Capítulo 2
Praticamente nenhum cavaleiro de ouro comia lá, só em algumas raras exceções quando não queriam cozinhar o que não era o caso desse dia, mas mesmo assim tinham muitos cavaleiros de prata, amazonas, alguns aspirantes a cavaleiros e logicamente os cavaleiros de bronze, que ficaram bastante alegres de ver a Minu por lá.
Olá Minu, que surpresa como estão as coisas no orfanato? – falou o gentil Shun com a namorada de um lado e o Ikki do outro que não prestava muita atenção na conversa.
Muito bem Shun, mas as crianças ficaram um pouco tristes por vocês não aparecerem mais com tanta freqüência por lá, apenas o Hyoga que aparece mais e é por causa da Eire que eu sei. – dando uma risadinha e deixando o cisne envergonhado por ela esta certa.
É verdade, mas não se preocupe vou começar a carregar esses cavaleiros para o lado de lá também e melhor ainda eu também faço eles levarem as namoradas assim não ficam muito aperreados para voltarem logo para casa.
Uma ótima idéia, seria um prazer ver todos vocês lá, e Shun devo lhe dizer que você é tem muita sorte, arrumou uma namorada muito bonita. – dando um sorriso simpático para June que o correspondeu.
Muito obrigada pelo elogio, os garotos sempre falaram muito bem de você, eu adoraria ir visitar o orfanato. – respondeu June.
Será um prazer recebe-la e levem também a Shun-rei, faz muito tempo que não a vejo. – notando que alguém se aproximava da mesa.
Olá Minu. – era Jabu que veio em direção a mesa, o que Ikki estranhou e ficou olhando a cena, afinal Jabu geralmente ficava com os outros cavaleiros de bronze em outra mesa.
Oi Jabu, eu pensei que estava no Japão. – respondeu séria, mas educadamente.
Eu estava, vim para cá ontem, será que depois podemos conversar?
Claro, depois conversaremos.
Certo. – e voltou para mesa, mas não sem ficar olhando disfarçadamente de vez em quando a Minu conversar e comer.
Minu você vai me contar não é? – Seiya curioso.
Contar o que?
Ora, o que. É lógico que é o motivo do Jabu querer conversar com você, até parece que são... íntimos. – com um sorriso malicioso nos lábios.
Pare de ser curioso, não é nada de mais o que ele quer falar comigo, mas só por causa disso não vou te contar nada Seiya de Pégaso. – na verdade o que ela não queria era falar sobre esse assunto.
Ei! Isso não vale!
Foi bem feito quem manda ser enxerido. – falou Hyoga tirando risada de todos que estavam na mesa.
Eu já acabei, vou me retirar. – e Ikki se levantou e saiu.
Ele ainda esta chateado. – suspirou Shun.
Bem... Ele tem razão de estar, apesar de não gostar dela, ele ainda tem orgulho próprio, e como estamos falando do Ikki isso quer dizer, muito orgulho próprio. – falou Shiryu.
Eu não tiro a razão do meu irmão, se isso tivesse acontecido com qualquer um de nós, estaríamos pior do que ele. – Shun.
Mas nós gostamos das nossas namoradas. – falou Seiya e logo depois ficou mais vermelho que um tomate, e Saori o acompanhou nessa vermelhidão.
É... Minu é melhor irmos até o templo de Áries falar com Mú sobre as suas malas. – Saori tentando dissipar a vermelhidão.
Claro, vamos. – as duas se levantaram e seguiram para o templo de Áries, chegando lá falaram com Mú que disse que Kiki logo faria isso e deixaria as malas no quarto de Minu, as duas agradeceram, e Saori resolveu subir novamente enquanto Minu disse que iria dar um passeio pelo Santuário, apesar de estar já de noite ela queria muito conhecer todo aquele belo lugar, Saori lhe recomendou não ir muito afundo, pois sempre poderia ter o risco de algum cavaleiro não saber quem ela era e atacá-la.
Minu caminhou por todo o Santuário, olhando tudo com grande curiosidade, encontrando em um lugar até deserto por causa da hora um pequeno lago de águas cristalinas, ela passou os pés por ele e notou como a água estava quentinha, pensou um pouco e decidiu que iria entrar na água mesmo de noite, olhou para todos os lados e o silencio se fazia presente a não ser pelos galhos das arvores envolta do lago que batiam uns nos outros.
Não tem ninguém aqui, e há essa hora todos devem estar confortáveis dentro de suas casas, eu acho que não faz mal. – e começou a se despir tirou toda a sua roupa, desamarrou as costumeiras Maria Chiquinha e entrou dentro do lago, cantando uma melodia suave, enquanto mergulhava e olhava o céu estrelado acompanhado de uma enorme lua cheia, o que ela não sabia era que estava sendo observada. Aquele lugar sempre foi o favorito de Ikki a noite por não ter ninguém, ele estava encostado em uma árvore admirando a noite e pensando no quanto os seus relacionamentos acabaram desastrosos, claro que ele não comparava o amor profundo que ele havia sentido por Esmeralda, com aquele romance bobo que tivera com Pandora, mas mesmo assim além de ter seu orgulho ferido ele ainda se sentia do mesmo jeito de quando havia perdido Esmeralda, como se estivesse vazio por dentro, ele ouviu alguém se aproximar e começar a falar sozinha olhou de relance se escondendo atrás da arvore e viu a Minu ali, ele havia reparado agora o quanto ela ficou bonita sob a luz do luar, o que ele não estava contando e até se assustou no começo, era que ela começasse a tirar a roupa, sabia que se saísse dali naquela hora ela perceberia e provavelmente o chamaria de tarado e para falar a verdade ele não queria sair, estava com uma grande curiosidade de saber como era o corpo dela por detrás daquelas roupas comportadas e daquele jeito de menina mandona e recatada. Ela tirou o vestido e ficou apenas com as pequenas peças íntimas, ele nunca imaginou que ela usaria essas tão pequenas e provocantes, elas eras brancas, mas de rendas e transparentes, o que fez o corpo de Ikki reagir imediatamente, aquele corpo alvo, de seios do tamanho perfeito que caberiam na palma de suas mãos e provavelmente seria delicioso colocá-los na boca ele pensou, Ikki teve um súbito o pensamento de que se Seiya a tivesse visto desse jeito antes, provavelmente não seria por Saori que ele teria optado, ela tinha coxas grossas e firmes que os seus vestidos escondiam, e por Zeus que traseiro era aquele com aquela micro calcinha cavada, e os seus cabelos soltos lisos e naquele tom azulado caído por seus ombros estavam lindos, Ikki teve certeza de que se não a conhecesse e a visse nesse estado dentro de um lago pensaria que ela era uma linda ninfa, ela entrou dentro da água mergulhava e cantava uma melodia suave enquanto olhava as estrelas.
Ikki quase que saia de seu esconderijo e ia atrás dela dentro do lago mesmo, sem ligar para nada, estava tentando se controlar, mas sabia que se saísse dali provavelmente faria uma loucura que depois se arrependeria, ele ia perder essa batalha de tão excitado que o seu corpo estava, quando sentiu outra presença se aproximando do lago, ele escondeu o seu cosmo, para que nenhum cavaleiro ou amazona percebesse que ele estava ali, era Jabu que se aproximava lentamente do lago.
Jabu chegou perto do lago, na verdade ele havia procurado por ela durante por todo o Santuário e o único lugar que faltava era ali, e mesmo vendo que ela estava dentro do lago de costas para ele, e suas roupas jogadas no chão ele se aproximou mais, Ikki apenas ficou observando.
Minu escutou um barulho de um galho se partindo e olhou subitamente para trás, ficando espantada ao ver Jabu parado no lado de fora do lago a olhando com extremo desejo.
O que faz aqui Jabu? Por favor, estou apenas de roupas íntimas, olhe para o outro lado. – ela falou surpresa, mas ele não se virou e seus olhos pareciam ter mais desejo ainda. – Vamos Jabu vire para o outro lado.
Como se eu nunca tivesse te visto sem elas Minu. – e continuou a olhá-la e ela não deixou de perceber que a calça dele de repente ficou muito justa por causa de sua excitação, aquelas palavras de Jabu deixaram Ikki confuso.
Será que ele já teve alguma coisa com ela? – pensou o cavaleiro de fênix, ainda observando com atenção a cena.
Isso é passado Jabu, já conversamos sobre isso, nunca daria certo. – disse ela com as mãos cobrindo os seios que estavam a amostra por causa da cor do sutiã e da renda transparente que ele tinha.
Então por que veio para cá? – falou Jabu tirando a camisa.
Por que estava de férias, e o Seiya sempre me disse que era um lugar muito bonito, eu não sabia que você estaria aqui e... O que diabos esta fazendo? – olhando que ele começava a desabotoar a calça.
Irei até ai conversar com você, apenas isso. – mas não era isso que dizia no olhar dele e Minu sabia disso, conhecia aquele olhar já de algum tempo.
Não, não venha! E não quero que venha Jabu. – ela já estava começando a ficar com medo.
Talvez agora, mas quando eu entrar tenho certeza de que vai mudar de idéia. Nós sempre fizemos isso com perfeição você não acha? – Sem os sapatos e tirando a calça.
Pare com isso, não tem graça, eu já disse que acabou Jabu, eu não quero mais, não gosto de você como namorado.
Então quem você gosta como namorado Minu? Quem? O Seiya? Você sabe que ele não gosta de você, mas eu Minu, eu te amo, e você sabe disso, você foi a única que conseguiu que eu parasse de pensar na Saori. – entrando dentro do lago com olhos de predador e apenas de cueca com o membro totalmente ereto.
Você sabe que não é isso, eu não gosto do Seiya como namorado e sim como um irmão, admito que no começo confundi as coisas, mas eu não gosto dele, e também não gosto de você Jabu, entenda isso, você para mim é apenas um amigo, nós tentamos, mas não deu certo e você sabe disso. – indo mais para o fundo do lago tentando manter a maior distância dele possível.
Eu não sei disso, só sei que te amo, que te desejo até a loucura, nunca senti isso por ninguém na minha vida, e quando fazemos amor, eu sei e você sabe que vamos a loucura. – ele estava perto demais e ela já não encostava os pés no chão do lago e sabia que logo se cansaria.
Um relacionamento não tem apenas haver com sexo Jabu, e você sabe que eu não sinto mais nada por você, então me deixe em paz, ou eu vou começar a gritar. – já entrando em desespero, ele estava muito perto.
Pode gritar, ninguém vai escutar. – e a puxou colando sua boca na dela, ela se debatia e tentava empurrá-lo, mas não adiantava já que o cavaleiro era bem mais forte do que ela.
SOLTE-ME! SOLTE-ME JABU! – ele aproveitou o grito dela para enfiar sua língua dentro da boca dela com tudo, Ikki viu que não tinha jeito e teria que sair de seu esconderijo para ajudá-la e aproveitar e quebrar a cara daquele safado, por estar forçando aquela situação, ele estava com verdadeiro ódio do cavaleiro de unicórnio, quando ia sair ele escutou uma voz, era a de Saori e Seiya gritando ao longe o nome de Minu, eles estavam procurando-a provavelmente por causa da hora que já era avançada e a garota não voltara para a décima terceira casa, pelo jeito Jabu também ouviu, pois soltou a Minu imediatamente e saiu da água, se vestindo rapidamente e saindo dali, a Minu por sua vez estava muito assustada para ter qualquer reação, esperou o cavaleiro de unicórnio ir embora para sair e se vestir, mas Jabu antes de ir embora ainda a olhou como um predador.
Nós ainda terminaremos essa conversa minha princesinha. – com um sorriso safado nos lábios. – ela esperou ele sair, se vestiu e começou a chorar, não um choro alto, mas sim o de uma criança assustada, Ikki novamente teve vontade de sair dali, mas dessa vez era para abraça-la, conforta-la e dizer que isso nunca mais aconteceria por que ele iria partir a cara daquele infeliz, mas se conteve não podia se revelar agora, e também não era necessário, pois Saori a avistou e foi em sua direção junto com Seiya, Minu rapidamente limpou o rosto e se obrigou a engolir o choro para não ter que contar a ninguém o que havia ocorrido.
Minu! Finalmente te achamos, estávamos preocupados, você esta bem? – perguntou Seiya, e Minu pôs um sorriso forçado no rosto.
Eu estou bem, apenas estava nadando e perdi a hora, sou uma boba por deixar vocês preocupados.
Esta bem mesmo Minu? Parece que esteve chorando, seu rosto esta vermelho. – Saori estava preocupada.
Não é nada, é por que esta muito frio aqui fora, e eu acho que vou pegar um resfriado.
Também! Que idéia maluca foi essa de entrar no lago há essa hora? – Seiya.
Eu sei, acho que foi a uma das piores idéias da minha vida. – e saiu com eles em direção a décima terceira casa.
Ikki ainda ficou lá por um tempo, tentado controlar suas emoções e o seu corpo, ele achava que nunca tinha tido uma ereção tão forte quanto aquela, chegava a lhe doer de tão forte.
Que droga! Agora mais essa. – ficou reclamando sozinho, ele achava que Jabu tinha sido um idiota que merecia ter sua cabeça arrancada fora, mas ficou pensando se sua reação não seria a mesma, naquele estado em que ele estava provavelmente faria a mesma coisa – Ainda tem essa agora, acabo de descobrir que sou um monstro se colocado na frente de uma mulher linda pelada. – resmungava para si mesmo, até seu corpo se acalmar e ele subir também para a décima terceira casa.
