Só pra reforçar que Samurai X pertence a Nobuhiro Watsuki.
D&D pertence a Wizards of the Cost.
Tolkien é…bom, do Tolkien…O.o'
A cara de pau continua sendo minha...Obrigada por acompanharem )
Espero que não esteja ficando muito enrolada...
Separo os capítulos
assim curtinhos pra manter o suspense e não ser cansativo para
vocês lerem
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Dia de tempestade...
A chuva começara a cair antes do que
ela imaginara.
Maldição.
Andara pela floresta,
verificando uma coisa ou outra...Tarefas que estava acostumada a
fazer todas as manhãs, zelando pela vida de um ou outro
animalzinho ou planta que às vezes acabava precisando de uma
atenção especial de um dos guardiões da
floresta. Mas aquela manhã, aparentemente estava
tranqüila...
Atravessara o Veio de Prata, um rio extenso que
cruzava a floresta. Tinha a correnteza forte e aquele trecho era
perigoso para os novatos, motivo pelo qual eles costumavam o evitar.
Muitas lendas corriam sobre este rio e a maioria das novas crianças
não estava disposta a descobrir se eram verdadeiras. Histórias
de pessoas que sumiam e não eram vistas novamente por
quaisquer olhos naquelas terras.
Mas ela não era uma
novata.
Um tronco grosso de pinheiro fora derrubado pelos
guardiões antigos para ajudar na travessia, e sem qualquer
dificuldade ela estava na outra margem do rio. Este corria imperioso,
vindo das ruínas de Osto-undomë e correndo até
sumir nos vales do Siannon.
E este tronco, apoiado na encosta do
rio, era um dos principais motivos que fizeram com que a chuva
chegasse em uma hora mal vinda.
Quando começou a chover já
passara algum tempo da travessia do rio, e ela estava ajoelhada em um
charco com uma mão enfiada na lama tentando levantar um pedaço
grande de tronco de arvore que caíra sobre a entrada da toca
de uma família de toirões, enquanto a outra tentava
escavar a terra que cobrira a entrada. Eram alguns filhotes de uma
ninhada que nascera tardiamente, e aquele acidente ocorrera durante a
noite enquanto a fêmea fora buscar alimento.
Nada muito
complicado ou anormal se não fosse a urgência que tinha,
ainda mais sabendo que seria difícil voltar com aquela
chuva.
Foi então que ela apertara, como se tivesse lido
seus pensamentos e transformando-se em uma torrente que dificultava e
atrasava ainda mais seu trabalho de resgate à ninhada. Mesmo
enxergar estava mais difícil, mas ela não iria
desistir.
Estava ficando desesperada...A água a esta
altura já deveria ter subido muito na toca e os filhotes
corriam o risco de se afogar.
Levantou-se, a capa molhada e suja
de lama e folhas grudava no corpo da guardiã.
Resolveu
tirá-la, jogando-a sobre o leito e livrando-se assim de seu
peso desnecessário.
Procurou uma pedra na encosta do
pequeno vale que a quebrada do terreno formava, precisava de uma
grande ou de muitos galhos para o plano que tivera.
Precisava
disso e precisava rápido!
Acabou por encontrar alguns
galhos partidos, subiu o pequeno barranco e pegou-os para formar uma
espécie de represa como os castores. Enfiou-as por baixo do
tronco à esquerda da toca como conseguia, o levantando um
pouco e facilitando a desobstrução da
entrada.
Sentou-se na baianca, colocando os dois pés no
tronco fazendo força com as pernas para a direita, conseguindo
que o tronco rolasse e deslizasse pela lama e ajudando, junto com os
galhos que ela colocara, a evitar que a água afunilasse na
direção da toca, mas mesmo assim um pouco de barro
ainda escoou para dentro.
Saltando para o charco novamente,
ajoelhou-se para enfiar o braço todo dentro do buraco na
terra, retirando um a um os filhotinhos de pelagem branca e sedosa,
agora cheios de terra, e colocou-os sobre a capa, para
protegê-los.
Tarefa cumprida.
Suspirou aliviada, estavam
a salvo.
Esse pensamento a fez sorrir de satisfação.
Sem mais problemas para aqueles pequeninos por enquanto.
Os
embrulhou e pegou a capa no colo com cuidado, aninhando-os como se
fossem bebês e, ignorando a chuva demasiada que caía,
começou a andar em direção a sua casa.
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Hiko
resmungou alguma coisa.
Quando saíra de casa a chuva não
estava tão forte assim.
Inferno.
O homem apertou o
passo. Segurava o kasa com a mão esquerda e com a direita
segurava o balde de madeira que usaria para trazer a
água.
Relâmpagos.
Preferia assistir isso de dentro
de casa, sem dúvida alguma.
Precisava de água para
fazer uma boa sopa de miso para o café da manhã e
sofrera um pequeno acidente derramando o resto da água que
sobrara do dia anterior no tatame, sendo assim obrigando a andar até
o final do vale em baixo de chuva para não passar
fome.
Acidente?
Não, essa palavra não fazia jus a
sua magnânima pessoa. 'Série de movimentos não
tão bem executados' soava um pouco melhor... Um pouquinho
só.
Os passos pesados nas poças de água da
trilha que levava até onde pretendia chegar começaram a
ser recortados por um barulho ensurdecedor.
Trovões?
Era
a cachoeira...
Cachoeira?
Talvez fossem os trovões...
Apertou
o passo.
A vegetação começou a ficar menos
densa até que se abriu em uma clareira aonde a queda de água
formava uma lagoa profunda de forte correnteza que se abria para um
rio veloz que descia as montanhas.
As formações
rochosas dali lhe traziam à memória muitas cenas do
passado e ele talvez até se pegasse pensativo se não
tivesse a atenção presa por um objeto estranho ao
cenário.
Um vulto estirado no leito como se a água o
tivesse arremessado para fora do rio.
Um corpo?
Provavelmente o
fosse.
Correu até ele.
Curioso e estranho.
Talvez
mais estranho que curioso...
Largou o balde na praia de cascalhos
e pedras, ajoelhando-se para ver o que ou quem era aquilo.
E lá
estava, debruçado na ribanceira...
Alta demais para uma
mulher, esguio demais para um homem... Os cabelos longos eram de um
negro tão intenso e tão brilhante que pareciam ter sido
tecidos com fios de noite sem lua e, escorridos e molhados, cobriam a
criatura inconsciente que o mestre do estilo Hiten Mitsurugi se
apressava em tomar nos braços e desvendar a face.
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Peéssês
Arin
raumo dia de tempestade
Siannon vem de Siannodel,
Riacho da Lua em élfico. By o Guia do Jogador de D&D
3.0
Osto-undomë vem do quenya... seria "cidade do
crepúsculo"
Toirão mamífero
encontrado na Europa, parece muito uma doninha só que é
bastante agressivo.
Baianca barranco.
Kasa aquele
guarda-chuva japonês. Também pode ser aquela sombrinha
bonitinha
Miso Sopa de tofu.
