Capítulo 3
Quando Ikki chegou lá em cima, mais ou menos uma hora depois de Seiya, Saori e Minu subir ele esperava ver todos dormindo, mas para seu martírio não era isso que estava acontecendo, Minu estava na varanda com uma xícara bebendo alguma coisa e com um vestido lilás tão composto quanto os que ela usa normalmente, seus cabelos amarrados em um curto rabo de cavalo, provavelmente depois de tomar banho ela não conseguiu dormir, e ele não se espantou depois do que sofrera nessa noite, seria uma reação normal ter insônia, ela estava no escuro, olhando para o céu e de vez em quando sorvendo um gole do líquido, e o pior é que ele teria que passar por ali já que o seu quarto era um pouco depois de passar a varanda, ela escutou os passos atrás dela e olhou rapidamente quase soltando a xícara com o susto.
Ikki! Que susto! – com a mão sobre o coração esperando que ele desacelerasse.
Desculpe-me, não era a minha intenção. – a fitando diretamente nos olhos. – esta sem sono?
É, estou com um pouco de insônia. – dando um pequeno sorriso tímido.
Se estiver bebendo café, isso não ajudará muito. – ele falou olhando para a xícara.
Não é café é chocolate quente, uma das minhas grandes paixões, o que é um perigo para as mulheres, principalmente para mim que engordo muito facilmente. – falou docemente.
Eu não acho que esta gorda, para falar a verdade acho que está ótima com esse corpo. – a olhando de cima para baixo.
Muito obrigado pelo elogio. – ela respondeu levemente corada e ele percebendo isso a achou muito mais linda, com uma beleza inocente igual à de Esmeralda ele pensou.
Será que posso lhe acompanhar com uma xícara também? – ele disse.
Claro, vamos até a cozinha que eu lhe sirvo, a serva me disse onde estava, parece que eu e Saori somos chocólatras. – ela começou a rir e a andar e ele lhe acompanhou.
Ela não sabe o efeito que tem nos homens com esse sorriso e esse corpo. – pensou ele olhando o leve rebolar dela enquanto andava.
Tome aqui esta. – ela lhe deu uma xícara com bastante chocolate.
Posso lhe fazer uma pergunta? – Ikki.
Fique a vontade.
Por que em tantos lugares para visitar, você escolheu logo aqui? Foi por causa do Seiya?
Em parte, mas não do modo que esta pensando. Sabe, toda vez que o Seiya vai lá no orfanato ele me conta sobre uma porção de coisas daqui, sobre as batalhas, os romances, as brincadeiras, como aqui vocês agem como uma família, e principalmente da beleza e paz que esse lugar passa.
Você realmente deve precisar de muita paz, depois de ir todo dia para aquele orfanato cuidar de uma série de crianças traquinas, eu sei, pois também passei um tempo no orfanato.
Bem... Para falar a verdade eu me dou muito bem com as crianças, amo muito ficar com elas, e quando estou longe meu coração chega a doer às vezes, na verdade eu vim para cá porque tive um relacionamento muito complicado e que não deu certo, pensei que vindo para cá ficaria longe dele e colocaria a cabeça no lugar, mas parece que não deu muito certo, porque ele também veio para os lados de cá.
Entendo. E provavelmente o cara não quer largar do seu pé.
Como sabe?
Porque você é uma mulher muito bonita para um homem deixá-la escapar com facilidade. – e foi se aproximando dela, mas ela ainda um pouco vermelha o impediu com a mão o empurrando delicadamente.
Eu sei o que houve entre você e Pandora, por favor, não me use para esquece-la. – Na hora ele estancou.
Ela esta pensando que só estou me aproximando dela, por causa da Pandora, eu não acredito. – gritou seus pensamentos em sua cabeça.
Eu entendo que esta se sentindo sozinho, mas não tem o direito de fazer isso comigo. – ela falou calma, mantendo os olhos no chão.
Não beijo nenhuma mulher para substituir outra, isso nunca me passou pela cabeça, que tipo de idiota acha que eu sou? – colocou a xícara na pia e saiu para o seu quarto pisando em passos firmes.
Ikki... Desculpe-me, não foi isso que eu quis dizer, eu estou passando por uma fase difícil, eu não queria ofendê-lo. – segurando-o no braço para impedir que ele fosse, e isso foi o limite para ele que se voltou para ela, a puxou, e tomou posse de sua boca com um beijo ardente com sabor de luxúria, no começou ela ainda tentou se desvencilhar, mas os braços do cavaleiro a impediram e aquela boca estava tão gostosa e possessiva que a única saída que ela achou foi retribuir, entreabrindo os lábios ainda com o sabor do chocolate, as línguas travaram uma batalha de carícias se entrelaçando entre as bocas coladas, a Minu colocou os seus braços na nuca de Ikki puxando-o mais ainda para si, e ele a segurou pela cintura, a puxando com forças para ela ficar junto de sua novamente forte ereção, as bocas se separaram para que eles pudessem respirar.
Eu... Não posso Ikki, eu simplesmente não posso. – se separando dele, deixando algumas lágrimas rolarem e correndo para o seu quarto.
Droga! – e Ikki deu um murro na parede da cozinha que deixou a marca dos seus punhos. – Eu tinha que ter apressado as coisas. Que droga! Eu estou virando um idiota cheio de hormônios, pensei que essa fase já havia passado. – e foi para o seu quarto.
Tanto Ikki quanto Minu demoraram, muito para conciliar o sono, quando era umas cinco da manhã foi que conseguiram dormir.