Capítulo 8
Um fim de semana - parte 2
Rin acordou no meio da madrugada. Sentiu cede. Resolveu sair para beber um copo de água. Saiu de camisola mesmo, àquela hora todos estariam dormindo.
Abriu a porta e caminhou até a cozinha no escuro, para não acordar ninguém. Passou pelo corredor e enfim, entrou na cozinha. Acendeu a luz. Olhou para os lados a procura de alguma coisa que parecesse água. Abriu a geladeira e viu lá dentro uma jarra. Retirou-a enchendo, logo em seguida num copo de cristal que estava em cima da pia.
Bebeu o primeiro copo, encheu outro. Estava realmente com sede.
'Parece que a roupa que lhe dei fez jus a tua beleza.'
Rin colocou a mão no coração assustada ao ouvir a voz grave e masculina. Sesshoumaru riu da moça, e falou:
'Desculpe-me, mas não pude deixar de comentar. Caiu-lhe tão perfeitamente.' Ao falar isso percorreu os olhos pelo corpo dela. Foi impossível não comentar nada e não olhá-la depois do dia anterior. Era muita tentação.
Nessa hora Rin estava de frente para ele. A camisola marcava-lhe as curvas. Os olhos dourados pareciam querer devora-la. "Ela é absolutamente linda." O rapaz pensava enquanto a olhava.Possuía uma cintura delgada e os quadris bem torneados. O tecido de seda branca caía-lhe sobre o corpo e a renda rosada que estava na parte do colo e do busto, criava uma expectativa para quem os olhassem. Estavam cobertos pela renda, mas o tecido era muito fino e dava pra ver os delicados seios da moça numa penumbra. Apenas uma fina tanguinha de renda nobre e trabalhada cobria-lhe o corpo por baixo da camisola.
Ela também não pode deixar de olhar para os músculos salientes dele. Estava de peito nu e usava uma calça verde musgo com uma listra branca dos lados. Os braços eram fortes e bem desenvolvidos. Rin ficou admirando os músculos do homem sem conseguir se controlar. Eram bem definidos, mas não exagerados. "Nossa!!!! O abdomem dele parece mais um tanque!!!!!" ela pensou olhando para o local.
Sesshoumaru não conseguiu resistir. Aproximou-se dela devagar. Estava hipnotizado. Segurou na cintura escorregando a mão sobre o tecido fino e macio. O toque a fez estremecer. A mão firme dele era muito sensual e a estava provocando em demasia.
Rin não conseguia parar de olhar nos olhos dele. Era uma atração mútua. Ele a ajudara em todos os aspectos da propaganda. Mas não era só isso. Ela sentia muita atração por ele, não só física, mas emocional. Desde o dia da gravação Rin notara que estava diferente para com ele. Sentia-se estranha, tinha vontade de o provocar, o seduzir. Nunca sentiu tamanha vontade de provocar um homem antes. Ela os afastava de si. Mas era diferente com o homem a sua frente, ela tinha vontade de estar perto, de nunca mais ficar distante. Aquilo era inusitado para ela e estava sendo muito mais forte que seus temores.
Estavam ofegantes. Sesshoumaru estava muito próximo a ela a ponto de seus os hálitos se trocassem por um tempo. Um tempo que foi o suficiente para faze-los fechar e sentirem o aroma um do outro. Sesshoumaru inclinou a cabeça em direção a ela e deixou que seus lábios tocassem os dela, o desejo de sentir o sabor deles era intenso e estava acumulado desde o dia anterior.
Não se controlando mais, passou a ponta a língua pelos lábios para apreciar melhor o gosto que eles tinham. Rin deixou os braços envolverem o pescoço do homem que estava a sua frente. Abriu os lábios de forma provocante.
Aquilo o fez perder completamente o controle. Deixou que o beijo se transformasse de um singelo toque para uma profunda paixão. Sesshoumaru desceu os beijos pelo pescoço e provou da pele macia. Sentiu o perfume que Rin possuía.
Ele pode sentir o corpo dela estremecer entre suas mãos. Percebendo que ela apreciava suas carícias aumentou a intensidade beijando-lhe os lábios loucamente. Ela o estava fazendo perder a cabeça. Como a garota havia mudado.
Mas nessa hora Sesshoumaru não conseguia pensar em nada exceto tê-la para si. No entanto, ainda era muito cedo para isso. Seria muito mais delicioso tê-la por completo. E ainda não estava na hora disso acontecer. Ele precisava se controlar. Mas estava ficando cada vez mais difícil. Ela era muito sensual.
Os nervos dele estavam a flor da pele. Precisava se afastar ou não saberia se agüentaria por muito mais tempo. O desejo aumentava cada segundo, mas era quase impossível se afastar do perfume dela. Era maravilhosa.
Buscando uma força interna Sesshoumaru, delicadamente, afastou-se dela e respirou profundamente, tentando se acalmar. Ele a olhou. Rin estava linda. Era irresistível, aproximou-se novamente. Não poderia se afastar dela. Ele não conseguiu se controlar. Beijar não arrancaria um pedaço de ninguém. Foi seu pensamento.
Deixou-se aproximar novamente. Parecia que ela estava pedindo por aquilo. Ele sentia que ela também queria seus beijos e carícias. Podia ler seus olhos.
Os dois ficaram na cozinha por algum tempo envolvidos em beijos apaixonados. Se afastaram por falta de ar. Nessa hora puderam ouvir o som de uma porta abrindo e fechando e vozes vindo do corredor. Sesshoumaru olhou para Rin que estava com uma cara apavorada. Segurando em seu braço a puxou para um cômodo que havia no final da cozinha. No entanto, a luz havia ficado acesa.
As vozes entraram no cômodo e o casal que antes se beijava ardentemente estava agora um colado no outro apertados dentro de um quartinho com materiais de limpeza. Sesshoumaru pode sentir todo o calor do corpo da mulher. Ele ficava se perguntando se aquela tinha sido uma boa idéia. Não sabia se era mais excitante a beijar ou sentir o calor de seu corpo colado a sua pele. Ele aproveitou e a abraçou.
Como a porta estava entre aberta para que pudessem respirar, puderam ouvir toda a conversa dos recém chegados.
'O meu irmão não existe. Foi dormir e deixou a luz da cozinha acesa.' falou irritado.
'Vamos logo, Inu. Estou com sono.'
'Tá bem Kagome.'
'Gostaria de entender porque a Rin só fica pensando em trabalhar. Podíamos ter deixado pra fazer o resto da propaganda hoje e assim eu e minha Kagominha podíamos ficar descansando o dia toooooodo.' Fez uma cara de desolado e bateu no bumbum da namorada quando esta virou de costas para ele.
'Êta!!!!!!! Você é insaciável, Inuyasha.'
'Sou não! É que ontem foi sexta feira, querida.'
'Certo!' disse com um sorrisinho maroto.
'Mas me explica porque ela é assim?'
'Ai, Inu ela sofreu muito quando era criança. Minha mãe a adotou porque os tios quase a mataram uma vez de tanto a espancar.'
'Mas e o que isso tem a ver com ser exigente e desesperada com os trabalhos?' o outro levantou as sombrancelhas.
'Ela é assim desde criança. Aprendeu a duras penas. Tinha que ser alguém para sair do inferno em que vivia. Foi a vida. Ela nunca comentou nada comigo e eu nunca a quis forçar. mas ela sofreu muito, querido. Você nem sabe o quanto. Mas acho que é muito bom ela ser assim, porque Rin sempre conseguiu o que quis por causa disso.'
'Está bem! Está bem! Agora, eu quero sentir o perfume da empresa no seu pescocinho de novo.' Cheirou o pescoço dela.
'Pelamordedeus, Inuyasha!' Kagome disse.
'Minha princesa está muito estressada ainda. Vem? Vou fazer uma massagem bem gostosa.' Segurou ela pelo braço a puxando para fora do recinto.
'Se for assim eu quero!' A moça dizia dengosa.
A essa altura, Rin estava, encolhida, se segurando em Sesshoumaru. Chorava um pouco. Ela inconscientemente o abraçou com força, e ele retribuiu para que ela se sentisse mais segura. Enfim ele descobriu parte do que aconteceu com a menina. Como ela devia ter sofrido. Se ele pudesse faria os tios pagarem pelo que fizeram com ela.
Estava escuro. Inuyasha apagara a luz. Os dois saíram de dentro do armário. Sesshoumaru a abraçou mais forte fora do ambiente apertado onde estavam. Sentia ela tremer entre seus braços, não mais por desejo. Agora por trauma e nervoso. Estava se sentindo frágil frente a ele. Ele sabia de tudo agora. Não havia mais o que esconder. Talvez ele merecesse saber da boca dela. Mas deixaria para um outro dia. Esse era o pensamento de Rin.
Aproveitou para sentir a pele dele em contato com a sua. Ficaram algum tempo assim.
'Melhor irmos dormir.' Rin estava se sentindo melhor. Aquele homem tinha o poder de faze-la acalmar.
'Está melhor?' perguntou. 'Quer que eu fique com você? Juro que me comporto bem.' ele falou mexendo no queixo dela.
Rin queria realmente isso, mas ela estava com medo.
'Acho que estou melhor. Obrigada.'
'Como te disse antes. Se você quiser desabafar, pode contar comigo. Sou um ótimo ouvinte.'
'Está certo. Muito obrigada. Você me acalma.'
'Vamos descansar, então.'
Eles saíram da cozinha e Sesshoumaru deixou Rin na porta do quarto. Aproveitou para dar-lhe um beijo de boa noite. Foi um singelo beijo, mas muito carinhoso. Era como se ele dissesse inconscientemente para ela que a queria bem.
'Não queria te deixar sozinha. Tem certeza que não quer que fique mais um pouco contigo? Eu aguardo você dormir e então vou embora depois.'
'Não precisa se preocupar. Estou melhor agora. Amanhã conversamos. Arigatou.' Estava com os olhos vermelhos. Ele olhou para eles e fez uma cara de quem não estava convencido das palavras dela.
"Então, minhas suspeitas estavam certas! Mas que coisa mais horrível! Como deve ter sofrido essa pequena." pensava.
'Está bem. Mas se mudar de idéia pode bater no meu quarto. Combinado?' disse. Rin concordou com a cabeça. Ele a beijou novamente e ela fechou a porta ficando sozinha no quarto.
Por que ela tinha que dispensar a ajuda dele se ela estava precisando de um ombro amigo? Por que ela não parava de desconfiar de todo mundo? Por que ela não esquecia aquilo tudo e não fazia o que sentia vontade de fazer? Por que se impunha uma solidão se não precisava mais daquilo? Podia, simplesmente, ter aceitado a sua companhia. Ela estava debilitada mesmo! Não era nenhuma vergonha mostrar isso para as pessoas. Por que ela continuava tentando se fazer de forte se ela, no fundo, era uma mulher sensível e que se machucava com muita facilidade. Não queria mais ficar sozinha. Não queria mais passar por esses momentos sozinha. Por que não aceitar dividir com ele suas dores, se desde criança ele a ajudara, mesmo sem a conhecer!
Sentia necessidade de alguém em quem confiar para demonstrar seus mais profundos sentimentos. Por que tinha tanto medo de sentir? Por que tinha tanto medo de amar? Ela não o deixara entrar, no fundo, porque não queria deixar que ele se aproximasse de mais dela. Mas esse comportamento a fazia sofrer. Então, por que continuava a fazer aquilo consigo mesma? Por que se impunha um sofrimento, uma solidão?
Quando se percebeu, estava chorando copiosamente novamente. Tinha se passado tanto tempo, mas mesmo assim não conseguia tocar no assunto com ninguém. Era muito doloroso para ela. No fundo, ela queria tê-lo deixado entrar e ficar abraçada a ele. Os seus braços eram tão quentes e fortes. Se sentia tão protegida entre eles.
Rin abriu a porta do quarto e correu até onde o rapaz dormia. Tentava parar de soluçar, mas o choro copioso não cessava. Ela estendeu a mão para bater a porta, mas não teve coragem. Parou o movimento antes de o completar. No entanto, a porta se abriu.
Olhou para frente e encontrou um par de olhos dourados a encarando. Ele estava com uma feição pesarosa, apreensiva, preocupada. A abraçou fortemente.
'Senti que não estava nada melhor. Não se preocupe. Está tudo bem agora.'
Andou com ela até seu quarto e entrou fechando a porta. Dirigiu-se até a cama, sentando-se a seu lado e acariciando os cabelos sedosos da moça. Os dois ficaram em silêncio, não queriam falar nada. Sesshoumaru só queria acalmar a moça e a deixar tranqüila. Apagou a luz deixando que ela ficasse mais a vontade.
'Não queria te incomodar, mas...'
'Não precisa dizer nada. Só quero te fazer companhia e me certificar de que, a mocinha, vai dormir ao invés de chorar.'
'Obrigada!'
O rapaz respondeu beijando a testa dela e depois os lábios.
'Agora, descanse.'
Passou alguns minutos com Rin e ela logo adormecera. Beijou-lhe os lábios delicadamente para não a acordar. Saiu do recinto pé ante pé, não fazendo barulho. Não queria que o irmão, nem a namorada o visse no quarto da moça, pelo menos, não agora. Ele nem precisou pensar muito em como se aproximar dela. O destino estava providenciando muito rapidamente, e sem esforços essa união.
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Sesshoumaru acordou cedo, quase de madrugada. Não conseguira dormir direito preocupado com a moça dormindo no outro quarto. Saiu para os exercícios diários. O local onde as gravações foram realizadas havia sido reorganizado para seu treino diário. Sesshoumaru, nunca deixava de treinar. Era uma questão de tradição familiar. Inuyasha não seguia as tradições, mas ele sim. E também, era bom manter-se sempre em forma.
Entrou no local e acendeu a luz. Estava quente. Sentou-se no chão e fechou os olhos para uma concentração. Deixou que a mente ficasse vazia por alguns segundos. Depois pegou um tecido preto e vendou os olhos. Em seguida começou a movimentar os braços e pernas numa coreografia harmoniosa onde a força e a elasticidade andavam de mãos dadas.
Durante os exercícios, não ouviu que a porta se abriu lentamente e que estava sendo observado curiosamente por uma moça. Ela não pode conter a análise feminina em relação a beleza masculina. Realmente, era um pedaço de mal caminho. Agora estava explicado o motivo de tão bem definida musculatura. Os movimentos faziam os músculos saltarem a vista da garota que nem piscava de tão cravados estavam no homem.
Era excitante vê-lo executar tão decididamente todos os movimentos. Era excitante ver os músculos, saltarem-lhe aos olhos. Eram excitantes os movimentos tão masculinos. Ela o olhava indiscriminadamente, principalmente, porque o jovem estava de olhos vendados e não analisava a forma como ela o observava. RIn deixou que um sorriso malicioso saísse de seus lábios.
Ele sentou-se novamente ao chão e retirando a venda e ainda com os olhos fechados acalmou as batidas do coração com uma concentração final. Abriu os olhos em fim e se deparou com uma Rin sorridente com dois olhos castanhos cravados nele.
'Então era você?' disse num meio sorriso.
'Você percebeu que eu entrei?'
'Claro. Mas não quis interromper a sequência.' Disse lenvantando-se para sentar-se ao lado da moça. 'Desculpe-me estou suando, mas acho que um beijo delicado não vai te sujar de suor.' Ele tocou os lábios dela suavemente.
'Bom dia, tesouro.'
"Tesouro! Que gracinha. Nunca ninguém me chamou de tesouro! Até que eu gostei!" pensou aceitando as caricias dele.
'Dormiu bem?'
'Hai! preciso te agradecer por ontem!'
'Imagina! Quando agente tem um tesouro nas mãos temos que cuidar bem dele.' falou deixando a moça completamente corada pela cantada. Mas dessa vez ela não quis revidar, estava gostando de estar perto dele e receber elogios.
'Quer comer alguma coisa?' falava com ternura.
'Hai! Estou com um pouco de fome!'
'Vem!' ele se levantou estendendo a mão para ela segurar-se.
Sesshoumaru e Rin andaram até a cozinha. Como era domingo não havia nenhum empregado na casa. Parecia que todos estavam de folga. Rin foi a primeira a entrar.
'Sente-se um pouco que eu preparo algo pra nós comermos.'
'E você sabe cozinhar?'
'Hai. E cozinho MUITO bem por sinal.' Disse meio convencido.
'Humm! Só quero ver.'
'Sei fritar ovo e fazer café!' Falou. 'O pão agente compra. Viu?? Sou excelente cozinheiro!' Rin caiu na gargalhada. Levantou-se para ajudá-lo. Ela sim, sabia cozinhar, afinal, cresceu cozinhando, mesmo que obrigada. Mas o lado bom disso era que sua comida era esplêndida.
Com a ajuda da moça os dois prepararam o café e sentaram-se a mesa. Lá já tinha pedaços de pães fatiados, geléia e manteiga. Alguns croissants e um bolo. Colocaram alguns talheres e algumas xícaras.
'Pronto! Não te disse que sabia cozinhar como ninguém?'
'Sim, eu vi.' Ela disse com um sorriso estampado de um lado a outro do rosto entrando na brincadeira dele.
Sesshoumaru sentou-se ao lado de Rin e ficou brincando de cheirar e beijar o pescoço dela toda vez que ela levava alguma coisa na boca. Rin mandava ele parar, o que não servia pra nada. Quanto mais ela se arrepiava mais ele fazia.
'Mas você pratica artes marciais a muito tempo?' A moça perguntou parecendo muito interessada.
'Hai! Desde que me conheço por gente.'
'Ai que legal.' a menina disse interessada no assunto e ele continuou.
'É uma tradição familiar. Eu e Inuyasha descendemos de samurais que em eras remotas eram muito conceituados e influentes no país. Depois foram esquecidos, mas minha família, jurou que manteria as tradições dos nossos antepassados. E assim meu pai adaptou o código de conduta Samurai para a vida empresarial.'
'Nossa!!! Que incrível!!! Então, se fosse antigamente, Sesshoumaru seria um samurai?'
'Talvez. Mais precisamente, sim.'
'Hum!!! Que legal.'
'Inuyasha não pratica nada. É um preguisoso. Mas eu sim.'
'Parece que o seu irmão no exato momento está mais interessado em outro exercício.'
'É e também tiveram uma noite de insônia!' ele falou com um sorriso um tanto malicioso.
'É o que parece.' Rin disse.
Aproveitando que estavam a sós, Sesshoumaru aproximou o rosto dela e beijou o pescoço da moça deliciosamente. Rin fechou os olhos se entregando para a situação. Ele beijou os lábios da moça, inicialmente com ternura, mas a ternura se transformou em paixão.
Os dois estavam tão envoltos que não perceberam a entrada de um outro casal. A moça tapou a boca e arregalou os olhos, espantada. O rapaz sorriu e puxou a namorada para fora da sala. Correram e entraram novamente no quarto fechando a porta.
'Caramba!!!!' Kagome disse sentada na cama e rindo depois.
'Os dois estão no maior amasso!' Inuyasha disse soltando uma gargalhada. 'Eu te disse que o Sesshoumaru estava esquisito.' Outra gargalhada.
'É mesmo. Fico feliz por ela.'
'Parece que ele foi fisgado mesmo! Também, né?' A moça que estava achando graça parou e encarou o namorado com olhos fuzilantes.
'Também o que, Inuyasha?'
'Na-na da. Eu só quis dizer que depois da gravação o Sesshoumaru tava muito entretido em ficar observando sua irmã. Foi isso!'
'Ah bom! Você está em débito comigo, viu, senhor mentiroso!'
'Ah, Kagominha! Faz isso comigo não! Eu já te expliquei tudinho. Só não te contei da empresa porque queria ter certeza de que gostava de mim e não do meu dinheiro ou do meu status social, assim como foi com o Sesshoumaru com aquela tal de Kagura quando ele tinha 16 anos. Eu fiquei traumatizado, sabia?'
'Tá bem, Inuyasha. Traumatizado! Até parece! Você era uma criança.'
'Era nada. Tinha 12 anos!'
'Agora levante-se do chão e vem sentar aqui do meu lado.'
'Então... Estou perdoado?'
'Só se me fizer uma massagem deliciosa!' Ela disse com um sorriso sensual.
'Deixa comigo, minha deusa!'
Enquanto os dois estavam dentro do quarto o outro casal se afastou por falta de ar. Sesshoumaru puxou uma conversa:
'Acho que não tem muito mais pra fazer com relação a propaganda, não é?' Sesshoumaru perguntou mudando completamente o rumo da "conversa".
'Hai. Creio que mais uma ou duas horas serão suficientes para terminar tudo!'
'Então, podemos terminar. Eu te ajudo. Depois quer almoçar comigo? Eu te levo num restaurante que adoro. Acho que vai gostar muito.'
'Desde que não seja o restaurante onde eu morava em Nagoya eu aceito.' Ela brincou com a situação e se estranhou depois de ter falado aquilo. Era engraçado, nunca tinha falado nada sobre a família para ninguém. Com ele sentia-se a vontade para fazer até brincadeiras sobre o assunto. Ela estava começando a gostar da companhia dele. Fazia bem para ela.
'Claro que não! É um restaurante muito gostoso, aqui em Tóquio mesmo.'
'Está bem. Mas nós não íamos almoçar com o casal de pombinhos?'
'Sinceramente!' Sesshoumaru disse. 'Prefiro almoçar a sós com meu tesouro.' Antes que Rin pudesse falar alguma coisa ele a beijou novamente. A garota ficou segurando o pedaço de alimento com a mão, sem reação. Toda vez que ele fazia aquilo ela ficava assim.
'Então, vamos logo que quanto antes terminarmos mais cedo podemos ir almoçar.' Disse Sesshoumaru impaciente.
'Parece que o senhor adaptou bem meu ditado.'
'Viu? Sou excelente aluno.' Disse isso a puxando pelo braço e a levando para o lugar onde iriam trabalhar. Ficaram trancados por uma hora e meia. Por fim, tudo estava preparado. Rin havia feito quase tudo sozinha, com a ajuda de Sesshoumaru.
Ele se mostrou extremamente profissional. Quando estava dentro da sala com a moça. Não a beijou ou nada nesse sentido. Deixou que ela se concentrasse em seu trabalho. A única coisa que fazia era dar alguns palpites, o que eram recebidos entre sorrisos.
'Não acredito que terminamos!' Rin disse deixando a cabeça tombar para traz. Ela se levantou para esticar as pernas. 'Ai que canseira!'
'E quero que seja essa a idéia da propaganda do meu perfume.'
'Sério?' Ela disse sorrindo de um canto ao outro.
'Claro. É perfeita. Surtiu efeito em mim.'
'Mas acredito que ainda tenha muitas coisas a melhorar. Não tivemos tempo para amadurecer a idéia.'
'Sim, concordo. Mas é magnífica. Principalmente a dançarina.' Dizendo isso ele a puxou pela cintura fazendo com que ela sentasse em seu colo. Rin sorriu e deixou-se ser acariciada pelas mãos fortes dele.
'Quer conhecer o restante da casa?' ele disse entre beijos.
'Hai!' ela disse sentindo o perfume do pescoço dele.
Ficaram mais uns minutos entregues um ao outro e resolveram sair de dentro da sala, antes que a situação ficasse incontrolável. Sesshoumaru mostrou o restante da casa para a moça. Era enorme e muito rica.
Saíram para almoçar e se conhecer melhor. Rin deixou um recado para Kagome dizendo que iria sair para almoçar e que depois conversariam. Disse que tinha terminado a propaganda e que estava no escritório dentro do computador. Eles poderiam vir aqui para dar opiniões ou arrumar mais alguma coisa. Mais a tarde retornaria para conversarem e terminarem de combinar como apresentariam o trabalho.
'É!!!! Parece que quem foi fisgada mesmo foi a Rin.' Kagome disse com ar impressionado.
Continua...............
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