Numa pose autoritária, Kagome e Sango mostravam os laboratórios para seus novos companheiros de trabalho. Caminhavam por entre os aparelhos descrevendo a forma de usa-los o mais rápido possível para que todos se desesperassem. Achavam divertido botar medo. Era um pequeno "trote". Ao final do passeio, as caras das novatas eram hilárias, e as duas não resistiram e caíram na gargalhada.
Gente, essa foi só uma brincadeirinha. Pra vocês sentirem-se em casa! – Kagome disse quase não contendo as risadas.
-É gente, amanhã com muita calma, vamos explicar tudo o que vocês realmente irão fazer ta bem? – completou Sango.
As duas mulheres não sabiam o que fora mais engraçado a cara de medo na cara das novatas ou a cara de alivio que fizeram depois. Logo depois da brincadeirinha, todos ficaram ali conversando. Kagome era uma das mais divertidas. Ria, contava como fora enganada da mesma forma, simplesmente parecia a pessoa mais animada do mundo.
De longe os dois rapazes apenas observavam a movimentação.
Inuyasha, que empresa é essa? você notou quantas mulheres lindas tem por aqui? É um paraíso!
Já está pensando em perversões não é Miroku? Me pergunto se um dia você vai aprender algo! – disse Inuyasha, que teve sua atenção presa pela presença de Kagome na sala.
Humpf, fala de mim mas já ta de olho na tal Kagome não é!
Ta doido? Odeio pessoas como ela. Perfeitas demais. Todos amam, todos querem ser seus amigos.
Mas ela é linda não é?
Cala a boca Miroku! Eu to fora daqui. – disse Inuyasha saindo do local.
É hora do ataque – Miroku sussurrou indo de encontro às novatas – Bom dia Senhoritas!
O resto do dia foi só de apresentações. Kagome logo notou a falta do moço alto de cabelos prateados, mas nada comentou. Sango prestou atenção em todas as palavras de Miroku. Ele tinha algo que chamara sua atenção. Só não sabia o que era. Já a atenção de Miroku estava dispersa por todas no local. Não resistia a uma mulher bonita.
Mais um dia havia passado. Até que fora um dia divertido. Em seu carro, voltando pra casa, lembrava do rapaz de olhos dourados. Nunca vira olhos assim, tão brilhantes, tão convidativos. Pareciam ter um efeito hipnótico. Parou em um sinal. Balançou sua cabeça na tentativa de afasta-lo de seus pensamentos. Antes de qualquer coisa, não pretendia colocar mais ninguém em sua vida. E ter um dos seus casos passageiros com alguém da mesma empresa nem passada por sua cabeça.
Desde que terminou seu namoro com Kouga, Kagome não quis outro relacionamento sério. Tinha como sua maior especialidade sumir da vida dos homens que conhecia. Saia, divertia-se, mas nem telefone deixava. Eram relacionamentos vazios, ela sabia disso. Mas não conseguia levar nada a frente. Até tentou uma vez. Porém, quando o rapaz confessou que estava gostando dela, apavorou-se. O fantasma de como havia machucado as pessoas a assombrava.
A semana passou voando. Ensinar todas aqueles novatos dava trabalho. Seus pensamentos quanto a Inuyasha logo sumiram. Batiam de frente quase todos os dias. Ele era grosso, rude, egoísta. Ela respondia sempre a altura, é claro. Seu orgulho não deixaria que ele saísse melhor. Inuyasha continuava achando que Kagome era o esteriotipo da menina popular. Aquela que todos sonham em ser igual, tentam imitar. A pessoa mais animada dentro do laboratório.
Já Sango e Miroku estavam se entendendo muito bem. Claro que o lado mulherengo dele já havia se destacado, mas nada que um olhar mais estreito não o fizesse correr pedindo perdão. Inuyasha achava hilário ver o amigo assim. Ele nunca se prendera a uma única mulher, e agora pedia desculpas quando Sango não gostava de algo.
Na sexta feira, Kagome não agüentava mais ver a papelada que teve que enfrentar no trabalho. Os novatos começaram a trazer projetos de pesquisa, e ela era a encarregada de tudo. Apesar de grosso, estúpido, idiota, e tudo mais, o projeto de Inuyasha foi o que mais lhe chamou a atenção. Nunca tinha visto algo tão completo.
Depois de tudo arrumado e guardado dirigiu-se a garagem do prédio. Um longo suspiro foi tudo o que saiu dos lábios da moça frente ao seu carro. Tinha trabalho a fazer em casa, não poderia aproveitar o final de semana, e no final das contas, acabaria tendo lembranças não-agradaveis. Estava chovendo. Entrou em seu carro e deu partida. O barulho do motor era algo reconfortante. Já estava escuro, e mesmo com a chuva resolvera passear pela orla de Sydney.
Realmente adorava aquela cidade. Era linda. Perfeita, se arriscaria a dizer. E mesmo com toda a sua perfeição, não fora capaz de faze-la esquecer o que deixara pra trás.
Logo chegou em seu predio. Estacionou o carro na garagem, e passou pela portaria para pegar sua correspondência. Enquanto checava sua caixa de correios, seu porteiro a chamou.
Srta Kagome.
- Sim, Sr. Jinenji – Kagome respondeu com um belo sorriso no rosto.
- Aquele rapaz ali – o porteiro apontou para a sala de espera – está esperando a Srta chegar desde hoje cedo.
- Obrigada por avisar!
Kagome andou em direção a sala um pouco curiosa, não conseguia reconhecer o rosto daquela pessoa. Quando finalmente reconheceu a pessoa, deixou tudo que estava em suas mãos caírem despertanto a atenção da pessoa misteriosa.
Kouga, o que você está fazendo aqui? – perguntou Kagome com os olhos já cheios de lagrimas.
- Eu vim te procurar. Eu prometi que não deixaria você fugir! – disse Kouga se levantando.
- Por favor vá embora! – pediu Kagome, dando pequenos passos para trás.
- Kagome, não faça isso. Não fuja. Por favor. – disse Kouga estendendo sua mão para alcança-la.
Kagome virou para trás e correu. Não acreditava que depois de todo esse tempo ele viria atrás dela. Ele deveria estar no Brasil, feliz ao lado de Ayame. Como isso havia acontecido? Como ele descobriu onde morava? Todas as perguntas possíveis passavam pela cabeça de Kagome.
Kouga não tentou segui-la. Achou um erro te-la procurado, assim, direto. Pediu desculpas ao porteiro, que olhava assustado toda aquela confusão, e voltou para o hotel onde estava hospedado.
Em baixo da forte chuva que caia sobre Sydney, Kagome andava sem rumo. Gotas de chuva e lágrimas se confundiam em seu rosto. Seus olhos já estavam vermelhos. Não sabia por onde estava andando. Nem percebia as pessoas passando ao seu lado. Chegou, até, a esbarrar em algumas.
Inuyasha fazia sua caminhada noturna de sempre. Era um dos hábitos que não conseguia largar. Mesmo sob forte chuva, não desistia de andar pela cidade. Pensar em tudo que acontecera Naquele dia, sentiu alguém esbarrar e nele, e quase cair. Ao segurar a figura, a reconhecera. Era sua chefe, Kagome. Encarou-a e tentou acorda-la do aparente transe.
Kagome! Hei! Olha pra mim! Sou eu, Inuyasha! - logo reparou nas lágrimas que pareciam se confundir com a chuva.
- Minha vida vai desabar – falou Kagome ainda presa em seu transe.
- Ai, Kagome! Acorda vai! – disse Inuyasha sacudindo a menina.
Kagome continuou chorando, e então Inuyasha achou melhor leva-la até sua casa para tentar acorda-la de alguma forma. Não conseguia entender o que se passara. A mulher que considerava ser a perfeição em pessoa, desabando em lagrimas, em sua frente. Não podia negar que sentira abalado por aquela cena, muitas vezes se irritava com toda aquela alegria mas adorava seu sorriso.
Inuyasha conseguiu convence-la a trocar de roupa, já que as suas estavam molhadas. Logo, colocou Kagome em sua cama e esperou que ela dormissse. Foi então, dormir na sala, mais exatamente no sofá. Deitado em seu sofá, olhando a chuva que ainda caia pela janela, só conseguia pensar nas unicas palavras que Kagome dissera: "Minha vida vai desabar". Depois de um tempo, não resistiu e caiu no sono...
Tah bem, eu sei que td mundo quer me matar/ Eu andei mto cheia de problemas, e bem, ainda to cheia de problemas, mas lembrei de como é bom ficar escrevendo pra me distrair um pouco... Me desculpem a demora... os proximos capilos nao vao demorar, e o proximo capitulo da minha outra fic já tá sendo escrito, então não se preocupem: eu voltei o/
Mto Obrigada a tds os comentarios )
E bjussss até a proxima!
Lime-chan
