O dia seguinte.
Com um simples toque de um segundo
já estávamos juntos pra valer,
Foi então pela primeira vez
que eu pude conhecer o que é o prazer.
Raios de sol adentraram o quarto fazendo Ginny acordar. Lembrava-se vagamente da noite anterior. Mas o bastante que lembrava serviu para deixá-la completamente envergonhada. Havia bebido além da conta, dançado feito uma louca, agarrado-se com algum cara loiro e então eles haviam ido para aquele hotel e quase...e então ela havia vomitado. Graças a Merlin! Flashes e flashes vinham e iam em sua cabeça e sentia a mesma doer. Ginny estava tonta e tudo o que queria era sair correndo dali mas não tinha forças para se levantar.
Draco acordou com a cabeça latejando e o corpo moído pois havia dormido no chão. Lembrou-se da noite anterior e então sorriu. Apesar de as coisas terem dado errado no final aquela garota havia mexido com ele. E nem sequer sabia o seu nome. Draco sentiu movimentações na cama, ela deveria ter acordado também.
- Bom dia, estranha. - disse ele em um tom descontraído.
Ginny olhou para ele e depois para si mesma. E gritou. Gritou com toda a sua força. Aquilo não estava acontecendo. Ela havia se agarrado e quase dormido com...
Virgínia Weasley. Ele conhecia aqueles cabelos flamejantes e aquela voz em raios de distância. A garota que vivia com calças de moletom e um rabo de cavalo xingando-o pela casa quando ele tentava puxar conversa. Como ele poderia saber disso se ela estava completamente diferente na noite anterior? Saltos altos e calças jeans justas não eram sinônimo de Virgínia Weasley. Não mesmo.
- Eu... você... nós... - Ginny não conseguia formular uma frase completa. Sentia-se uma vagabunda. Dormindo com qualquer um. E não conseguiu se controlar, começou a soluçar deixando lágrimas caírem por sua face. - Eu tenho que ir.
Draco ficou confuso. Porque ela estava chorando? Será que para ela era algo tão repulsivo se envolver com ele?
- Espera! O que aconteceu, Virgínia?
- Olha, você não precisa fingir que me acha uma garota decente. Apenas não fique se gabando por aí com seus amigos. Especialmente quando um deles é meu irmão. - Ginny disse, fria. Na defensiva. Não queria sair por baixo.
Agora Draco entendia tudo. Sentiu uma necessidade imensa de protegê-la e confortá-la.
- Não fique pensando que eu faço isso sempre. Na realidade eu não faço, eu... - suspirou ela, cansada.
Ginny não entendia porquê mas sentia a necessidade de se explicar para ele. Não podia negar que havia uma química forte entre eles. E mais, mesmo eles não tendo conversado muito apenas pela maneira como eles dançaram ela havia visto que Draco seria capaz de entendê-la perfeitamente bem. Talvez realmente o tivesse julgado mal mas agora era ele quem a julgaria de uma forma totalmente errada.
- Ginny. - era a primeira vez que ele a chamava assim e sentiu um frio no estômago. - Fica calma, tá legal? Eu não vou dizer nada para ninguém e nem vou pensar nada de errado de você. Eu estava bêbado, você também. Algo aconteceu para nós nos encontrarmos desse jeito e é perfeitamente compreenssível as nossas ações, não estávamos em nosso estado normal.
- Acho que mesmo que eu estivesse eu teria te beijado. - Ginny mordeu a língua. Tinha aquela mania irritante de falar tudo o que lhe passava pela cabeça.
Draco riu.
- Isso é bom, porque eu me sinto da mesma forma.
- Verdade?
- Verdade. - ele sorriu. Aquela garota era simplesmente adorável. - E veja pelo lado bom, pelo menos agora você está me aturando. O que na verdade é algo bom para mim, não para você...Mas como eu sou um sonserino, tendo a ser egocêntrico.
Essa foi a vez de Ginny rir. Draco realmente não era tão mau assim, ele era gentil e simpático. Talvez...talvez.
- Isso fica só entre nós, tá bom, ruivinha? - sorriu ele, levantando-se e indo sentar ao lado dela na cama.
- Tudo bem, loirinho. - gracejou ela, piscando um olho.
- Agora o que você acha de a gente ir tomar um café da manhã super reforçado e passar o dia juntos? - perguntou ele.
Ainda me lembro da primeira vez quando te abracei e te beijei,
Foi tão gostosa aquela sensação mexeu meu coração eu flutuei,
Meu coração estava acelerado e eu gaguejando fui com fé,
E falei baixo no seu ouvido que você seria minha mulher...
Draco ficou sem respirar por alguns segundos. Sabia que estava tomando um grande passo e que talvez estivesse indo rápido demais, mas tinha certeza de que sentia algo por ela. Precisava descobrir o que era. E além do mais, gostaria de conhecê-la melhor e desfazer aquela visão horrível que ela tinha dele.
Ginny considerou a proposta por alguns minutos. Draco estava se mostrando um perfeito cavalheiro e além do mais, ela não tinha nada nem ninguém que a impedisse de passar um dia agradável na presença de um garoto inteligente, bonito e educado. Tinha Harry... mas ele não era alguém que merecia sua consideração, nem um pouco.
- Acho ótimo, Draco.
A Toca estava silenciosa quando eles entraram para tomar um banho e trocar de roupa. Ainda eram oito horas e todos estavam dormindo, até mesmo o Sr. e a Sra. Weasley, já que era domingo. O mais silenciosamente possível o loiro e a ruiva subiram as escadas e foram para seus respectivos quartos. Meia hora depois estavam prontos e aparataram em Hosmeadge, deixando antes um bilhete em cima da mesa da cozinha:
Saímos e voltaremos mais tarde.
Beijos, G.W e D.M.
Que dia seguinte constragedor, hein? Pois é...bêbado é uma coisa triste. Faz de tudo e depois se envergonha do que fez. ehueih
Bom, ta aí o cap três e espero que vocês curtam ele porque eu achei divertidinho escrever ele. A música que tá nele é Garota nota 100 do MC Marcinho.
E aí...Continua?
beeeijo!
