acompanhar! Ou seja, por MINHA causa! Foi MINHA culpa!

-Miro, calma!

Miro correu até seu chalé, e pegou algo em sua mala. Aioria percebeu que era um canivete.

-Miro, o que vai fazer com isso? Miro…

-Aioria… Você explica aos outros… Não posso suportar a culpa pela morte do meu melhor amigo!

Após dizer isso, Miro cortou o pulso da mão esquerda. Aioria gritou e saiu correndo.

-AIOROS! AIOROS, O MIRO SE MATOU!

-Como é que é?

-Ele foi no chalé… Pegou um canivete… E cortou os pulsos!

Aioros correu até o chalé 2 e viu Miro no chão, com uma poça de sangue em volta de sua mão esquerda.

-Ai meu deus… Já é o décimo sexto! Assim, todos nós vamos morrer! Nós temos que sair daqui!

Saga e Kanon concordaram. Shion ficou meio pensativo.

-Vocês têm visto algum daqueles rapazes estranhos?

Os gêmeos e Aioros negaram. O mais velho do grupo foi até a casa dos donos do lugar e bateu na porta. Desta vez alguém a abriu. Era Minos.

-Sim?

-Olha, já é o décimo sexto do nosso grupo que morre aqui! Tá certo que o último foi suicídio, mas foi porque um dos nossos amigos morreu afogado naquele lago estranho!

-Vocês foram até a outra margem?

Shion notou que ele parecia assustado.

-Eu não, mas seis de nós foram e apenas dois estão vivos agora.

-Meus irmãos bem que avisaram que não era aconselhável ir até lá. Mas posso dar um jeito de ajudar vocês.

-Sério? Como?

-Tem um jeito de vocês saírem daqui. Amanhã de manhã, o rio vai estar baixo, com pouca correnteza, então vocês poderão atravessar. Mas não diga que eu disse isso.

-Certo, obrigado.

O tibetano voltou correndo para junto dos outros.

-Amanhã de manhã este pesadelo acaba! Finalmente vamos sair daqui!

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E então, como está? Mandem reviews! Eu respondo! Valeu Deni Chan, Babi-deathmask (priminha!), Pandora Lynn, Diltia e Yoros!

Até a próxima!

PS: Leiam a primeira fic da minha prima: Star Wars! Está muito boa…