Disclamer: Saint Seiya não me pertence e esta fic não tem fins lucrativos.
Comentários da Autora: Gostaria de agradecer a todos que lerem esta fic. Uma homenagem tardia ao aniversário de nosso querido cavaleiro de gelo. Se não gostam de Yaoi, por gentileza, parem por aqui, se gostam, espero que a leitura seja agradável. Aguardo comentários, eles são sempre bem vindos.
Todo tempo do Mundo é agora
Eu sabia que teria todo tempo do mundo, ou melhor, a minha parte racional sabia que teríamos todo tempo do mundo para aproveitar, mas eu não sou racional. Nunca fui. Meu lado passional sempre me dominou. Ferro e fogo. Paixão. Era o que eu sentia naquele momento. Eu sempre fui total e completamente apaixonado por ele. Não poderia nem queria esperar mais nada. Queria me embriagar com o sabor daqueles lábios. O puxo pela camisa para mais perto de mim. Meu nariz quase encostava no dele. Podia sentir sua respiração entrecortada em meu rosto. Perfeito! Ele queria tanto quanto eu.
Afasto um pouco seu cabelo e beijo sua nuca, próximo a orelha. Falo com voz macia e sensual.
- Podemos fazer tudo que você quiser. Hoje é o seu dia e eu sou o seu presente. Mas temos muito tempo. Posso te pegar pela mão agora e sairmos para tomar um sorvete. Ou...
Continuo a dar pequenos beijos em seu pescoço. Sua pele se arrepia sob minhas mãos. O ouço suspirar. O som singelo do suspiro me enlouqueceu. Meu desejo pulsava. De repente minha calça ficou completamente apertada. Tudo que eu conseguia pensar era em me livrar dela, mas não. Teria que ser perfeito. Continuo meu joguinho quando ele me pergunta:
- Ou?
- Ou podemos continuar o que estamos fazendo agora. O que eu mais queria era vê-lo feliz em meus braços. O que você quer?
- Milo! Se você mover um dedo para fora desse quarto, juro por todos os deuses que vou inventar um novo sabor de sorvete. Sorvete de escorpião no palito!
Soltei uma gargalhada gostosa...
- Ummmm... Deve ficar maravilhoso! Com uma matéria prima dessa, só pode ficar perfeito! O problema é que você teria que assistir outras pessoas me chupando. – Acabo de falar e passo a língua por meus lábios sedutoramente. – Mas o picolé em questão aqui é você, e como sou um tantinho egoísta, pretendo te chupar todinho agora para que mais ninguém pense em provar.
Vou empurrando delicadamente Camus de volta para cama. Enquanto empurro vou tirando sua roupa. Arranco a camisa e jogo em um canto, abro o cinto e puxo de uma vez só, também largando em qualquer canto. Vou fazendo isso sem interromper o contato com seus olhos. Quando ele se deita, tiro o sapato e as calças de uma só vez, deixando-o só com a boxer. Quando ia continuar a beijá-lo ele me empurra. Caio sentado no chão, completamente desequilibrado. Fico sentado no chão, olhando pra ele com aquela cara de "onde foi que eu errei". Ele olha pra mim e começa a rir.
- Mon ange, vai ficar o resto do dia sentado ai com cara de cachorro abandonado?
- Você... você... você... – eu não conseguia falar, estava em estado de choque, afinal ele havia me jogado no chão, ora bolas! A gargalhada dele me deixou mais desconcertado ainda.
- Eu o quê? Ora Milo, onde está a sua desenvoltura de conquistador? Não é meu aniversário? Não é meu dia? Então... Você não acha que está muito vestido não?
- Mas... mas... mas... – eu parecia um disco arranhado.
Ele ria de novo. Droga! Minha tarde romântica estava virando um show circense e o pior que o palhaço era eu. Seguro sua perna de supetão e dou um puxão. Agora quem também estava no chão me fazendo companhia era ele.
- Você estava achando que eu ficaria aqui sozinho? – foi a vez dele ficar completamente desconcertado. Mas ele se recuperou mais rápido que eu. Tenho que admitir...
Quando Milo caiu no chão não resisti. Tive que rir. Foi por demais engraçado. A quanto tempo eu não dava uma boa gargalhada? Eu nem me lembrava da última vez. Ele ficou durante algum tempo meio apatetado. Minha intenção não era derrubá-lo, mas creio que no auge da empolgação usei um pouco mais de força do que queria. Mas ele não deixou barato, me deu um puxão quando eu menos esperava e lá estava eu esparramado no chão. Mas eu não ia perder a pose? Ia? Já que estávamos no chão mesmo... Segurei-o pela camisa e o aproximei de mim.
- Como eu disse mon ange, você está muito vestido... – acabei de falar e arranquei sua camisa. Começamos a nos beijar novamente no chão mesmo. A temperatura do quarto aumentava a cada beijo. – Maldito ar condicionado que não funciona.
- Ora, ora... quer dizer que o meu freezer privativo está com calor? Será que posso ajudar? - quando Camus começou a me beijar, depois de arrancar minha camisa, voltei a ser um pouco senhor de mim, a minha tarde não estava completamente perdida.
Ao ouvi-lo reclamar do calor, pergunto se posso ajudar... antes mesmo de ouvir a resposta, levanto o cabelo dele, formando um "rabo-de-cavalo" no alto da cabeça, que mantive preso com uma das mãos. Me abaixo e vou soprando o pescoço dele, a cada sopro um beijinho leve, delicado e molhado. A pele dele se arrepiava a cada toque de meus lábios...
- Que foi, amoreco, está com frio agora? – perguntei com uma ironia proposital.
Ele não se deu ao trabalho de me responder. Era a vez dele. Ele se afasta um pouco de mim e acaba de me despir. Beija todo meu corpo, pedaço a pedaço. Meus sentidos não mais me respondiam. Quando eu achei que estava chegando ao paraíso descubro que ainda poderia melhorar... Ele começa a beijar minha ereção.
Quando ele começa a me lamber eu achei que não poderia mais me controlar. Comecei a gemer alto. Meu corpo se movimentava instintivamente, afundando mais minha ereção em sua boca. Eu falava palavras desconexas. Ele leva seus dedos a minha boca. Eu sabia o que ele queria e eu também queria. Chupo com prazer e vontade os dedos dele. Sinto quando ele começa a me preparar para o que eu mais queria.
A primeira sensação foi de uma dorzinha desagradável. Não era a minha primeira vez, mas já tinha algum tempo que eu não me deitava com ninguém. Eu queria ser dele e vinha me guardando para ele a algum tempo. Ele sente meu desconforto e por instante pára.
- Por favor, continue! – supliquei.
- Tem certeza, mon ange, não me perdoaria se te machucasse...
Levanto um pouco e olho dentro de seus olhos... – Você me machucaria muito se parasse agora, mais do que poderia imaginar.
Ele nada fala, volta a dar atenção a minha ereção e continua sua exploração por meu corpo me preparando para recebê-lo. Eu já não agüentava mais de tesão.
- Camus, por favor, me faça seu agora!
- Seu desejo é uma ordem!
Ele tira os dedos de dentro de mim e começa a me penetrar. Sinto novamente o desconforto, mas pouco me importo. Aos poucos vou ditando o meu ritmo. Ele começa a me excitar com sua mão enquanto me penetra. Perco novamente a razão. Em minha cabeça via um caleidoscópio de sensações que eu nunca pensei que pudesse existir. Ele era perfeito. Eu não era nenhuma criança, mas não poderia nunca imaginar que sexo fosse tão bom, tão perfeito.
Não consigo mais me controlar e meu orgasmo vem com fúria total. De minha garganta sai um grito gutural de puro prazer e êxtase. Me sinto quase desfalecer.
Quando eu comecei a prepará-lo, vi dor em seu rosto. Tive que parar, por mais que eu não quisesse. Eu o amava demais e nunca me perdoaria se o machucasse de alguma maneira apenas para ter prazer. Mas fui devidamente ameaçado caso parasse. Continuei a estimulá-lo com minha boca e prepará-lo. Ele me pede para Possuí-lo. Esse era o meu maior desejo. Quando me vejo dentro dele, fui obrigado a parar, ou acabaria ali, naquele momento. Ele começa a ditar seu próprio ritmo, que dava prazer a ambos. Comecei a estimulá-lo com minha mão. Ouço seus gemidos, vejo seu prazer estampado em sua face. Foi a visão mais perfeita de minha vida. Eu nunca pensei que pudesse ser tão complementado e sentir tanto prazer em minha vida. Quando o orgasmo dele vem, é forte, intrínseco, verdadeiro, natural. Fecho meus olhos e deixo meu próprio prazer vir. Foi como se eu me esvaziasse de mim mesmo. Neste momento eu deixei de me pertencer. Eu era dele. Tão e somente dele. Nem mais, nem menos. Me deitei ao seu lado, no chão, e fechei meus olhos.
Esta fic não poderia ficar sem um lemon, mas não sei se consegui o tom certo, enfim foi o melhor que deu pra arrumar. Espero que tenha agradado aqueles que a acompanham... Abçs a todos e até o próximo capítulo.
